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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Por que a república parlamentarista é pior do que a presidencialista? Um exame das nossas circunstâncias atuais

1) Uma vez eu disse pra minha amiga Sara Rozante que parlamentarismo é pior que presidencialismo. Na época, nós víamos os escândalos que afetavam a Grécia, a Itália (sob Berlusconi) e a França (sob Sarkozy).

2.1) Além de o poder moderador estar ideologizado, há o risco de o partido de oposição - ou falsa oposição, diga-se de passagem - assumir a outra ponta, a chefia de governo. Vocês já imaginaram como seria a situação se PT estivesse controlando a chefia de Estado e o tucanato a chefia de governo? Seria algo muito mais instável do que ocorre numa Grécia, numa França e numa Itália combinadas - seria a consagração daquilo que a cangaceira do PSOL tanto falava: a institucionalização do caso de amor mal resolvido na política e da pior forma possível. 

2.2) A república parlamentarista do Brasil seria a mais instável das repúblicas. Seria uma guerra civil não declarada - seria uma anarquia completa. Isso sem contar que a nossa constituição foi feita voltada para o parlamentarismo; se olharmos bem, o que é o presidencialismo de coalizão senão o lançamento sistemático de candidaturas de Chefe de Governo e do Estado do mesmo partido, fazendo com que a oligarquia de ocasião fique no poder até o momento em que começa a perder a credibilidade para a outra oligarquia, que voltará ao poder por meio de uma trama, de uma intervenção militar, rasgando a constituição e reiniciando do zero as regras do jogo?

3) Some-se a isso a nossa atual circunstância agora, em que estão buscando mudar a forma de governar (de presidencialismo para parlamentarismo, mas mantendo esta republiqueta revolucionária conveniente e dissociada daquilo que foi edificado em Ourique, que é a nossa verdade, nossa razão de ser enquanto País). Além de tudo o que falei no ponto 2, haverá ainda salvacionismo, o que agrava ainda mais as coisas - a história da república é marcada por eras de salvacionismo um atrás do outro e este é só mais um.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Mendigar likes e compartilhamentos no facebook: variante virtual do ato de se mendigar a amizade de alguém a qualquer preço (notas sobre as razões pelas quais considero isso uma má ação)

1) Toda vez que lido com alguém que mendiga minha amizade, eu termino sempre levando a rasteira no final.

2) Aqui no facebook, teve uma pessoa que mendigava likes de minha parte - para ela, o mero compartilhamento não bastava. Além disso, ela via que eu tendia a compartilhar mais o que colocavam no mural dessa pessoa do as postagens que ela própria escrevia. Ela me perguntou qual era o que critério que eu adotava - a resposta era simples: relevância. Se encontro algo relevante, eu compartilho. Não ligo muito para esse negócio de like - a única coisa que sei é que isso infla o ego.

3) Como já conheço esse filme de longa data, botei a pessoa pra fora. Mendigar like e mendigar minha amizade só vai resultar numa bela rasteira pro meu lado, lá na frente. Não sou trouxa -  pela minha experiência, é melhor deletar antes que isso ocorra. E foi o que fiz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Por que devemos buscar a vida intelectual?

1) A vida intelectual é uma vida solitária. Geralmente, muitos vão para a solidão por força de uma tragédia, como a morte de um ente querido - ou, como aconteceu comigo, no caso de nascer num país onde tudo é vazio e nada parece fazer sentido, como aqui no Brasil.

2) Na solidão, almas são forjadas - e é de tanto se meditar sobre o sentido da vida e sobre a razão pela qual devemos seguir em frente, apesar de todo esse imenso vazio, que faz com que desenvolvamos a personalidade, nosso jeito de ser peculiar. Como o Olavo disse, a maior delícia que pode ser experimentada neste mundo é a personalidade, pois ela é uma antecipação na Terra do que viveremos no Céu - essa personalidade se forja na solidão, vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a encontrar a verdade, que é Cristo em pessoa.

3) Quando se está diante de um juiz que sabe tudo sobre você e que te acolhe, nos momentos em que o madeiro da cruz parece ser de chumbo, aí você vê que todo o esforço de entender as coisas tais como elas são vale a pena. 

4) A vida intelectual, a vida voltada para a busca da verdade, é uma vida que merece ser vivida, pois ela te dá muitos poderes - e com eles muitos encargos. Se você for responsável nos seus encargos, o reconhecimento virá - talvez não nesta vida, mas na vida eterna.

5) Se Deus não for o centro da atividade, então não haveria sabedoria a ser produzida. Logo, a atividade intelectual será voltada para o nada, o que edificará mentalidade revolucionária. Por isso, não faça isso por carreirismo - faça isso com intuito de buscar um sentido de vida, mesmo diante de tantas tribulações, tantas desgraças. É uma atividade de consolação e é, portanto, salvífica. Afinal, não há guia melhor do que o Santo Espírito de Deus nestes trabalho, nestes mares navegados por tantos e nunca dantes navegados para quem não sabe o que é o gosto de ter uma personalidade bem desenvolvida, fundada numa fé reta, numa consciência reta e numa vida reta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016.

Do amor pelo saber enquanto amor benevolente

1) Quando se lida com alguém que se dedica à vida intelectual por vocação, você lida com o mais sublime dos amores, que é o amor benevolente, se dá pelo amor ao saber. 

2) A mulher que opta por ser esposa de um pensador como eu acaba predestinando sua alma para a santidade, quando se torna secretária dele para o resto da vida. Para onde ele for, ela irá junto, uma vez que a atividade intelectual organizada favorece a santificação de todo um povo, de modo a tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo, com base naquilo que foi edificado em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Por que discordar de alguém de antemão, sem nunca ter lido o autor, é ato de canalhice grotesca?

1) Houve gente que discordou de antemão do conceito de apátrida que usei, sem nunca ter lido tudo o que escrevi, ao longo dos meus quase 2800 artigos produzidos.

2) Se é canalhice discordar de antemão, sem antes ler o que escrevi, então eu fui vítima de canalhice. E não foi à toa que bloqueei o sujeito: no caso, o Werner Nabiça Coelho, que fez tal ato infame, de falta de caridade intelectual com o trabalho que faço.

3) Aliás, eu já acho canalhice ter opinião sem ter estudado as questões mais importantes previamente. Minha ex-namorada era especialista em querer opinar sobre assuntos sem antes ter estudado - só falava besteira. E pior: alegar que a CRFB dá direito a ela de fazer isso, de edificar liberdade para o nada, é a maior prova de declaração de insinceridade e canalhice que há. É prova cabal de que não me amava, pois não me amou naquilo que é essencial: o amor pelo saber.

4) Pelo menos, eu senti o gosto daquilo que o Olavo sofre todos os dias. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Notas sobre o potencial da cápsula do tempo

1) Quando tiver a primeira edição das minhas obras publicadas, eu pretendo fazer uma cápsula do tempo. 

2) Após digitalizar meu livro, eu o embalarei a vácuo e o deixarei guardado. Após expirar o prazo dos direitos autorais, o livro pode ser desembalado e lido, com aquele mesmo jeito de livro novo, na época em que ele foi lançado, entre 70 ou 100 anos após o lançamento do meu livro.

3) Como vou lançar edições em "portuguez imperial (orthographia antiga)", elas serão embaladas a vácuo - e aí meus herdeiros poderão ler os tesouros que junto, sem reclamar da velharia.

4) Quando meus pais me contaram sobre isto, achei incrível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2016.

Notas sobre dois conceitos de parente distante

1) Quando era mais novo, achava que parente distante é aquele que morava geograficamente distante. Exemplo: parentes meus que moram nos EUA, como minha prima Ana Emília Bougleux, que é filha de um dos irmãos da minha mãe, Gilson de Carvalho Viégas, já falecido. 

2) Por conta de ter estudado Direito de Família, hoje sei que parente distante é aquele cujo grau é tão remoto que nem é considerado parente para efeito de sucessão por força da lei, caso eu morra sem deixar um testamento (ab intestato). Exemplo disso é o meu primo Paulo Prenda de Seabra, que mora no Rio de Janeiro, na mesma cidade em que moro. Ele é neto de uma prima da minha avó - o grau é remotíssimo. Como no Código Civil atual isso vai além do quarto grau, os primos, ele não poderá me suceder, a menos que eu escreva um testamento e legue algo a ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2016.