1) Todo empréstimo
produtivo deve ser fundado na bondade, na generosidade. É nele que você
encontra a conformidade com o Todo que vem de Deus, no âmbito dos favores.
2) Esse empréstimo
produtivo serve tanto para gerar riquezas, de modo a que o país seja tomado
como se fosse um lar, e também para satisfazer às necessidades de um irmão - seja
por caridade ou por urgência.
3) Quando o empréstimo
se versa em produzir riqueza, eu me torno sócio do meu irmão e passo a ter voz
e voto nos destinos na companhia que ele fundar. Este é um empréstimo edificador,
feito de modo a que país seja tomado como se fosse um lar, ao gerar riquezas
para todos. Pelo tempo dedicado ao negócio e pelo dinheiro que foi despendido,
tenho direito aos frutos decorrentes desse dinheiro emprestado.
4) Quando empresto
dinheiro a um irmão, de modo a que ele pague suas dívidas ou de modo a comprar um
presente, seja para si ou para um amigo, não é lícito convencionar um acordo de
modo a cobrar juros dele, pois nenhuma riqueza ali foi produzida nesses empréstimos
- além disso, não podemos praticar usura em cima de um irmão, de modo a cobrar
sobre um empréstimo não produtivo, tal como preceitua a bíblia.
5) O dinheiro
emprestado de modo a satisfazer necessidades pessoais, de natureza não
produtiva, será restituído da mesma forma como foi tomado - entretanto, quem
tomou o préstimo se compromete voluntariamente - por força de dever moral, que
se dá na carne - a te remunerar o favor que você prestou a ele.
5.1) Por generosidade -
por escolha dele e não por força de convenção - ele pode te dar um dinheiro a
mais, como uma recompensa pelo serviço prestado.
5.2.1) Ou ele pode te
dar algo diferente, caso ele não tenha o dinheiro para te devolver. Se for algo
necessário a você, você deve aceitá-lo, pois é dação em pagamento e foi te dado
com generosidade[1];
5.2.2) Se é algo que
beneficia a um terceiro que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo
fundamento, trata-se de corretagem espiritual, já que houve efetiva integração
entre as pessoas.
6) Toda generosidade
leva, de alguma forma, ao pagamento do compromisso firmado com algo diverso de
dinheiro.
7) A economia
impessoal, regulada por lei, fará de tudo para eliminar a dação em pagamento,
pois o dinheiro será tomado como se fosse religião.
Cito como exemplo o caso em que
empresto R$ 50,00 reais a um amigo e ele me devolve 50 dólares. Se isso foi
dado em generosidade, trata-se de dação em pagamento, pois aos olhos da lei
moeda estrangeira é coisa diferente de dinheiro.