Pesquisar este blog

terça-feira, 31 de julho de 2018

Da Individualidade como um dado da política - o caso dos que têm duas ou mais nacionalidades

1.1) Um indivíduo é aquele que não pode ser dividido em dois.

1.2) Logo, quem tem duas ou mais nacionalidades não pode ser dividido em dois ou três, uma vez que ser brasileiro, português e italiano fazem parte do ser, da essência daquela pessoa, a tal ponto que ela colaborará com estas três sociedades criando as pontes necessárias de modo que esses países sejam tomados como um mesmo lar em Cristo.

1.3) E por essa razão, ser proletário não é uma opção para este tipo de pessoa - ela precisa ser um exemplo para todos os outros, não importa onde esteja, já que está servindo a Cristo em terras distantes. Afinal, a quem muito foi dado muito lhe será cobrado - e o fato de ter duas ou três nacionalidades é um indício de que tem muita responsabilidade nas suas costas, a ponto de fazer disso uma cruz cujo madeiro é de chumbo.

2) Esta circunstância pessoal conta muito em política - e isso afeta quem está ao seu redor, seja se possui a mesma circunstância que a dele ou não. Se houver vários indivíduos assim, a ponto de formar uma comunidade votante, um colégio eleitoral, então essa circunstância sistematicamente distribuída se torna um sistema de política. Mas essa individualidade não pode se tornar individualismo, a ponto de o amor de si falar mais alto e assim desprezar Deus.

3.1) Esta pessoa não pode se submeter a uma cultura totalitária, onde o Estado tomado como se fosse religião exigirá que ele renuncie a algo que decorre da sua personalidade, daquilo que é próprio do direito de sangue ou de família.

3.2) Afinal, quem toma os países como um mesmo lar em Cristo buscará construir as pontes necessárias de modo que todas as comunidades da qual é cidadão em comum se beneficiem dessa circunstância pessoal, particular - e isso é uma espécie de distributivismo, pois ele morre para si de modo a beneficiar dois ou três povos, quando atua na política, uma vez que para ele a política é uma atividade ainda mais complexa por força desse dom que Deus lhe deu, que é tomar vários países como um mesmo lar em Cristo - e por isso ele precisa ser muito mais virtuoso, a ponto de ser um santo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 julho de 2018 (data da postagem original).

Postagem relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/07/sobre-o-potencial-de-fazer-engenharia.html

Lembrança da infância

1) Quando eu era pequeno, costumavam passar propagandas do governo incentivando o uso de camisinhas de modo que as pessoas não peguem AIDS.

2) Quando fazia frio, eu pedia à minha mãe uma camisinha para eu não pegar AIDS. Eu entendia literalmente, pois não sabia que AIDS era uma doença sexualmente transmissível - achava que se pegava essa doença da mesma forma que uma gripe.

3.1) Na época não havia faixa indicativa de idade para assistir à propaganda. Mesmo que tivessem, acho que a forma mais saudável de se prevenir esta doença é não assistindo TV e buscar a vida em santidade - e a castidade é parte da santidade.

3.2) É como se quisessem dar mais bebida de modo a se tratar o alcoolismo. Isso sem falar que é parte da estratégia revolucionária promover a promiscuidade, fazendo as pessoas pecarem sistematicamente pela fornicação, a ponto de perderem sistematicamente a amizade com Deus, já que a finalidade do sexo está sendo servida com fins pervertidos, a ponto de estar fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. A fornicação pode não ser o mais grave dos pecados, mas muitos vão para o inferno por força de não confessá-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de julho de 2018.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Notas sobre a relação entre voto facultativo e proletarização geral da sociedade

1.1) O voto facultativo é um indício de que a sociedade está proletarizada, pois o proletário em nada contribui para a sociedade política, uma vez que não toma o país como um lar em Cristo, por ser indiferente a isso (e isso se dá porque ele é ateu ou mora numa sociedade onde o protestantismo é a fé dominante da sociedade, o que leva inexoravelmente todos à perda da conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de deixarem de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, que é a verdade em pessoa).

1.2) Se o indivíduo descrê na política como a mais alta e mais nobre das atividades humanas, então ele vai se dedicar ao divertimento. Quando não há nada na sociedade a não ser os divertimentos, então esta sociedade está irremediavelmente perdida.

2.1) Os que tomam o país como se fosse religião nunca vão deixar de votar.

2.2) A única forma de detê-los é elevar sistematicamente as almas dos que tomam o país como um lar em Cristo e evangelizar todos aqueles que estão a se manter neutros em tempos de crise (no caso, os que estão condenados a serem proletários, por força de um demiurgo que dividiu o mundo entre eleitos e condenados).

3) A partir do momento em que o catolicismo se torna a fé dominante da nação, votar se torna uma obrigação moral - e uma obrigação conseqüentemente legal, pois é mecanismo de legitima defesa em face das ações nefastas dos revolucionários, uma vez que faz com que os amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento sejam solidários e se unam de modo a fazer com que os honestos ocupem os espaços nas câmaras legislativas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2018.

Por que não devemos tirar o "h", quando formos escrever desonra ou desonestidade?

Na língua inglesa, desonesto é dishonest.

Seria mais sensato escrevermos "deshonesto". A razão é que ela nos permite a criação de novas palavras. Vou citar um exemplo:

Horda => hordeiro => sujeito que gosta de ser parte de hordas, a ponto de promover badernas, desordens.

Deshordeiro => aquele que torna este hábito, este estilo de vida próprio da mentalidade revolucionária, um crime, restabelecendo a ordem.

Percebam a nuance. Isto torna a língua mais inteligente. Quando tiver uma editora própria, eu adotarei minhas próprias regras de língua portuguesa. Vou estabelecer uma nova tradição gramatical.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2018.

domingo, 29 de julho de 2018

A redução de uma pessoa às suas funções levou a uma crise do mecanismo dos contratos, a uma crise de confiança, a uma injustiça sistemática

1) O ônus da prova cabe a quem acusa, mas só é possível acusar quem você conhece. E conhecer implica ter intimidade, a ponto de ter conhecimento de toda uma dimensão holística da pessoa a quem você vai acusa, seja como profissional, pai de família, vizinho, amigo, irmão em Cristo. E por conta disso, você deve ter uma boa razão para fazer isso, já que estar em juízo é discutir a relação.
 
2.1) Se você reduz a sua pessoa à sua função profissional, então você se torna salvo de antemão e irresponsável. E isso não é algo bom, pois é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2.1) A coisa se torna particularmente mais grave quando pessoas perenes cometem pecados perenes, já que a função das empresas se reduziu tão-somente a produzir riquezas.

2.2.2) Isso gerou uma crise nos contratos e nos pactos, a ponto de adotarem, como medida prática de dizer o Direito, a inversão do ônus da prova ou a levar em desconsideração a pessoa jurídica quando os atos de direção praticados são estranhos à natureza e à função das empresas constituídas, a ponto de haver lavagem de dinheiro, sonegação de imposto ou fraude de toda sorte.

3.1) Mas esta solução consagrada no Código de Direito do Consumidor é uma solução capenga - a melhor solução seria restaurar o princípio da pessoalidade, que deve ser feito de tal forma que A e B se conheçam e possam negociar as cláusulas do contrato de tal maneira que isso gere vantagens para ambos os lados - e isso implica amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2) Devemos ver a Cristo em todas as pessoas a quem servirmos - como Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então devemos ser leais com aquele que é o caminho, a verdade e a vida, uma vez que estamos diante d'Essa pessoa e a Ela devemos dar o nosso melhor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2018.

Notas sobre a natureza gnóstica do princípio da impessoalidade

Leitura da carta de são Paulo aos Efésios:

17 - Eis, pois, o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada.

20Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, 21se ao menos foi bem ele que ouvistes falar e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. 22Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, 23e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. 24Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.

Efésios 4, 17.20-24


1) Quando você reduz a sua pessoa às suas funções profissionais, você está praticando impessoalidade. As pessoas não terão uma concepção holística do que você é, uma vez que você não é só homo oeconomicus: você é membro de uma família, você é vizinho e toma o lugar onde você mora como um lar em Cristo, apesar de alguns insistirem em tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2) Roberto Santos, numa de suas brilhantes postagens, havia dito que a morte existe de modo a não haver pecados perenes entre nós. Se você reduz a sua pessoa à sua função profissional, então você faz da riqueza sinal de salvação - e neste ponto você ama a si mesmo até o desprezo de Deus, o que leva à morte eterna, já que o trabalho não está sendo usado para santificar a si mesmo e a todos ao seu redor.

3) Como a pessoa jurídica tende a ser uma pessoa perene e é uma criação humana, ela passa a produzir pecados perenes. Veja o facebook: mesmo que Zuckerberg passe, essa empresa, enquanto viver, terá um passado que a condene: que foi colaborar com a esquerda e começar a censurar todos aqueles que discordem da agenda da esquerda. E como a empresa não é pessoa natural, ela não responde a Deus e não pode ser absolvida de seus pecados, embora possa ter patrimônio e responda a obrigações com base nisso.

4) Tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, é dar infalibilidade a uma instituição criada por um ser marcado pelo pecado original. Se o homem é pecador, o Estado e a empresa também são - e de forma mais gravosa, por serem pessoas perenes. Por isso que todo trabalho dessa natureza deve se submeter à Igreja, que foi criada por Aquele que foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que foi semelhante a nós em tudo exceto no pecado.

5.1) Por isso, nunca deposite suas esperanças num homem, num presidente da República, principalmente quando ele prometer socialismo ou salvacionismo. Os vícios de cada presidente deixam fortes marcas na política de Estado - e esses vícios acumulados geram pecados perenes cada vez mais gravosos. 

5.2) Por isso que não podemos acreditar na idéia de um Estado que não se submete à Igreja, pois o homem virtuoso depende de Deus. Se Estados virtuosos decorrem de homens virtuosos, então o Estado deve e precisa se submeter à Igreja, tal como foi Portugal, quando D. Afonso Henriques foi tornado rei pela iniciativa do próprio Cristo, em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de julho de 2018.

Comentários:

 José Augusto Seijas

1) O fim justo pode ser visto em relação à pessoa que o usa, como podemos ver na questão do Facebook, que pode ser usado como forma de evangelizar, instruir, alertar. É o que vemos no seu caso, nos padres, nas comunidades católicas. Dentro deste princípio, até o Papa o utiliza.
 

2) Quando se reduz a pessoa que utiliza um determinado instrumento tão-somente à sua utilidade, aí podemos ver que o fim tende a ser injusto, nefasto. A dinamite foi criada para fins pacíficos, mas ela foi usada para fins bélicos e ate hoje produz pecados perenes.

Postagem relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/03/notas-sobre-relacao-entre-pessoa.html

Escrever sobre o belo exige o melhor de você - e isso nem sempre pode ser feito o tempo todo

1) Assim como todo leitor tem seu livro (por conta do princípio da predileção) e todo livro tem seu leitor (por conta do princípio de que toda oferta gera sua própria demanda), venho percebendo que alguns contatos me adicionam por força de algumas postagens específicas, quando trato do que é bom e belo, coisas sobre as quais falo eventualmente.

2.1) Há quem diga que devo falar mais sobre isso.

2.2) Para que possa bem dizer sobre essas coisas, é preciso ter muita vivência na vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus de modo a poder escrever as coisas muito bem. Afinal, a arte de bem dizer as coisas não pode ser contaminada pela essência da arte pela arte, pois isso só faz conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que só revela o que há de pior em nós: a nossa vaidade. Afinal, a mão esquerda deste escriba não pode saber o que a mão direita faz, como disse Jesus.

3) A arte de bem dizer as coisas deve ser feita como uma forma de caridade, uma espécie de serviço santificador. Ela ajuda a elevar os espíritos e os motiva a contribuírem na construção do bem comum, uma vez que a polis, a cidade dos homens, deve ser um espelho da Jerusalém divina, a verdadeira politéia que devemos buscar imitar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2018.