Pesquisar este blog

domingo, 15 de maio de 2016

Notas sobre a espiral salvacionista que existe desde 1964 e como ela deve ser enfrentada

1) Em um artigo, eu havia mencionado que estávamos num ciclo de estupidez política que já durava 50 anos. Ele começou em 1964 - e até onde pude analisá-lo, ele terminou em 2014, quando novos tempos começaram a surgir no Brasil, por conta do desenvolvimento da rede social - nela, os melhores, ainda que dispersos pelo país afora, começaram a se associar e a juntar forças contra o mal. E é dentro desta circunstância que foi lançada a semente da restauração da monarquia e da missão que herdamos de Ourique.

2) Esta renovação do espírito nacional está enfrentando uma circunstância difícil, tão difícil quanto aquelas que os portugueses enfrentaram no tempo das Grandes Navegações: cruzar o Cabo das Tormentas. E esse Cabo das Tormentas se chama Espiral do Salvacionismo.

3.1) O começo dessa espiral começou em 1964 e durou até 1988. 

3.2) Em 1988, começou o salvacionismo do salvacionismo: o chamado Estado Democrático de Direito da Nova República, cujo estado de compromisso foi criado a partir da Lei da Anistia de 1980, que perdoou os crimes dos militares e os crimes dos comunistas, criando uma nefasta ordem conservantista. Em 2002, a fase azul foi concluída, após prepararem o caminho para a fase vermelha, totalitária. Essa fase durou até 2016, com o afastamento de Dilma.

4) Com a ascensão de Temer, um novo governo de salvação nacional foi edificado. Até quando romperemos essa espiral? Quando dobraremos o Cabo das Tormentas? 

5) Se esse Cabo for contornado, ele certamente será rebatizado em Cabo da Boa Esperança. E essa boa esperança dar-se-á a partir do Terceiro Reinado, quando passaremos a tomar o país como se fosse um lar, com base naquilo que se edificou em Ourique, ordem essa fundada na Aliança do Altar com o trono, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Não haverá quinhentismo, que edifica liberdade para o nada, e nem salvacionismo, fundado no conservantismo - o que haverá é ordem justa, paz constante e prosperidade completa, fundado em sabedoria divina e não em sabedoria humana dissociada disso.

Das origens salvacionistas da Carta de 1988

1) A fórmula do presidencialismo de coalizão surgiu dentro de uma mentalidade salvacionista, claramente esquerdista.

2) Segundo a mentalidade dos arquitetos da Nova República, a democracia tem um fim em si mesmo - e por isso deve ser tomada como se fosse uma segunda religião. Eis o Estado Democrático de Direito - ele usa a democracia só de fachada, com o intuito de mascarar um Estado socialista, totalitário.

3) Essa Nova República se contrapõe ao governo de exceção que governou o Brasil por 21 anos - o regime militar. Só que esse governo de exceção existiu por força de expressa permissão da Carta de 1946. Como eles, os militares são positivistas, autoritários, eles aproveitaram e rasgaram a constituição de modo a fazer uma nova: a carta de 1967, que se tornou a carta de 1969. Com isso, abusaram do poder.

4) Não é à toa que existem duas esquerdas no poder: os positivistas, que edificaram esta república, e os comunistas, que vão progredir ainda mais no estado revolucionário em que nos encontramos de modo a que viremos uma Cuba ou uma Venezuela.

Da relação entre governo de salvação e governo de exceção

1) Como falei, todo governo de salvação é sempre um governo de exceção. Ele existe por conta da falência da ordem constitucional vigente.

2) Se o presidente é o agente garantidor do estado de compromisso que vai ser adotado de modo a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então ele pode tudo e não terá limite algum ao seu poder, visto que a Lei Natural, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, será vista como se fosse um preconceito. E é nesse ponto que a república presidencialista se aproxima de regimes totalitários como o comunismo, que enxergam a lei natural e a lei positiva, que edifica liberdade para o nada, se como se fosse preconceito.

3) Por conta do salvacionismo, a exceção acaba virando regra. E governo em que a exceção é regra se chama ditadura.

sábado, 14 de maio de 2016

O presidencialismo é um eterno salvacionismo

1) A maior prova de que o presidencialismo é falho é o fato de que os estados de compromisso existem com o nome de "governos de salvação". Eles ocorrem por conta do fracasso da ordem constitucional vigente. 

2) Nesse estado de compromisso, o presidente é a ponta do iceberg, que garante a renovação da cultura dos vícios, sem que haja uma mudança para a melhoria das coisas, o que marca um claro sintoma de que o governo de um presidente sempre serve a uma oligarquia - e a oligarquia não é a aristocracia, pois não são os mais virtuosos que governam, mas os mais ricos que mandam e desmandam. E o Estado se reduz à religião dos que governam por amor ao dinheiro e não a Deus. É por conta de haver uma oligarquia e que a chefia de Estado será confundida com a chefia de governo e nunca será neutra.

3) A monarquia precisa dos melhores para governar - e a fonte dos melhores sempre virá do povo, este manancial que não se esgota. A aristocracia precisa ser aberta aos melhores que estão dispersos no povo. E esses indivíduos, por conta do que fizeram de bom no passado, passam seu exemplo para a família. A relação entre realeza, nobreza e democracia é estritamente umbilical - é o tripé da monarquia.

Notas sobre o fracasso das Diretas Já

1) Se olharmos para o que foi estabelecido em 1988 até os dias atuais, vai ser verdade conhecida o fato de que presidentes acidentais são melhores que os eleitos. Isso prova a falência das Diretas Já, pois a natureza do presidencialismo é de uma monarquia piorada. Trata-se, pois. uma cópia malfeita de um instituto americano e fora das nossas tendências históricas. Isso mostra que a cópia foi feita mais por modismo. 

2) Aqui no Brasil, o modismo é um problema muito sério. 

3) Muitas pessoas aderem a idéias e soluções que vêm de fora sem se dar conta se elas vão ser perfeitamente aplicadas ou não à nossa realidade, que é completamente diferente da realidade americana ou mesmo européia. E isso é uma tolice muito grande. Isso é sintoma de conservantismo, pois preferem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - como a verdade está ligada à realidade das coisas, então, terminam sendo insensatos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2016 (data da postagem original).

Sobre a necessidade de estudar Direito Público Universal

1) Como falei em um artigo anterior, certas coisas que ocorreram num país, num dado momento da História, podem perfeitamente ocorrer aqui, por conta de repetição.

2) Como governar um país, de modo a que ele seja tomado como se fosse um lar em Cristo, é uma tendência universal, então o bom Chefe de Governo tem de saber pelo menos Direito Público Universal. Ele deve estudar os casos que deram certo e que deram errado - casos esses emblemáticos e que podem vir a ocorrer no Brasil, na nossa circunstância atual.

3) Atualmente, o estudo do Direito Público Brasileiro se resume a Carta Constitucional de 1988, a algumas regras gerais do Código Civil, do Código de Processo Civil e das normas esparsas que foram editadas e que são estudadas no âmbito do Direito Administrativo. Olhando por esse prisma, o estudo do Direito Público se tornou bem precário, se comparado aos tempos imperiais.

4) Outra coisa que ajuda muito no Estudo do Direito Público é o estudo da Lei Natural, fundada na Aliança do Altar com o Trono. Isso permite conhecer as circunstâncias pelas quais este país foi fundado, de modo a ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

5) Como aprendi na graduação, aquele que não conhece História não conhecerá direito o Direito, muito menos a verdade contida nas ações humanas que nos levam à conformidade com o Todo que vem de Deus. E uma mudança precisa ser feita na mentalidade, antes de se fazer uma análise política decente.

O presidencialismo não necessita de democracia, mas de estado de compromisso

1) Se Temer fizer um bom governo, vai ficar provado que eleger presidente diretamente nunca será solução. Temer será comparado com o Itamar Franco, que fez uma boa presidência.

2) Isso acabará confirmando a tendência de que presidentes acidentais são melhores do que os eleitos, dentro do contexto da Carta de 1988 - em suma, a verdade é que o presidencialismo, para funcionar, não necessita de democracia. Ele necessita é de um estado de compromisso, de modo a que as coisas sejam feitas.

4) O problema desse estado de compromisso é que ele é fundado no calor do momento, pois não se tem visão de longo prazo. E um governo de longo prazo pede uma chefia de Estado permanente, que modere as coisas de modo a que o executivo possa concretizar o que a lei aprovada no Parlamento estabelece. É a prova cabal de que a monarquia é extremamente necessária, por conta de suas vantagens óbvias. A chefia do Estado, que exerce o poder moderador, não tem partido e deve governar o Brasil tomando-o como se fosse um lar, com base na missão que herdamos em Ourique - e a chefia de governo vai gerindo o pais de acordo com as necessidades públicas de momento, coisa que vai se renovando enquanto este gestor estiver bem servindo à pátria, dentro da circunstância em que ele foi eleito.

4) A circunstância de uma escolha não se mede num recorte arbitrário de quatro anos - ela dura enquanto for esta a situação do país. Quando as circunstâncias mudarem, o chefe de governo deve dar lugar a outro que esteja pronto essa circunstância B, que será enfrentada por alguém mais preparado do que ele, que lidou com a circunstância A. O chefe de governo precisa ser o mais preparado para governar o país dentro da circunstância para a qual previamente se preparou, através dos estudos - as circunstâncias, se tiverem ocorrido em outro país, numa época anterior, poderão ocorrer perfeitamente neste país, pois estamos num mundo globalizando, o que faz com que estas coisas se repitam, só que num lugar diferente. Trata-se, pois, de trabalho técnico e político.