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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Da importância de se combater o movimento libertário-conservantista com troça

1) Um dos lemas do blog do Felipe Moura Brasil se baseia em um dizer de Lima Barreto: é preciso que se faça troça de modo que as coisas fundadas na loucura política caiam no ridículo.

2.1) Isso é uma poderosa arma contra o conservantismo, contra a cultura de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.2) É preciso que se faça troça contra quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, de modo que esse hábito nada salutar na política caia no ridículo e abandonado por ser insensato, um atentado contra a reta razão fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A moda agora é defender idéias anarco-capitalistas, que pavimentam o caminho para o comunismo.

3.2) Não é à toa que se dizem a nova esquerda, ainda que se digam de direita, de maneira dissimulada. Isso é tanto cinismo quanto desinformação, pois coloca os críticos na pista falsa. Mas comigo isso não cola - conheço bem o tema e não me deixo ser enganado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2018.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Do colonialismo, sob o ponto de vista de um anarco-capitalista

1) Para alguns libertários e conservantistas, o melhor negócio do mundo seria queimar o herege na fogueira e vender a carne desse herege assada para os índios antropófagos, em troca de pau-brasil. Afinal, eles são favoráveis a uma verdadeira visão empresarial pura, essencial para o livre-cambismo.

2.1) O único problema seria como conservar essa carne por longos períodos, de modo a fazer a navegação transoceânica.

2.2) Antes do advento da refrigeração, a única forma de transportar carne no navio era por meio de víveres - animais vivos que eram abatidos ali mesmo, na cozinha do navio.

3.1) Políticos pragmatistas, que gostam de agradar a Deus e ao mundo, adotariam uma medida dessa, se houvesse possibilidade de trazer a carne do herege cozida e condimentada e para dá-la como moeda de troca por pau-brasil.

3.2) Ninguém em sã consciência nos séculos XV e XVI fez isso, mas o pessoal do "Ancapistão" faria. E ainda chamariam isso de "princípio da não-agressão".

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2018.

sábado, 28 de abril de 2018

Notas sobre a perversão de um bem concreto e em um bem imaginário - o caso da comida

1.1) A comida, como um bem concreto, tem o propósito de manter o corpo, de tal maneira a estar livre de doenças.

1.2) É também um conforto para a alma, pois coisas que possuem boa qualidade são feitas com amor e carinho, já que os consumidores desses alimentos são vistos como irmãos de Cristo por quem os produz - e como a conformidade com o Todo que vem de Deus é motivo de excelência, então o alimento é usado como uma forma de evangelização, pois a pessoa toma o país como um lar em Cristo mais facilmente, a ponto de servir a Ele nestas terras que consagram Jesus como o Rei do lugar, tal como ocorre na Polônia, hoje em dia.

2.1) Para quem vê a riqueza como um sinal de salvação, a qualidade é o que menos importa - o que importa é o ganho sobre a incerteza, já que a sociedade é dividida entre eleitos e condenados e ninguém está interessado em amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo, mas em ter parceiros que conservem junto com ele o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se tornar um projeto de poder onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2) Num ambiente de incerteza, a comida não alimentará, nem trará conforto para a alma. Ela pode ser usada como um veneno de forma a matar os condenados - no caso, os mais pobres.

2.3) Se a riqueza é vista como um sinal de salvação, isso fará da agricultura um negócio, a ponto de se especular com a comida. E se a comida não atingir o preço desejável, então ela será descartada.

3.1) Outra forma de especulação da comida pode ser feita através da publicação de relatórios científicos falsos, que são vendidos como se fossem verdadeiros, quando são divulgados na imprensa.

3.2.1) Isso faz a comida ser consumida como se fosse um remédio, pois a pessoa está buscando o salvacionismo do corpo, a boa saúde pela boa saúde.

3.2.2) E como todo bom hipocondríaco, o sujeito consumirá toda a sorte de alimento, desenvolvendo uma verdadeira gastrolatria, fazendo que a comida adquira um caráter de bem imaginário, fundamental para o salvacionismo do corpo, tomado como se fosse religião e fundado no amor de si até o desprezo de Deus. E nesse ponto a comida atinge um grau de ídolo como os amuletos e mandingas dos tempos antigos.

4.1) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, o consumismo é estimulado. E o consumismo, estimulado pela propaganda, estimula desejos desordenados, feitos de tal maneira a fazer com que um bem concreto adquira um caráter de bem imaginário, fazendo com que ele perca a sua real utilidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, perdendo seu caráter salvífico.

4.2.1) Não é à toa que a comida consumida tal como um hipocondríaco consome um remédio é um verdadeiro veneno - e se considerarmos que usam defensivos agrícolas tóxicos para os humanos, então ela passa a ser usada como arma de destruição em massa.

4.2.2) E neste ponto, fazer da riqueza como um sinal de salvação atinge uma conotação genocida, o que serve aos propósitos do governo mundial, que quer despovoar o mundo.

5) Afinal, a lógica de dividir o mundo em eleitos e condenados é parte do projeto revolucionário de poder.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

A criança deficiente ou doente é um verdadeiro evangelho em si mesma

1.1) O homem precisa do pão para sobreviver e da palavra de Deus para viver.

1.2) Sobreviver implica estar completamente saudável, livre de qualquer doença ou ferimento que o impeça de produzir, de modo a fazer o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, o que nos perpara para a pátria definitiva, que se no Céu.

1.3) Viver faz com que os fortes construam um ambiente em que os fracos, os doentes, os incapazes e os indefesos possam tomar o país como um lar em Cristo junto com os fortes, pois os fortes vêem nos fracos a figura de Cristo necessitado de ajuda. Afinal, Jesus já foi uma criança indefesa e precisou da força de São José e do auxílio maternal da virgem Maria para protegê-lo de déspotas como Herodes, que queriam matá-Lo.

2.1) O que torna uma criança fraca, frágil e indefesa numa pessoa forte é a família virtuosa. Com os devidos cuidados e com o todo o amor fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma criança chega à idade adulta servindo a todos os que necessitam de ajuda.

2.2) Mesmo que uma criança permaneça em estágio de fraqueza ou de deficiência até a idade adulta, a vida com deficiência é um plano de Deus, pois essa família está tendo a fé testada por Deus de modo que ela se torne ainda mais virtuosa nas gerações seguintes.

2.3) Enfim, ter na família uma pessoa deficiente que necessite de cuidados, tal como houve no passado, é um evangelho que faz com que a família passe a ser mais nobre e viva a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.4) Se uma pessoa deficiente não é cuidada com o devido carinho, como é que as pessoas honrarão os mortos? Afinal, quem não honra os mortos não honrará os vivos, a tal ponto que os fracos serão eliminados pelos fortes, por conta de haver uma cultura de eleitos e condenados, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Enfim, de nada valerá uma tradição se a coisas são feitas para se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, tal como ocorre na Inglaterra, que matou Charie Gard e Alfie Evans.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

Mais sobre a diferença entre bens concretos e bens imaginários em Aristóteles

1.1) Como já foi dito, Aristóteles apontou a diferença entre bens concretos e bens imaginários.

1.2.1) Os bens concretos atendem a necessidades humanas. 

1.2.2) Como o homem é criatura, essas necessidades atendidas também agradam ao Criador: Deus. Afinal, o ser humano não vive só de pão, mas também da palavra de Deus, pois são necessidades ordenadas, fundadas na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, dado que preparam as coisas para a vida eterna.
1.3.1) Um bem imaginário se funda numa necessidade humana desordenada, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Exemplo disso é a produção de amuletos e ídolos - esses atendem a necessidades humanas desordenadas fundadas no amor de até o desprezo de Deus.
1.3.2) Até mesmo crianças para sacrifícios humanos são bens que atendem a essas necessidades humanas desordenadas, por isso mesmo bens ilícitos, pois atentam contra a Lei Eterna. Eis no que dá a economia humana puramente subjetiva - como cada um tem a sua própria verdade, então a tendência é se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
2.1) Para necessidades humanas ordenadas, a produção organizada de bens deve ser ordenada, pois a fé verdadeira leva a uma boa razão para se fazer isso, levando-se a conservar o que é conveniente e sensato a ponto de isso apontar para aquilo que leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.2) Se a fonte de todas as riquezas decorre da terra, então da terra virá não só o alimento mas também as matérias-primas que precisarão ser transformadas de modo a se criar os bens de consumo necessários para o atendimento das necessidades humanas. 

2.3) É como se fosse construída toda uma pirâmide que aponta diretamente para Deus, já que o homem d'Ele decorre. Organizar a casa de modo a que o país inteiro seja tomado como um lar em Cristo é parte da economia da salvação.
3.1) Quando se leva em conta o amor de si até o desprezo de Deus, o dinheiro se torna o padrão universal de valor, a ponto de ser uma espécie de salvação.
3.2.1) Num mundo dividido entre eleitos e condenados, a concentração de riqueza leva também à concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos, a ponto de não admitir a edificação de uma nova ordem que combata a vilania dessas coisas fundadas no pecado.
3.2.2) Isso faz com que a colaboração, que prepara sistematicamente a todos para a vida eterna, se perverta numa competição, numa briga de morte em que uns tendem a ficar ricos à custa dos outros. E isso é libertar o corpo social da vida eterna, o que é um tipo de gnose - e neste ponto, o país será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada estará fora dele ou contra ele.
3.2.3) Como a moeda deixa de ser símbolo de verdade, de justiça, então a produção de moeda tende a não ter lastro algum, a ponto de ser usada como um imposto indireto, na forma de imposto inflacionário. E isso explica o fato de as economias totalitárias serem economias de hiperinflação, a ponto de tudo entrar em colapso, pois o comunismo decorre da liberdade voltada para o nada dos que buscam liberdade fora da verdade em Cristo, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, do verbo que fez carne.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2018.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A terra - e não o ouro - é o verdadeiro padrão universal de valor; além de servir de alicerce para se tomar o país como um lar, a riqueza da terra se reproduz, se for bem cuidada

1) Para se justificar o paradigma da escassez, a moeda deve ter por lastro o ouro, que é um padrão de universal de riqueza. O ouro é escasso e depende da produtividade das minas, que tende a se esgotar.

2) Para se substituir um padrão universal de riqueza como o ouro, você precisa de outro padrão universal de riqueza: a terra. O que a terra produz é abundante - se a terra for bem cuidada, os seus recursos jamais se escasseiam.

3) Se o lastro da riqueza é a terra, então todas as coisas em algum ponto derivaram da terra, como os metais, os produtos usados na indústria química, ou mesmo a confecção, que usa lã e couro. Isso sem contar a produção de alimentos.

4) Se a terra é o bem econômico principal, o alicerce sobre o qual se toma o país como um lar em Cristo, então a indústria é o acessório, que transforma a riqueza da terra em outras riquezas - e o comércio tende a distribuir a riqueza de modo a atender as necessidades humanas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2018.

A lei de preferência temporal só é válida para ambientes que abraçam a ética protestante e o espírito do capitalismo, coisa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus

1.1) Se a vida eterna é o bem mais importante, pois faz a pessoa organizar a casa de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo - o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu -, então é válido afirmar que os que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus preferirão bens futuros aos bens presentes.

1.2.1) Se o futuro a Deus pertence, então as pessoas trabalharão guiadas pelo Santo Espírito de Deus de modo que as coisas sejam dadas por acréscimo.

1.2.2) Afinal, não é só de pão que vive o homem, mas da palavra de Deus. Se a palavra de Deus fornece conforto e esperança, então faz muito sentido preferir bens futuros a bens presentes, pois sem Deus nada podemos fazer.

1.3.1) Outro caso que pode explicar a preferência dos bens futuros aos bens presentes está num dizer dos nativos da América do Norte: "nós não herdamos a terra de nossos antepassados; o que fazemos é pedi-la emprestado aos nossos filhos, ainda que não nascidos."

1.3.2) Ao se ver o que não se vê, ao se dar o devido valor ao amanhã, que a Deus pertence, a riqueza gerada pela terra pode ser multiplicada e distribuída porque os vegetais e os animais se reproduzem. Se eles se reproduzem, então os bens futuros são preferidos aos bens presentes, a ponto de haver juros, cobrança justa por força de se investir em algo produtivo, como uma colheita bem-sucedida.

1.3.3) Somente numa sociedade onde o vil metal é o norte de todas as coisas que se costuma preferir os bens presentes aos bens futuros, pois o metal não se reproduz - o que nega a essência da vida. Se o metal não se reproduz, então não faz sentido cobrar juros a partir de algo que não é capaz de se reproduzir. E se um bem não se reproduz, então a cobrança é voltada para o nada, injusta e improdutiva.

1.3.4) E é dentro de uma economia de morte, fundada no metal, que a cooperação se torna competição, instrumentalizando na prática a cosmologia protestante de dividir o mundo entre eleitos e condenados, dando origem à luta de classes (os burgueses e os proletários).

2.1) A lei de preferência temporal só pode ser explicada num contexto cultural onde o mundo foi dividido nesta circunstância.

2.2) Se a riqueza é sinal de salvação, então muitos preferirão os bens presentes, materiais, a bens futuros, fundados na esperança da vida eterna. E a riqueza monetária é uma graça concedida aos eleitos, não aos condenados, que concentrarão os poderes de usar, gozar e dispor de modo a terem poder absoluto. E isso é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.3.1) O kantismo é cria do protestantismo alemão - e a escola austríaca usa muitos elementos kantianos.

2.3.2) Como essa doutrina é anticatólica, então Angueth está certo em falar que a escola austríaca é tão contrária à Igreja quanto o marxismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2018 (data da postagem original).