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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Dos 4 pilares da ordem pública

1) Para se tomar o país como um lar, a ordem pública precisa ser fundada em quatro alicerces: o governo, a religião, o comércio e a cultura. 

2) Da aliança entre o altar e o trono com a colaboração dos provedores de economia privada, que atuam tanto no comércio quanto na produção de bens culturais, temos tudo o que é necessário para se tomar o pais como um lar. A conjugação de esforços leva à noção de bem comum - e sem ela é impossível se ter a noção de nacionidade.

3) Quando se entende a ordem pública como tudo aquilo que está no Estado, será óbvio e cabal que o país, estrangulado e asfixiado, será tomado como se fosse religião. E isso é nefasto, pois o Estado será tomado como a a mais alta das realizações humanas - e esse tipo de coisa parte da sabedoria humana dissociada da divina. Isso é repetir sistematicamente a história da Torre de Babel, que nasceu da queda de Adão e do pecado sistemático que se deu ao longo das gerações.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quando o Estado tributa demais ele concentra os poderes de usar, gozar e dispor nas suas mãos

1) Pelo que venho observando, quando o Estado arrecada dinheiro demais, por força da tributação, ele concentra os poderes de usar, gozar e dispor e passa a tratar toda a população como se fosse coisa, tendo poderes de vida e de morte sobre o povo.

2) Quando se tributa demais, o Estado tem mais do que o necessário para conservar a coisa pública funcionando. Tendo mais do que precisa, então ele esbanja esse dinheiro em coisas desnecessárias, como esse porto cubano, ou em coisas nocivas, como vemos no bolsa família. Sem falar que jogam brasileiro pobre contra brasileiro rico, na chamada luta de classes.

3) Quando o Estado concentra as riquezas da nação, ele cria uma elite perversa, que só quer saber de mamar nas tetas do poder. Enfim, ele cria uma oligarquia perdulária, imoral e plutocrata, que ama mais o dinheiro do que a pátria. Pois o dinheiro tornado deus dá causa para que o Estado seja tomado como se fosse deus, matando a nacionidade da pátria, ou seja, a noção de país tomado como se fosse um lar.

4) Esse mal é agravado pelo carreirismo público, pelos concursos públicos ideologizados, pelo comodismo e pela indiferença com a manutenção e conservação da coisa pública, coisa que se funda na impessoalidade. Isso é um sintoma grave de conservantismo, que protege e qualifica o mal revolucionário entre nós, enquanto chaga.

5) Quando as riquezas da nação estão concentradas em poucas mãos, eles criam meios de impedir que o Estado se reduza naturalmente pela via da prestação alternativa de pagamento de tributos in natura (modalidade em que você paga o imposto através de trabalho ou dando coisas necessárias ao bom funcionamento da administração pública, como carros, computadores, livros e outras tantas coisas, quando não se tem moeda para dar).

6) Se as pessoas não têm condições de arcar com a carga tributária, visto que são forçadas a dar moedas sistematicamente, então os bens do devedor são executados e isso cria muito mais pobres entre nós.

7) Quando o empresário abre falência em seus negócios, ele multiplica a pobreza entre nós por conta do peso esmagador da carga tributária sobre ele. Enfim, o inchamento do Estado favorece a sonegação e perverte a ordem moral do País.

8) Se nós não desobedecermos a essas leis malditas da república e do PT, o Brasil já era. Fica a dica.

Uma boa ordem privada decorre de uma boa ordem pública


1) Uma das maiores tragédias deste país é que as pessoas não se sentem obrigadas, quando estudam em universidades públicas, a devolver, em trabalho concreto, tudo aquilo que aprenderam nas universidades públicas, que são mantidas por todos nós através dos impostos.

2) Uma das razões para isso é que o marxismo está lá dentro destas instituições pervertendo tudo - ele precisa ser banido, pois é a causa que fomenta a ignorância sistemática da população e, ao mesmo tempo, é a causa para que o Estado seja tomado como religião, a ponto de destruir o sentido da nossa pátria tomada como se fosse um lar.

3) Um dos indícios de se tomar a pátria como um lar está no ensino sério e responsável, que dá causa para que as pessoas se sintam preparadas, de modo a bem servir seus semelhantes, seja em âmbito público e privado.

4) O fato é que o serviço público deve ser encarado como um estágio necessário de modo a se servir seus semelhantes bem no âmbito privado, pois a noção de vida comunitária e de sociedade de confiança necessita ser instaurada e distribuída. Não pode haver boa vida privada sem uma boa vida pública como modelo - pelo menos, é o que vemos na Família Imperial, cuja presença é distribuída à Pátria, através dos funcionários públicos que regem a coisa pública em seu nome. É assim que a nobreza se distribui entre nós, pois todos temos a chance de servir à pátria, quando optamos por estudar nas universidades públicas.

5) Uma reforma do Estado certamente passará necessariamente pela reforma do ensino nas universidades públicas.

6) Como historicamente as universidades públicas sempre foram usadas para se formar membros que pudessem compor os quadros da administração pública nacional, então seria muito sensato que os alunos, uma vez formados, ficassem sob servidão contratual por quatro a 7 anos, de modo a devolver tudo aquilo que de bom aprenderam nas universidades públicas.

7) Na minha época de estudante, o custo médio de um aluno universitário na universidade federal era orçado em 13 mil reais mensais => como cursei 7 anos, a minha dívida seria de 1 milhão e 92 mil reais - e o pagamento disso podia ser feito através de 7 anos como procurador do Estado, atuando em causas públicas, até o pagamento de todas as dívidas. E se fizesse bem o meu papel, eu poderia ser tornado procurador efetivo. Ao pagar a minha dívida trabalhando, o meu trabalho é avaliado e devidamente reconhecido - e isso é bem melhor que um concurso público da vida, pois estou fazendo o que realmente interessa: estou metendo a mão na massa.

8) Se os servos prestarem bem seu serviço, merecem bem o sustento. Findo o prazo, eles podem ficar, se tornando trabalhadores livres e profissionais, ou podem ir para a iniciativa privada para explorar outras áreas, munidas de todas as experiências profissionais necessárias. Isso sem contar os contatos pessoais e profissionais que são adquiridos ao longo da vida de servidão. Pois a servidão, no sentido medieval e cristão, é pedagógica: ela te prepara para a vida livre e responsável. A servidão mata a impessoalidade e a indiferença deste mundo moderno, que são cânceres. Uma pessoa necessita de vínculos de modo a tomar seu país como um lar.

9) Além de preencher o quadro deficitário, resolve o problema do inchamento público, pois não será mais a companheirada que exercerá os quadros de confiança, mas sim quem mete mesmo a mão na massa.

10) Além disso, resolve o problema da crise de vocações, pois não será mais necessário ter que se corromper para poder ser funcionário público. E nem será necessário buscar a vida no serviço público como um fim em si mesmo, de modo a ter um bom padrão de vida.

11) Quando o problema da impessoalidade e da indiferença, decorrentes da cultura do diploma, forem resolvidos, porque dão causa à vadiagem sistemática, aí o funcionalismo público será buscado como uma opção de vida como outra qualquer e nunca como uma necessidade fundada numa crise de vocações, onde tudo se resume a carreirismo público como sendo o único meio de subsistência e sobrevivência legítimo, justamente por termos uma ordem privada ruim.

12) Se o serviço público for tomado como um estágio para se aprender a bem servir aos seus semelhantes na ordem privada, a longo prazo teremos uma boa ordem privada e conforme o todo.

Como a prestação in natura pode resolver o problema da corrupção do Estado e a crise de vocações, decorrente do carreirismo?


01) Pelo que venho observando, a idéia do pagamento de obrigação tributária de forma in natura não só resolve o problema da corrupção do Estado, visto que o pagamento se dará com trabalho concreto e não na entrega forçada de moeda, como também revela o problema da crise de vocações que há no Brasil. Enfim, isso destrói o problema do carreirismo, que mata a nacionidade da pátria, através da indiferença e da vadiagem sistemática.

02) Citemos o exemplo de uma advogado recém-formado, que está endividado por conta de um financiamento educacional que recebeu e que deu causa para que ele se formasse em direito. Se esse financiamento educacional for de caráter público, ele pode perfeitamente pagar os créditos desse financiamento atuando como procurador dos processos em que o Estado é parte, seja em âmbito estadual ou federal.

03) Se ele se mostrar ser um bom procurador, buscando uma solução rápida para os litígios, promover a conciliação entre as partes e não perder os prazos processuais, então um talento como procurador de Estado se revelou. Tendo um bom procurador à disposição, ele então é efetivado nos quadros profisionais e passa a ser remunerado, como bom servidor público que ele é (isso se ele desejar fazer isso, é claro).

04) Para que concurso público? Pela minha experiência de vida, os concursos públicos não cobram aquilo que é necessário para se bem desempenhar a função almejada - além disso, eles cobram todo um monte de idéias jurídicas furadas que só partem de sabedorias humanas dissociadas da divina e que só fazem apenas o trabalho de corromper a inteligência alheia, que é obrigada a esquecer de Deus enquanto estuda esses infernos. O fato é que concurso público não passa de ilusão - só beneficia quem busca a estabilidade e o carreirismo, enfim, quem busca o dinheiro fácil, sem nunca trabalhar de verdade. 

05) Se as pessoas trabalhassem com algum objetivo real, seja para satisfazer a um crédito tributário ou a um financiamento público que deu causa ao diploma profissional, quando não se tem dinheiro para pagar pela dívida, então a crise vocacional já estaria resolvida, pois só os realmente necessitados e vocacionados seriam os verdadeiros funcionários públicos. Essas pessoas, por sua natureza, têm um objetivo para o trabalho e vão dar tudo de si por esse trabalho. Jamais faltarão e jamais farão simulação de trabalho, tal como vemos no carreirismo público.

06) Em vez de estabilidade, elas estarão presas a uma cláusula de bem servir. Enquanto servirem bem suas funções, elas poderão ficar no serviço pelo tempo que desejarem, uma vez findo o prazo de servidão necessária de quatro a sete anos, por conta das dívidas fiscais ou do financiamento educacional de caráter público. Jamais poderão ser demitidas, se forem bons profissionais. Se forem desidiosos, relapsos, incompetentes ou atenderem a algum necessitado com descaso, estes serão demitidos, pois tudo isso é justa causa de demissão.

07) A maioria dos que compõem os quadros do serviço público no Brasil não são pessoas vocacionadas - são todos seres acomodados que se valem da estabilidade, de modo a pedir mais benesses do estado. Não é à toa que são criminosos esquerdistas da pior espécie. Quando não são concursados poluídos por ideologia revolucionária que tiveram de estudar, de modo a exercer a função que ocupam, são pessoas que estão no cargo por conta de um cargo de confiança, arranjado por algum correligionário na política, percebendo DAS generosos e agravando ainda mais o inchamento do Estado. Uma reforma dos quadros do serviço público seria muito necessária, visto que as provas, por estarem viciadas de ideologia, não resolvem o problema da crise de vocações, como também não resolvem o problema da eficiência do Estado, bem como o da redução dos custos com o pessoal.

08) Uma reforma dessa natureza certamente vai trazer consigo uma mudança de mentalidade. Em vez de os melhores talentos buscarem o carreirismo público como um fim em si mesmo, e desperdiçarem suas vidas numa busca vazia, muitos deles buscarão o serviço público para devolver, em serviço in natura, aquilo que receberam, através das universidades públicas ou via financiamento educacional de caráter público - um sistema de servidão contratual, muito parecido com aquele que foi usado para o povoamento da América do Norte. Se elas fizerem bem o seu trabalho, elas serão efetivadas e perceberão seus vencimentos por isso, por conta de serem bons trabalhadores e por fazerem jus à função que estão exercendo - e fica muito fácil saber quem é que está fazendo um bom trabalho e quem não está fazendo. E enquanto bem servirem, elas podem ficar - pois a estabilidade, sem produtividade, gera a indiferença pelo zelo da coisa pública, o comodismo e a impessoalidade, que dá causa à vadiagem sistemática, causa de grave prejuízo ao Erário.

09) E quem quiser buscar se aventurar na vida privada por uma melhor remuneração ou explorar outras áreas, uma vez encerrada a servidão contratual, esta pessoa pode se desligar livremente. O que ela leva do funcionalismo são os contatos e as experiências profissionais que são tão necessárias no mercado de trabalho.

10) Quem trabalha pelo seu sustento ou para saldar uma dívida tem o direito qualificado de tomar o seu país como um lar, bem como o legítimo direito de cobrar do Estado que não o prejudique em seus negócios; quem trabalha visando a se acomodar no carreirismo vazio tende a tomar o Estado como se fosse religião, a ponto de querer mais benesses do Estado e prejudicar ainda mais a população em geral. Enfim, os parasitas todos nascem da vadiagem sistemática, da má administração da coisa pública.   

terça-feira, 1 de julho de 2014

O exame de uma casa ardendo chamas não é como examinar as ruínas de uma casa


segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sobre como se deve fazer sociologia


1) Tal como falei num artigo anterior, se Dürkheim diz, em suas regras de metodologia sociológica, que os fatos devem ser tomados como coisas, então essas coisas serão tomadas em si, pois elas têm sua própria verdade. Isso é fatal.


2) Se elas forem contextualizadas, quando muito o que será buscado é o contexto materialista e não o verdadeiro contexto, que é o todo estabelecido por Deus.



3) Se todas coisas e todos os seres têm sua própria verdade, há quem diga que não existe verdade nenhuma. Enfim, vira um samba do crioulo doido. Enfim, eles buscarão a síntese a partir do fato de a coisa existir por si mesma ou a partir do nada. Enfim, as coisas se reduzirão ao mero existencialismo e o Criador das coisas visíveis e invisíveis não será contemplado.

4) Santo Agostinho nos afirma uma grande verdade: a verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa. O verdadeiro método sociológico deve se basear sempre em estudar as circunstâncias pelas quais determinado povo toma seu país como se fosse seu lar. E quando este toma seu país como um lar, é óbvio que ele não o tomará como se fosse religião, pois não toma seu país como um fato em si, pois a liberdade de um povo não tem fim em si mesmo - pois a nação existe porque Cristo deu a ela uma missão, de modo a servir à Cristandade, tal como vemos em Portugal, desde a Batalha de Ourique, em 1139. E isso se chama nacionidade.

5) É da experiência de cada povo, que toma seu país como se fosse um lar, que aí comparamos quais são os melhores caminhos que podem nos levar à verdade. 

6) A pátria pequena do lar, a família e a vinhança, nos preparam para a pátria grande, que é o céu - e é analisando isso que se pode fazer uma sociologia ou uma antropologia segura, séria, conforme o todo.

Sobre o problema de se tomar os fatos sociais como coisas em si

01) O grande problema de se "tomar os fatos sociais como coisa em si" está no fato de que esses fatos têm sua própria verdade, onde o objeto às vezes se tona sujeito ou até mesmo causa da transformação social, deixando-a menos cristã e mais corrupta, influenciável à ação criminosa marxista.

02) Se eles, os fatos sociais, têm sua própria verdade, então eles se tornam monumento de algo que parece ter se derivado do nada. De certo modo, tornam-se ídolos.

03) Numa sociedade descristianizada, quem prega que todos têm sua própria verdade admite que veio do nada. Logo, o pregador é um ser morto em vida. E um ser morto em vida não pode falar ou pensar, pois não tem o dom de si, que se funda em Deus.

04) Se as coisas vieram do nada, nenhuma edificação faria sentido, nem mesmo as leis da Física. E a cultura seria toda voltada para a morte e não para vida, como deveria ser. Por negarem Deus, negam a autoria e a causa das coisas serem o que são.

05) É justamente por causa desse péssimo hábito de se fazer sociologia que os marxistas manipulam as coisas de modo a que as coisas se pervertam em uma verdadeira mentira. Enfim, o sociólogo, ao tomar os fatos sociais como causa, passa um verniz de legitimidade sobre a transformação social, que está sendo criminosamente implementada de modo a nos afastar de Deus e da conformidade com o todo.

06) Se as coisas têm sua própria verdade, elas podem dizer o que bem entenderem, seja no sentido humano ou anti-humano do termo ao mesmo tempo, quase que simultaneamente. Enfim, a coisa não tem verdade - o que se alega é que ela é fruto de uma tese, antítese e síntese que se deu ao longo do tempo, através de marchas e contramarchas, cujas razões derivam da paixão dos homens, já que eles têm sua própria verdade. Como a dialética deriva de coisas subjetivas, a análise sociológica ou antropológica que se funda no fato de que a coisa tem a sua verdade é uma tremenda de uma ilusão; logo, ela não é conforme o todo e não pode ser científica.

07) É justamente por saberem que tudo que edificaram se funda na mentira que os revolucionários promovem o verdadeiro conservantismo dessa mentira através da falsa sociologia e da falsa antropologia, pois justificam que isso tudo é um fato social que deve ser tomado como coisa, pois a coisa, que se funda na sabedoria humana, tem sua própria verdade.

07) Eles, os marxistas, são os que melhor compreenderam a sociologia de Dürkheim, pois compreendem muito bem o sentido do que é edificar as coisas de modo a promover a cultura da morte. E um dos métodos de corrupção que adotam se dá através da catalogação das coisas, tal como se deu através do estruturalismo antropológico de Claude Lévi-Strauss.

08) Eis aí a razão pela qual eu não levo a sério o fato de se usar uma disciplina que aplica métodos de ciências naturais a realidades que decorrem do fato da vida humana se desenvolver bem em sociedade, cujo estudo exige que estejamos em conformidade com o todo estabelecido por Deus.