1.1) Sobre os malefícios da televisão como ferramenta de cultura de massa, nós temos estes dois livros: homo videns e a sociedade do espetáculo. Tudo o que é voltado para o nada, para o vazio, passou a ser objeto de atração - e isso serviu aos propósitos revolucionários.
1.2) Nestes dois livros, as coisas estão muito bem documentadas, posto que a televisão foi ao longo do século XX um poderoso instrumento de construção de comunidades imaginadas, fundadas no homem, pelo homem e para o homem como se este fosse o senhor de seu próprio destino e não Deus.
2.1) Para se combater o liberalismo e o comunismo é preciso que a verdade seja fundamento da liberdade. É preciso que as coisas recebam a sua justa destinação.
2.2) Qual é seria a justa destinação de uma televisão? Fazer do belo um espetáculo, uma experiência inesquecível. Se é voltado para toda a sociedade, isso edifica uma civilização. Exemplo disso, são os concertos de música erudita.
2.3.1) Quando é voltado para o âmbito das famílias, isso amplia ainda mais o amor. Exemplo: assistir sua namorada ou esposa escrevendo algo inteligente, com a possibilidade de corrigir seus erros, enquanto ela escreve.
2.3.2) A atividade intelectual voltada para Deus se torna um espetáculo para os que dela participam e os que estão nela envolvidos passam a se admirar constantemente, o que gera um amor verdadeiro. Não há amor mais verdadeiro se esse amor não se tornar um fenômeno, um espetáculo pessoal, um exemplo de cultura pessoal a ponto de se tornar uma experiência inesquecível para quem participa da experiência.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2020.