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sábado, 8 de novembro de 2014

Uma ação repetidamente freqüente é sistemática

1) Quando uma ação é repetidamente freqüente, nós podemos falar em ação sistemática. A ação sistemática não se esgota por conta da quantidade de vezes que você pratica o mesmo ato repetidas vezes - a ação sistemática se renova, se atualiza e se torna mais forte à medida que esse ato é praticado.

2) Se dar a cada a um o que é seu e conforme o bom direito implica distribuir, um multiplicar dividindo, então o distributivismo é um sistema de ação voltado para o bem comum fundado nos ensinamentos de Cristo. Se a Igreja nos oferece Cristo, então tudo o que decorrer dele, sejam ações simples ou sistemáticas, é acessório que segue a sorte do principal, que é Cristo.

3) Se a doutrina social da Igreja é um conjunto de princípios de tal modo a que se edifique uma ordem pública fundada na conformidade com o todo que se dá em Deus, de modo a se eliminar a cultura de lei econômica do mais forte, então o distributivismo decorre desses ensinamentos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A ortodoxia de Deus não é a dos homens


1) A ortodoxia verdadeira é una, pois Deus é um e a Igreja, como mãe, é uma e causa de toda ordem una - como não há outro Deus, não há outra ordem decorrente desse outro Deus. Por isso que não se dá margem à heresias, pois não há falsos deuses nem falsos demônios.

2) A ortodoxia fundada na sabedoria humana, dissociada da divina, cria a sua heterodoxia e dá a ela o mesmo direito ao pedestal que se dá à ortodoxia. Ela se dá em pares de dois - por isso, binária. É o cru que se transforma em cozido, naquilo que alimenta e seduz a imaginação das pessoas. É o mundo das ilusões.

3) Quando se dá voz ao que é falso, de modo a que ele fale sua própria verdade, ao final do processo não haverá mais verdade, pois o mero fato de se dialogar com o falso já pressupõe aceitar o falso como sendo verdadeiro. Isso gera confusão, relativismo moral.

A modernidade perverte o conceito de ortodoxia

1) Estar à direita do pai + ver Deus como o centro de todas as coisas = ortodoxia

2) Edificar coisas ou uma ordem fora da conformidade com o todo de Deus = heresia

3) O lado perverso da modernidade é querer edificar uma ortodoxia econômica e cultural fundada em sabedoria humana dissociada da divina. 

4) A toda ortodoxia fundada nessa natureza surge uma heterodoxia que deseja o diálogo de tal modo a que tudo seja subjugado por essa heterodoxia e que tudo nela se perverta, de modo a que não se tenha lembrança alguma da causa que nos leva à verdadeira liberdade, que se dá em Cristo. 

5) A democracia, que é indiferente à verdade, tolera essa falsa ortodoxia, o liberalismo econômico, e sua irmã gêmea, a heterodoxia marxista. Uma se alimenta da outra até produzir um vazio de verdade, alegando que todos têm a sua verdade ou que não existe verdade nenhuma.

Esquerda e direita na modernidade, na pós-modernidade e na eternidade

1) Na modernidade: esquerda e direita se fundam a partir de interesses egoísticos antagônicos, a partir de uma ordem que elimina a influência da Igreja sobre o Estado. À direita, os conservantistas, que querem livre mercado; os radicais, os esquerdistas, querem intervenção total.

2) Na pós-modernidade: a esquerda é a causa da libertação, pois é a herdeira dos valores da Revolução Francesa, da igualdade, da liberdade e da fraternidade. Quem ousar ser contra isso será rotulado de "direita".

3) Olhando por esse ponto de vista, esquerda e direita, neste aspecto, são sabedoria humana, dissociada da divina.

4) Na eternidade, a verdadeira direita é aquela que decorre de quem está sentado à direita do pai. É por lembrarmos de quem está à direita do pai que nós temos o direito de sermos tratados como filhos de Deus, por sermos a primazia da Criação, pois quem está sentado à direita do Pai deu pleno cumprimento à lei de Deus, que se dá na carne e que constitui todas as coisas, de modo a ficarem conforme o todo de sua vontade. É por conservarmos a dor de quem morreu por todos nós, que está à direita do Pai, que fundamos uma ordem onde Deus é o centro sobre o qual se gravitam todas as coisas.

5) Então restauremos o seu verdadeiro significado, coisa que nos leva à conformidade com o todo que vem de Deus, pois as palavras não devem ser servidas com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2014 (data da postagem original).

O comunismo é ausência de cor, de liberdade.


1) De uma esquerdireita azul, que vê o mundo de forma cor-de-rosa, e de uma extrema esquerda vermelha, revolucionária, nós temos um centrismo multicolor, simbolizado por todas as cores do arco-íris, que toma isso como o sendo o seu roxo, tal como o Collor que dizia que tinha aquilo roxo (o seu verde-amarelo tomado como se fosse religião). Enfim, uma frescura qualificada pela covardia, coisa detestável por todos aqueles que pensam que estão tomando o país como um lar, quando se vota em partidos conservantistas.

2) Seja rosa ou multicolor, no final das contas a cor não importa, pois o comunismo é uma ordem que mata a liberdade. Se não há liberdade, então o preto é a cor da ausência de cor, do luto - nele, matou-se o verde, o amarelo, o azul, o branco, o vermelho, o rosa e todas as cores do arco-íris.

Conservantismo e veadagem se equivalem

1) Nem conservantista, nem veado - a verdade é que conservar o que convém, dissociado da verdade, é coisa de veado. É coisa de covarde, que não se assume homem, digno de sua hombridade.

2) Por isso que não quero revolucionário: nem positivista, nem comunista. Pois estou ao lado de gente digna que luta contra essa falsa ordem - essa luta me qualifica como contra-revolucionário. E quem ama e rejeita as mesmas coisas se declara duas coisas: cristão e monarquista. 

3) Por isso nem me falem em Bolsonaro, nem em Jean Wyllys. No fundo, os dois se equivalem.

4) Há quem me diga que ele, Bolsonaro, não conheceu o trabalho que promovo. Então, é preciso "catequizar" o sujeito, o que não é tarefa fácil.

5) Se der certo, é porque ele é um homem honrado. Se não der, isso só confirma o que pré-disse: no fundo, conservantistas e veados se equivalem. E quando estes têm pretensões de serem salvadores do mundo, então a probabilidade de ele se reconectar à realidade, causa da conformidade com o todo de Deus, é quase zero.

6) O fato é isso que falo nunca foi tentado, no sentido de converter um político ao nacionismo, mas é um caminho possível, apesar de eu não ter o dom do estômago (capacidade para digerir tanta estupidez que eventualmente venha a ser dita).

7) Enfim, se Cristo nos manda irmos até os confins do mundo para fazer discípulos, então devo ir lá e fazer dele discípulo do nacionismo e da tradição imperial. Posso levar um "não" como resposta, mas isso é melhor do que nada.

Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2014 (data da postagem original).

A convocação para a guerra se dá no campo da eternidade


1) A verdadeira convocação não se dá com o intuito de se conservar o que convém, dissociado da verdade. 

2) A verdadeira convocação é com intuito de se restaurar uma injustiça histórica: um monarca como o magnânimo D. Pedro II, que foi a razão de ser desta pátria ser grande, foi deposto por um mando de lunáticos que instituíram um regime utópico, revolucionário, que separou a Igreja do Estado.

3) Com o tempo esse regime se degenerou e deu causa à tomada do poder por um grupo ainda mais revolucionário, ao extremo.

4) De nada adianta combater o PT, o sintoma, se não se combater a verdadeira causa. Quando se rejeitam os sintomas, mas não as causas, o mal tenderá a ser cada vez mais grave, por ser crônico.

5) De nada adianta arrombar uma porta, se tudo o que fazemos é só arrancar o batente da porta. Os revolucionários precisam ser banidos do Brasil, de uma vez por todas.

6) Em uma luta conservantista, nacionalista e salvacionista não se espera outra coisa senão a derrota.

7) Para melhores resultados, a consciência deste povo precisa ser reformada, de modo a que ela esteja em conformidade com a realidade. E quando estiver conforme a realidade, ela estará conforme o todo que vem de Deus.

8) Eis aí o papel dos monarquistas, enquanto evangelizadores - eles precisam converter o povo enquanto a contra-revolução está em marcha.

9) Esta luta se dá no campo da cultura - enquanto o PT é combatido, só aí é que se descobrirá a vocação monárquica - quando um povo se atira nessa luta, ele está em busca de um sentido de si mesmo, de modo a que a pátria seja tomada como um lar, e não como religião, como tem sido desde 15 de novembro de 1889.