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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Das duas maneiras de se defender a pátria

Existem duas maneiras de se defender a pátria:

1) A primeira é sendo militar. Mas, quando se faz isso mais pelo carreirismo e sem se ter a real consciência do que você está defendendo, isso é abraçar o país como se fosse religião - logo, isso não pode ser uma boa escolha de vida, enquanto não se tiver em mente tirar o positivismo e maçonaria do seio da caserna.

2) A segunda é estudando as razões pelas quais o país deve ser tomado como um lar e não como uma religião totalitária de Estado.

3) O nacionista, para se formar, ele deve estudar a história de seu país e seguir a rota da genealogia das nações até encontrar a origem de sua pátria, que se dá na pátria do céu, onde se encontra Cristo Jesus.

4) A grande diferença do nacionista para o quinhentista é justamente o fato de seguirmos essa genealogia até a origem comum - e para isso, nós vamos até o extremo, de modo a aprender a conservar a dor d'Aquele que morreu por todos nós na Cruz. Não nos contentamos com o saber disponível. 

5) Se aceitássemos o saber disponível, que é superficial, jamais superaríamos o quadro de permanente desgraça que está presente no Brasil há pelo menos 125 anos. Se não buscássemos a solução desse quadro através da salvação, nós seríamos conservantistas, como são os outros; logo, tão apátridas quanto.

6) Quando você é um nacionista formado, você aprende a ser um defensor da pátria. E se você é um defensor da pátria formado, você pode ser um militar vocacionado. No entanto, tal como vemos aqui, o militar que não é nacionista, mas tão somente um nacionalista, não passa de um carreirista, de um falso bravo.

7) Mas a vida do defensor da pátria não se resume à caserna - em toda e qualquer atividade que realizar, o nacionista encontrará na sua atividade um meio para se tomar o país como um lar. Para isso, mesclará experiências diferentes até criar sua própria profissão, dado que a vida humana, fundada em Cristo, não pode ser reduzida a esquemas deterministas e padronizados, tal como vemos na famigerada cultura do diploma. Essa camisa-de-força dá causa para que o país seja igualmente tomado como se fosse religião - e isso deve ser abominado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de agosto de 2014 (data da postagem original).

1) O matrimônio é pôr-se a serviço de Deus e da comunidade, através da conjugação de esforços de um homem e de uma mulher que se amam mutuamente. 

2) Nas paróquias onde há pastoral familiar, os jovens que vão se casar na Igreja Católica aprendem a pôr a mão na massa. A maior prova disso é que hoje, na minha paróquia, tivemos um almoço comunitário, sob a supervisão do diácono. 


3) Isso é uma diferença tremenda, se comparado com o casamento civil. 


4) No casamento civil, você não tem curso de noivos, você não aprende a pôr a mão na massa em prol da comunidade - enfim, o casamento, nesta modalidade, é tão inútil, tão sem compromisso que até mesmo se aboliu o dever da coabitação, que é uma das exigências do casamento católico, o qual se funda numa amizade para com Deus, através do amor incondicional de um homem e uma mulher, de modo a gerar Cristo em nós, através dos filhos.

5) Se você não é exigido a pôr-se a serviço de Deus e dos outros e até de seu cônjuge e dos filhos, como você pode tomar seu país como um lar? 

6) Quando você se casa no civil, você toma o Estado como sua religião. O Estado moderno, como produto acabado da sabedoria humana dissociada da divina, é tomado como se fosse Deus. 

7) Como não há lastro de dever, fundado na lei natural, os casamentos acabam. Basta que haja a conveniência de que esse casamento não interessa mais a um dos cônjuges. E o casamento é desfeito facilmente, lá no cartório.

8) Pobre da sociedade que tem esperança no casamento civil e na separação do Estado da Igreja. Ela não percebe que essa esperança é vã, pois ela pode levar a todos para o inferno, através do pecado social sistemático.

O casamento civil é uma ilusão


1) O casamento civil, por ser fruto de sabedoria humana dissociada da divina, é abolível. A maior prova disso é que pode corromper-se na forma de união estável, concubinato, casamento gay ou união civil de pessoas do mesmo sexo - todas estas formas desvirtuam o casamento, enquanto instituição.


2) O matrimônio na Igreja Católica NUNCA será abolido, pois se funda em Deus. E o que Deus uniu o homem não separa.

sábado, 2 de agosto de 2014

Do que o Brasil precisa?


1) O Brasil precisa de sacrifícios e não de malminorismos. Ele precisa da missa restauradora - ele precisa todo santo dia daquela missa fundadora, que se deu quando Cabral aqui chegou. Esta missa nos deu a missão de servir a Cristo nestas terras distantes, quando nós herdamos o sim de Portugal a Ele.

2)  O Brasil precisa ser tomado como um lar - e isso se faz na monarquia, através da aliança do altar com o trono. Ele necessita de um soberano que diga sim a Cristo, tal como D. Afonso Henriques disse lá em Ourique.

3) Se o Brasil for tomado como religião - coisa que se faz sistematicamente nesta república - o malminorismo será só um mero sintoma de conservantismo. 

4) O Brasil não precisa de remédios para se baixar a febre, como se ela não tivesse cura - ele precisa desesperadamente da cura dessa doença revolucionária, coisa que nos afeta faz 125 anos. E isso se dá em Cristo, na unidade do Espírito Santo.
 
José Octavio Dettmann 

Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2014 (data da postagem original)


Ser nacionista decorre de uma profissão de fé na conformidade com o Todo


1) Ortega y Gasset disse: "gênio é quem inventa ou descobre sua própria profissão".

2) Diante desses esquematismos insinceros que são as profissões de nosso país, que mais atendem ao sustento do que ao chamado da alma, ser um nacionista é a profissão que mais me satisfaz. Pois ela me leva ao apostolado da alma, de modo a pregar aos meus irmãos em Cristo aquilo que é bom e necessário e que não pode ser esquecido.


3) Posso não ganhar um centavo com o que faço, mas isso de tanto pregar a necessidade de se tomar o país como um lar e não como uma religião tornou-se algo primário do meu ser, do meu caráter, a ponto de ser inseparável. A tal ponto que não posso ser qualificado puramente como um filósofo, um historiador, um escritor ou um advogado - de fato sou uma mistura de um pouco de tudo, o que me faz completo e pronto, de modo a atender ao chamado de servir à pátria na sua essência de ser, de modo a que esta seja tomada como se fosse um lar, já que Cristo, desde Ourique, nos deu a missão de servirmos a ele em terras distantes, como esta.



4) Ser nacionista não dá diploma universitário. Para você se tornar um, você se molda fora dela, estudando o que é necessário e relevante, de modo a conhecer a verdade, que é Cristo Jesus.



5) Se você diz as coisas de um modo sincero e verdadeiro, fundado na caridade e no amor ao próximo, naturalmente você conquista credibilidade - enfim, você se torna um homem sério, uma mulher séria. E ser autêntico é o primeiro passo para uma vida virtuosa. A riqueza, essa vem depois, pois Deus vai recompensar o seu trabalho. Por isso, procure a justiça de Deus em primeiro lugar.



6) E esse exemplo de vida que tento passar é um ativo mais valioso do que ouro e prata, dado que a quantidade é mais escassa que esses preciosos metais, que são por si só escassos. E isso se torna ainda mais valioso quando estamos em meio a uma sociedade composta de homens de papelão com mentalidade de geléia, que não fazem idéia do que fazem ou do que dizem, por estarem com suas consciências viciadas, sobretudo inspiradas nos vícios desta república, cujos vícios são imitados sistematicamente por eles.

6) Ser nacionista é uma profissão que decorre da fé que te leva à conformidade com o Todo de Deus, em seu próprio país. Pois você se torna nacionista a partir do sim que você diz a Deus, desde que Cristo apareceu para el-Rei D. Afonso Henriques, em Ourique. O sim de el-Rei é a causa que nos faz dizer sim a Cristo nesta missão, que nos levou a ser Brasil.

7) Diante do quadro de crise de vocações que nós temos, a melhor solução é essa mesma. Quando se descobre a Pátria, você descobre sua própria profissão. E isso não se enquadra num diploma. 

8) Talvez esta seja a melhor resposta que se possa dar ao carreirismo e à miséria espiritual em que nos encontramos, em que nos rebaixamos a fazer o que não se faz sentido por uns trocados. 

9) Quando se trabalha por dinheiro, sem um sentido de ser, isso é tão ruim quanto vender o corpo e a alma para se ganhar a vida. 

10) O amor ao dinheiro faz de todas as profissões uma prostituição, uma desgraça. O amor ao dinheiro distribui a falta de esperança e a perda dos valores eternos entre nós, o que nos leva à perda do bem comum, que é Deus e tudo que é edificado a partir d'Ele.

Conselhos de vida intelectual


1) Sempre estude assuntos que sejam relevantes pra você, mesmo que as pessoas não venham a dar relevância para aquilo que você pesquisou. Até porque o brasileiro não dá valor ao verdadeiro e sincero trabalho que se faz no campo de pesquisa. Só mais tarde é que se dará o devido valor ao seu esforço, pois Deus está de olho nas injustiças que fazem a você. Por isso, tenha a paciência de Jó. 

1-A) É o que acontece comigo no campo da nacionidade. A base pela qual comecei a estudar o assunto foi o livro Belonging in the two Berlins, de John Borneman.

1-B) Muitos torceram o nariz para mim porque essas pessoas o tomam como um autor "secundário".

1-C) Quando reconheci a relevância da diferença entre se tomar o país como um lar e tomar o país como se fosse uma religião, tratei de correr atrás da obra e de estudar aquilo que era relevante. Vi que essa diferença é essencialmente primordial, primária, necessária - e isso me levou à busca da verdade.

2) Há autores básicos, insubstituíveis. Exemplos são Sócrates, Platão e Aristóteles. Quando se quer começar do zero, é por eles que se começa. Quando se é novato e precisa aprender o necessário para poder conduzir uma boa investigação, esses três são a base.

3) Os autores primários são aqueles que dão causa ou início à sua investigação. São os autores que imediatamente te levam à busca da verdade. Neste caso, tanto um autor básico ou um que aperfeiçoe o que já foi dito pode ser tomado por primário.

4) Autores secundários são os autores que você vai descobrindo no curso da investigação que completam e reforçam aquilo que você descobre ao longo do curso das investigações, de modo a que você não esqueça as coisas. Exemplo disso, no meu caso, foram o Pasquale Mancini, Ortega y Gasset e o Gilberto de Mello Kujawski, em seu livro A Pátria Descoberta.

5) Por isso, não ligue para o que o mundo fala, se este ou aquele autor que é importante pra você é primário ou secundário para os outros. Isso é subjetivo, pois se funda numa sabedoria humana dissociada da divina. 

6) Todo autor será primário, se ele te der causa imediata à busca sincera da verdade, pois é na verdade que você vai encontrar Cristo Jesus. À medida que você investiga as coisas, mais a serviço de Cristo você estará. 

7) Você não será o mesmo homem, a partir do momento que você começar esta jornada.

8) Quando comecei esta investigação, tornei-me católico, conheci o pensamento do Olavo de Carvalho e comecei a refletir sistematicamente sobre as questões pelas quais um país deve ser tomado como um lar e não como uma religião. 

9) As nossas circunstâncias de Brasil me fizeram ver que isto pode nos levar a uma missão universal.

10) E é preciso que você extraia o máximo de lição possível dessa experiência, de modo a que pessoas compreendam a importância disso. Pois é da pátria do Céu que se parte a base pela qual se toma o Brasil como um lar - se você separar a Igreja do Estado, então Cristo não estará mais entre nós, sobretudo na presença das autoridades que governam este País. E o País, assim agindo, cedo ou tarde cai na ruína, o que é um fato inexorável. E esta é a descoberta mais importante - e o próximo passo, para se reverter este trágico quadro, é semear consciência, de modo a que isto não seja esquecido, pois isto sela o nosso destino, nossa vocação como pátria.

11) Leia sempre para se aperfeiçoar, pois a missão, que se funda no saber e no bem servir, é inacabável. Ouça as aulas do Olavo para se aperfeiçoar. Leia e ouça do mesmo modo como você usaria uma luneta no campo de batalha: para ver o que virá e que está distante distante de você.

12) Quando se sabe o que vem pela frente, prepare-se para receber o que se espera. Faça destaques, anotações e esquemas de raciocínio em desenho, de modo a que você compreenda melhor a realidade. E passe o que você sabe para os outros, de forma caridosa e na esperança de que seu irmão não esqueça aquilo que é bom e necessário de modo a se estar em conformidade com o todo. 

13) Se você não tiver fé em Deus, você não terá senso de missão: você não dirá as coisas por amor ao próximo, na esperança de que isso não seja esquecido. Sem fé, esperança e caridade, que se fundam no Espírito Santo, nada fará sentido.

12) Esses são os conselhos que dou, baseados na minha experiência.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sobre a ambidestria em política


Ambidestria em política seria costurar aliança com parlamentares de direita (conservantista) e esquerda (revolucionária). Isso é o contrário do real significado do que é ser ambidestro na escrita - na verdade, é estar em cima do muro e conservar as coisas como estão porque é conveniente. Além disso, é covardia, pois a pessoa não lutará pela verdade, que decorre de Cristo. 

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