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domingo, 12 de outubro de 2014

Dos dois caminhos de se criar um texto


1) Existem duas formas de criar um texto: a meditação e o arranjo.

2) Na primeira, você precisa estar em estado de graça, deixando que o Espírito Santo te ilumine e te diga o que você deve fazer. Neste estado, é muito importante esvaziar-se de si mesmo, de modo a não proferir asneira.

3) Na segunda, você cria por derivação - você compara o que já foi produzido; e ao comparar, você descobre novos pontos de conexão, através da intertextualidade. É daí que você consegue criar muito mais coisa, por derivação, dando continuidade ao primeiro passo, sem precisar de uma meditação adicional. Aqui, a sabedoria humana associada à divina vai se manifestar.

4) Da combinação do arranjo, da leitura, e da meditação, você consegue montar um cabedal de conhecimento indispensável para se combater os inimigos da verdade e da ordem fundada em Cristo Jesus.

sábado, 11 de outubro de 2014

A atividade bancária nasce da combinação do depósito com a corretagem


1) O hábito de se guardar dinheiro nasceu do hábito de se guardar coisas para uso futuro

2) Existem pessoas que são excelentes guardiãs por vocação e fazem da atividade de guardar coisas a missão de sua vida. E o fazem de tal maneira que se tornam verdadeiros líderes de sua comunidade, aproximando a A e B, de tal modo a que possam fazer bons negócios juntos (negócio esse que não poderia ser feito se o guardião não conhecesse o fato de que as demandas de A poderiam ser satisfeitas, se não soubesse que B tem a oferta necessária de ta modo a satisfazer as necessidades de A).

3) É por servir sistematicamente à confiança privada que o guardião se torna corrretor, gerando uma boa ordem. E isso é incorporado em sua vida de tal forma que se torna parte da missão própria de se guardar e conservar as coisas.

4) Enfim, não existe atividade bancária se o guardião não for ao mesmo tempo um bom corretor, integrando pessoas de tal modo a que isso fomente uma atividade econômica.

A concentração bancária nasce da perversão da confiança

1) Quando você serve à confiança de quem deposita o dinheiro no seu banco, você está chamando a responsabilidade para si de garantir a segurança do dinheiro, dado que guardar e transportar riquezas é uma atividade de altíssimo risco e isso facilita a atividade criminosa, dado que a ocasião faz o ladrão.

2) Se você age como agente de confiança dos seus amigos que viajam, guardando os dólares de viagem que sobraram, você age com nobreza. E é da nobreza sistemática, que decorre do fato de se guardar em confiança o dinheiro, que surge a arriscada atividade financiar os projetos de outras pessoas, através da concessão empréstimos, de tal modo a fomentar uma atividade econômica.

3) O risco é mitigado se o tomador do empréstimo é teu conhecido e se você é confiável, no trato de guardar o dinheiro dos outros. É de uma ordem pessoal e segura que os bancos agem como fomentadores de uma economia de ordem privada, que passa a ter efeitos muito positivos na ordem pública, quando o exemplo da confiança se torna conhecido e distribuído a quem interessar possa.

4) É da confiança sistemática que nasce a liberdade bancária, o serviço de se servir e guardar o dinheiro em prol dos outros.

5) A liberdade bancária começa a se perverter em concentração bancária quando o serviço não se funda numa relação de pessoalidade, de modo a atender as necessidades do tomador de recursos, mas, sim, numa relação de impessoalidade, fundada na própria natureza da coisa. Quando a relação se recai sobre dinheiro, você está edificando uma ordem fundada no amor ao dinheiro, pois ele se torna o centro das atenções da sociedade, em vez de ser Deus a causa da edificação de tudo. 

6) A impessoalidade gera concentração de riqueza em poucas mãos, que tendem a manipular e a enganar as pessoas, fazendo com que a relação bancária se torne objeto de conflito e de permanente desconfiança, causando sérios problemas de ordem pública. E para se mitigar esse problema, investimentos em publicidade são feitos de modo a se economizar o tempo que vai se perder ao se tentar convencer um a um dos seus semelhantes, de modo a depositar o seu dinheiro no banco.

7) Além da impessoalidade e da publicidade, há a rivalidade entre os banqueiros, que concorrem entre si de modo a se ter o monopólio absoluto da economia bancária. E em muitos casos eles se associam ao Estado, de modo a terem o monopólio quase exclusivo da atividade, por conta da regulação.

8) É do amor ao dinheiro que se dá a progressiva impessoalidade da atividade econômica, dando causa ao processo de proletarização da sociedade. 

9) É da proletarização da sociedade que a relação bancária deixa de ser uma relação de confiança, fundada na conveniência, e passa a ser uma relação necessária, fundada no amor ao dinheiro, já que eles não confiam na forma como você vai gastar esse dinheiro ganho pelo suor do seu esforço.

10) Desnecessário dizer que o comunismo nasceu da parceria que se dá entre os bancos e a crescente concentração de bens em poucas mãos, criando uma economia de massa, impessoal.

11) Dessa concentração de bens em poucas mãos surge a estatização - onde tudo passa a ser do Estado. Ela nasce da impessoalização como sendo a ordem do dia - ela nasce do pragmatismo, em que o resultado é mais importante do que a satisfação que se dá aos clientes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014.

Dos três tipos de cansaço

1) Existem três tipos de cansaço: o físico, o mental e o espiritual

2) O primeiro é circunstancial, natural. Uma boa noite de sono resolve.

3) O segundo decorre de um bom trabalho. Ele causa santidade - ao final do dia, você só quer fazer uma boa happy hour e ter uma boa noite de sono.

4) O terceiro decorre em se conviver com pessoas cuja sabedoria humana é dissociada da divina. Essa sabedoria humana dissociada da divina edifica má ordem. Só com muita oração e muito trabalho esse inferno acaba. E você passará noites sem dormir por conta dessa angústia até chegar o dia em que você terá sucessivas noites de sono de boa qualidade.

5) O martírio moderno decorre da luta diária contra esse terceiro cansaço. Todo esse cansaço decorre do fato de você, que toma o país como um lar, ter que conviver com imbecis que tomam o país como se fosse religião, fora da conformidade com o todo que vem de Deus. E pra você se manter firme na crença certa, sem se corromper, isso é uma luta diária.

6) Fugir do país nunca será solução, pois a porta para a salvação sempre será estreita e nunca larga, pois o caminho para Deus não é fácil. É preciso lutar por Ele e por sua pátria, sem desistir.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014 (data da postagem original).

A corrupção nasce das falsas amizades


1) Se você seleciona quem você quer como amigo fundado em sabedoria humana dissociada da divina, a amizade vira imposição, constrangimento ilegal, e não será sincera. E a corrupção decorre do constrangimento ilegal, nascida das falsas amizades.

2) E a política da corrupção mais sedutora não é a do ser, mas a do parecer ser.

3) O pensamento mais tipicamente republicano é o seguinte: não basta ser a mulher de César, basta parecer ser. Se Mariane é puta, ela vai semear a prostituição entre nós. 

4) Todos os presidentes são casados com Mariane. Existe uma falsa tradição fundada nisso, pois quanto mais fidelidade você tiver à Mariane, maior será a corrupção entre nós.

O amigo que você quer não pode ter pecado nenhum

1) Aquele que você quer como amigo não pode ter pecado nenhum. Ele não pode errar.

2) Se ele não tem pecado nenhum, então ele é seu verdadeiro confidente, pois sabe tudo, vê tudo e ouve tudo.

3) Somente Jesus Cristo satisfaz esse critério. Os demais surgem por conta do serviço, quando você se torna uma perfeita oferenda, uma testemunha de Cristo a serviço da comunidade. Esses amigos humanos derivados nascem do fato de que compartilham com você o sentimento de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Não existe amizade verdadeira se ela não se funda em Cristo e na conformidade com o todo daquilo que o Pai edificou.

4) Na verdade, Cristo nos ensina a distribuir a sua amizade de tal maneira a edificar uma ordem conforme o todo que vem de Deus. Ele aperfeiçoa o pensamento político de Aristóteles. Ele faz da cidade dos homens um verdadeiro espelho da cidade de Deus, que se distribui pelo mundo todo, através da santidade dos que dizem sim a Ele.

Matéria relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/por-que-cristo-pode-escolher-os-amigos.html

Comentários sobre algumas declarações do Olavo

Olavo disse: " É preciso selecionar as pessoas que você quer que gostem de você".

1) Não adianta eu fazer as pessoas quererem gostar de mim - se eu fizesse isso, o parecer ser bastaria. 

2) Mesmo que eu queira muito a amizade de alguém, nada posso, se Cristo não for o critério dessa amizade. Pois as falsas amizades, as lealdades forçadas, nascem do fato de que você selecionou e quis que aquelas pessoas em especial gostassem de você - em outras palavras, essas falsas amizades nasceram de uma imposição nascida de uma sabedoria humana dissociada da divina. A minha juventude inteira foi marcada dessa forma, pois tentei a todo custo fazer com que as pessoas que escolhi gostassem de mim - e as coisas não funcionaram do jeito que esperava.

3) Além disso, não é sensato que você selecione. As coisas devem ser deixadas no tempo de Deus. Tudo o que você deve fazer é servir e servir dentro da conformidade com o todo que vem de Deus. E quanto mais você é conforme o todo, mais as pessoas precisam dizer sim, de modo a que sejam parte da sua vida - só assim que você reverte a vida marcada por nãos discriminatórios e excludentes, causa de toda a injustiça disseminada na sociedade. Se você ama e rejeita as coisas tendo por fundamento Jesus Cristo, seus amigos devem agir da mesma forma.

Olavo disse: "Amigos não são mais do que meia dúzia. Passou disso, você já está com sinais de carência afetiva".

1) A quantidade dos meus amigos não pode ser determinada por sabedoria humana dissociada da divina. 

2) Quando você serve bem a Cristo, maior é a exigência que se recai sobre eles para que possam responder da mesma forma. 

3) Limitar-se por conveniência a cinco ou seis é uma quantidade muito arbitrária. Só os melhores é que servirão - e a quantidade se dá por conta de Deus e da circunstância.

Olavo disse: "Se você não tem espírito de seleção, você não tem nobreza"

1) Eu deixei de selecionar meus amigos há muito tempo - eu deixei que me escolhessem. Para ser bem escolhido, esvaziei-me de mim mesmo - deixei que meu serviço à verdade e à constância de Cristo fosse o critério de seleção natural necessário, de tal modo a que me afastasse dos inúteis e que só os nobres servissem. O que faço já afasta os demônios, pois amigo é quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Não pode ser seu amigo quem não é conforme o todo que vem de Deus. 

2) Nobreza é compromisso com a excelência, coisa que se dá em Cristo. 

3) Amigo não se escolhe com base em sabedoria humana dissociada da divina - amigo é quem responde sim junto com você àquela missão que recebemos do Cristo Crucificado, desde Ourique. Por isso, sempre tento me pautar em critérios objetivos e não subjetivos, de modo a saber quem vai comigo até o fim da vida.

Olavo disse: "Amigos são aqueles que compartilham valores com você".

1) Só neste ponto estou de acordo.