1) Toda vez que vejo gente querendo organizar encontros públicos conservadores em bares e churrascarias, sinto cada vez mais desgosto, pois vejo que o pessoal é conservantista - o hedonismo é marca de quem conserva o que convém, ainda que isso seja dissociado da verdade. No caso do Rio, em geral essa gente organiza esses eventos na zona sul da cidade, em lugares chiques, que são próximos às favelas e quase sempre à noite. Por isso que não me meto nessas canoas furadas.
2) O verdadeiro conservadorismo não se organiza em bares ou em churrascarias, mas nas paróquias. É o único lugar realmente livre que há - pois, sem a liberdade de Cristo, nenhum lugar de reunião ou de associação é possível. Paróquias são, em geral, próximas de casa e há pessoas com um certo nível cultural dispostas a amar e rejeitar as mesmas coisas que você, se você ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
3) A vida comunitária começa nas paróquias e é ali que se deve começar a organização de um movimento político ou cultural que nos leve à conformidade com o todo que se dá em Deus. A força de um lugar está na paróquia, na diocese ou na arquidiocese - é ali que se aprende a tomar o lugar como um lar, em Cristo.
4) Quem me inventar a besteira de me chamar para uma chopada da vida, que seja bloqueado. A cidade está cara, o bosta do prefeito da minha cidade bagunçou todo o sistema de transporte e os lugares escolhidos são verdadeiros buracos quentes, inferninhos.
5) O dia que organizarem reuniões sem caráter ecumênico ou hedonista, aí, sim, eu topo me encontrar com o pessoal. Pois hedonismo é liberdade para o nada - é confundir liberdade com libertinagem.