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sábado, 21 de novembro de 2015

Só muita pouca gente é que me avalia corretamente

O único que acertou ao me avaliar foi o meu amigo Rodrigo Arantes: ele disse, na época de faculdade, que eu tinha um conhecimento empírico monstruoso. Ele disse que, com um pouco de leitura, eu saberia mais do que o Catharino.

O pouco que aprendi com o Olavo e o tempo que passei escrevendo e meditando substituíram a quantidade de leituras que precisava fazer.

É preciso resistir à vaidade

A vida inteira, as pessoas me julgavam saber mais do que realmente sei.

Na  faculdade, houve uma colega que presumiu que eu tinha lido o Mundo de Sofia - livro do qual só ouvi falar somente a partir dela, naquele momento. Passei pela minha vida de escola sem ouvir falar desse livro. Os anos se passaram - nunca li o livro e ele nunca me fez falta.

Aliás, boa parte dos livros que o Olavo recomenda no COF não me são necessários agora, no momento em que me encontro. Até porque muitos deles fogem à minha competência - e não me sinto pronto para lê-los agora. Quem sabe algum dia os leia?

Respostas sobre o meu método de aprender

Certos alunos do Olavo ficam me enchendo de perguntas o dia inteiro.

Embora eu seja aluno do Olavo, eu prefiro aprender as coisas que ele ensina aos poucos, na medida do possível - geralmente, eu o faço por osmose. Mal tenho saco pra ler 1 livro por ano - que dirá 50! E não sou necessariamente um ignorante - sou conhecido, entre os meus pares, por ser uma pessoa esclarecida e com grande discernimento. Quando abro a boca, eu falo só que é bom e necessário. E me declino do convite de falar sobre coisas que fogem à minha competência.

Eis aí o segredo de tudo o que faço aqui, ao longo desses anos todos. Quando São Paulo falou que devemos suportar pacientemente uns aos outros, ele realmente não estava brincando. Agora, eu compreendo na carne tudo o que ele falou.

Da necessidade de se cultivar uma certa ignorância, enquanto você adquire conhecimento

1) Pode parecer estranho dizer, mas eu tenho orgulho de ser ignorante. Ao longo da vida,  eu aprendi, de maneira conveniente e sensata, a cultivar uma certa ignorância, de modo a ser mais humilde. E sendo humilde, eu me tornei mais sábio.

2) Gosto de saber, mas tem certas coisas que não quero saber agora, pois sinto que não estou pronto ainda para aprender certas coisas. E para eu aprender certas coisas, eu vou precisar me preparar espiritualmente para este assunto, tal como me preparei para o nacionismo. Afinal, isso demanda um certo tempo, um certo esforço, uma dedicação, pois viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus implica necessariamente compromisso com a excelência.

3) Muitas coisas da doutrina da Igreja Católica eu não sei, pois nunca tive oportunidade de aprender. Até porque não encontrei uma pessoa bondosa o suficiente para me orientar em certas coisas sem eu correr o risco de cair no pecado da soberba, coisa que atinge a muitos rad trads - se eu ler demais, sem meditar a respeito do peso que cada palavra tem nas minhas leituras, eu terminarei meus dias fazendo o que eles fazem no facebook: semeando má consciência pelo mundo afora.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2015 (data da postagem original)

Rio de Janeiro, 31 de novembro de 2016 (data da 1ª atualização da postagem)

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2014/09/e-preciso-cultivar-uma-certa-ignorancia.html

Resposta sobre o meu estilo de escrever - Resposta 3

Me perguntam:

_ José, dos livros que o Olavo recomendou, quantos você já leu?

Eu respondo:

_ Nenhum. Leio só os da pesquisa que investigo. Quanto menos eu ler, menos arrogante eu fico. Prefiro meditar a ler.

Respostas sobre o meu estilo de escrever - Resposta 2

Me perguntam:

_ José, quantos textos você já leu em voz alta? Você já decorou Os Lusíadas?

Eu respondo:

_ É mais edificante fazer leitura silenciosa. Além disso, esse negócio de decorar poemas e textos clássicos só me deixaria neurótico. Passei 23 anos (de 1989 a 2012) decorando coisas, de modo a passar de ano - e teve épocas em que já fui submetido a prova oral, quando cursei Direito. Atualmente, eu não quero saber de decorar nada - nem poema, nem número de celular. O que me interessa saber é onde está a informação e consultá-la, de modo a compreendê-la. O resto, a meditação e a conformidade com o Todo que vem de Deus suprem.

Resposta aos presunçosos

Me falaram:

_ Agora que imitei os autores da língua portuguesa, estou começando a imitar os autores de língua inglesa e francesa.

Eu digo:

_ Eu não tenho necessidade de imitar alguém, a não ser Jesus Cristo, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida. Eu só escrevo aquilo que o Espírito Santo me manda escrever - e faço aquilo que preciso fazer, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Pra que ficar me vangloriando em imitar o filho do Homem? Não preciso dessa melancia no pescoço.