01) Como adquiri força interior de modo a não sucumbir à cultura de se tomar o vício como se virtude, um mal que é endêmico deste espectro de nação, que foi edificado em 1889?
02) Antes da internet, tive que criar amigos imaginários, já que os de carne e osso não tinham nada na cabeça. E junto com estes amigos imaginários, fundei um país imaginário, de modo a suportar todas as pressões e vícios inerentes deste republicu em que vivo minha vida.
03) Naquela época, eu não era católico. Construir uma cultura substituta foi a solução provisória, de modo a que eu não enlouquecesse - o mundo de fora achou que fiquei ensandecido, mas na verdade eu estava defendendo o meu maior patrimônio: a minha sanidade intelectual e espiritual, em face dessa cultura nefasta.
04) O próximo passo foi estudar a história do país, para saber o porquê que estou nele. Ao conhecer o exemplo e a grandeza de D. Pedro II, pus meu pequeno país imaginário como parte do grande país imperial. Fiz de meu pequeno país imaginário uma província virtual do Império do Brazil, que não aceita os vícios da república. E essa província virtual precisava ser virtuosa.
05) Um dos aspectos do Império era a aliança do altar com o trono - ao conhecer a origem disso, que se deu em Ourique, conheci a minha missão: servir a Cristo em terras distantes. Foi aí que me tornei católico.
06) Já que criei uma cultura substituta - de modo a sobreviver aos vícios do Brasil -, já que me tornei católico e já que coloquei meu país imaginário como parte do Império do Brazil, o próximo passo foi criar uma literatura que fosse capaz de edificar as coisas de modo a que o país fosse tomado como se fosse um lar e não como se fosse uma religião de Estado da república. E neste ponto, minha experiência universitária e os meus anos de estudo do pensamento do Olavo fizeram a diferença. E a rede social, sobretudo o facebook, foi o ambiente onde esta veio a florescer.
07) O fato de estar compartilhando online minha experiência neste aspecto está fazendo com que o vício seja trocado pela virtude. Se uma biografia for escrita ao meu respeito, o autor terá que entrar no universo pseikone, esta 21º Província do Império do Brazil que não aceitou ser escrava da república.
08) A cultura pseikone não tem tradição literária fundada na narração, mas na dissertação, posto que seu fundador, este que vos fala, sempre foi muito bom neste gênero literário. Ciência Social, fundada na experiência da aliança do altar com o trono, é o único fato que tomamos como coisa, posto que é permanente. E esta é, por enquanto, a nossa literatura - isso é o que produzimos de melhor.
09) Já existe uma nascente cultura narrativa decorrente das experiências de vida pseikone, mas ela precisa de muita experiência de vida, de modo a que haja boas histórias para serem contadas. Qualquer literatura fundada em sabedoria humana dissociada da divina não é experiência pseikone autêntica, mas apátrida, coisa que deve ser atribuída a esse espectro de país chamado Brasil que a famigerada república criou.
10) Para ser um pseikone, é preciso saber criar uma cultura substituta, de modo a sobreviver aos vícios deste espectro de pátria que tanto rejeito e convertê-los em virtude. Ao conservar o que é conveniente e sensato, tudo o mais será acrescentado, de modo a chegar à conformidade com o Todo que vem de Deus.