Alberto Barbosa: aqui (no Nordeste) é tão desprovido de senso de ancestralidade que muita gente idosa acha que o Brasil sempre foi assim.
Dettmann: Eles são as maiores vítimas da República.
Alberto Barbosa: O Nordestino valoriza MUITO a raiz indígena, acho que é por causa da literatura que exaltava o bom selvagem de tempos atrás. Para eles, a herança portuguesa é meio vergonhosa.
Dettmann: Quinhentismo. Eu falo tanto isso.
Alberto Barbosa: E o pior é que ninguém fala nada.
Dettmann: É preciso combater o quinhentismo no Nordeste. Quinhentismo e coronelismo são sinônimos.
Alberto Barbosa: Às vezes, gostaria de ter o orgulho de saber de que parte de Portugal veio minha parentela, pois me vejo como luso-brasileiro. Mas é tipo um tabu ter orgulho de europeu!
Dettmann: Aliás, somos todos lusos-brasileiros. Eu mesmo defendo a restauração do Império e do Reino Unido.
Alberto Barbosa: Não sei se você já se sentiu como se parte da identidade faltasse. Me sinto assim porque só conheço até meus avós.
Dettmann: Já me senti isso. Depois que conheci esse meu parente distante, que estuda genealogia, foi aí que comecei a conhecer a história da família, do tempo em que eles vieram pro Brasil. Minha Família tem parte que veio dos Açores e parte do Trás-Os-Montes. Ele sabe a História da Família até 1700 e alguma coisa.
Dettmann: Um amigo meu, que estudou comigo na Faculdade, sabe a história da Família até a Idade Média.
Alberto Barbosa: Que bacana ter gente assim! Infelizmente, a única coisa que herdei foi só o catolicismo.
Alberto Barbosa: A gente devia ter um banco genealógico, tipo os americanos.
Dettmann: Sim. E é por aí que se forma a verdadeira aristocracia. E esse processo foi interrompido com a república.
Alberto Barbosa: tem uma lenda aqui de que temos muito sangue Judeu, por conta dos primeiros colonizadores.
Dettmann: Muitas são as pessoas com sobrenomes contendo nomes de animais. E esses eram geralmente cristãos novos.
Alberto Barbosa: Os testes pra ver se tem costumes judaicos na família são falhos, pois isso virou costume no interior: não varrer a casa de trás pra frente; Não apontar pras estrelas e nem conta-las; Não ingerir sangue, muito menos comer carne de porco.
Alberto Barbosa: A minha avó materna orava com a testa no chão, que nem muçulmano. Os velhos tinham costumes estranhos, pois parece que o interior congelou no tempo.
Dettmann: Entendo.
Alberto Barbosa: Dettmann, o que você acha das línguas estranhas?
Dettmann: Não tenho opinião formada. Até porque nunca presenciei isso.
Alberto Barbosa: Já vi muito. A minha avó tinha o costume estranho de batizar os filhos da Igreja Católica e frequentar a evangélica. Por isso que tenho muitos amigos que são evangélicos pentecostais.
Alberto Barbosa: Eu sei que Deus influencia a Igreja e a vida deles por causa dos testemunhos que eles dão, mas nunca entendi esse lance de línguas estranhas.
Dettmann: O Olavo tem uma explicação sobre isso.
Alberto Barbosa: Qual?
(nesse momento, mostro estas falas do Olavo:
Olavo de Carvalho: No momento em que Deus dita Suas Palavras numa língua em particular, Ele as LIMITA às possibilidades daquela língua. É por isso que Ele dá aos apóstolos do dom DAS línguas e não de uma língua só.
Olavo de Carvalho: Deus criou o universo do NADA, mas ditou os livros da Bíblia em línguas que já existiam. Só isso basta provar que o universo tem precedência temporal e ontológica.
Alberto Barbosa: Então, o professor Olavo acredita que Deus deu o dom de falar em várias línguas e não o dom de falar uma língua em particular?
Dettmann: O dom de línguas é um dom universal. Quando se evangeliza nas diferentes línguas, você faz com que os países sejam tomados como se fossem um lar, em Cristo. Pois você ganha mais conhecimento quando aprende a nuance das mais diferentes línguas. Por isso que traduzir é um processo de adaptação - e é na adaptação que se cria.
Dettmann: Quando se toma o país como se fosse religião, tudo se reduz a uma língua particular: a língua do governo. Por isso que ser monoglota é algo ruim para a inteligência, pois Deus deu o dom de línguas - a Sola Scriptura e o nacionalismo são intimamente ligados, por conta disso.
Alberto Barbosa: faz sentido.
Alberto Barbosa: Eu não sou muito bom em inglês, mas o pouco que sei foi o suficiente pra me tornar amigo de um protestante sul-Africano. Como se fossemos da mesma comunidade! Enfim, Não existem grandes diferenças culturais entre nós graças a Cristo. Foi aí que percebi que a minha comunidade cristã local (bairro, paróquia, etc) é "católica", pois me aloca numa cultura universal e local ao mesmo tempo.
Dettmann: Esse é o sentido do nacionismo. O local serve ao universal. Por isso que devemos tomar o país como um lar, em Cristo. Aliás, a grandeza de Portugal está em casar a causa nacional a algo universal; servir a Cristo em terras distantes. Sem isso, não haveria os descobrimentos Portugueses. Tudo decorre do Crucificado de Ourique.
Alberto Barbosa: É por isso que entendo os teus textos - isso se faz porque, muitas vezes, trazem do fundo algo que eu penso e não exteriorizo.
Alberto Barbosa: Eu tenho uma dúvida: essa promessa é pra Portugal, enquanto nação, ou é pra todo o povo lusitano espalhado pelo mundo?
Dettmann: É pra todo o mundo português. Todas as terras que foram colonizadas por Portugal são herdeiras da promessa, pois o acessório segue a sorte do principal. Se não fosse assim, não nos libertaríamos do quinhentismo, pois a fraternidade universal seria questionada. O Brasil deixaria de ser uma nação católica viraria uma nação protestante.
Alberto Barbosa: Você já teve alguma experiência metafísica com Deus?
Dettmann: Já. Toda vez que medito sobre as reflexões que escrevo, eu tenho a impressão de que o Espírito Santo me fala as coisas e eu só anoto. Aliás, sempre tive o costume de invocar o Espírito Santo antes e depois de escrever. E costumo orar, enquanto e quando estou escrevendo. É por isso que digo as coisas que digo.
Alberto Barbosa: Meu sonho é escrever sobre a influência do Espírito Santo. É uma espécie de desejo oculto e inevitável que tenho no coração.
Alberto Barbosa: Eu confesso que essa sua tecla particular do Cristianismo, para a Nova Direita, é a única trava pra Direita não se tornar algo trágico, pois contém o nacionalismo ranheta dos militares. E Deus tá me ajudando desde que comecei a também a bater nesta tecla.
Dettmann: Eu sei o que é direita - é o que está à direita do Pai. Tudo o que decorre de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade está à esquerda, em seu grau mais básico. Por isso essa Nova Direita é na verdade esquerdireita. Falsa Direita. Pois o nacionalismo é insincero.
Alberto Barbosa: Por isso que não respeito a direita que não se funda na Fé.
Dettmann: Exatamente. São tão esquerdistas quanto os esquerdistas.
Dettmann: Você foi um dos poucos que compreendeu tudo o que disse. Muita gente é bem cabeça dura, por mais claro que eu seja.
Alberto Barbosa: Toda direita atéia pra mim é uma perversão. Eu vejo nos seus textos, Dettmann, que está presente essa necessidade de que eu estava tanto falando, de modo saber de que onde viemos e para onde vamos.
Alberto Barbosa: Pra mim, Portugal é uma extensão do Brasil.
Dettmann: Na verdade, o Brasil é desdobramento da tradição que nasceu em Portugal, por força de Ourique. Por isso que o descobrimento é o dia do desdobramento.
Dettmann: Isso mata o quinhentismo. Por isso que falo que nossa história vai de 1139 a 1889. E o que temos é um espectro de História hoje, com a República.
Alberto Barbosa: Se aprendêssemos a história aos moldes que você apresenta, teríamos quase mil anos de História. Acabaríamos com essa miséria cultural e acabaríamos abrindo novos horizontes.
Dettmann: Exatamente. Contando de Ourique, seríamos um país tão antigo quanto novo, por força do desdobramento em terras americanas. Não seria preciso falar em patrianovismo, por conta do quinhentismo. Mas em pátria renovada, por conta do desdobramento que houve da tradição fundada em Ourique em terras americanas, com o descobrimento do Brasil.
Dettmann: a maior prova de termos uma casa real fora da Europa se deve justamente a isso.
Alberto Barbosa: Você tem uma tese boa pra a reforma do ensino da história. Escreva um livro, pelo amor de Deus!
(nesse momento mostro minha página de escritor: https://www.facebook.com/pages/Jos%C3%A9-Octavio-Dettmann/1738263579734105)
Dettmann: Estou começando na forma de perguntas e respostas, pois é para as pessoas entenderem as coisas do modo mais claro possível.
Alberto Barbosa: Vou postar textos seus na minha página e, quando aparecer pelo Recife pra algum evento, estaremos lá pra prestigia-lo. Tua tese é forte!
Dettmann: Obrigado!
Dettmann: Eles são as maiores vítimas da República.
Alberto Barbosa: O Nordestino valoriza MUITO a raiz indígena, acho que é por causa da literatura que exaltava o bom selvagem de tempos atrás. Para eles, a herança portuguesa é meio vergonhosa.
Dettmann: Quinhentismo. Eu falo tanto isso.
Alberto Barbosa: E o pior é que ninguém fala nada.
Dettmann: É preciso combater o quinhentismo no Nordeste. Quinhentismo e coronelismo são sinônimos.
Alberto Barbosa: Às vezes, gostaria de ter o orgulho de saber de que parte de Portugal veio minha parentela, pois me vejo como luso-brasileiro. Mas é tipo um tabu ter orgulho de europeu!
Dettmann: Aliás, somos todos lusos-brasileiros. Eu mesmo defendo a restauração do Império e do Reino Unido.
Alberto Barbosa: Não sei se você já se sentiu como se parte da identidade faltasse. Me sinto assim porque só conheço até meus avós.
Dettmann: Já me senti isso. Depois que conheci esse meu parente distante, que estuda genealogia, foi aí que comecei a conhecer a história da família, do tempo em que eles vieram pro Brasil. Minha Família tem parte que veio dos Açores e parte do Trás-Os-Montes. Ele sabe a História da Família até 1700 e alguma coisa.
Dettmann: Um amigo meu, que estudou comigo na Faculdade, sabe a história da Família até a Idade Média.
Alberto Barbosa: Que bacana ter gente assim! Infelizmente, a única coisa que herdei foi só o catolicismo.
Alberto Barbosa: A gente devia ter um banco genealógico, tipo os americanos.
Dettmann: Sim. E é por aí que se forma a verdadeira aristocracia. E esse processo foi interrompido com a república.
Alberto Barbosa: tem uma lenda aqui de que temos muito sangue Judeu, por conta dos primeiros colonizadores.
Dettmann: Muitas são as pessoas com sobrenomes contendo nomes de animais. E esses eram geralmente cristãos novos.
Alberto Barbosa: Os testes pra ver se tem costumes judaicos na família são falhos, pois isso virou costume no interior: não varrer a casa de trás pra frente; Não apontar pras estrelas e nem conta-las; Não ingerir sangue, muito menos comer carne de porco.
Alberto Barbosa: A minha avó materna orava com a testa no chão, que nem muçulmano. Os velhos tinham costumes estranhos, pois parece que o interior congelou no tempo.
Dettmann: Entendo.
Alberto Barbosa: Dettmann, o que você acha das línguas estranhas?
Dettmann: Não tenho opinião formada. Até porque nunca presenciei isso.
Alberto Barbosa: Já vi muito. A minha avó tinha o costume estranho de batizar os filhos da Igreja Católica e frequentar a evangélica. Por isso que tenho muitos amigos que são evangélicos pentecostais.
Alberto Barbosa: Eu sei que Deus influencia a Igreja e a vida deles por causa dos testemunhos que eles dão, mas nunca entendi esse lance de línguas estranhas.
Dettmann: O Olavo tem uma explicação sobre isso.
Alberto Barbosa: Qual?
(nesse momento, mostro estas falas do Olavo:
Olavo de Carvalho: No momento em que Deus dita Suas Palavras numa língua em particular, Ele as LIMITA às possibilidades daquela língua. É por isso que Ele dá aos apóstolos do dom DAS línguas e não de uma língua só.
Olavo de Carvalho: Deus criou o universo do NADA, mas ditou os livros da Bíblia em línguas que já existiam. Só isso basta provar que o universo tem precedência temporal e ontológica.
Alberto Barbosa: Então, o professor Olavo acredita que Deus deu o dom de falar em várias línguas e não o dom de falar uma língua em particular?
Dettmann: O dom de línguas é um dom universal. Quando se evangeliza nas diferentes línguas, você faz com que os países sejam tomados como se fossem um lar, em Cristo. Pois você ganha mais conhecimento quando aprende a nuance das mais diferentes línguas. Por isso que traduzir é um processo de adaptação - e é na adaptação que se cria.
Dettmann: Quando se toma o país como se fosse religião, tudo se reduz a uma língua particular: a língua do governo. Por isso que ser monoglota é algo ruim para a inteligência, pois Deus deu o dom de línguas - a Sola Scriptura e o nacionalismo são intimamente ligados, por conta disso.
Alberto Barbosa: faz sentido.
Alberto Barbosa: Eu não sou muito bom em inglês, mas o pouco que sei foi o suficiente pra me tornar amigo de um protestante sul-Africano. Como se fossemos da mesma comunidade! Enfim, Não existem grandes diferenças culturais entre nós graças a Cristo. Foi aí que percebi que a minha comunidade cristã local (bairro, paróquia, etc) é "católica", pois me aloca numa cultura universal e local ao mesmo tempo.
Dettmann: Esse é o sentido do nacionismo. O local serve ao universal. Por isso que devemos tomar o país como um lar, em Cristo. Aliás, a grandeza de Portugal está em casar a causa nacional a algo universal; servir a Cristo em terras distantes. Sem isso, não haveria os descobrimentos Portugueses. Tudo decorre do Crucificado de Ourique.
Alberto Barbosa: É por isso que entendo os teus textos - isso se faz porque, muitas vezes, trazem do fundo algo que eu penso e não exteriorizo.
Alberto Barbosa: Eu tenho uma dúvida: essa promessa é pra Portugal, enquanto nação, ou é pra todo o povo lusitano espalhado pelo mundo?
Dettmann: É pra todo o mundo português. Todas as terras que foram colonizadas por Portugal são herdeiras da promessa, pois o acessório segue a sorte do principal. Se não fosse assim, não nos libertaríamos do quinhentismo, pois a fraternidade universal seria questionada. O Brasil deixaria de ser uma nação católica viraria uma nação protestante.
Alberto Barbosa: Você já teve alguma experiência metafísica com Deus?
Dettmann: Já. Toda vez que medito sobre as reflexões que escrevo, eu tenho a impressão de que o Espírito Santo me fala as coisas e eu só anoto. Aliás, sempre tive o costume de invocar o Espírito Santo antes e depois de escrever. E costumo orar, enquanto e quando estou escrevendo. É por isso que digo as coisas que digo.
Alberto Barbosa: Meu sonho é escrever sobre a influência do Espírito Santo. É uma espécie de desejo oculto e inevitável que tenho no coração.
Alberto Barbosa: Eu confesso que essa sua tecla particular do Cristianismo, para a Nova Direita, é a única trava pra Direita não se tornar algo trágico, pois contém o nacionalismo ranheta dos militares. E Deus tá me ajudando desde que comecei a também a bater nesta tecla.
Dettmann: Eu sei o que é direita - é o que está à direita do Pai. Tudo o que decorre de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade está à esquerda, em seu grau mais básico. Por isso essa Nova Direita é na verdade esquerdireita. Falsa Direita. Pois o nacionalismo é insincero.
Alberto Barbosa: Por isso que não respeito a direita que não se funda na Fé.
Dettmann: Exatamente. São tão esquerdistas quanto os esquerdistas.
Dettmann: Você foi um dos poucos que compreendeu tudo o que disse. Muita gente é bem cabeça dura, por mais claro que eu seja.
Alberto Barbosa: Toda direita atéia pra mim é uma perversão. Eu vejo nos seus textos, Dettmann, que está presente essa necessidade de que eu estava tanto falando, de modo saber de que onde viemos e para onde vamos.
Alberto Barbosa: Pra mim, Portugal é uma extensão do Brasil.
Dettmann: Na verdade, o Brasil é desdobramento da tradição que nasceu em Portugal, por força de Ourique. Por isso que o descobrimento é o dia do desdobramento.
Dettmann: Isso mata o quinhentismo. Por isso que falo que nossa história vai de 1139 a 1889. E o que temos é um espectro de História hoje, com a República.
Alberto Barbosa: Se aprendêssemos a história aos moldes que você apresenta, teríamos quase mil anos de História. Acabaríamos com essa miséria cultural e acabaríamos abrindo novos horizontes.
Dettmann: Exatamente. Contando de Ourique, seríamos um país tão antigo quanto novo, por força do desdobramento em terras americanas. Não seria preciso falar em patrianovismo, por conta do quinhentismo. Mas em pátria renovada, por conta do desdobramento que houve da tradição fundada em Ourique em terras americanas, com o descobrimento do Brasil.
Dettmann: a maior prova de termos uma casa real fora da Europa se deve justamente a isso.
Alberto Barbosa: Você tem uma tese boa pra a reforma do ensino da história. Escreva um livro, pelo amor de Deus!
(nesse momento mostro minha página de escritor: https://www.facebook.com/pages/Jos%C3%A9-Octavio-Dettmann/1738263579734105)
Dettmann: Estou começando na forma de perguntas e respostas, pois é para as pessoas entenderem as coisas do modo mais claro possível.
Alberto Barbosa: Vou postar textos seus na minha página e, quando aparecer pelo Recife pra algum evento, estaremos lá pra prestigia-lo. Tua tese é forte!
Dettmann: Obrigado!
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