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quarta-feira, 5 de março de 2014

Somos tão estrangeiros quanto os que não nasceram aqui, por sermos mais brasileiros que os idiotas daqui

1) Às vezes, eu me considero tão estrangeiro quanto os estrangeiros, por ser mais brasileiro que os imbecis que se dizem brasileiros. Isso é o que eu chamo de "jeito pseikone de ser".

2) O jeito pseikone de ser decorre disto que falo: rejeição ao quinhentismo, por saber que Cristo Crucificado deu aos portugueses a tarefa de servir a Ele em terras distantes como esta daqui, e por conhecer a renovação da pátria através da ação dos imigrantes, que vieram com trabalho e virtudes combater os vícios desta terra.

3) O jeito pseikone de ser deriva da combinação destes dois elementos. E da necessidade da aliança entre o altar e o trono.

4) Queria poder fazer uma obra literária nesta direção, mas minha imaginação é limitada neste ponto.

5) O pseikone nasceu no Brasil e conhece a vocação da pátria. Toma-a como um lar - por essa razão, ele é brasileiro por virtude. Bem diferente dos tupiniquins sem-vergonha que se dizem brasileiros, mas que tomam o País como se religião fosse. Estes de quem falo são apátridas.


José Octavio Dettmann 

Rio de Janeiro, 05 de março de 2014.

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