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segunda-feira, 6 de junho de 2016

De que forma a Imprensa livre promove a restauração da verdade e da ciência

1) As pessoas dão infalibilidade à imprensa porque não crêem em fraternidade universal, coisa que se funda no Cristo.

2) Se o Estado é o panteão onde todos os homens são tomados como se fossem deuses, então a imprensa é o sacerdócio por meio do qual todas as coisas são ensinadas de modo a que tudo fique em conformidade com tudo aquilo que decorre de sabedoria humana dissociada da divina.

3) Se o dinheiro é tomado como se fosse Deus, então tudo pode ser comprado, corrompido - até mesmo a própria imprensa. Tanto é verdade que eles promovem desinformações e deformações em nome da verdade, da informação, da formação. É o "não" em nome do "sim", é o 0 em nome 1 sistemático.

4) A mesma coisa acontece com o método científico. Onde não existe fraternidade universal, a fé e a razão estão divorciadas - o Santo Espírito de Deus não guiará as pessoas de modo a conduzi-las à sabedoria, através da vida reta, da fé reta e da consciência reta; o autoengano, fundado na sabedoria humana dissociada da divina, é quem promoverá isso. Como tudo isso se funda na vaidade, no final tudo não passará de fraude, de falsificação. Por isso que essas pesquisas científicas são todas fraudadas. E tudo isso é agravado por conta da impessoalidade - como não conhecemos as pessoas com as quais lidamos, então corremos o risco de sermos enganados.

5) A restauração da verdade em Cristo, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, levará à imprensa a ser livre, através do momento em que estiver servindo à comunidade, no sentido de formar e informar. E se a imprensa voltar a ser livre neste fundamento, aí haverá a reconciliação entre fé e razão. As pesquisas científicas serão fundadas na verdadeira investigação, separando a verdade do erro - se Cristo não for visto nesta pesquisa, então esta investigação não será verdadeira, muito menos será aceita. E a melhor forma de mostrar que Cristo está lá é provando e argumentando, pois todas as coisas devem ser examinadas retamente, por meio do Santo Espírito de Deus. Todas as coisas que estão fora da conformidade com o Todo devem ser refutadas e todo discordar fundado em vaidade ou conservantismo é desserviço à verdade, pois é revolta contra a fé e contra a razão.

Reflexão de Thomas Dresch sobre economia

1) A manipulação do mercado de capitais é a prática financeira mais sórdida e comum nestes tempos de economia globalizada. Mas o problema é muito mais complexo que a mera abordagem econômica.

2) Escândalos são forjados pelos controladores das companhias para derrubar o valor de face dos papéis de modo que estes possam ser recomprados pela metade do preço. Há também o caso no qual informações privilegiadas sobre o futuro de determinada companhia são vendidas a especuladores que sempre calculam a propina pelo tamanho do retorno. Isso se dá nas esferas pública e privada, a única coisa que muda é que os burocratas sempre são um poder maior que os empresários, porque aqueles ditam as regras do jogo.

3) A análise da lógica de mercado tal qual ela se apresenta na contemporaneidade mostra que, independentemente da esfera em questão, o problema social mais aparente é a corrupção em todos os aspectos, como nos exemplos supracitados ou em outras formas, por exemplo, o nepotismo que também acontece em ambos os casos, só que nas empresas privadas isso não é tido como corrupção, embora isso possa causar trágicos danos à saúde financeira dos demais sócios pelo simples fato de que o sujeito não é contratado pela competência, mas por ser parente de alguém, normalmente do sócio majoritário.

4) Como vimos nos parágrafos anteriores, a corrupção é o principal problema que assola a economia moderna, entretanto, essa prática não tem um fim em si mesma como a ampla maioria das pessoas acredita. A corrupção nunca foi um fim, mas sempre um meio de centralização de poder e existe desde antes da invenção da Escrita. Isso mostra, então, que o principal problema social não é a corrupção em si, mas a ambição desmedida de controlar a vida alheia, porque a maior potência deste mundo é a ação humana orquestrada.

5) Sujeitos ao tempo, os homens descobriram que a única forma de marcar seu poder ao longo da história seria mediante a formação de grandes famílias e assim alastrariam o poder da sua linhagem através dos tempos. É tanto assim que na Roma Antiga os proletários podiam apenas ter prole, daí que vem o nome, mas eram proibidos de criar famílias. Foi a partir desse conhecimento que surgiu a idéia de dinastia e é a origem antropológico-social de todas as casas reais do mundo inteiro, por isso que o rei é tido como o pai da nação, da grande família nacional.

6) A ordem da história ou a história da ordem, como diria Erich Voegelin, é, por conseguinte, a luta entre as diversas dinastias pelo poder de guiar as massas. Esse é o problema que integra todos os demais problemas sociais, da política à economia, do capitalismo ao comunismo, ou seja, são apenas discursos retóricos em cada nível do conjunto das ações humanas. Sendo assim, o formato do discurso em cada uma das derivadas não surtirá efeito determinante no integral, o que fará serão apenas os agentes históricos no topo de cada dinastia, isto é, os poderes ordenador e desordenador.

7) Todavia, esta saga da humanidade em que todos nós atuamos e sofremos não está sujeita somente às vicissitudes do tempo e do espaço, não está sujeita exclusivamente à manipulação das grandes dinastias sedentas pelo poder. Caminhou entre nós uma Pessoa que nos ensinou que todos podemos ter a nossa família, mas que devíamos amar o próximo e quem ama não escolhe qualquer meio para arrebatar mais poder, não é corrupto e nem destrói o lar das outras famílias, é prudente com o dinheiro, não promove a guerra e nem a carestia. Jesus de Nazaré ensinou-nos muito sobre a boa economia através do amor. E é exatamente isso que faz falta nos dias de hoje.

Thomas Dresch

domingo, 5 de junho de 2016

Notas sobre o porquê de o Brasil ter nascido nobre

1) Do azul (a cor do céu) com o vermelho (o sangue de Cristo) temos o roxo, a cor da nobreza, da realeza.

2) Todos aqueles que são nascidos no roxo, os porfirogênitos, têm a missão de serem exemplo e servirem a Cristo, de modo a que os de baixo os imitem. Tal qual o sacerdócio do padre, ser um porfirogênito é também um sacerdócio, pois Cristo fez do Rei o servo dos servos, ao ser o senhor dos senhores de sua pátria. É do exemplo do Rei, do uno, que se edifica o múltiplo - e esta distribuição se dá em forma de cruz; ela é horizontal - porque cria a aristocracia - como também é vertical, porque cria a democracia e a meritocracia.

3) Do azul com o amarelo, nós temos o verde, a cor dos Bragança. E do casamento com o verde de Bragança com o amarelo dos Habsburgo, nós temos o Brasil.

4) Eis porque o Brasil nasceu nobre.

Mais explicações sobre o uno, o nulo e o múltiplo

1) Quando Cristo foi crucificado, o uno deu origem ao múltiplo. Múltiplas são as causas que levam à santidade, à conformidade com o Todo que vem de Deus. E o caminho de quem conserva a dor de Cristo é fazer do uno múltiplo - se Cristo é a verdade, a liberdade, então essa graciosidade se distribui, pois Ele veio para que todos tenham vida - e vida em abundância.

2) Quem conserva o que é conveniente e sensato só conhece apenas um dos múltiplos caminhos que levam a Cristo - e quando aprende a conservar a dor de Cristo, ele aprende a fazer do uno múltiplo, pois todos os caminhos do Cristo levam à Roma - é de Roma que a verdade se distribui para o mundo.

3) Quem conserva o que conveniente e dissociado da verdade edifica um não em nome do sim. Troca Deus pela figura do homem - e o panteão de todos os homens tomados como se fossem deuses está no Estado. Se tudo está no Estado, e nada pode estar fora dele, o que é conveniente e dissociado da verdade é distribuído e relativiza tudo, o que prepara o caminho para o totalitarismo. Como isso é fora da Lei Natural, tudo isso é nulo - e acaba fazendo todos se tornarem apátridas.

O verdadeiro liberalismo é um ícone e não um ídolo

1) Toda imagem que serve a algo voltado para o nada, para falso tomado como se fosse verdadeiro, é um ídolo. Em inglês, idol tem a mesma pronúncia de idle (vago, vazio, improdutivo).

2) Toda imagem que nos remete àquilo que é verdadeiro, para a conformidade com o Todo que vem de Deus, é ícone. Tal como disse meu amigo Helleno de Carvalho, as palavras são ícones que exteriorizam o pensamento, que é expresso através da fala, da tradição oral; por sua vez, a palavra escrita é desdobramento desse ícone, pois tem fundamento numa tradição oral, coisa que se dá na carne. Da compilação de vários textos escritos, divinamente inspirados, nós temos a Bíblia, que sistematiza a nossa crença - e isso não exclui nem a tradição oral, nem a sucessão apostólica. 

3) Ícone que se desdobra em ícone leva a um poderoso processo de capitalização moral; ídolo que se desdobra em ídolo é que nem uma hidra - eis a imagem de um terrível monstro, coisa que nos lembra a mentalidade revolucionária.

Por que a Bíblia é um ícone e não um ídolo?

1) Palavras escritas são basicamente ícones das palavras ditas e as palavras ditas são basicamente ícones de pensamentos formulados e externalizados. 

2) A Igreja Católica compilou a Bíblia e, ao invés de fazer ídolos com esculturas, simplesmente as transformou em ícones.

3) Ícones não são ídolos - tanto é verdade que a foto do seu ente querido falecido não é um ídolo. Se formos levar radicalmente a interpretação ao pé da letra, que diz para não fazermos ídolos, deveríamos considerar TODOS os ícones ídolos. Sendo assim, a própria Bíblia e a palavra externalizada por escrito ou oralmente seriam ídolos.

Helleno de Carvalho

Notas sobre o nulo, uno e o múltiplo

1) A conformidade com o Todo que vem de Deus promove o múltiplo a partir do uno: quando alguém ofende um Papa, esta pessoa está ofendendo também todos aqueles que o sucederam anteriormente, incluindo o próprio Cristo. Se a pessoa ofende o passado, ela também, por conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, ofenderá os futuros. É através da Santa Tradição - fundada na verdade em pessoa, que é Cristo - que nós vemos melhor tal fenômeno, pois é através da empatia pela verdade em pessoa, através da figura de Cristo, que separamos o virtuoso do pecador.

2) Na conformidade com tudo aquilo que decorre de sabedoria humana dissociada da divina, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele, nós vemos a mentira proclamada em nome da verdade. Nela, nós vemos o nulo ser proclamado em nome do uno, o zero proclamado em nome do 1, o não proclamado em nome do sim - como isso gera liberdade com fins vazios, não haverá múltiplo, a não ser multiplicação dessa ordem cancerosa a ponto de haver metástase.

3) Não é à toa que isso viola o princípio da não-traição à verdade revelada. Cristo nos mandou que fizéssemos do nosso sim um sim e do nosso não um não. Isso pede que as palavras assumam um sentido denotativo, a ponto de descrever a realidade tal qual ela nos apresenta. E como já falou meu amigo, quando as palavras perdem o significado, nós perdemos a liberdade, pois deixamos de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.