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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Da relação entre centralismo e individualismo desenfreado

1) A centralização está relacionada à cultura do individualismo desenfreado. Geralmente, isso se dá a partir de pessoas que se acham capazes de fazer qualquer coisa, tal como se fosse um Deus.

2) É a partir dessa ambição estúpida de querer ser um Deus que as empresas se tornam gigantescas e a relação entre patrão e empregado passa a ser pautada por relações sociais impessoais. E a terceirização das atividades é um dos desdobramentos da cultura de impessoalidade que há nas organizações sociais.

3) O Direito tomou este fato como se fosse coisa: a grande empresa é a base para o desenvolvimento econômico nacional (da nação tomada como se fosse religião) - e isso levou a que as cidades se tornassem verdadeiras megalópoles, pois partiu-se do pressuposto de que cidades grandes são melhores, do ponto de vista econômico, do que cidades pequenas ou médias, onde todos se conhecem. A verdade é que um ambiente social impessoal é um verdadeiro deserto - como esse deserto não é árido, isso faz com que o indivíduo se sinta atomizado e destruído por dentro.

4) Sociologicamente e economicamente, houve a republicanização da sociedade - e isso favoreceu a formação de apátridas em massa, de indivíduos sem vínculos, vivendo a vida fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

A guilda é como se fosse uma espécie de reino, fundado na noção de serviço pessoal e sistemático

1) O que acontecia com as cidades, quando chegavam num certo patamar em que os recursos começavam a ficar escassos? Ela estimulava os seus cidadãos mais empreendedores a irem em busca de novas terras e fundarem uma outra cidade. E a cidade nova tinha vínculos com a cidade antiga - e isso é um tipo de colonização. E da colonização sistemática, um reino é fundado - e a cidade-mãe de todas as outras se tornava naturalmente a sede da corte do Reino.

2) Se a empresa lembra em certos aspectos uma cidade, o que acontece quando a demanda é muito grande e a organização não dá conta da demanda? Ela incentiva a seus empregados mais empreendedores a abrirem sua própria empresa, de modo a dar conta da demanda. A empresa nova mantém seus laços com a empresa antiga, como se fosse uma família. E se isso é feito sistematicamente, a associação de empresas da mesma área se torna uma guilda, pois nela há uma relação familiar que transcende as relações financeiras

3) A guilda é, pois, um reino fundado no fato de se servir ao próximo naquilo que o próximo estiver precisando.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

Muito cuidado com as generalizações

1) Eu nunca levei a sério este argumento que é defendido por muita gente que se diz de "direita" no facebook: o caráter do brasileiro é propenso ao crime. Como já falei, isso é generalizante e injusto - além disso, nega a responsabilidade individual. Por isso que não levo a sério esse holismo animalizante - isso cheira a determinismo e é irremediavelmente esquerdista.

2) Eu sou brasileiro e faço de tudo para semear uma boa consciência, neste país. É verdade que uma andorinha só não faz verão, mas pelo menos eu pude despertar a consciência de alguns sensatos neste país - e estes, por sua vez, semearão a consciência de outros tantos, naquilo que não sou capaz de fazer. É um trabalho de formiguinha, mas estou certo de que este país sairá deste estado de apatria em que se encontra. Afinal, é ação de longo prazo - como tenho 35 anos, estou disposto a passar muitos da minha vida fazendo esse trabalho.

3) É verdade conhecida e sabida que nações virtuosas nasceram a partir de um homem só. E isso é só uma boa razão para se crer na responsabilidade individual, fundada no fato de se conservar a dor de Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida, base para o conservadorismo e para a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Se vocês querem ver um país livre, então dominem a linguagem a tenham consciência de falar coisas no sentido de edificar uma boa consciência nas pessoas. Falem as coisas de modo edificante, caridoso. Fora disso, o que vocês plantarem será voltado para o nada - e isso é causa de ira divina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Da relação entre ensino público e o senso de se tomar o país como se fosse religião, a ponto de matar a religião verdadeira

1) Há gente que prega que a educação pública é a base para se edificar o senso de nacionalidade.

2) Esta visão de escola casa perfeitamente com o conceito de nacionalidade pregado por Mancini: de que devemos tomar o país como se fosse uma segunda religião.

3) Ora, este conceito é claramente herético, pois tomar o país como se fosse uma segunda religião só vai levar a que a religião verdadeira seja eliminada, pois isso acabará levando ao caminho de que tudo está no Estado e nada pode estar fora ou contra ele.

4) Além disso, a combinação destes conceitos leva ao chamado direito à educação. Se o país é tomado como se fosse religião, então vira doutrinação - e isso é um incentivo à abolição da família.

5) Em países afetados pela chaga libertário-conservantista, como os da Europa, o conceito de jus sanguinis foi pervertido, pois o nacional é aquele que toma o Estado por seu Deus - e quem não prestar culto a este estado vira apátrida. Esse conceito de jus sanguinis moderno esvaziou o tradicional conceito de jus sanguinis decorrente da conformidade com o Todo que vem de Deus.

6) Em países que romperam com a matriz civilizacional européia, de modo a criar uma nova, como a acontece com os países do Novo Mundo, o critério do jus solli decorre do fato de que é preciso se criar um homem novo, já que o homem é uma folha de papel. E acaba criando apátridas, dado que repúblicas são verdadeiras utopias.

7) Por isso que sou contra o ensino público, fundado dentro desta concepção libertário-conservantista, já que isso edifica liberdade fora da liberdade em Cristo, dado que tem fins vazios. O verdadeiro ensino público deve e precisar ser ministrado pela Santa Igreja Católica, dado que educação é prerrogativa de mãe - e a Igreja é a esposa de Cristo, o Rei dos Reis. E foi o Rei dos Reis que fez do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, seu fiel vassalo - e o povo que ele regeu estará aos cuidados da esposa de Cristo, a mestra da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Por que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade?

1) Ter um vínculo com a pátria precisa necessariamente do fato de tomá-la como se fosse um lar em Cristo. Você precisa estudar a História do Brasil, dominar a língua do seu povo, estudar suas leis, seus costumes, conhecer a história do seu lugar de modo a que ela seja uma escola para a pátria, já que a província é um microcosmos da pátria tomada como se fosse um lar. Por isso que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade.

2) Se eu não for plenamente capaz de cumprir meus deveres para com os meus semelhantes, então eu sou incapaz de tomar a terra como se fosse um lar em Cristo. Por isso mesmo, o vínculo nasce com a maioridade, com o homem pronto, disposto a servir a pátria, pois aprendeu a tomá-la como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento.

3) É mais provável que o filho aprenda a ser brasileiro, no sentido verdadeiro do termo, um pai preparado, conhecedor de tudo aquilo que deve ser sabido, dado que verdade conhecida, sabida, é verdade obedecida, posto que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

Defendendo o conceito de apátrida que adoto

1) Houve quem dissesse que a fundação de um Império Cristão de Além-Mar, como o Brasil, foi com o intuito de nos preparar para a pátria no Céu. E neste ponto, eu estou de acordo com o Werner Nabiça Coêlho.

2) Apenas discordo de um fundamento: o conceito de que brasileiro é quem nasce no Brasil, pois o fato de nascer, no sentido vegetativo do termo, não nos prepara necessariamente para a responsabilidade de servirmos a Cristo. Até porque o conceito objetivo de nascer na terra pede necessariamente uma confiança cega nas instituições, a ponto de tirar dos pais a responsabilidade de preparar seus descendentes para esta missão tão nobre - como nós lidamos com homens ricos em sabedoria humana dissociada da divina, é bem provável que esta gente traia a Aliança edificada em Ourique e estabeleça todo um Estado que deva ser tomado como se fosse religião, a ponto de competir e exterminar a religião verdadeira. E foi o que aconteceu com a República, ao romper com a aliança.

3) Tal como houve em Israel, Deus consagrou um povo, consagrou um direito de sangue e um dever de sangue. A mesma coisa aconteceu com os portugueses e com todos os seus herdeiros, em especial os brasileiros. A partir do momento em que o sentido de pátria foi perdido, caímos na apatria. Hoje, o brasileiro, o que nasce no Brasil, tem uma visão errada de seu país, o que gera um vínculo voltado para o nada, pois está adorando um espectro de Brasil, um espectro de verde-amarelo fora de seu verdadeiro significado, coisa que não passa de um verdadeiro bezerro de ouro. Olhando por essa via, é apátrida - e isso é um dado sociológico. E é também um dado político, pois governo do país é revolucionário e está comprometido até a medula em fomentar a apatria em todo o povo.

5) Quando digo que são poucos os que têm consciência da missão herdada e do que deve ser feito, isso não é brincadeira, pois é a mais pura verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Procedimentos para se adicionar alguém e notas sobre as adições arbitrárias, dentro do ambiente da rede social

1) Quando vou adicionar alguém, eu adoto o seguinte procedimento: primeiro eu sigo a pessoa e trago para o meu mural algumas de suas postagens mais relevantes. Na medida do possível, eu vou analisando suas postagens e mando a resposta inbox, para a pessoa.

2) Ainda inbox tento debater com a pessoa - se a conversa for agradável, aí irei adicioná-la.

3) Nas poucas vezes que adiciono alguém, eu não faço o que todos fazem: adicionar-me arbitrariamente. Se eu concordar em ser adicionado arbitrariamente, então estarei sujeito a ser desamigado arbitrariamente, ainda que eu diga as coisas do modo mais racional possível.

4) É preciso que esteja na carne o seguinte preceito: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, contrato ou compromisso moral. O simples fato de adicionarem a mim arbitrariamente, sem me dizerem uma boa razão pela qual eu deva adicionar você, já é constrangimento ilegal. Pelo menos, eu digo isso em tese, pois em si mesmo isso pode gerar conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida e a questão desaguará num tribunal, por conta de tentativa de constrangimento ilegal.

5) Enfim, eis a realidade das adições arbitrárias. Vocês estão lidando com seres humanos - ainda que estejam na vida virtual, são seres humanos e não podem ser usados e descartados, como se fossem coisas. Ou você os trata com consideração e respeito já que são também filhos de Deus, ou simplesmente desista da rede social, pois você não sabe nada sobre a vida e o que deve ser feito. Afinal, a vida virtual não é muito diferente a vida real - e as questões éticas online são extremamente importantes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.