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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Meditação filosófica sobre o trabalho

T (trabalho) = F (força) x D (deslocamento)

A) Força

1.1) No mundo físico, é força muscular, no sentido estrito do termo.

1.2) É da força dos músculos que vem a energia necessária para movimentar os mecanismos de modo a gerar energia e fazer com que um engenho produza alguma coisa com máxima eficiência possível.

2) Acontece que o ser humano não é só um corpo biológico, já que ele tem alma e espírito. Logo, uma outra força, que vem da personalidade, faz com que ele se organize e comece fazer girar a economia, no tocante a fazer o país ser tomado como um lar em Cristo. Esta força se chama força de vontade, coisa que decorre da sinceridade, da constante presença que este tem diante de um ouvinte onisciente, o qual não pode ser enganado. Este ouvinte onisciente é seu criador - e o homem, enquanto criatura, precisa estar em conformidade com o Todo que vem de seu criador - que é Deus, que é Pai e é onipotente - de modo que sua vida tenha sentido.
 
3.1) É da força de vontade que vem a capacidade aprender a realidade das coisas que estão ao seu redor de modo a buscar uma solução que favoreça não só a si mesmo, bem como a todos ao seu redor (inteligência).

3.2) Quando ele se organiza, ele começa a usar soluções que substituem a força física humana, que pode ser usada em outras atividades economicamente organizadas. Por exemplo, para mover um moinho, ele pode usar tanto o boi quanto o cavalo, assim como a água do rio ou a força do vento.

3.3.1) A força desses meios alternativos equivale a produção de vários homens trabalhando juntos e de maneira coordenada. Como essa atividade coordenada não pode ser feita de maneira constante, em razão do desgaste físico e mental, então o uso dessas forças alternativas constitui uma tremenda vantagem mecânica.

3.3.2) Trata-se de um notável fruto do engenho humano - e quando isso é feito na conformidade com o Todo que vem de Deus, esse feito se torna admirável, uma vez que torna livres outros seres humanos para segurem outros caminhos de modo a servir a Deus e a seus semelhantes, fazendo com que o princípio da santificação através do trabalho se torne um princípio constitucional, ainda que não declarado em lei positiva, uma vez que tal princípio se dá na carne de cada indivíduo, já que Deus é ouvinte onisciente de cada cristão. No entanto, quando o avanço tecnológico é feito fundado no amor de si até o desprezo de Deus, então ele acaba servindo de meio para fazer com que tudo o que é sólido - porque fundado em Deus - acabe se desmanchando no líqüido, no relativismo moral, a ponto de se desmanchar no ar, por conta da anarquia constante, uma vez que o trabalho deixará de ser santo e a riqueza passará se tornar sinal de salvação, num mundo artificialmente dividido entre eleitos e condenados, coisa promovida por algum demiurgo, que, em realidade, não existe, uma vez que Deus é uma pessoa boa e não má.

4) Talvez o maior desafio de nosso tempo talvez seja fazer com que a admiração das coisas não se volte para o nada. Deus deve e precisa ser a medida de todas as coisas, nunca o homem rico no amor de si até o desprezo de Deus.

Deslocamento:

1) O deslocamento é o produto da velocidade com o tempo.

2) Quando um corpo se move de maneira mais eficaz dentro de uma certa unidade de tempo, então podemos dizer que sua movimentação é eficiente, uma vez que o engenho está cumprindo muito bem a sua razão de ser, já que as coisas não são criadas do nada - as coisas têm um propósito, uma destinação: servir ao homem que, por sua vez, serve a Deus.

3) As coisas, quando agradam a Deus, servem à eternidade. Se elas servem à eternidade, então é mais sensato conservar estas coisas, pois elas apontam para a constante amizade com Deus. Deus é movimento - como isso é constante, então a eternidade é a razão de ser de todas as coisas. Há tempo para tudo - há tempo para semear, há tempo para crescer, há tempo para colher e há tempo para a terra descansar de modo que esta produza as coisas da mesma forma. Por isso mesmo, o tempo tem ciclos, que apontam para certas nuances da eternidade, que precisam ser vistas, uma vez que não são tão óbvias. Quando todos os ciclos são cumpridos, ocorre a revolução, a renovação das coisas, por conta do constante movimento das coisas.

4.1) No sentido físico do termo, onde o homem é lobo do próprio homem, o tempo só é relevante em tempos de urgência, em tempos de crise. Em caso de uma guerra, o tempo deve ser levado em conta, de modo que um engenho seja capaz de cumprir o seu propósito com máxima eficiência.

4.2.1) Quando o tempo é usado para promover o amor de si até o desprezo de Deus, coisa que se dá na cobiça, a riqueza decorrente disso acabará sendo usada com fins vazios. Logo, o enriquecimento geral da sociedade acabará sendo sem causa, uma vez que não foi Deus a causa dessa riqueza, mas o amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de converter a caridade na mais completa filantropia.

4.2.2) Filantropia é prerrogativa de uma classe ociosa, que não faz do trabalho um apostolado, uma razão para se viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.3) Como a filantropia está relacionada à vaidade, então a mão direita e a mão esquerda terminarão se vendo como imagens distorcidas de um mesmo espelho. Isso acabará gerando uma luta de classes, uma vez que a classe trabalhadora e a classe patronal acabarão se enxergando como uma imagem distorcida no mesmo espelho, a ponto de gerar conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida de maneira sistemática. Como o Estado será obrigado a dizer o direito em todos os aspectos do mundo trabalhista, então o Estado será tomado como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.

5) Esta é a revolução no sentido germânico do termo, pois ela foi feita para destruir tudo. E renovação não é destruição. A renovação vem de Deus - a destruição vem dos que são ricos no amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2018.  

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Notas sobre o cristianismo e o conservantismo pragmático inglês

1) O "conservadorismo", ou a "mentalidade conservadora" mais divulgada, é apenas o (limitado) ponto de vista anglo-saxão sobre a realidade, e não “o” ponto de vista do Cristianismo (ao menos o católico). Os anglo-saxões são os campeões da imaginação, da lógica e da força de vontade ("empreendedorismo"), mas estas qualidades, sem a apreensão da realidade, não podem perfazer uma perspectiva exatamente cristã.

2) Quando a Inglaterra, com Henrique VIII, rompeu com a fé católica, os ingleses mergulharam no abismo metafísico (ao qual já caminhavam desde Ockham, e cuja expressão mais significativa é a desinteligência humeneana); seu "conservadorismo" é um conservadorismo "pragmático", que conserva "o que funciona enquanto funciona”, e não porque corresponda à verdade moral (dos mandamentos e da Lei Natural) conhecida como tal; ou também, nas palavras de Roger Scruton, um “conservadorismo empírico”, e não um “conservadorismo metafísico” (jusnaturalista, que procura fundamentar racionalmente a moral).

3) Scruton é bastante honesto quando diz que esse conservadorismo não se identifica com uma “visão cristã”, simplesmente. Conservadores como ele se atêm aos “valores cristãos” enquanto herança cultural, mas não enquanto valores eternos, indissociáveis da religião, da graça. Conservadores assim terminam reduzindo a fé a uma expressão cultural, “exotérica”. Este conservadorismo situa-se no plano da “imanência”: o presente deve conservar o passado para preservar o futuro. Evidentemente isso tem seu valor na atividade política, mas o que quero deixar claro é que esse tipo de “luta” não se identifica exatamente nem deve ser tomada como “a” batalha do cristão.

4) O “conservadorismo metafísico” tem em vista o “eterno” (ou o “clássico”, o supratemporal); neste sentido, não se opõe, por exemplo, a um são “progresso” ou, melhor, "desenvolvimento", na área das políticas sociais, sempre que o exija a realidade social, à luz do princípio da subsidiariedade da Doutrina Social da Igreja (a defesa da mulher e da criança é um “progresso” cristão em relação ao paganismo, e o abortismo “atual” é retrógrado). Desta forma, “conservar” ou “desenvolver” têm valor em relação ao bom ou ao melhor. Isto explica a grandeza de um Cardeal Newman, de um Chesterton, de um Tolkien, e dos chamados “anglo-católicos” (como C.S. Lewis): eles souberam conciliar as virtudes britânicas com a fé cristã.

Joathas Bello

Facebook, 20 de setembro de 2018.

https://web.facebook.com/permalink.php?story_fbid=437184043473180&id=100015447638450

Postagem relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/09/notas-sobre-relacao-entre-utilitarismo.html

Comentários:

José Octavio Dettmann: 

1) Eu chamaria esse "conservadorismo" de conservantismo pragmático inglês.  

2) Conservam o que funciona, com base no princípio do enquanto bem servir, tendo por fundamento critérios humanos ricos no amor de si até o desprezo de Deus. Se o que bem servir é dissociado da verdade, então ele acaba gerando liberdade com fins vazios, relativizando o que há de mais sagrado.

3) Isso vai fazendo o que é sólido desmanchar no ar, através de uma dissolução lenta, gradual e segura em que o sólido vai para o líqüido e daí para o gasoso, para a anarquia. Vai edificando má consciência nas pessoas sistematicamente, sem que estas percebam.

O evangelho português fundado em Ourique é a liturgia adequada para o Brasil ser tomado como um lar em Cristo

1.1) Se para a liberdade política é preciso uma liturgia adequada, então a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus necessita que as pessoas sejam livres em Cristo, por Cristo e para Cristo, uma vez que Ele é a verdade em pessoa.

1.2) Como Ele deu a vida para nos salvar, então Ele instituiu um memorial, a eucaristia. É por meio dela que aprendemos a conservar a dor em Cristo a ponto conservar o que é conveniente e sensato de modo que isso nos aperfeiçoe no senso de amar e rejeitar as coisas tendo por Ele fundamento.

1.3) Esta é, portanto, a liturgia adequada de modo que os países sejam tomados como um lar em Cristo e não como se fossem religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.1) Quando veio a Revolução Francesa e com ela o pensamento liberal e maçônico, a lei escrita pretendeu substituir a lei que se dá na carne de cada um de nós pela lei positiva.

2.2.1) As sucessivas eras de nacionalismo e de salvacionismo denunciam que esta não é a liturgia adequada para os nossos tempos, uma vez que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, é a medida de todas as coisas. Toda pretensão de substitui-Lo será infrutífera.

2.2.2) A maior prova disso é que o Pai da Imperatriz Leopoldina disse a D. Pedro I para não se preocupar em fazer uma nova constituição para o país, uma vez que o senso de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique é a razão de ser todas as coisas que fazem o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como um lar em Cristo - e isso já basta.

2.2.3) Mas não é isso o que ocorreu - D. Pedro e José Bonifácio separaram o Brasil de Portugal, inventando a falsa alegação de que o Brasil foi uma colônia. Já estamos entrando na oitava constituição - e o que podemos perceber é que esta liturgia decorrente da secessão é inadequada.

3) Acho que seria melhor voltarmos a ser parte do Reino Unido e honrar as nossas origens, nosso mitologema, nossa razão de ser.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2018.

Postagens relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/09/toda-libertacao-politica-necessita-de.html

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira:  O pior não é isso! Eles recusaram as decisões de uma constituinte eleita democraticamente por todo o império.

O problema seria que os portugueses estavam dominando e subjugando o Brasil. Tudo bem! Mas depois de fazer uma constituinte só com brasileiros também a recusaram e impuseram uma constituinte eles próprios. Trata-se daquele princípio: "Sou democrata desde que o povo pense como eu!"

Toda libertação política necessita de um culto litúrgico adequado

1) Uma libertação política pressupõe um culto litúrgico adequado. Quando vai dirigir-se ao Faraó comunicando a mensagem de Deus, Moisés diz a rei do Egito que liberte os israelitas para que possam prestar culto ao Senhor no deserto.

2) Posteriormente, vemos que uma vez libertos da escravidão no Egito, antes de adentrarem a Terra Prometida, Israel recebe ordens minuciosas para o culto divino. Apenas após a perfeita instituição e realização adequada da liturgia própria do Antigo Testamento é que o povo eleito se coloca em marcha, rumo à conquista da Terra Prometida.

3) O análogo com o nosso tempo é inevitável: não haverá nenhuma libertação política satisfatória antes de uma correta e piedosa purificação da liturgia.

Edmundo Noir

Facebook, 20 de setembro de 2018.

Postagem original:

https://web.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2191646957740971&id=100006870648814&__xts__%5B0%5D=68.ARDMqlVx2J4h3fH-WernrEv1J9TJC_OpZZLZFqJJ4ipUJPC5a_DxVVIJfq0il3DAxravkJFJ4Ybf8LjVOKJ4P1-tnF0Y7a2JIvqYUSElBOihsatjL9tyqJmpTCqDV1Kj74-UGMtLn5nkScpO6_knDQ8BpwTzQyNvJ_PUIZjUWT-DBwAhXzUBCg&__tn__=-R

Comentários adicionais

Joathas Bello:  

1) Para quem crê, a adoração a Deus é o centro da existência. Para o católico, essa verdade revela a centralidade da Liturgia em sua vida. Esta deve ser escola de adoração, que nos ajude a viver o Mistério de Deus celebrado em seus ritos, vivendo a partir deste Mistério em nosso cotidiano.

2) Alguns sacerdotes, sob o pretexto de romper uma possível antinomia entre a Fé e a vida, procuram que a Liturgia, tida como incompreensível, seja mais "simples", mais "popular". A única coisa que conseguem é empobrecê-la, torná-la vulgar, banal. Assim, a vida (dessacralizada) transforma-se na regra da Fé, ao invés da Fé tornar-se a regra da vida! O resultado é um culto equívoco, muitas vezes dirigido à própria emoção, à mera fraternidade, às músicas e aos sacerdotes "animados"... – o que leva à desorientação espiritual.
 
3) Os momentos críticos da história de Israel, no exílio, nasceram durante as crises de adoração, durante períodos de idolatria. A questão litúrgica é de uma importância vital: vivendo equivocadamente a Liturgia, vivemos "desterrados", longe da Pátria Celeste! E nem mesmo encontramos o sentido de nossa tarefa no mundo... 

(transcrito deste blog: https://ictys.blogspot.com/2005/)

Notas sobre a relação entre nacionidade e economia

Aqui na cidade há quase um luto geral. O motivo: a falência de um tradicional supermercado local. O pessoal criou um sentimento pelo estabelecimento como se fosse um membro da família, uma vez que o viram nascer pequeno, crescer aos poucos e se consolidar como um grande supermercado - e agora tem gente que até chora, ao constatar sua decadência e morte (falência).

É algo muito bonito,  pois mostra uma visão econômica para além da contabilidade barata, uma vez que o mercado será vendido a uma grande rede. Em termos financeiros, a perda para economia local será mínima, mas  haverá uma perda do senso de se tomar o local como um lar, uma vez que é uma tradição de excelência e orgulho local que vai se perdendo.

Enfim, é uma bonita expressão do ethos nacional que ainda sobrevive ao avanço da modernidade.

Edmundo Noir

Facebook, 20 de setembro de 2018.

Link da postagem original:

https://web.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2192190144353319&id=100006870648814&__xts__%5B0%5D=68.ARBSUOkpigH6rEx2Tqqj6GrrSk1LqfjN-97FRsBUSfmFW0SFH-GVB05qWpc6JkYr2XEBUNV0crSU_FuZ_ZvZD6UeThzDVXrXhsb3sQ9xw6wSrBxiVTN76p3JBsdMefuT0vlZU53Tu1HcLokji7n6Q5ON4nq_Dg-M3L-nhI0EjtKZlvumIuWGgQ&__tn__=-R

O texto foi adaptado por mim, José Octavio Dettmann 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Da honra como o único bem que nenhum comunista é capaz de tirar de um indivíduo

1) Se propriedade é a acumulação das coisas ao longo do tempo, por conta da constante ocupação das coisas de modo a estabelecer uma atividade econômica organizada que perpassa as gerações, então os títulos de nobreza que uma família acumula, por conta dos relevantes serviços à nação, são também parte do conceito de propriedade - trata-se de bem imaterial, cujo acessório segue a sorte do principal, que é a honra de uma família.

2) E ao contrário dos imóveis, que podem ser tomados, os títulos de nobreza jamais são tirados, uma vez que isso decorre do caráter da família, que permaneceu constante ao longo das gerações. E o que foi acumulado por força da honra jamais será tirado por governo algum.

3) Os comunistas odeiam a nobreza porque o que foi acumulado em honras jamais será tirado por governo totalitário. E se um membro da nobreza é morto pelos comunistas, então seu martírio acabará servindo de semente para novos cristãos, que imitarão o exemplo desses mártires a ponto de se santificarem através do trabalho e darem a vida por Cristo por força disso.

4) Como as honras são estendidas a família, então os comunistas querem abolir a família justamente por isso: para que não haja nobreza no mundo. O próprio fato de haver uma sociedade proletarizada, onde a individualidade de alguém é dissolvida no coletivo, é a constatação de que a ordem social foi criada de tal modo a negar Cristo bem como a nobreza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2018.

Por que devemos preferir os livros aos filmes de Hollywood?

1) Há quem me diga que os filmes de Hollywood desconstroem o que digo nos artigos anteriores, a respeito da nobreza.

2.1) Ora, Hollywood não é parâmetro.

2.2) Desde os anos 1920, a indústria cinematográfica está intimamente ligada às idéias comunistas. Por isso, os filmes que retratam a nobreza não passam de peças de desinformação, de peças de subversão, a ponto de conservar por mais algumas gerações, de maneira conveniente e dissociada da verdade, a idéia de que a nobreza é algo nefasto.

3.1) Por isso que nunca fui cinéfilo na minha vida. Sempre preferi livros aos filmes.

3.2) Livros pedem o melhor esforço da parte de quem escreve. Como todo livro tem seu leitor, então somente os melhores livros são lidos pelos melhores leitores, que são poucos. Não é à toa que eles são caros. Com livro edifica alta cultura, então eles te levam ao compromisso com a excelência, condição essencial para a vida nobre, onde você vive na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3) Filmes, por sua vez, estão intimamente ligados ao entretenimento de massa. Por isso mesmo, servem mais à baixa cultura, pois fazem despertar os nossos instintos mais primitivos. E os filmes de Hollywood, enquanto peça de desinformação, servem mais a esse propósito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2018.