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domingo, 29 de março de 2020

Notas sobre a relação entre liberdade interior e realidade virtual

1) Realidade é tudo o que nos aponta para a realeza de Cristo, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Virtual é aquilo que é próprio das virtudes. Por isso, na sociedade do conhecimento - onde o computador é a ferramenta mais importante para se viver a vida fundada na liberdade interior em toda a sua plenitude -, você precisa ser necessariamente virtuoso antes de usar este meio para servir a Cristo em terras distantes.

3.1) Um sujeito virtuoso é amigo de Deus sem medida, que se santifica através do trabalho intelectual, seja escrevendo, seja ensinando, cantando ou falando algo edificante.

3.2) Se você é cheio de si até o desprezo de Deus, então esvazie-se de si e não use este meio com fins vazios, pois você promoverá o vício e não a virtude.

3.3) O indivíduo virtuoso é o meio pelo qual uma mensagem é passada é o meio é a mensagem, uma vez que a autoridade, própria do virtuoso, tem o escopo de aperfeiçoar a liberdade, que se funda no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Não é à toa que a Internet foi inventada por um Cristão.

4.1) O maior problema de uma realidade pautada no conhecimento (a chamada sociedade da informação, um tipo melhorado de sociedade pautada na confiança) é a cultura do liberalismo. E o liberalismo gera o relativismo moral.

4.2) Onde a liberdade é servida com fins vazios, ela abre o caminho para o totalitarismo, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora do Estado ou contra o Estado. Por isso que nós vemos na rede social a ação dessas milícias virtuais pagas pregando terrorismo e desinformação, a ponto de nos intimidar de todas as forças de modo a terem poder total sobre nós.

4.3.1) É por isso que Cristo disse para não termos medo. 
 
4.3.2) Sejamos santos, sejamos virtuosos. Escrevamos, reflitamos, produzamos cultura que aponte para Deus. O bom pensamento, fundado na virtude, move a ação - e a ação organizada leva a uma ação política que pode pôr fim a toda essa tirania que está aí.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de março de 2020.

sábado, 28 de março de 2020

Notas sobre o origem da palavra edifício

1) Edifício é basicamente ofício de edil.

2) Edil é um cargo da antiga república romana. E uma de suas funções era construir moradias para o povo de Roma. À medida que Roma se expandia e se tornava um império, a cidade se tornava uma metrópole.

3.1) A forma do prédios da época antiga era mais ou menos parecida como esta que nós conhecemos e eles começaram a ser construídos de modo a resolver o problema da moradia. Não é à toa que o nome desse tipo de moradia se chama condomínio edilício (feito de maneira prática, à maneira dos edis).

3.2) Muitos dos edis eram ligados à plebe e faziam parte do partido popular. Muitos deles foram simpatizantes de Júlio César, cuja ascensão e morte deu origem ao Império Romano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2020.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Sobre o que é história


1.1) Certa ocasião, estava ouvindo um vídeo no youtube que dizia que Tucídides estava trabalhando naquela época (a Grécia Clássica) num novo ramo da investigação da realidade: a pesquisa (em grego, História).

1.2.1) Esse trabalho foi feito paralelamente ao trabalho que Sófocles fazia na tragédia grega (por isso, esse trabalhos devem ser lidos em conjunto, se observarmos a técnica de Mortimer Adler sobre como devemos ler os livros).

1.2.2) Tanto a História da Guerra do Peloponeso quanto a tragédia de Édipo visavam explicar racionalmente a realidade da primeira peste documentada na História, ainda que por caminhos diferentes.

2.1) O caminho trilhado por Tucídides é complexo, pois a natureza desse trabalho contém filosofia, psicologia, antropologia, sociologia e literatura, toda uma confluência de saberes aplicados à investigação da realidade de modo a compreender de modo a se conhecer a verdade.

2.2) Buscava-se uma compreensão holística abrangendo tudo o que se conhecia até então para se explicar um dado particular. Por isso mesmo, essas investigações possuem íntima relação com o jornalismo investigativo, pois o presente conta o passado, a ponto de dar uma dica de como vai ser o futuro.

3) Enfim, essas ciências sociais que temos hoje (como sociologia, antropologia, psicologia), elas não passam de investigações de campo feitas de tal maneira a se obter um resultado específico: ter poder sobre a sociedade, não compreender a verdade. Afinal, tudo deve estar no Estado e nada pode estar contra o Estado ou fora dele.

4.1) Por isso, mesmo, não devemos levar a sério o que os cientistas sociais da USP fazem.

4.2.1) Tenham sempre em mente que é preciso sempre investigar a realidade, que é em Deus fundada.

4.2.2) Como a vida em sociedade é um dado da realidade humana, então é um dado histórico, não sociológico, pois isso é verdade há tempos imemoriais, desde que o mundo foi criado - e verdade conhecida é verdade obedecida, como dizia Platão. Não se trata de uma invenção humana, mas de uma criação divina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2020.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Notas sobre a Política dos Estados de nosso tempo, comparada com a da época de Campos Sales, que resultou no café-com-leite

1.1) No tempo de Campos Sales, a Política dos Governadores (também chamada de Política dos Estados e que mais tarde serviu de base para a política do café-com-leite) era feita da seguinte forma: o interesse da União era definido pela forma como pensavam os Estados.

1.2) Era conciliando o interesse de todas as oligarquias que, unidas, elas ferravam com o Brasil. Assim, com as oligarquias satisfeitas, o presidente podia desmandar, agir como um tirano absolutista, mais do que na própria monarquia - que havia sido banida, por ser considerada um "atraso".

2.1) Hoje, nós temos o contrário disso, pois todos os governadores estaduais estão trabalhando contra a União e contra os interesses da população, a ponto de desservir ao bem comum. Os governadores se tornaram de fato presidentes estaduais e estão desobedecendo à Constituição e agindo como se fossem apátridas.

2.2) Como são todos comunistas, não se pode negociar nem conciliar o interesse dessa gente, que é fora da realidade, visto que não deixam as pessoas prosperarem nem progredirem.

3) O que vemos hoje é a política do "leite estragado", capitaneada por Doria e Witzel, pelo eixo Rio-São Paulo.

4.1) Tanto a velha política quanto a nova política dos estados é movida pela ambição estúpida, por gente cheia de se si até o desprezo de Deus, a ponto de dizer que devemos chamar um dia essas pessoas de "Suas Majestades, os presidentes do Brasil Doria e Witzel". 
 
4.2) Definitivamente, esse império precisa vir abaixo, tal como na época do bota-abaixo do prefeito Pereira Passos, que modernizou a cidade do Rio de Janeiro, então capital do meu país.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Notas sobre Bolsonaro, enquanto descompasso entre a sinceridade e falta de autoridade, enquanto falta de santidade

1) De que adianta a autenticidade, de que adianta falar a linguagem do povão, se você não guarda os mandamentos de Deus?

2) O Brasil de hoje é uma comunidade imaginada pela maçonaria - ele foi concebido a partir da mentirosa alegação de que Portugal era explorador, de que a Igreja Católica era má e de que a monarquia era um atraso de vida. E o povo aculturado que temos é resultado de toda uma política pública voltada para nos tornar alheios da nossa origem portuguesa e da missão de servir a Cristo em terras distantes. E o Bolsonaro é a personificação dessas coisas - ele espelha o que há de pior no povo, neste ponto. É um produto da maçonaria republicana que nos domina há mais de 130 anos.

3.1) Se independência pressupõe não-sujeição, então que não nos submetamos ao domínio dos maçons e dos comunistas, mas ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos mandou que servíssemos a Ele em terras distantes.

3.2) A verdadeira independência do Brasil está naquilo que foi estabelecido em Ourique, pois nascemos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. Que o Brasil volte a ser o Império que foi criado para Cristo em Ourique.

3.3.1) Não espere do Bolsonaro essa independência, pois ele não tem a imaginação moral necessária para saber o que isso significa.

3.3.2) Isso pressupõe que ele rompa com a maçonaria, com o passado militar e com a esposa herege - e eu duvido que ele abra mão dessas coisas que ele conserva de conveniente e dissociado da verdade.

3.3.3) A verdadeira revolução pede que se rompa com a maçonaria. Como ele, Bolsonaro, é inexoravelmente ligado a essa gente, então não há independência, visto que estamos sujeitos ao império de domínio destes animais que mentem em nome da verdade, nem que façam disso sua liberdade, sua igualdade, sua fraternidade, ainda que isso custe a morte. Então, que essa gente, esses maçons, morram, pois é isso o que eles merecem - eles traíram a Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Quando se trata de casar ciência com literatura, então toda ficção deve ser tratada como realidade especulada, mas sem exageros

1.1) Estou desenvolvendo uma nova técnica de escrever histórias: escrevo uma nota de diário e uma continuação dessa história no próprio corpo de texto. 
 
1.2) Se as histórias têm ligação, fundo os artigos a ponto de virarem uma coisa só; se se desdobrarem numa outra história paralela, elas viram outro artigo, a ponto de comporem um outro capítulo da história. É como escrever novela - e para isso, eu preciso escrever diariamente.

2.1) Se tivesse que escrever ficção, eu precisaria fazer com que a história tenha algum fundamento em alguma história que vivi ou que tomei de empréstimo, a ponto de querer ter vivido essa experiência, se minhas circunstâncias fossem favoráveis.

2.2.1) Mesmo que minha circunstância de vida não me permita viver certas coisas, ao menos posso especular sobre isso - e a especulação já me dá uma imagem mais ou menos pálida do que poderia ser se essa experiência fosse real, embora isto não substitua a experiência real, plenamente vivida.

2.2.2) Talvez eu esteja enganado - e não me incomodo de meu depoimento, que é provisório para estes casos, ser substituído pelo depoimento de alguém que viveu realmente estas experiências que examinei ao menos do ponto de vista especulativo.

3.1) Do ponto de vista literário, é assim que faz ciência.

3.2.1) Quando se parte do que se sabe para o que não se sabe, primeiro especulamos sobre certas coisas que gostaríamos de ter vivenciado, mas que não nos foram possíveis.

3.2.2) O que foi refletido fica sujeito à confirmação de uma segunda testemunha, que realmente passou por essas experiências. Ela poderá falar com mais propriedade se isso que falo faz sentido ou não.

3.2.3) Esse segundo testemunho confirmará o que digo do ponto de vista especulativo, a ponto de a ficção ser chamada também de realismo especulado ou possível. Quando casamos ciência com literatura, nós adotamos este expediente.

4.1) Tudo o que falei sobre nacionismo, eu falei do ponto de vista especulativo. Faltou-me o critério da verificação - eu nunca estive no exterior realmente para saber se o que falei fazia sentido ou não. As circunstâncias não me foram favoráveis: nunca tive dinheiro para viajar - e nos tempos em que vivo, está muito perigoso fazê-lo, visto que a Europa está cheia de muçulmanos - e eles são a negação do experimento em pessoa.

4.2.1) Se alguém me suceder na experiência a ponto de viver num tempo em que o Cristianismo esteja vivo e forte novamente, numa Europa livre dessa ameaça maometana, então essa pessoa poderá falar com mais propriedade sobre aquilo que falei e que só pude traçar uma idéia geral, um pequeno esboço, pois meu depoimento não passa de uma pálida idéia, de uma situação provisória - o que fará desta ciência uma tradição intelectual.

4.2.2) Como nada substitui a experiência real, então somente uma pessoa que tenha realmente vivido a experiência de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo pode falar com mais propriedade sobre o que falei ao menos no campo teórico, uma vez que a prática aperfeiçoa a teoria. Não me incomodo de nesta primeira geração eu ser apenas um mero teórico - gostaria de ter podido viajar, mas estes tempos, confesso, são muito perigosos.

4.2.3) Melhor que isso fique para outro momento, para uma outra geração ou para um contemporâneo meu que tenha condições de fazê-lo. Se aperfeiçoarem o que digo, eu fico satisfeito, uma vez que cumpri o que me propus a fazer, em Cristo Jesus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020 (data da postagem original).

Notas sobre a relação entre eleições, candidatura, autoridade e santidade

1) Quando você vai eleger um político, você vai dar autoridade a alguém. Se a verdade é fundamento da liberdade, então a autoridade, em Deus fundada, aperfeiçoa a liberdade.

2.1) Antes de se dar poder a alguém, o candidato precisa ser no mínimo santo.

2.2) Ele precisa ser santo na vida privada e santo na vida profissional - e precisa ter percorrido todo um caminho de honras com santidade, antes de ser agraciado com o cargo. Se o sujeito almeja ser deputado estadual, ele precisa no mínimo ter sido um bom vereador, por exemplo.

2.3.1) Afinal, a palavra "candidatura" vem de "candura", que é algo relativo aos anjos, os santos mensageiros de Deus.

2.3.2) Num governo de representação, o político é o porta-voz do povo. Considerando que a política foi descristianizada, então não faz sentido falar em candidatura, já que ninguém almeja a santidade - e isso fará a autoridade ser servida com fins vazios, o que levará tudo à anarquia.

3.1) Eis as impurezas do branco, já que os símbolos foram servidos com fins vazios, a ponto de serem flatus vocis.

3.2.1) Se você vissem essas coisas, se vocês tivessem inteligência para compreender essas coisas, vocês jamais votariam em alguém sem antes apurar se o sujeito tem no mínimo bons antecedentes criminais ou se ele não tem histórico de uma vida privada escandalosa, como ser divorciado ou  viver em adultério com alguém. 

3.2.2) Afinal, a santidade é a base da autoridade - quanto mais amigo de Deus for um político, mais liberdade entre nós, que amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo Cristo fundamento, haverá.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Que lição podemos tirar deste quadriênio (2018 a 2022)?

1) Nunca eleja um positivista para se combater um comunista, pois o positivista é tão revolucionário quanto um comunista.

2) Você não resolverá o problema da mentalidade revolucionária trocando isto por aquilo. O que haverá é quiproquó - a marcha revolucionária continuará, pois os conservantistas prepararão o caminho para os comunistas fazerem um mal ainda pior.

3) É do sucesso da liberdade servida com fins vazios que muitos defendem a radicalidade de tal processo. E isto tem causa quando se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.1) Maior exemplo de conservantismo que há é não fazer o Estado se sujeitar aos ensinamentos da Santa Madre Igreja.

4.2) Se a Igreja de Cristo é a mestra na verdade, como o Estado pode dizer o direito, dizer o certo e o errado, se ele não está escorado na verdade, na sã doutrina da Igreja? Isso não faz sentido!

4.3.1) Que me perdoem os eleitores de Bolsonaro, eu mesmo fui um deles, mas conservadorismo sério só haverá quando isto realmente acontecer. E nós precisamos imitar lideranças católicas como o presidente Duda da Polônia, este sim católico.

4.3.2) Prefiro ter como presidente um capacho de Kaczyński e que é realmente temente a Deus a ter alguém que, para se eleger, faz campanha em loja maçônica, a ponto de fazer literalmente o diabo para ganhar esta eleição. Isso para não falar que Bolsonaro é divorciado e vive em união adúltera com a atual esposa, que é protestante (portanto, herege).

4.3.3) Como um sujeito com esse histórico pode ser um grande líder com um histórico desse? Deus quer santidade - o político precisa ser exemplar tanto na política quanto na vida privada. Ele precisa ser mais santo do que um sapo, já que é um anfíbio, pois tem vida dupla - e nas duas precisa ser santo.

4.3.4) De nada adianta ele ser honesto na vida pública, a ponto de não ter nenhum caso de corrupção contra ele, se ele foi desonesto na vida privada, a ponto de cometer adultério, divorciar-se da mãe de seus filhos e viver em união adúltera com uma mulher que tem a mesma idade de seus filhos. E mais grave do que isso: como pode um homem com um histórico desse, cheio de pecados graves, ter a pretensão de consagrar o pais ao Sagrado Coração de Jesus? Você precisa de alguém com histórico de santidade, pois do contrário isso será servido com fins vazios, o que será uma grave ofensa a Cristo.

4.3.5) Se a estratégia da consagração se tornou parte do salvacionismo imanente, então é um sintoma claro de que as pessoas perderam literalmente o senso das proporções. Eis o sinal de que vamos amargar tempos muitos ruins daqui pra frente. Esta é que é a verdade!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Notas sobre o choque dos impérios chinês e ouriqueano ou a grande batalha sobre o verdadeiro sentido da grande unidade

1) Guildas, feitorias e latifúndios, enquanto institutos que contribuem de modo a se construir toda uma infra-estrutura política e social de uma civilização, devem ser pensados numa grande unidade.

2) Essa grande unidade deve ser fomentada não para se dominar outros povos, mas para servir a Cristo em terras distantes. Esta é a grande diferença que separa o Império Chinês do império desejado por Cristo em Ourique.

3.1) Estes são os dois grandes impérios que certamente entrarão em choque.

3.2) Por enquanto, o Brasil está adormecido, desconhecedor de sua verdadeira história. Rejeitou Portugal e agora está rejeitando a verdadeira fé, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.1) Não creio que um milagre salve o Brasil por conta de todo esse consevantismo acumulado desde a odiosa secessão havida em 1822, indevidamente chamada de "independência". Para se fazer frente ao imperialismo chinês, você vai precisar revitalizar o verdadeiro Império que foi estabelecido para Cristo a partir do milagre de Ourique. E isso implica lutar contra a maçonaria - justamente a maçonaria que está gravitando em torno do Bolsonarismo e que o povo é incapaz de enxergar.

3.3.2) Se essa força nefasta for eliminada, o processo de concórdia entre as classes é iniciado de tal modo que todos amem e rejeitem as mesmas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a amizade no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, aquele constrói e destrói impérios, é a base da sociedade política. E naturalmente um clero realmente católico, realmente revestido de Cristo, governará a Igreja de maneira legítima, favorecendo com que a monarquia se concentre no governo civil e integre a todos de modo que a Santa Religião seja promovida em toda a terra. Sem isso, tudo não passará de falsidade.

3.3.3) A nossa luta é espiritual e tem impacto temporal. Ela pede estudo do Brasil verdadeiro, fundado em Ourique. Contra a grande unidade fundada no domínio, pensada na ambição de um homem ou de um partido, que se promova a grande unidade fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem! Sirvamos a Cristo em terras distantes - esta é a verdadeira batalha que realmente importa!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2020.

Comentários ao meu artigo de hoje

1.1) Para entender os primórdios da ZPE, quatro institutos devem ser pensados numa grande unidade: o latifúndio romano; a guilda medieval; a feitoria portuguesa (que na verdade é fenícia e que foi muito usada pelos romanos nas suas políticas clientelistas) e o engenho de cana-de-açúcar, enquanto conquista tecnológica decorrente das políticas de sigilo adotadas pelos portugueses e muito bem descritas nas obras de Jaime Cortesão.

1.2.1) Há algum tempo, eu escrevi um texto comentando a integração dos primeiros três institutos feitoria, guilda e latifúndio.

1.2.2) Esses três institutos integrados ajudaram no desenvolvimento da civilização européia cristã e pós-clássica, enquanto o engenho é um instituto que foi desenvolvido em Portugal no além-mar, a ponto de integrar o Velho Mundo ao Novo. Não gosto de usar o termo "medieval", visto que a sociedade que decorreu da queda da Roma dos Césares faz parte da chamada Antigüidade Tardia, cujo esplendor se perdeu por conta do renascimento do paganismo, que é o que caracteriza o modernismo enquanto heresia.

2) Os quatro institutos pensados em unidade levaram ao desenvolvimento de uma economia global pautada no protecionismo educador, feita de tal maneira a integrar os povos recém-descobertos à cristandade e a servirem a Cristo em terras distantes. Desta forma Portugal se tornou um império de cultura, não um império de domínio, como pretende ser a China.

3) Esse império foi jogado fora, sob a mentirosa alegação de que éramos colônia de Portugal. Agora, durma-se com um barulho desses!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2020.

Notas sobre os primórdios das Zonas de Processamento e Exportação

1.1) Durante o tempo dos descobrimentos, os portugueses fizeram do sigilo uma obsessão. 
 
1.2) A maior prova disso é que as as feitorias, além de obter recursos exóticos que não eram produzidos em outros lugares no mundo, eram uma forma de se obter informações sobre as demais potências estrangeiras que assediavam os povos que estavam sob a proteção e autoridade de Portugal. Por isso, as feitorias eram instrumentos da inteligência militar e diplomática a serviço do comércio e da propagação da fé cristã.

2.1) Muitas pesquisas secretas foram conduzidas com base nas matérias-primas que eram obtidas a partir dessa política de sigilo que Portugal conduzia nos territórios que povoava ou que estavam sob sua proteção.

2.2) Essas pesquisas secretas levaram ao fabrico de muitos produtos artesanais, cujo valor agregado gerava ainda mais mais lucro, após a exportação. O maior exemplo disso é o vinho do Porto, que era feito da uva cultivada em Portugal com o açúcar cultivado no Brasil.

2.3.1) A própria produção de açúcar mesma foi conduzida de maneira secreta. Foi a partir dela que se uniu a atividade industrial e agrícola de modo a formar a primeira agroindústria propriamente dita: o engenho.

2.3.2) Graças a essa tecnologia, era perfeitamente possível estabelecer uma atividade econômica planejada. E esse planejamento se dava nas câmaras republicanas, onde as classes produtivas das cidades (através do princípio da concórdia entre as classes, tão bem apontado na encíclica Rerum Novarum) decidiam o que iam produzir em comum acordo de modo que todos se beneficiassem com a riqueza criada em comum. Uma espécie de plano diretor da cidade era estabelecido de tal forma que a matéria-prima criada na vila era processada nas guildas de artesãos das próprias vilas de modo a serem exportadas para outros países da Europa. E para isso se valiam da extensa rede comercial que Portugal construía nos quatro cantos do mundo, enquanto servia a Cristo em terras distantes, por conta daquilo que foi estabelecido em Ourique.

3) Os primórdios da ZPE (Zona de Processamento e Exportação) podem ser traçados a partir da teoria do sigilo dos descobrimentos portugueses e do protecionismo educador decorrente do fato de se tomar as terras recém-descobertas como um mesmo lar em Cristo, a ponto de os povos nativos serem tomados como também partícipes da missão de servir a Cristo em terras distantes.
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2020 (data da postagem original).

segunda-feira, 16 de março de 2020

Novos ensaios sobre a cegueira ou estudos para uma sociologia do absurdo

1) Interrogações insistentes são sintomas de histeria - sinal de que feri o ego de uma alma conservantista. A maior prova disso é que reproduzi o prefácio de Ernest Hambloch para a obra Sua Majestade, O Presidente do Brasil. O prefácio foi escrito em 1934. Acreditam que teve gente que viu nisso uma crítica ao bolsonarismo?

2) Ou o bolsonarismo renovou o presidencialismo ou isso é ignorância grosseira sobre o assunto. Não é toa que colho a reação das pessoas, através de suas interrogações insistentes e histéricas, como dados sociológicos que me servem de base para escrever os artigos que escrevo. Como não sei escrever literatura, isso me leva a elaborar uma sociologia do absurdo, já que a ignorância no Brasil não tem limites.

3.1) Ferir essas almas que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade é a melhor forma de derrotar a esquerda, ainda que se digam de direita, nominalmente falando. Há pelo menos uns 500 tons de vermelho nesse verde-amarelismo - 1 para cada ano de quinhentismo.

3.2.1) Vamos ver com quantos paus-brasis se faz uma boa Cúria Romana, pois a república não passa de canoa furada.

3.2.2) Era através do pau-brasil que se extraía o escarlate que era usado nas vestes principescas do Cardeal, daquele que morreria por Cristo, imitando o exemplo dos mártires.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2020.

Por que o rico precisa vender tudo o que tem, quando se converte a Cristo?

1) Quando uma pessoa materialmente rica, que era cheia de si até o desprezo de Deus, é convertida em ubogi (em pobre que é amigo de Deus), a primeira coisa que ela faz é uma terra arrasada: ela vende todos os seus bens de modo a viver a vida sob a dependência de Deus (e o catolicismo, a conformidade com o Todo que vem de Deus, é exatamente isso).

2) Conforme vai progredindo na fé, mais ela é chamada para servir a outros ubogis. E a riqueza, neste ponto, é uma prerrogativa que é destinada para se servir ao bem comum. Se sirvo bem a Deus, então Deus faz de mim um príncipe (bogaty) de modo que eu sirva a outros Cristos-mendigos.

3.1) Quando a pessoa é cheia de si até o desprezo de Deus e é muito apegada a seus bens materiais, então esse processo de morrer para si de modo que Cristo possa reinar nessa pessoa é o mais doloroso, o mais difícil. É por meio desse processo que o biedny vira ubogi, pois a purificação se dá pelo fogo, pela dor, pois a verdade só se aprende conservando a dor de Cristo e não nos prazeres da vida material. Trata-se de um quase-exorcismo, pois é assim que os ricos deixam de ser uma classe ociosa e passam a ser uma classe produtiva, fundada em Cristo, visto que usam a sua riqueza e suas habilidades de estabelecer atividade economicamente organizadas de tal maneira que o Santo Nome de Deus seja publicado em terras distantes, seja aqui no Brasil ou mesmo nos confins da Amazõnia, ou até mesmo na Lusitânia Dispersa.


3.2.1) O verdadeiro homem cristão se purifica no fogo e é forjado ao longo dos anos.

3.2.2) Tal como o bronze, ele precisa ser o espelho da forma e o vinho da mente de Cristo. Como é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que vive nessa pessoa, sua vida pessoal será um verdadeiro evangelho, um verdadeiro tributo em sangue que deve ser dado a quem derramou seu sangue na cruz pelo perdão de nossos pecados. Só assim que conservamos a dor de Cristo, a ponto de sermos conservadores.

3.2.3) Se não temos a serva do Senhor como a nossa mãe e advogada, como daremos testemunho da verdade, a ponto de estarmos à direita do Pai?


José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2020.

Da fraqueza moral e espiritual dos conservantistas, quando se trata de combate moral e espiritual

1.1) Conservantistas não passam de falsos bravos.

1.2) Ainda que recebam uma boa injeção de testosterona espiritual - por meio do sebastianismo que move esta terra, que por sua vez é movido através da ação do Espírito Santo, constituído na forma de Império e que foi enviado de modo a fazer a obra de Cristo, tal como foi estabelecida em Ourique -, eles não passam de um incrível exército de Brancaleone. Se a guerra for prolongada, posto que se funda na eternidade, a moral deles fica arrefecida, pois tudo a eles se reduz a razões pragmáticas, pois só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) Se o sebastianismo é injeção de testosterona espiritual, então é fundamental que alma esteja muito bem alimentada na verdade, por meio de eucaristia. Esta guerra contra a república e contra a mentalidade revolucionária é uma guerra espiritual - e ela tem que ser ganha através da freqüência assídua aos sacramentos.

3.1) A instrumentalização do sebastianismo com o intuito de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade não torna um biedny um ubogi.

3.2) O biedny pode ser rico ou pobre, mas não é amigo de Deus - e para ser amigo de Deus, ele precisa se emendar. E para isso é preciso combater.

3.3.1) O combate é um ato de amor - lutamos para que nossos inimigos se emendem e se convertam.

3.3.2) Quando eles se emendam, ele viram ubogis - e conforme vão progredindo na fé, vão se transformando em bogatis, pois a verdadeira riqueza vem de Deus e ela foi feita para servir ao bem comum de modo que amemos e rejeitemos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.3) O homem cheio de si até o desprezo de Deus precisa ser destronado de modo que Deus reine nessa pessoa - e se essa pessoa ocupa cargo importante, Cristo reinará nessa nação.
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2020.

Por que minha rede social online não decorreu da minha base social real?

1) Em qualquer sociedade sadia, toda base social online começa a partir de uma base social real. Você adiciona pessoas que conheceu na vida real, pessoas que têm realmente algo a acrescentar.

2) No meu caso, eu nunca encontrei pessoas que fossem realmente amigas do conhecimento. Eu sempre encontrei imbecil pelo caminho. No colégio, sempre fui vítima de bullying, por ser muito diferente dos outros, por conta de gostar muito de estudar.

3) Essa geração que me achincalhou no colégio chegou à faculdade junto comigo (não eram as mesmas pessoas, mas tinham mais ou menos a mesma idade que a minha). Muitas se tornaram esquerdistas. Apenas um colega daquela época está aqui: Heitor-Serdieu Buchaul. Ele é o único que conheci pessoalmente antes da vida online.

4) Da vida online, eu conheci o Helleno De Carvalho e o Felipe Lamoglia. Ou seja, do universo de mais de 500 pessoas, eu conheço apenas 3. Não dá nem 1%.

5) Não faz sentido, portanto, argumentar que deleto uma pessoa "do bem" ou "do mal", haja visto que não convivi com essas pessoas. As que conheci pessoalmente antes da vida online, eu nem as adicionei - além não terem nada a acrescentar, eu também não sou masoquista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2020.

Notas sobre o bolsonarismo enquanto suposta (ou pretensa) renovação do absolutismo presidencial

1.1) Uma coisa que tem me chamado a atenção é a ignorância do brasileiro com relação à sua própria História. 
 
1.2) Quando ofertei o livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil - que é uma crítica ao presidencialismo, aos males que esse tipo de regime sempre praticou -, nego pensou que fossem críticas ao Bolsonaro, ignorando todos os outros que lhe antecederam.

2) A impressão que tenho é: ou ele renovou o presidencialismo (a ponto de todos os presidentes anteriores se reduzirem a meros pavimentadores de caminho para ele, a ponto de ser uma espécie de Messias do regime,  justamente por ter Messias no nome - o que é uma baita ignorância da realidade) ou deve ser algum tipo de ignorância mesmo. E conservar isso conveniente e dissociado da verdade é estar à esquerda do Pai.

3.1) Uma pessoa como Loryel Rocha, se visse o que presenciei na minha página de escritor (de pessoas fazerem várias interrogações insistentes em razão do prefácio que Ernest Hambloch fez para a obra, escrita em 1934), apostaria na tese de que o presidencialismo estaria sendo renovado a base de muita injeção de sebastianismo, uma espécie de testosterona espiritual, fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3.2) Mas a verdade é que nem o presidencialismo, nem o parlamentarismo branco prosperarão no Brasil, dado que esses regimes conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.3.1) O Brasil foi feito para servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. E por isso, o primeiro cidadão do Brasil (o príncipe de Bragança, que é vassalo de D. Sebastião desde seu desaparecimento em Alcácer-Quibir), governa o Brasil enquanto ele não retorna de seu exílio, já que D. Sebastião é o verdadeiro rei - por isso, sucessor de D. Afonso Henriques, vassalo de Cristo.

3.3.2) Por essa razão, o regente - uma figura mais precária que o vassalo - deve ser mais fiel a Cristo tanto quanto o verdadeiro ungido, até porque é figura provisória. Ele deve ser leal na missão de servir a Cristo em terras distantes, dando continuidade a esse serviço público estabelecido de modo a propagar a fé Cristã.

3.3.3) Como o metal da coroa não se corrompe em razão da verdade que pesa sobre a cabeça do soberano, já que honrá-la em nome de Cristo é de grave responsabilidade, é bom que o vírus coroado (o "coronavírus") se propague pelo bem de todos nós, em toda a América Portuguesa. E isso certamente afetará Portugal e os antigos domínios de Além-Mar, incluindo a Lusitânia Dispersa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de março de 2020.

Como cordeiro enviado em meio aos lobos - notas sobre a natureza da minha rede social

1) Há quem me diga: "Dettmann, você deletou fulano, que é uma pessoa do bem..."

Eu respondo:

2) Ao contrário da maioria dos meus contatos, minha base social online não decorreu de colegas de colégio, de colegas de faculdade, de colegas de trabalho ou mesmo de pessoas de minha própria paróquia. Só uma ou outra pessoa é que conheci pessoalmente, enquanto todas as demais eu conheci online, fazendo o trabalho que sempre fiz aqui.

3.1) Quando deleto alguém, não deleto por conta de caráter, pois não tive a oportunidade de conviver com esta pessoa num certo ambiente por um certo tempo, como a escola, a faculdade ou o ambiente de trabalho. Eu geralmente deleto por divergência de idéias. Não é da minha natureza brigar - por isso, prefiro me afastar por um tempo para só depois voltar.

3.2) Outro exemplo é quando vejo a pessoa apoiar certas coisas que condeno e sinto que não tenho competência para chamar a atenção da pessoa de modo que ela se emende, visto que ela se fechou demais para a verdade ou está fazendo o jogo dos vermelhos. Para estas situações, deixo-a quebrar a cara sozinha de modo que ela busque se reconciliar com Deus primeiro para só então se reconciliar comigo.

3.3) Em geral, eu olho para o que a pessoa mais ama: se a pessoa está conservando alguma conveniente e dissociada da verdade, isso é indicativo de que devo me afastar. O conservantismo é caminho do demônio. E mesmo que a pessoa seja "do bem," o respeito humano por um conservantista pode ser um verdadeiro câncer, um verdadeiro veneno.

4.1) O único local onde vocês podem me encontrar é na Paróquia Nossa Senhora de Fátima no Pechincha. Estou sempre lá aos domingos, à noite. Nunca fugi de uma conversa olhos nos olhos, com Deus como testemunha.

4.2.1) Como muitos são de outros lugares do Brasil e só buscam os lugares mais badalados do Rio de Janeiro, certamente acabam não levando em consideração esta parte do Rio menos nobre da qual eu faço parte - o que só confirma o que venho falando a respeito do conservantismo.

4.2.2) Se viessem por conta do que faço, eu garanto que passaríamos um bom tempo conversando e nos entendendo. Mas esse tipo de coisa não vai acontecer, pois isto é para poucos, para os destemidos, para os que servem a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de março de 2020.