1) A doação que se faz à Igreja, de modo a manter o trabalho salvífico fundado naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, deve ser vista como um investimento.
2) O messianismo de serviço é um serviço organizado - trata-se de um empreendimento cujo trabalho é feito de tal modo a salvar a nós todos do pecado. Se a primeira vinda do Cristo foi feita com base nisso, então a Ele todas as honras são devidas - como doações sistemáticas são feitas em todo o lugar e em todas as circunstâncias fundadas na Lei Natural, a riqueza da Igreja está diretamente relacionada ao fato de ela fazer caridade no mundo inteiro, no sentido de fazer com que o País seja tomado como se fosse um lar com base na Pátria do Céu - e isso é natural, pois a Igreja é a embaixada por excelência. Todo investimento gerado gera dividendos, graça em abundância, benção sobre bênção - e isso é a base da capitalização moral.
3) Quando se dá o que se sobra, a doação é feita com más intenções - toda sabedoria humana dissociada da divina tende a amar mais o dinheiro do que a Cristo. Neste caso, a doação tende a ser vista como um empréstimo, já que o doador não participa do serviço evangelizador. Como ele não faz parte do serviço evangelizador, então ele não recebe juros, na forma de bênçãos. Deus olha para o coração dos homens - por isso, ele devolve o que foi dado com más intenções sem juros, pois a graça não pode ser comprada, mas servida.
4) Eis aí um dado muito importante da diferença entre empréstimo e investimento, explicada em Santo Tomás de Aquino, aplicada à questão do dízimo. Dito por todas as formas, isso faz da Igreja um banco por excelência, por conta do messianismo de serviço de Jesus. Ela é o verdadeiro banco, tecnicamente falando.