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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Aprendendo por números 1 - é melhor já ir se acostumando

45 (PSDB) - 15 (PMDB) = 30 (NOVO)

30 (NOVO) - 13 PT = 17 PSL

17 é o único número primo entre e 13 e 19. É melhor Jair se acostumando - do contrário, vá pentear macaco.

Aprendendo por números 2

3 x 2 x Santa Maria, Mãe de Deus = Seis Marias

seis marias - i = sesmarias

1) Servir a Cristo em terras distantes implica lavrar as sesmarias.

2) É colonizando, no sentido de lavrar o solo sistematicamente, que você começa povoando o país de modo que o país seja tomado como um lar em Cristo, já que é da terra que extraímos todas as riquezas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018.

Como fica o ensinamento de Platão numa cosmovisão ouriqueana?

1) Dizia Platão que verdade conhecida é verdade obedecida. Ele parte do pressuposto de que a geração mais velha já explorou o seu mapa circunstancial, experimentou de tudo e ficou com o que é conveniente e sensato, a ponto de conservar a dor de Cristo.

2) Se para a geração X nós temos um mapa descoberto, para a geração Y nós temos um mapa circunstancial encoberto. Para se ampliar o que se conhece, devemos explorar esse mapa também, ficar com o que é conveniente e sensato até conservarmos a dor de Cristo. Se juntarmos os mapas X e Y, teremos um mapa de dois mundos - e a história é narrada por conta da transformação que se dá por força das circunstâncias de cada geração, pois o que está descoberto revela novos caminhos encobertos.

3) A mesma coisa ocorrerá para a geração Z. Seu mapa circunstancial está encoberto - como Cristo é o alpha e o ômega de todas as coisas, os que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus explorarão todas as coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, pois tudo isso aponta para o sacrifício definitivo de Cristo na Santa Cruz.

4.1) Um estudo sensato da História abarca o mundo conhecido por três gerações, já que X,Y e Z correspondem a uma trindade, a três dimensões, a três horizontes de consciência da eternidade. Algumas coisas permanecerão as mesmas, enquanto outras coisas mudarão, pois as circunstâncias de X podem não ser as mesmas para Y e Z.

4.2) Uma vida lastreada pelas circunstâncias não é uma vida fundada no amor de si até o desprezo de Deus, o que caracteriza subjetivismo. Na verdade, ela pode servir como um caminho de modo a melhor responder a Deus e a servir ao próximo naquilo que você tem de melhor, em termos de vocação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Respondendo a uma pergunta de uma leitora

Gabi Marshall: José, qual é teu campo de estudos?

José Octavio Dettmann:

1) Meu campo de estudos é bem abrangente. Estudo Direito, História, Filosofia, Política, Economia e até Relações Internacionais. Estudo isso para responder a esta questão: de que forma devo tomar meu país como um lar em Cristo, sem incorrer no erro que a maioria comete, ao tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele?

2.1) Para responder a essa pergunta, eu geralmente dedico boa parte do meu tempo meditando sobre o problema, após leituras dos posts que coleto no face ao longo do caminho. Essas reflexões, essas meditações podem durar uma tarde inteira. Nos domingos, uma hora antes da missa, eu faço uma meditação com base no que li e escrevi. Sempre contemplo a cruz, de modo a encontrar a resposta, uma vez que esta investigação decorre de Cristo, uma vez que tem natureza cristocêntrica.

2.2) Além dos posts e das meditações, eu leio uma ou outra coisa dos livros que tenho na minha biblioteca e aí vou juntando as peças. Mas não me prendo a um livro só. Geralmente coleto pedaços de três ou quatro livros e faço a ponte entre eles, dentro daquilo que consigo compreender, é claro.

3.1) Essa pergunta só me é possível porque conheço a verdade: o Brasil foi povoado dentro da missão que os portugueses receberam de Cristo em Ourique, que é servir a Ele em terras distantes de modo a expandir a fé.

3.2.1) Isso é a prova cabal de que o Brasil não nasceu em 1500, mas em 25 de julho de 1139. Como Brasil é criação portuguesa, então devo estudar Portugal antes. Por essa razão, eu rejeito qualquer história do Brasil fundada na alegação de que o Brasil foi colônia, o que levou à secessão que se deu no dia 7 de setembro de 1822.

3.2.2) Como a secessão se deu numa mentira, então é falsa toda a cultura decorrente disso por ser vazia e nula, pois da mentira só se edifica tirania e relativismo moral, edificando liberdade com fins vazios. E a liberdade com fins vazios faz o país ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.3) Desde que percebi a diferença entre nacionidade e nacionalidade, eu tratei de meditar melhor sobre essas coisas.

4.1) Além dessas essas investigações no campo da nacionidade, também dediquei boa parte do meu tempo sobre a diferença entre conservadorismo e conservantismo. Enfim, essas são as minhas áreas de interesse, pois estes são os eixos centrais da minha pesquisa.

4.2) Obviamente, essas investigações são multidisciplinares e transdisciplinares, uma vez que estou transgredindo as fronteiras daquilo que foi conservado conveniente e dissociado da verdade, já que estou aprendendo a outra ponta que nos foi sonegada, que é a História de Portugal. Por isso, estou revendo todo o meu entendimento de História do Brasil, uma vez que as matérias que estudo estão interconectadas. Por isso que tento analisar as formas da forma mais abrangente possível.

5.1) Muito do meu trabalho foi influenciado pelo professor Loryel Rocha e uma outra parte foi influenciada pelo Olavo. E uma outra parte, no tocante à economia, fui influenciado pelo Angueth.

5.2) Como a academia é cheia de comunistas, eu comecei a desenvolver meu pensamento online, acompanhando o pensamento de vocês, na internet. Daí que você acaba vendo eu falar de tanta coisa, de forma tão abrangente.

6.1) Mas o objeto do meu estudo é este mesmo: nacionidade. Recomendo ler o livro Um Mapa da Questão Nacional, sobretudo o artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo?", de Katherine Verdery. Ela faz remissão ao trabalho de John Borneman, constante no livro Belonging in the Two Berlins.

6.2) A distinção entre nacionidade e nacionalidade surgiu num debate que Borneman teve com Gellner, que considerava que a história de um país se dava por eras de nacionalismo. Como o país é tomado como se fosse religião, então a constituição era reescrita de modo a reajustar a visão de que é preciso separar amigo do inimigo, tal como há em Carl Schmitt.

6.3) Como a investigação de Borneman se dá numa Berlim dividida pelo muro de Berlim, então eu percebi uma semelhança com o Brasil atual. Em primeiro lugar, há essa coisa criada pela secessão em 1822 - e há uma outra interna, em que o pessoal do Sul enxerga o pessoal do Nordeste como uma imagem distorcida num mesmo espelho.

6.4) Por isso que não tenho pressa em lançar um livro logo. O que quero é compreender algo que me chamou muito a atenção. E isso é a busca de uma vida inteira. Trata-se de um campo que não se esgota. É um assunto tão vasto, tão complexo que tenho dificuldade para falar sobre isso falando. Só consigo fazê-lo por escrito.

6.5) Talvez eu esteja sendo pioneiro nisto. Mas faço o que faço porque isto realmente me interessou.

José Octavio Dettmann: Agora que respondi à sua pergunta, posso saber a razão pela qual você me pergunta isso?

Gabi Marshall: A razão pela qual faço isso é porque acho interessante suas postagens. Gostaria de saber mais sobre a sua linha de raciocínio.

José Octavio Dettmann:

1) Como disse a base de toda a minha linha de raciocínio está naquele livro do Borneman, bem como nos vídeos do Loryel e no que o Olavo fala sobre mentalidade revolucionária, além das leituras que fiz no livro A Pátria Descoberta, de Gilberto de Mello Kujawski.

2.1) Estudo tudo isso para responder a esta pergunta: de que forma devo tomar um país como um lar em Cristo, sem incorrer no erro que muitos cometem, que é tomar o país como se fosse uma segunda religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele?

2.2) Faço esta pergunta porque tomo o Brasil como um lar por força daquilo que houve em Ourique. Por essa razão, rejeito tudo aquilo que decorre do dia 7 de setembro, pois isso nos levou a uma secessão fundada na falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, uma vez que isso edificou uma liberdade com fins vazios, coisa que só colaborou para construir um Estado totalitário. O Loryel tem vídeos sobre isso, que comprovam o que falo.

2.3) Como estou revendo meu pensamento de História do Brasil, então estou ampliando os horizontes, ao rejeitar a história falsa, inventada, feita à revelia da documentação portuguesa. Afinal, não dá pra compreender o que falo, tendo por base aquilo que é tradicionalmente ensinado, pois o que é tradicionalmente ensinado rejeita o Cristo de Ourique.

3) Enfim, essa é a base do meu raciocínio. Ela é pró-Reino Unido e pró-cristianismo. Por isso, eu recomendo que veja os vídeos do Loryel e essa base bibliográfica que te indiquei. Isso te dá uma idéia do que estou fazendo.

4) Comecei a tomar contato com essa idéia ainda na UFF, quando assistia aulas de História como ouvinte, no intervalo das minhas aulas no Direito. Essas aulas a que assisti como ouvinte eram voltadas para o mestrado. Lá tomei contato com o livro Um Mapa da Questão Nacional e foi através deste livro que tomei conhecimento desta palavra: nacionidade. E foi aí que comecei a estudar esse assunto a fundo.

5) Só comecei a escrever pra valer a partir de 2014, depois que terminei os estudos. De lá pra cá, foram mais de 4 mil reflexões em meu blog. Só não publico um livro agora porque o país está num irracionalismo tremendo, pois se ponho algo diferente daquilo que está estabelecido, então sou crucificado.

6.1) Esta é a linha que sigo, já que eu gostaria que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves voltasse a existir, agora que sei a verdade. Por isso que escrevo. Eu o faço numa linha de proposição, pois estou tentando semear consciência nessa direção. Só não me chame de "colonialista" por causa disso, ok (risos)?

6.2) Afinal, se Portugal foi aos mares por causa de Cristo, então por que Portugal nos trataria de forma inferior, uma vez que os melhores da gente portuguesa foram casados com as filhas dos chefes das tribos indígenas e africanas? Se o povo é tomado como parte da família, então o que temos são iguais, não inferiores.

6.3.1) O regime político colonial só faz sentido numa cosmovisão em que há eleitos e condenados, tal como há no protestantismo, como é o caso das 13 colônias da América do Norte.

6.3.2) Isso é a prova cabal de que a Inglaterra foi aos mares em busca de si mesma, uma vez que fez da riqueza sinal de salvação. E para dar pleno cumprimento a esta política, a este caminho desonroso, ela foi capaz de recorrer até mesmo à pirataria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2018.

Por que você precisa se universalizar, antes de estabelecer uma atividade economicamente organizada?

1) No livro O mistério do Capital, há a descrição de cinco efeitos que são próprios da ocupação das coisas de modo a realizar uma atividade economicamente organizada. São eles: a fixação dos bens do ativo; a fungibilidade entre ativos, a ponto de serem convertidos em dinheiro, o que viabiliza o intercâmbio; a integração entre as pessoas; a responsabilização patrimonial das pessoas e proteção às transações.

2) Neste artigo tratarei da fixação dos bens ativos. Essa fixação dos bens do ativo permite a formação da empresa, que é um complexo de bens destinado a produzir outros bens essenciais a saciar sistematicamente as necessidades humanas. Até você formar essa universalidade de direito, você precisará reunir muitas informações e muitos conhecimentos que estão dispersos na sociedade. Eis a universalidade de fato.

3.1) Mas esse conhecimento disperso não está só em uma única sociedade.

3.2) Você precisará tomar vários países como um mesmo lar em Cristo de modo que você acabe se universalizando de fato, como diz o Gilberto Kujawski em seu livro A Pátria Descoberta. Quando você faz isso, você cria as pontes necessárias de modo a integrar os conhecimentos num único sistema, o qual se encontra na sua própria família, pois é daí que virão os diplomatas perfeitos necessários de modo a integrar dois países, ainda que de culturas completamente diferentes - como a Polônia e o Brasil, por exemplo -, em um mesmo lar em Cristo.

3.3.1) Quando você organiza uma atividade econômica organizada, você está estabelecendo uma teoria de vida cuja prática deve se radicar no país onde você se instala em definitivo, ao estabelecer um determinado domicílio, a ponto de ser encontrado para responder publicamente pelas obrigações que você assume perante a sociedade na qual você vive.

3.3.2) É através do conceito de instalação, do casamento da teoria com a prática, que você põe em prática o que você aprendeu por força de haver tomado vários países como um mesmo lar em Cristo, por força de haver reunido conhecimentos dispersos de vários lugares do mundo. É a partir daí que você vai servindo aos seus semelhantes naquilo que você sabe, uma vez que você desenvolveu um jeito de ser - e esse jeito de ser acaba se tornando uma cultura, a ponto de se tornar uma atividade econômica produtiva que vai beneficiar a sociedade como um todo, por conta daquilo que você faz, uma vez que você precisa se universalizar de tal maneira a poder conhecer o seu próprio país, na sua essência - e isso precisa se dar fora do Brasil também. Afinal, não somos uma China, que criou uma muralha para se isolar do mundo e criar um mundo à parte.

4.1) O segredo para se universalizar começa quando estudamos as nossas origens, a partir de Portugal:

4.2) O país decorre da missão de servir a Cristo em terras distantes - por isso mesmo, ele é um desdobramento da missão que foi dada a Portugal, no continente americano.

4.3) Portugal é o que é porque sua razão de ser está em Cristo - por isso, lutou contra os muçulmanos de modo a expandir a fé.

4.4) Portugal faz parte da Europa, cuja civilização foi edificada a partir da ordem romana, da filosofia grega e da vida fundada na conformidade com o Todo que ve de Deus.

4.5) Portugal é um país ibérico - por isso, nossas raízes são ibéricas, como as da Espanha, nunca anglo-saxãs.

4.6) Portugal serviu a Cristo em cada um dos cinco continentes. Como somos uma nação de lingua portuguesa, então de certo modo somos cidadãos do mundo por força disso. Nós deveríamos aprender mais sobre a presença de Portugal nesses países também, já que fomos parte desse império fundado em Criso. E esse império é nossa casa comum, nosso bem comum.

4.7.1) Portugal faz parte da União Européia. Como somos portugueses, então somos europeus de ultramar, além de americanos.

4.7.2) Por isso, devemos fazer as pontes entre o Mercosul e a União Européia, além de colaborarmos com a CCLP de modo a refundar o que foi estabelecido em Ourique. É por essa razão que a teoria do que digo deve se radicar no Brasil, uma vez que conheço muito bem o contexto brasileiro, já que eu vivi a vida inteira no Brasil.

4.7.3) A experiência das relações de Portugal com os outros países europeus neste bloco não pode ser desprezada, já que ela nos interessa também. Como há descendentes de italianos, alemães, japoneses, poloneses e de outros povos aqui, estes podem criar as pontes de modo que o Brasil como um todo saia beneficiado com o trabalho daqueles que têm dupla nacionalidade.

5.1) Se você não se universalizar, no sentido de ter consciência de todos esses fatores, então você estará condenado a viver deitado eternamente em berço esplêndido, num país condenado a ser monoglota. Você será forçado a tomar este arremedo de país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poder estar fora dele ou contra ele; a ser anticristão e a estar à esquerda do pai sistematicamente, a ponto de agir como um apátrida.

5.2) E essa apatria cria a falsa ilusão de que você é cidadão do mundo, já que o Brasil, desde a secessão de 1822, é uma escola de totalitarismo - e muitas de suas políticas governamentais serviram de modelo para a ONU, no sentido de centralizar as relações internacionais na figura da Assembléia das Nações Unidas, bem como no Conselho de Segurança da ONU de modo a criar uma Cosmópolis, um totalitarismo em escala global, o qual mata a nacionidade de nações inteiras, o que é uma grande ofensa a Cristo. 

5.3) É em Cristo que você se universaliza, assim como é em Cristo que você organiza uma atividade economicamente organizada a ponto de santificar a si próprio através do trabalho bem como a todos ao seu redor através dessa iniciativa particular, a qual acaba servindo ao bem comum a ponto de edificar uma ordem pública através da colaboração dos outros à sua atividade, de modo que cresçam juntos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de setembro de 2018.

domingo, 9 de setembro de 2018

Se a principal riqueza de um lugar serve de lastro para a moeda, então toda a cultura do lugar que produz tal riqueza é consagrada como modelo de virtude, uma vez que houve santificação através do trabalho

1.1) Quando se lastreia uma moeda na principal riqueza de um lugar, você necessariamente consagra um modo de ser, uma cultura e um estilo de vida como se fosse uma virtude, um caminho de santidade através do trabalho a ser seguido, sem excluir os demais.

1.2) Se a riqueza da Colômbia for lastreada em café, por exemplo, então toda a cultura da região cafeeira da Colômbia é consagrada, pois ela passa a ser tomada como modelo de virtude, um símbolo de pais tomado como um lar em Cristo. E esse símbolo o Estado pega emprestado da comunidade, a ponto de remunerar isso com juros, pois isso é servir confiança, uma vez que esse modelo de virtude é altamente produtivo e benéfico para o país como um todo.

2) A mesma coisa pode ser feita com a Argentina se lastrear sua moeda em trigo, pois a Argentina pode ser tomada como um lar por força de ser um celeiro do mundo.

3.1) Em artigo anterior eu havia dito que a indústria pode criar novos lastros quando transforma matérias-primas em outros produtos. Mantenho o que digo e acrescento mais um ponto: a indústria de serviços também tem essa capacidade de transformar.

3.2) Citemos o caso das casas de encontro, das cafeterias. O trigo da Argentina, se convertido em farinha, vira pão - e o café da Colômbia pode ser servido aos clientes. No Brasil, as padarias são também casas de encontro - muitos jogam conversas foram tomando um bom café. É muito comum discutir política nesses lugares.

3.3) Embora as casas de encontro não produzam um bem físico a ser usado como lastro, elas criam um bem intangível: uma cultura de encontro e de debates, coisa essencial para a vida espiritual da polis, que deve ser tomada como um lar em Cristo. É este tipo de coisa que muitos não vêem que precisa ser vista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2018.

Notas sobre nacionidade e economia aristocrática

1) Uma forma de tomar o pais como um lar é mapeando cada região de determinado país de modo a conhecer como as coisas são produzidas, uma vez que essas coisas estão lastreadas num modo de ser, numa cultura, num estilo de vida. E isso pode ser feito por meio do turismo.

2) Exemplo: se você visita a região cafeeira da Colômbia, você vai aprender muito observando como o café é lavado e como o café é plantado - e se tiver conhecimento de engenharia agrícola, você pegará um pouco da terra do lugar de modo a analisar a composição dela. Se não estou enganado, a terra da Colômbia é uma terra vulcânica - por isso que o café de lá é de excelente qualidade.

3.1) Se você prova o café da Colômbia e dá valor ao produto local, então você compra uma pequena propriedade na região e começa a produzir café de modo que este possa ser consumido no Brasil, uma vez que você está tomando a Colômbia e o Brasil como um mesmo lar em Cristo, a ponto de fazer da terra que você ocupa na Colômbia uma extensão do território nacional. Se você vai a terras distantes de a modo tomar um segundo país como um lar em Cristo, então certamente precisará manter laços com os parentes e amigos que se encontram no Brasil - e em tempos de rede social esta tarefa se tornou um pouco mais fácil. Afinal, eles serão seus primeiros clientes.

3.2.1) Uma vez feito o café e processado, este deve ser levado a uma casa de encontro. 

3.2.2) Inicialmente, isto pode ser feito na sua própria casa mesmo, reunindo os parentes e os vizinhos para uma boa conversa. Se eles gostarem do produto, você começa a vender café para eles - e este é o começo de uma atividade economicamente organizada. 

3.2.3) Até uma cafeteria ser aberta, o negócio precisa por vários estágios até chegar o dia em que você verá este café sendo consumido pelos fregueses abertamente na rua. Afinal, uma conversa inteligente é regada a doses cavalares de cafeína, uma vez que as cafeterias no século XVIII eram chamadas de "universidades do centavo". Nos tempos atuais, podem ser chamadas de "universidades do real", uma vez que uma xícara de café pode ser vendida a um real.

4.1) Com o passar do tempo, uma oportunidade de diversificação dos negócios pode surgir, se você tomar a Argentina como um lar junto com a Colômbia e o Brasil. Caso isso ocorra, é interessante ter uma pequena propriedade produtora de trigo trabalhando de maneira coordenada com a produtora de café, de modo a abastecer a casa de encontros que se encontra no Brasil.

4.2) Do trigo é produzida a farinha e daí vem o pão. Juntando o pão feito do trigo da Argentina com o café vindo da Colômbia, a cafeteria pode evoluir para uma padaria, o que faz com que as "universidades do real" agora passem a ser um lugar para se fazer corpo-a-corpo na política, a ponto de edificar ainda mais cultura, dando um ar ainda mais aristocrático ao ambiente.

4.3) Dessa trindade, você começa a estabelecer uma verdadeira integração ibero-americana através de uma economia de mercado fundada no encontro, uma vez que a padaria assimila o que há de bom da Colômbia e o que há de bom da Argentina de modo a produzir conversas acaloradas e inteligentes visando a promoção do bem comum e a melhorar o destino do pais como um todo.

4.4.1) Como esse tipo de economia de mercado se dá no encontro, numa liberdade servida, então que ela seja feita entre os melhores, entre os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

4.4.2) O maior desafio a este tipo de economia está na viabilidade - e a melhor forma de fazer um negócio ser viável é vivendo e se sociabilizando - só assim você conhece as demandas de cada cliente e se organiza, a ponto de atendê-las de maneira sistemática. É preciso fazer disso uma cultura e um estilo de vida - ela precisa ser um fato da sua vida real, antes de ser uma atividade que gere emprego e renda para todos os que forem colaborar contigo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2018.