Existem duas maneiras de se defender a pátria:
1) A primeira é sendo militar. Mas, quando se faz isso mais pelo carreirismo e sem se ter a real consciência do que você está defendendo, isso é abraçar o país como se fosse religião - logo, isso não pode ser uma boa escolha de vida, enquanto não se tiver em mente tirar o positivismo e maçonaria do seio da caserna.
2) A segunda é estudando as razões pelas quais o país deve ser tomado como um lar e não como uma religião totalitária de Estado.
3) O nacionista, para se formar, ele deve estudar a história de seu país e seguir a rota da genealogia das nações até encontrar a origem de sua pátria, que se dá na pátria do céu, onde se encontra Cristo Jesus.
4) A grande diferença do nacionista para o quinhentista é justamente o fato de seguirmos essa genealogia até a origem comum - e para isso, nós vamos até o extremo, de modo a aprender a conservar a dor d'Aquele que morreu por todos nós na Cruz. Não nos contentamos com o saber disponível.
5) Se aceitássemos o saber disponível, que é superficial, jamais superaríamos o quadro de permanente desgraça que está presente no Brasil há pelo menos 125 anos. Se não buscássemos a solução desse quadro através da salvação, nós seríamos conservantistas, como são os outros; logo, tão apátridas quanto.
6) Quando você é um nacionista formado, você aprende a ser um defensor da pátria. E se você é um defensor da pátria formado, você pode ser um militar vocacionado. No entanto, tal como vemos aqui, o militar que não é nacionista, mas tão somente um nacionalista, não passa de um carreirista, de um falso bravo.
7) Mas a vida do defensor da pátria não se resume à caserna - em toda e qualquer atividade que realizar, o nacionista encontrará na sua atividade um meio para se tomar o país como um lar. Para isso, mesclará experiências diferentes até criar sua própria profissão, dado que a vida humana, fundada em Cristo, não pode ser reduzida a esquemas deterministas e padronizados, tal como vemos na famigerada cultura do diploma. Essa camisa-de-força dá causa para que o país seja igualmente tomado como se fosse religião - e isso deve ser abominado.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 04 de agosto de 2014 (data da postagem original).
1) O matrimônio é pôr-se a serviço de Deus e da comunidade, através da conjugação de esforços de um homem e de uma mulher que se amam mutuamente.
2) Nas paróquias onde há pastoral familiar, os jovens que vão se casar na Igreja Católica aprendem a pôr a mão na massa. A maior prova disso é que hoje, na minha paróquia, tivemos um almoço comunitário, sob a supervisão do diácono.
3) Isso é uma diferença tremenda, se comparado com o casamento civil.
4) No casamento civil, você não tem curso de noivos, você não aprende a pôr a mão na massa em prol da comunidade - enfim, o casamento, nesta modalidade, é tão inútil, tão sem compromisso que até mesmo se aboliu o dever da coabitação, que é uma das exigências do casamento católico, o qual se funda numa amizade para com Deus, através do amor incondicional de um homem e uma mulher, de modo a gerar Cristo em nós, através dos filhos.
5) Se você não é exigido a pôr-se a serviço de Deus e dos outros e até de seu cônjuge e dos filhos, como você pode tomar seu país como um lar?
6) Quando você se casa no civil, você toma o Estado como sua religião. O Estado moderno, como produto acabado da sabedoria humana dissociada da divina, é tomado como se fosse Deus.
7) Como não há lastro de dever, fundado na lei natural, os casamentos acabam. Basta que haja a conveniência de que esse casamento não interessa mais a um dos cônjuges. E o casamento é desfeito facilmente, lá no cartório.
8) Pobre da sociedade que tem esperança no casamento civil e na separação do Estado da Igreja. Ela não percebe que essa esperança é vã, pois ela pode levar a todos para o inferno, através do pecado social sistemático.