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sábado, 8 de agosto de 2015

Oliveira Viana é um herege político

1) Toda heresia leva a uma entropia, a uma perda de informação substancial, de modo a que deixemos de estar em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) No caso da política, temos o quinhentismo, que é um falso clássico, um falso cânone, que nos leva a conservar tudo o que é conveniente e dissociado da verdade. Todo autor que tenha a desfaçatez de dizer que o Brasil está no século VI - fazendo com que percamos a noção de que o país nasceu em Ourique, a partir da visão que el-Rei D. Afonso Henriques teve do Cristo Crucificado - deve ser jogado na lata no lixo. 

3) Autores como Oliveira Viana, engenheiros do paternalismo estatal, da cultura estatizante que ainda nos permeia, são verdadeiros hereges e promovem uma verdadeira apostasia da verdade - eles são o clássico da república, daquilo que não deve ser esquecido, de modo a que o infame regime nunca mais volte a nos levar a esta cultura de atraso em que nos encontramos.

Todo revolucionário recomenda leituras não solicitadas

1) Tem gente que está espalhando por aí a balela de que Poder Moderador falhou, ao indicar o livro o Ocaso do Império, do Oliveira Viana, como leitura não solicitada - coisa essa que é a (velha) tática dos comunistas. Afinal, os positivistas são tão revolucionários quanto o PT.

2) Eu li o Instituições Políticas Brasileiras - e nele o Oliveira Viana fala que estamos no século VI, se contarmos a história do Brasil a partir da chegada de Cabral aqui.

3) Eu já apontei por várias razões que o quinhentismo é anticristão e ele só justifica a concepção de que o Brasil deve ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

4) Como Oliveira Viana era adepto do fascismo, do socialismo de nação - em que a nação é tomada como se fosse uma segunda religião, de modo a esmagar a primeira e verdadeira -, então ele não deve ser levado a sério. Por isso, eu recomendo que bloqueiem, ou mandem ir tomar no cu, todos os que fazem tal sandice de recomendar tal autor, ainda que não solicitado, justamente no momento em que a verdade nos bate a porta de modo a se impor por si mesma entre nós, neste difícil momento de se tomar este país como se um lar, quando todas as tentativas de tomá-lo como se fosse religião fracassaram e quando tudo parece nada mais fazer sentido.

Não há coservadorismo sem repetição

1) Se a tribo é fisiológica, então o retorno à fisiologia se dá a partir do momento em que todos têm a sua verdade, vivendo a vida fora da conformidade com o Todo que se dá em Deus. 

2) E o pior individualismo se dá a partir do retorno do paganismo, onde o pecado é promovido como se fosse virtude e quando a mentira é promovida como se fosse verdade. Onde houver o neopaganismo, o relativismo moral sempre estará ligado a ele. 

3) Neopaganismo, individualismo atomizante - que matam o senso de fraternidade universal e promovem a cultura da impessoalidade -, tudo isso vai levar a uma cultura em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele.

4) Mais do que uma forma política, a questão república x monarquia deve e precisa ser examinada também no campo cultural. Onde se perde a noção da hierarquia, daquilo que é mais elevado e sagrado, a fisiologia será certamente retomada. E nestes tempos difíceis, a verdade de que "não é só de pão que vive o homem, mas também da palavra de Deus" precisa ser atualizada e proclamada, de modo a que não seja esquecida.

5) Enfim, a repetição, tal como foi apontada por Kierkegaard,  é crucial de modo a que se conserve sistematicamente a dor de Cristo. E é pela repetição dessa imagem que nos lembramos de ser conservadores, pois Cristo é a verdade - e não há liberdade sem o cultivo da verdade.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A sociedade é sempre uma república

1) Na época de Moisés, os hebreus eram uma sociedade tribal.

2) Uma sociedade tribal é sempre fisiológica. Se a tribo necessita de guerreiros ou ter espírito de guerra, o chefe da tribo será um guerreiro, enquanto assim permanecerem as coisas; se a tribo estiver assentada em boas terras, o líder será um agricultor ou um pastor, enquanto assim permanecerem as coisas.

3) Uma sociedade tribal é, de fato, uma república: os líderes, e a natureza da liderança, são mudados conforme as necessidades da tribo mudam. E isso é, obviamente, muito instável - sendo a economia pura subsistência, não haverá liberdade de se exercitar uma vocação, de modo a se especializar nisso, pois não há fundamento para se converter necessidade em liberdade, base para uma cultura conforme o Todo que vem de Deus. Isso é uma questão que o próprio Deus já conhecia de antemão.

4) Quando as sociedades se tornaram sedentárias, naturalmente surgiram as necessidades de especialização, pois a prosperidade depende que você lide permanentemente com as coisas - e, para isso, é necessário se especializar e povoar a terra, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar. As tribos de Israel se especializaram e se tornaram classes, pois cada uma desempenhou um papel importante, no processo de formação do Reino - como podemos ver na tribo de Levi, que se especializou no sacerdócio.

5) A passagem gradual da tribo, chefiada pelo juiz, até a monarquia está fortemente relacionada com a retomada da terra prometida e com a noção de que esta deve ser tomada como se fosse um lar, em Jesus Cristo.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A rede social é um sistema e não um coletivo

1) A rede social é um sistema - e você precisa ficar atento a cada peça do sistema, de modo a que elas, juntas, trabalhem melhor. Você deve ser uma espécie de coordenador ou editor, de modo a que essas peças trabalhem juntas.

2) Eu tenho 300 pessoas na minha rede. Na prática, a minha rede é menor do que isso. Vejo a necessidade de reduzir o tamanho dessa rede, de modo a que outros contatos possam entrar.

3) Sistemas precisam de peças de qualidade para bem funcionarem. E uma network pede pessoas de qualidade. E é crucial que se construa uma rede com pessoas que amem e rejeitem as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Só aí é que esses contatos podem ser chamados de amigos, no real sentido da palavra, pois a palavra não deve ser servida com fins vazios.

4) Sistemas não são coleções, onde pessoas se reúnem de modo desordenado e desorganizado.

5) Como estar na rede social pede que você seja capaz de viver a vida civil de maneira responsável, então você precisa ser capaz de ordenar a rede social de maneira relevante, de modo a que você saiba o que ocorre na sua pátria, de modo a tomá-la como se fosse um lar, em Jesus Cristo.

Da relação entre diário e jornalismo

1) Aprendi com o professor Rodrigo Gurgel​ a importância de se manter um diário, de modo a registrar todas as minhas reflexões e tudo o mais que houver de interesse. 

2) Esses dados diários são acumulados, processados e depois se tornam artigos. E o livro é uma compilação sistemática de artigos.

3) A idéia do diário deu tão certo que estou passando a anotar fatos de interesse decorrentes de outras pessoas, de modo a fazer análises futuras. Eis aí que começam a se firmar em mim as habilidades do jornalismo. Não é à toa que alguns dos grandes jornais se chamam diários.

4) Olavo dizia que o jornalismo, por muito tempo, foi a vitrine dos grandes escritores, em começo de carreira. Era escrevendo fatos relevantes sobre a vida social e fazendo análises sobre isso que eles iam construindo o seu público, de modo a lançar os livros.

5) Como rede social é mídia popular, de certo modo estou no jornalismo. E ela se dá ponto a ponto - é preciso que você saiba construir muito bem a sua network, de modo a receber o máximo possível de informações relevantes. Por isso, quanto mais aprendo dos meus contatos, melhor vou ficando.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Conseqüência da lição que dei hoje

1) Acho que hoje consegui estabelecer o ponto de contato entre o Direito Natural e a Teoria Geral do Estado.

2) E esse ponto de contato tem bases concretas: Ourique. Ourique deve ser tratado como um importante estudo de caso sobre essa questão.

3) Ao contrário do que se tentou, em que foi tudo baseado em abstração, o Estudo dessa teoria pede observação da realidade e um estudo fundado em bases concretas, em tudo aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Pois a lei de Deus se dá na carne e é isso que precisa ser estudado, de modo a que não haja conflitos sistemáticos, feitos e forjados de tal modo a haver uma convulsão social, uma revolução.

4) A Paz do Senhor é a Lei e é isso que deve ser a base sob a qual se toma o país como se fosse um lar. É com base nesse estudo de caso que teremos bases seguras para se estudar o direito constitucional e responder a este pergunta: de que forma o Estado deve ser organizado, de modo a que este possa servir a Cristo em terras distantes, missão essa que herdamos desde Ourique, já que somos todos portugueses, ainda que dispersos pelo mundo afora?