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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Notas sobre o princípio da subsidiaridade e a questão do governo de representação no âmbito das empresas

1.1) Se aquele que organiza uma atividade economicamente organizada concentra muito poder em poucas mãos, então a tendência é ele pagar um salário menor, uma vez que haverá uma espécie de concorrência onde há muitos candidatos para poucas vagas. E a tendência é contratar o mais qualificado pelo menor preço possível. 

1.2) O empregador examinará o currículo formalmente e tenderá a usar da energia do empregado, sem se importar com o seu caráter. Por conta da impessoalidade, a tendência é haver uma demissão sem justa causa, uma vez que a atividade economicamente organizada reduziu-se tão-somente a ganhar dinheiro, uma vez que a riqueza se tornou sinal de salvação, onde os eleitos, os salvos de antemão, humilham os condenados à miséria de antemão, em razão do abuso de um suposto direito conservado de maneira conveniente e dissociada da verdade, uma vez que o mundo não foi dividido por eleitos e condenados, pois é Deus é uma pessoa boa, jamais perversa, a ponto de ser chamado de demiurgo (coisa que não existe).

2.1) Se aquele que organiza uma atividade economicamente organizada começa fazendo isso com o apoio da sua própria família, então a tendência é ele recrutar uma pessoa da sua confiança - e essa busca tende a se dar em terras distantes. Como lealdade e honestidade são bens escassos, então esse dado do caráter já preenche qualquer currículo, a ponto de este empregador pagar a passagem do empregado bem como o lugar onde ele vai se hospedar de modo a exercer suas funções muito bem.

2.2) Se esse empregado leal e confiável tiver experiência, a tendência é ele ser um representante do empregador e aí ele vai contratando gente que ele conheceu em outros lugares onde trabalhou - e a tendência é contratar gente que comungue dos mesmos valores, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que sejam tão honestos quanto esse que vai administrar a empresa para o empregador.

2.3) Assim como o empresário se torna uma espécie de rei, o gerente se torna uma espécie de primeiro-ministro da empresa, a ponto de representar o rei nos assuntos onde ele não está presente. Logo, o gerente se torna uma espécie de intercessor entre o patrão e o empregado.

3.1) Uma pequena empresa não necessita de sindicatos - o próprio gerente faz a mediação entre o patrão e eles, a ponto de criar uma concórdia entre a classe patronal e a classe produtiva da empresa. 

3.2.1) Só numa economia impessoal é que se faz necessária uma negociação no campo institucional, a ponto de haver um sindicato patronal e um sindicato dos empregados. 

3.2.2) Como tudo tende a estar no Estado, a ponto de nada estar fora dele ou contra ele, a tendência é que os pedidos sejam destituídos de fundamento, uma vez que a lei estará divorciada da verdade, que é Cristo. Só num Estado totalitário a justiça é uma ilusão - e um trabalhismo fascista se beneficia exatamente disso, pois dizer o direito está reduzido aos interesses do Estado, às razões do Estado, que é ser tomado como se fosse um Deus, a ponto de o verdadeiro ser deixado de lado, esquecido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2018. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Notas sobre uma lição que podemos tirar dos romances policiais

1) Quando você busca o conhecimento disperso, você tende a acumular informações. E quanto mais informações você tiver, a tendência é você acabar se intrometendo em questões que não lhe dizem respeito ou que são espinhosas demais para um determinado indivíduo, tal como vemos em histórias de detetives.

2) As histórias de detetives escritas por Chesterton e outros autores de romances policiais apontam muito para o perigo de concentrar muito poder em poucas mãos, principalmente no tocante ao acúmulo de muitas informações que se encontram dispersas na sociedade. Se esse acúmulo não tiver um limite, você acabará invadindo a intimidade alheia, a ponto de fazer chantagens e extorsões.

3.1) O Estado tomado como religião acabará pervertendo a ordem social fundada na confiança, quando manda seus agentes de modo a colher informações que não aquelas de modo a solucionar um determinado crime.

3.2) Se isso ocorrer, o princípio constitucional da honra, da vida privada e da intimidade será servido com fins vazios, fazendo o país cair num totalitarismo tremendo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2018.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Comentários sobre o último Conselheiro Acácio

1) Desde a ascensão do PT, este partido viveu pregando o ódio, a ponto de dividir o país na base do "nós contra eles".

2) Loryel fala que o fenômeno do Bolsonarismo não é nada bom, como se o Bolsonaro pregasse o ódio também. Que eu saiba, eu não lembro de o Bolsonaro pregar ódio. Ele só prega a aplicação do direito contra esse bando de criminosos.

3) Os pecados que este partido cometeu são muitos e são odiosos. Eles são incapazes de todo e qualquer arrependimento. Se estamos com sangue nos olhos a ponto de querer que justiça seja feita, então é isso que vai ocorrer.

4.1) Dizer que isso é ódio também é estar defendendo moderação no tocante à aplicação do direito. E essa moderação no tocante ao exercício da justiça, da legítima defesa, é um desserviço à própria verdade - isso é um tipo de conservantismo.

4.2) Bem que desconfiava do conservantismo do Loryel. Ele me bloqueou por causa disso - e o que ele falou no último Conselheiro Acácio está me apontando que minha suspeita estava certa. Certo está o Olavo em criticar este tipo de conduta. E eu assino embaixo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2018.

Referência:

domingo, 23 de setembro de 2018

Notas sobre a Polônia como a medida de muitas coisas, aqui no Brasil

1) Alguns dizem que polonês não é uma língua importante. 

2) No entanto, 50 milhões de habitantes falam este idioma, que é o segundo mais importante idioma dentre as línguas eslavas. Isso dá um quarto da população do Brasil.

3) Nós temos 120 milhões de eleitores. Para se eleger um presidente, você precisa ter uma Polônia de votos e mais um pouco.

4) O polonês é a língua de São João Paulo II e a Polônia, segundo meu padrinho, é o único pais do mundo cristão onde a abstenção de comer carne às sextas é cumprida à risca. O catolicismo lá é levado tão a sério que podemos dizer que a Polônia é atualmente a maior nação cristã do mundo. Pode não ser em quantitativo de pessoas que se declaram católicas, mas certamente é a que tem mais gente fiel a Jesus Cristo, a ponto de fazê-lo seu Rei. Só uma nação pode ser comparada à Polônia de hoje: Portugal, Brasil e Algarves.

5.1) Para muitos, o português não é muito importante - e isto é próprio da mentalidade americanófila. Muitos dos que nasceram nesta terra dizem que o polonês não é importante justamente por força dessa influência americanófila, que coloniza o imaginário dessa gente. Não é à toa que essa gente - que apenas nasceu no Brasil biologicamente falando, mas que vive conservando o que é conveniente e dissociado da verdade - não vê o que deve ser visto e terminará sendo desterrada.

5.2) Os EUA podem sucumbir, mas a Polônia resistirá porque é forte - e isso não pode ser subestimado. E aprender a língua de um povo forte é honrá-lo a ponto de tomar a Polônia como um mesmo lar em Cristo junto com o Brasil, enquanto parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2018.

sábado, 22 de setembro de 2018

Um subsídio para se contar a História do Brasil

1) Certa ocasião, eu vi uma postagem do Olavo dizendo que o Bolsonaro é um daqueles raros casos na História em que o candidato ganha a eleição sem ter participado da própria campanha (até porque ele sofreu um atentado do qual está se recuperando, o que gerou uma tremenda comoção popular).

2) Mas há um caso na História do Brasil em que o candidato estava na Europa e foi eleito Presidente do Brasil. Isso aconteceu na República Velha - o presidente eleito foi Epitácio Pessôa.

3.1) Nem dá para comparar a eleição na época da República Velha com a atual.

3.2) Na Primeira República, os conchavos se faziam nas sombras, nas lojas maçônicas, sobretudo na Bucha da USP. Era bem provável que o nome de Epitácio Pessôa tivesse sido escolhido previamente por meio de um acordo de cavalheiros, uma vez que as eleições eram feitas a base de bico de pena, pois havia muita fraude. Como o voto era aberto, os eleitores sofriam intimidação física por meio dos capangas dos coronéis, sobretudo no sertão, onde havia voto de cabresto. Por essa razão, Epitácio Pessôa não precisava se preocupar com a campanha.

3.3) Nas atuais circunstâncias, por conta do atentado que Bolsonaro sofreu, seus correligionários fizeram campanha por ele, a ponto de antecipar o segundo turno já na primeira votação, uma vez que as eleições de 2014 foram marcadas pela fraude nas urnas eletrônicas, onde a recontagem de votos é impossível.

4) Embora a fraude nas eleições seja uma constante ao longo da História da República, podemos dizer que esta eleição é diferente das outras, uma vez que ela é conseqüência direta daquelas revoltas que aconteceram em 2013, em que o povo começou a exigir o impeachment de Dilma Rousseff e a reclamar a titularidade dos poderes constitucionais, a ponto de querer acabar de vez com esse estado infernal de coisas que marcou tanto a Nova República, que quase levou este país ao comunismo.

5) As redes sociais expuseram aquilo que a imprensa escondia - e a casa caiu. Esta foi a razão da mudança, a qual está em curso desde então.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2018.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Conservantismo não é conservadorismo

1) Se você está na dúvida em quem votar, eu também não sei em quem me apoiar. A lei nos vê como órgão e somos obrigados a votar. E por força da lei positiva, tomada como se fosse religião, a lei natural somos obrigados a negligenciar.

2) O Bolsonaro, ao contrário da crença popular, ele não é conservador: ele é conservantista quanto às exceções que há ao aborto, tanto no Código Penal quanto na jurisprudência do STF, que está a legislar nesta seara. Se você acha Bolsonaro o super-homem, o mito, o Messias, então você confunde o real com o virtual - você estará votando em Super Mário e vai terminar entrando pelo cano. Você, cedo ou tarde, vai se dar mal, ao tomar um homem como a medida de todas as coisas, a ponto de dar todo o poder a ele. Já tivemos muito homens fortes ao longo desta República - e eles só fizeram mais coisas ruins do que boas.

3.1) O conservantista é um tipo moderado de esquerdista que prepara o caminho para os radicais atuarem, uma vez que ele é relativista e pragmático, como são os liberais - os que edificam liberdade com fins vazios, puramente humanos.

3.2) O conservantista, por ser insensato, não é conservador; ele não conserva a dor edificadora de Cristo, causa da civilização, de admiração, uma vez que esta aponta para Deus. O conservantista conserva a aparência, a conveniência própria dos agentes da revolução - em alguns casos, ele acaba agindo como um idiota útil que serve aos propósitos da revolução, se o seu horizonte de consciência for limitado. Se você não souber perceber logo a diferença, ente um e outro, então você cairá do cavalo.

4) Confiar em conservantista é confiar puramente num homem rico no amor de si até o desprezo de Deus- é tomar um canalha qualquer como amigo e irmão. Isso causa excomunhão, uma vez que a conformidade com o Todo que vem de Deus pede que você tenha amigos adequados para a santidade: os santos.

Comentários:

1) Esta postagem é de 2014, mas que nunca publiquei. Na época, não sabia em quem votar.

2) Embora nesta eleição de 2018 eu vá votar em Bolsonaro, uma vez que ele é o único capaz de derrotar o establishment esquerdista, eu vejo que ele tem certos elementos que o colocam à esquerda do Pai, o que confirma a crítica que fiz à época - ele mantém as três exceções para o aborto existentes no Direito Brasileiro. Só por isso ele não é conservador, uma vez que ele não conserva a dor de Cristo, a ponto de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) O professor Carlos Nougué fez uma advertência nesta direção, de tal maneira a não abjurarmos de nossa fé. Vou publicar mais tarde, assim que puder. Nas circunstâncias em que se dão esta eleição, evidentemente ele é o mal menor - e este é o motivo determinante do meu voto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre educação, cultura e consciência, enquanto trindade

Oświaty - educação

świat - mundo

1.1) No polonês, educação implica cultivar uma visão de mundo.

1.2.1) Uma educação cristã visa necessariamente ensinar a criança a cultivar a dor de Cristo, uma vez que Ele é a verdade em pessoa.

1.2.2) Como cultura é a matriz da consciência, então a melhor de ampliar os horizontes e edificar boa consciência desde cedo é fazer os pais educarem seus filhos na virtude, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Quando se confunde educação com instrução, a educação implica cultivar a juventude nos valores do mundo, fazendo com que o horizonte de consciência das pessoas seja reduzido sistematicamente.

2.2) Isso vai contra a conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que devemos evitar o mundo, o diabo e a carne - essa trindade desgraçada fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que faz o homem ser rico no amor de si a ponto de desprezar Deus e a edificar liberdade para o nada.

3) Não é à toa que os comunistas querem abolir a família de modo que o Estado seja tomado como se fosse religião, uma vez que é na família que encontramos a resistência necessária a esse mal objetivo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2018.