Pesquisar este blog

domingo, 15 de maio de 2016

Da relação entre governo de salvação e governo de exceção

1) Como falei, todo governo de salvação é sempre um governo de exceção. Ele existe por conta da falência da ordem constitucional vigente.

2) Se o presidente é o agente garantidor do estado de compromisso que vai ser adotado de modo a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então ele pode tudo e não terá limite algum ao seu poder, visto que a Lei Natural, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, será vista como se fosse um preconceito. E é nesse ponto que a república presidencialista se aproxima de regimes totalitários como o comunismo, que enxergam a lei natural e a lei positiva, que edifica liberdade para o nada, se como se fosse preconceito.

3) Por conta do salvacionismo, a exceção acaba virando regra. E governo em que a exceção é regra se chama ditadura.

sábado, 14 de maio de 2016

O presidencialismo é um eterno salvacionismo

1) A maior prova de que o presidencialismo é falho é o fato de que os estados de compromisso existem com o nome de "governos de salvação". Eles ocorrem por conta do fracasso da ordem constitucional vigente. 

2) Nesse estado de compromisso, o presidente é a ponta do iceberg, que garante a renovação da cultura dos vícios, sem que haja uma mudança para a melhoria das coisas, o que marca um claro sintoma de que o governo de um presidente sempre serve a uma oligarquia - e a oligarquia não é a aristocracia, pois não são os mais virtuosos que governam, mas os mais ricos que mandam e desmandam. E o Estado se reduz à religião dos que governam por amor ao dinheiro e não a Deus. É por conta de haver uma oligarquia e que a chefia de Estado será confundida com a chefia de governo e nunca será neutra.

3) A monarquia precisa dos melhores para governar - e a fonte dos melhores sempre virá do povo, este manancial que não se esgota. A aristocracia precisa ser aberta aos melhores que estão dispersos no povo. E esses indivíduos, por conta do que fizeram de bom no passado, passam seu exemplo para a família. A relação entre realeza, nobreza e democracia é estritamente umbilical - é o tripé da monarquia.

Notas sobre o fracasso das Diretas Já

1) Se olharmos para o que foi estabelecido em 1988 até os dias atuais, vai ser verdade conhecida o fato de que presidentes acidentais são melhores que os eleitos. Isso prova a falência das Diretas Já, pois a natureza do presidencialismo é de uma monarquia piorada. Trata-se, pois. uma cópia malfeita de um instituto americano e fora das nossas tendências históricas. Isso mostra que a cópia foi feita mais por modismo. 

2) Aqui no Brasil, o modismo é um problema muito sério. 

3) Muitas pessoas aderem a idéias e soluções que vêm de fora sem se dar conta se elas vão ser perfeitamente aplicadas ou não à nossa realidade, que é completamente diferente da realidade americana ou mesmo européia. E isso é uma tolice muito grande. Isso é sintoma de conservantismo, pois preferem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - como a verdade está ligada à realidade das coisas, então, terminam sendo insensatos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2016 (data da postagem original).

Sobre a necessidade de estudar Direito Público Universal

1) Como falei em um artigo anterior, certas coisas que ocorreram num país, num dado momento da História, podem perfeitamente ocorrer aqui, por conta de repetição.

2) Como governar um país, de modo a que ele seja tomado como se fosse um lar em Cristo, é uma tendência universal, então o bom Chefe de Governo tem de saber pelo menos Direito Público Universal. Ele deve estudar os casos que deram certo e que deram errado - casos esses emblemáticos e que podem vir a ocorrer no Brasil, na nossa circunstância atual.

3) Atualmente, o estudo do Direito Público Brasileiro se resume a Carta Constitucional de 1988, a algumas regras gerais do Código Civil, do Código de Processo Civil e das normas esparsas que foram editadas e que são estudadas no âmbito do Direito Administrativo. Olhando por esse prisma, o estudo do Direito Público se tornou bem precário, se comparado aos tempos imperiais.

4) Outra coisa que ajuda muito no Estudo do Direito Público é o estudo da Lei Natural, fundada na Aliança do Altar com o Trono. Isso permite conhecer as circunstâncias pelas quais este país foi fundado, de modo a ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

5) Como aprendi na graduação, aquele que não conhece História não conhecerá direito o Direito, muito menos a verdade contida nas ações humanas que nos levam à conformidade com o Todo que vem de Deus. E uma mudança precisa ser feita na mentalidade, antes de se fazer uma análise política decente.

O presidencialismo não necessita de democracia, mas de estado de compromisso

1) Se Temer fizer um bom governo, vai ficar provado que eleger presidente diretamente nunca será solução. Temer será comparado com o Itamar Franco, que fez uma boa presidência.

2) Isso acabará confirmando a tendência de que presidentes acidentais são melhores do que os eleitos, dentro do contexto da Carta de 1988 - em suma, a verdade é que o presidencialismo, para funcionar, não necessita de democracia. Ele necessita é de um estado de compromisso, de modo a que as coisas sejam feitas.

4) O problema desse estado de compromisso é que ele é fundado no calor do momento, pois não se tem visão de longo prazo. E um governo de longo prazo pede uma chefia de Estado permanente, que modere as coisas de modo a que o executivo possa concretizar o que a lei aprovada no Parlamento estabelece. É a prova cabal de que a monarquia é extremamente necessária, por conta de suas vantagens óbvias. A chefia do Estado, que exerce o poder moderador, não tem partido e deve governar o Brasil tomando-o como se fosse um lar, com base na missão que herdamos em Ourique - e a chefia de governo vai gerindo o pais de acordo com as necessidades públicas de momento, coisa que vai se renovando enquanto este gestor estiver bem servindo à pátria, dentro da circunstância em que ele foi eleito.

4) A circunstância de uma escolha não se mede num recorte arbitrário de quatro anos - ela dura enquanto for esta a situação do país. Quando as circunstâncias mudarem, o chefe de governo deve dar lugar a outro que esteja pronto essa circunstância B, que será enfrentada por alguém mais preparado do que ele, que lidou com a circunstância A. O chefe de governo precisa ser o mais preparado para governar o país dentro da circunstância para a qual previamente se preparou, através dos estudos - as circunstâncias, se tiverem ocorrido em outro país, numa época anterior, poderão ocorrer perfeitamente neste país, pois estamos num mundo globalizando, o que faz com que estas coisas se repitam, só que num lugar diferente. Trata-se, pois, de trabalho técnico e político.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Primeiras impressões sobre o Civilization 6

1) Hoje, neste 11 de maio de 2016, houve o anúncio do lançamento do Civilization 6. O jogo vai estar à venda a partir de 21 de outubro deste ano.

2.1) Uma das primeiras inovações deste jogo é a mudança do conceito de tecnologia. 

2.2) Agora, se eu quiser fazer cerâmica, eu vou ter de coletar argila e fazer vasos a partir da minha roda de oleiro - do mesmo modo, eu deverei assar barro em altas temperaturas, de modo a fabricar alvenaria. Caso eu queira coletar mármore, eu terei de montar marmorarias de modo a extrair o material de construção necessário. Enfim, vou ter de aprender fazendo. E isso é muito interessante. 

3.1) Este tipo de coisa me lembra o Life is Feudal, que me serviu de base para vários artigos. 

3.2) Nele, eu percebi que a Idade Média e a Pré-História não eram muito distantes - para sobreviver e prosperar, tudo o que precisaria fazer era aprender fazendo. E é fazendo as coisas que ganho a experiência necessária de modo a tomar o meu país como se fosse um lar, pois é conhecendo o que a terra pode me oferecer que posso amá-la e preservá-la. 

3.3) Enfim, não existe nacionidade sem uma relação equilibrada com as circunstâncias do lugar em que me encontro. Sem essa relação equilibrada, eu não poderei sobreviver e nem poderei legar a terra que é minha aos meus descendentes, fonte de toda tradição.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Da necessidade de fazer estudos de caso, quando se estuda a DSI

1) Enquanto meditava sobre a DSI, eu acabei vendo que as passagens da Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses servem como um bom estudo de caso sobre essa questão.

2) Acho que ler um livro com o intuito de testar e comprovar veracidade de uma teoria ajuda e muito na busca pela verdade, pois até agora eu não conheço ninguém  que estude a DSI e faça dos fatos históricos um estudo de caso acerca da matéria. A maioria se prende ao ensinamento ex cathedra por doutrinarismo e não trata de examinar se a questão é historicamente aplicável. 

3) Quando se estuda uma doutrina, é preciso fazer constantes estudos de caso, pois nós veremos se ela se aplica ou não à realidade das coisas. E isso é uma boa forma de se fazer um juízo de valor acerca do que é ou não conforme o Todo que vem de Deus, pois não há argumentos contra fatos. E é aí que todo conservantismo insensato desaba.