1.1) Para entender os primórdios da ZPE, quatro institutos devem ser pensados numa grande unidade: o latifúndio romano; a guilda medieval; a feitoria portuguesa (que na verdade é fenícia e que foi muito usada pelos romanos nas suas políticas clientelistas) e o engenho de cana-de-açúcar, enquanto conquista tecnológica decorrente das políticas de sigilo adotadas pelos portugueses e muito bem descritas nas obras de Jaime Cortesão.
1.2.1) Há algum tempo, eu escrevi um texto comentando a integração dos primeiros três institutos feitoria, guilda e latifúndio.
1.2.2) Esses três institutos integrados ajudaram no desenvolvimento da civilização européia cristã e pós-clássica, enquanto o engenho é um instituto que foi desenvolvido em Portugal no além-mar, a ponto de integrar o Velho Mundo ao Novo. Não gosto de usar o termo "medieval", visto que a sociedade que decorreu da queda da Roma dos Césares faz parte da chamada Antigüidade Tardia, cujo esplendor se perdeu por conta do renascimento do paganismo, que é o que caracteriza o modernismo enquanto heresia.
2) Os quatro institutos pensados em unidade levaram ao desenvolvimento de uma economia global pautada no protecionismo educador, feita de tal maneira a integrar os povos recém-descobertos à cristandade e a servirem a Cristo em terras distantes. Desta forma Portugal se tornou um império de cultura, não um império de domínio, como pretende ser a China.
3) Esse império foi jogado fora, sob a mentirosa alegação de que éramos colônia de Portugal. Agora, durma-se com um barulho desses!
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de março de 2020.
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