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sábado, 8 de março de 2014

Uma leitura do que ocorreu em 1822

1) Se lermos os fatos partindo do que ocorreu em Ourique, o que houve em 1822 não foi independência, mas secessão legítima. 


2) A prova da manutenção da tradição fundadora está no fato de que a secessão ocorreu no dia 12 de outubro de 1822, aniversário de D. Pedro I e dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira consagrada do Brasil. Há um documento assinado pelos juízes da Casa da Suplicação do Brasil dando efeitos de sentença a esse ato.


3) A Legítima secessão se faz em atos jurídicos e não com gritos do Ipiranga, que de fato jamais aconteceram; quando se governa territórios em desconforme à boa razão, os territórios com interesses prejudicados podem se separar, como se deu aqui. Tudo isso decorre do entendimento da Lei Natural, cuja sentença eles confirmaram.


4) Em 1820, com a revolução liberal do Porto, os revolucionários tomaram o poder e queriam anular todos os atos de D. João que fizeram do Estado do Brasill reino unido a Portugal e Algarves, o que levou a que D. Pedro, tomasse todas as medidas necessárias, de modo a resguardar os interesses do Brasil, em face da ação revolucionária.


5) Os liberais, poucos anos depois, criaram estatutos coloniais que seriam vigentes nas colônias africanas. Isso é a prova cabal de que o liberalismo vintista deu causa ao socialismo de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Sobre a capitalização moral e espiritual


1) Por capitalização inclui-se a arte de reunir cabeças (de cordeiros e ovelhas) em torno de um bom pastor, que não medirá esforços para salvar as que estão perdidas no mundo, expostas ao perigo de serem atacadas por lobos

2) A capitalização espiritual está relacionada à evangelização, à arte de fazer as ovelhas olharem para cima e admirarem as maravilhas do Senhor, pois Deus é a causa de tudo isso que decorre da salvação. As ovelhas salvas estão seguras sob a autoridade do bom pastor.

3) A capitalização moral está relacionada à autoridade, à liderança. Quem é íntegro sempre será ouvido e respeitado. Quem serve ordem sempre será servido com ordem e urbanidade.

4) Os meios 2 e 3 são os caminhos que fazem as ovelhas chegarem até o bom pastor.

Um bom líder é por natureza prestativo


1) Uma coisa que reparei: o bom líder é sempre prestativo.

2) Quem empreende para o bem deve ter a natureza de ser sempre prestativo, de sempre dizer "sim" ao Senhor e ajudar a quem necessita. Pois é conhecendo aquilo que as pessoas realmente precisam que você se torna caridoso, pois você aproxima pessoas de modo a que bem sirvam uns aos outros.

3) Quem conhece bem aos outros conhece bem a boa oferta e demanda verdadeira, fundada naquilo que é necessário e nunca no querido, que pode estar em dissonância com o todo. Quem empreende assume a responsabilidade de aproximar as duas pontas com fim bom e em Deus fundado.

4) O ser prestativo é por natureza um corretor. Um agente de capitalização moral e espiritual de sua comunidade.

(José Octavio Dettmann)


Rio de Janeiro, 05 de março de 2014.

A ordem natural do Cristão não é a ordem natural do pecador


1) Dizem que o capitalismo é a ordem natural dos seres humanos. Mas dos seres humanos contaminados pela marca do pecado original, que só enxergam seus interesses em detrimento dos que lhes são semelhantes.

2) Quem tem vocação para ser santo não pode defender como boa uma ordem econômica e moral fundada no pecado e na negação do que é divino.

3) Sirva ordem fazendo do dinheiro instrumento para a organização da caridade e no fomento da liberdade responsável, amparada na verdade em Cristo Jesus. É distribuindo liberdade que se distribui responsabilidade. E isso é dar a Deus aquilo que é de Deus. Isso se chama distributivismo.

4) A ordem natural do Cristão está acima da ordem natural dos pecadores.

Eis aí algo que merece uma profunda reflexão!

Somos tão estrangeiros quanto os que não nasceram aqui, por sermos mais brasileiros que os idiotas daqui

1) Às vezes, eu me considero tão estrangeiro quanto os estrangeiros, por ser mais brasileiro que os imbecis que se dizem brasileiros. Isso é o que eu chamo de "jeito pseikone de ser".

2) O jeito pseikone de ser decorre disto que falo: rejeição ao quinhentismo, por saber que Cristo Crucificado deu aos portugueses a tarefa de servir a Ele em terras distantes como esta daqui, e por conhecer a renovação da pátria através da ação dos imigrantes, que vieram com trabalho e virtudes combater os vícios desta terra.

3) O jeito pseikone de ser deriva da combinação destes dois elementos. E da necessidade da aliança entre o altar e o trono.

4) Queria poder fazer uma obra literária nesta direção, mas minha imaginação é limitada neste ponto.

5) O pseikone nasceu no Brasil e conhece a vocação da pátria. Toma-a como um lar - por essa razão, ele é brasileiro por virtude. Bem diferente dos tupiniquins sem-vergonha que se dizem brasileiros, mas que tomam o País como se religião fosse. Estes de quem falo são apátridas.


José Octavio Dettmann 

Rio de Janeiro, 05 de março de 2014.

terça-feira, 4 de março de 2014

Incentivar a liberdade de bem servir é servir amor: o caso do empréstimo de dinheiro


1) Santo Tomás de Aquino costumava destacar a diferença entre empréstimo e investimento.

1-A) Se o empréstimo não implicar participação do risco do negócio, não se faz sentido receber prêmio, dado que não houve participação no risco. O empréstimo foi meramente instrumental, impessoal. Remunerá-lo seria injusto, abusivo.

1-B) Se o empréstimo for fundado de modo a se dar liberdade para que a pessoa possa crescer e bem servir seu semelhante, se o empréstimo tiver essa conotação moral de que é preciso ajudar seus semelhantes, por serem a imagem e semelhança de Deus, o empréstimo na verdade foi um investimento. Não meça o tempo do empréstimo - deixe Deus cuidar disso, de modo a que o trabalho se furtifique

1-C) Se o beneficiário do empréstimo tiver Deus no coração e se ele for muito grato pelo serviço prestado, ele te dará uma remuneração fundada no tempo em que usufruiu do dinheiro e na proporção em que esse empréstimo foi decisivo para a sua atividade. Aí os juros são legítimos.

1-D) Há o caso de que o beneficiário, fundado na generosidade, dê algo diverso do que foi emprestado:

1-D-A) Se o que ele oferecer for necessário a você, aceite-o. Trata-se de uma dação em pagamento.

1-D-B) Se o que ele oferecer for de interesse para outra pessoa que você conheça, promova a integração entre os contatos. E o terceiro te remunerará nessa generosidade.

Em vez de dinheiro chamar dinheiro, a gentileza deve chamar a gentileza. Essa é a causa da capitalização moral. Pois a bondade é um empreendimento organizado, a serviço de Deus. E causa de uma ordem econômica justa.

(José Octavio Dettmann)

Que tipo de conservadorismo eu defendo?

Defendo o conservadorismo luso-brasileiro, fundado a partir das nossas circunstâncias: país fundado a partir da missa, Cabral como conseqüência daquela visão que el-Rei D. Afonso Henriques teve do Cristo Crucificado e outras tantas coisas. Pois "conservadorismo americano", numa ordem fundada pela heresia do Rei Henrique VIII, não é conservadorismo, mas conservantismo sistemático. Pois o que se conserva é a heresia daquele rei inglês e não a visão do Crucificado.