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segunda-feira, 10 de março de 2014

Explicando nacionidade e nacionalidade (modo didático)

1) Rui Barbosa dizia: pátria é família ampliada. Onde a gente encontra o exemplo de família virtuosa? Nos lares. Por esse viés, nacionidade é tomar a nação, o território que ocupamos historicamente, como sendo o nosso lar.

2) Quem toma o país como um lar trata a todos os que querem viver em paz bem, pois são seus vizinhos. Trata os outros como um espelho de seu próprio eu, incluindo quem não nasceu aqui, o estrangeiro. Para o estrangeiro que vem aqui trabalhar e progredir, ele adota a seguinte máxima: "minha casa é também sua casa. Seja bem-vindo! Se você for honesto e íntegro, nós tomaremos você como parte de nós".

3) Este compromisso pré-existe à ordem constitucional, por ser natural. Por isso que aos estrangeiros é garantido os mesmos direitos que os natos e naturalizados em matéria de residência, trabalho e aquisição de bens, fatos decorrentes da vida em sociedade.

4) Quem toma o país como religião se baseia na crença de que tudo está no Estado e que nada está fora dele, além de não acreditarem na fraternidade universal. O problema disso é que eles exigem obediência absoluta à lei do Estado tal qual a lei de Deus - e nesse ponto, quem não é daqui ou tem costume diferente pode afrontar a ordem imposta por essa gente, pois os estrangeiros que vivem aqui são tão brasileiros quanto os que nasceram aqui, pois tomam o país adotivo como sendo o seu lar. Por isso que políticas nacionalistas tendem a ser políticas de se definir quem é amigo e quem é inimigo. E como se define isso? Pela conveniência do governante, que é subjetiva, e pelo desejo ardente de se implementar um poder global, que domine a todos os povos inteiros sob sua autoridade (um delírio, objetivamente falando).

5) Obviamente, essa gente não acredita em Deus. São todos imanentistas e ateístas militantes, pois acham que lei escrita é lei eficaz, que resolve tudo quanto é tipo de problema. Que coisa boa pode advir de algo tão instável do que algo fundado na sabedoria humana, dissociada da sabedoria divina?

6) Essa instabilidade dá causa a uma mutação constante dos critérios de justiça, a ponto de não se saber mais o que é certo ou errado. E tem momentos em que o errado é tomado como se fosse certo. E muitos deles são canalhas, a ponto de dizer que as leis não têm termos inúteis. Basta que se perverta o significado das palavras que se perverte tudo. Daí que, pelo positivismo, os marxistas falam que direito é preconceito. Pois eles vão fazer justamente isso: fomentar preconceito, por meio da lei, valendo-se do que os positivistas já edificaram, e denunciá-lo.

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