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quarta-feira, 12 de março de 2014

Carta que escrevi ao Olavo sobre o Caso Battisti

1) Na Itália, há deputados que são brasileiros e que se valem da condição de italianos para sejam eleitos deputados lá; se se destacarem no Parlamento, há o risco de se estes tornarem eurodeputados.

2) Não tenho provas, mas tomando por base que os descendentes de italianos aqui são muito numerosos, acredito que muitos desses deputados eleitos colaboraram para que o famigerado Battisti buscasse refúgio aqui. Eles têm feito todo um trabalho de articulação política, de modo que o Brasil seja um paraíso de refugiados, que na verdade são criminosos da pior espécie.

3) Muitos desses foram militantes do PT, que se desligavam formalmente do partido e que fazem as conexões políticas necessárias, de modo que os terroristas políticos de lá tenham uma janela de fuga aqui no Brasil. Isso é um caso a ser investigado.

4) Digo isso porque todo esquerdista é um internacionalista e eles se valerão das brechas da lei e dos conflitos positivos que dão causa eventual a uma dupla nacionalidade para usar isso contra nós.

5) Se Marx falava que a aplicação da lei é um preconceito burguês, o mesmo se passa quanto à soberania.

6) Considerando a circunstância de que os descendentes de italianos podem eleger políticos no Parlamento local, isso me parece plausível.

7) Battisti veio para o Brasil com informação privilegiada - ele veio pra cá SABENDO que ficaria impune.

8) Ele declarou na imprensa que derrotá-lo é como derrotar ao Lula. Ele só poderia ter obtido essa informação porque certamente há deputados brasileiros no parlamento italiano, militantes treinados pelo PT, que fazem a articulação política, de modo que pudesse vir pra cá com segurança.

9) O fato é que, depois do socialismo em um só país, eles se valerão dos que têm dupla nacionalidade para fazer uma nova ordem mundial através de deputados apaniguados em Parlamentos como o da Itália.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de março de 2014.

Comentários:  

José Octavio Dettmann: Eu escrevi isso tem uns quatro anos, durante o tempo em que o Battisti estava cantando de galo, dizendo que derrotá-lo é como derrotar o Lula. Lula está sendo derrotado na Lava-Jato, embora a guerra contra o Foro e o comunismo não termine só aí, pois há muito a ser feito.

José Octavio Dettmann: Um contato meu, que é desembargador no TJ-SP, havia me dito que isso que falei faz sentido. Pena que isto que escrevi não teve a repercussão que isto merecia. De qualquer maneira, devemos ficar de olho nesse pessoal que tem dupla nacionalidade, sobretudo os que têm direito de se candidatarem à vaga de deputados na Itália. Eles estão criando as pontes, as articulações. É provável que de lá possam ser mandados pra Bruxelas por força disso.

José Octavio Dettmann: Eu estava assistindo à Band News, se não estou enganado, e teve uma que era de Curitiba que se desligou de um dos partidos membros do Foro e foi se candidatar para o cargo de deputado na Itália. Até agora não vi ninguém falando disso.

Rangel Duarte: Sim, na Itália há parlamentares ítalo-brasileiros. É perfeitamente possível que um cidadão italiano, de dupla nacionalidade e representante do parlamento no exterior, chegue ao Parlamento Europeu. E isso é preocupante, a ponto de existir a ameaça de expansão indireta do Foro de São Paulo para a UE, como você escreveu, com representantes da América Latina que munidos da possibilidade de criar pontes e articulações.

Rangerl Duarte:

1) Atualmente existem dois deputados ítalo-brasileiros, eleitos no mandato 2018/corrente: Luiz Roberto Lorenzato (Liga do Norte) e Fausto Longo (Partido Democrático).

1.2) O primeiro me parece não ser uma ameaça. Já chegou a declarar que decidiu se candidatar “porque teme uma mudança na legislação referente à concessão da cidadania italiana”. Declarou também: “Eu não tenho nenhum interesse político, sou empresário, sou advogado, só entrei nesse projeto para, realmente, defender as pessoas, os brasileiros, para que não ocorra essa tentativa de mudar a lei”.

1.3) Já Fausto Longo foi o primeiro brasileiro eleito para o senado italiano, onde exerceu tal função no período 2013/2018. Fausto conseguiu se eleger senador pelo Partido Socialista Italiano e posteriormente deputado pelo Partido Democrático. Embora não tenha conseguido encontrar nenhuma ligação do mesmo com partidos brasileiros, ele foi coordenador do PSI na América Latina e representante da Federação Latino-Americana de Cidades Turísticas para a União Européia. Porém, quando perguntado sobre ser favorável ou não a extradição de Cesare Battisti, após novo pedido de extradição da justiça italiana na segunda metade de 2017, o mesmo disse:

“Sim, sou a favor. Os defensores de Battisti acusam a Itália de tentar interferir nas instituições do Brasil ao pedir novamente sua extradição, mesmo depois das decisões tomadas pelo presidente da República (Lula) e pelo Supremo Tribunal Federal [...] eu acho que cada ser humano não tem o direito de tirar de ninguém aquilo que não pode devolver. Então, se alguém tirou a vida de alguém, deve pagar por isso, pela justiça humana, vamos dizer assim. Então eu sou a favor de que a Itália lute para que o Battisti pague por seus erros na Itália.

Eu não perdôo, como ser humano, quem tirou a vida de outro ser humano. Não perdôo e jamais perdoarei.”

2.1) No período 2013/2018, além de Fausto como senador, havia dois deputados: Renata Bueno (indicada pela Unione Sudamericana Emigrati Italiana - USEI) e Fábio Porta (Partido Democrático).

2.2) Renata batalha há anos pela extradição de Battisti e também atuou no processo de extradição de Pizzolato, condenado no processo do Mensalão a 12 anos de detenção. Após Temer assumir a presidência no Brasil, ela articulou com a justiça italiana uma nova empreitada para a extradição do terrorista. Em 2017, declarou:

“O meu compromisso com o governo italiano foi esse: nos ajudem a levar Pizzolato para o Brasil que eu assumo essa responsabilidade de tratar de novo a extradição de Battisti. Foi um esforço imenso, e conseguimos" [...] Quando o presidente Temer assumiu, a minha primeira ação foi ir a Brasília fazer uma visita pessoalmente, na qual levei a comunidade italiana no Brasil e tratei deste tema com ele. O caso Battisti nunca foi esquecido pelos italianos, e nós estivemos atuando nos bastidores."

Foi a partir dessa nova investida que Temer revogou a condição de refugiado político de Battisti, abrindo caminho para uma revisão do pedido de extradição.

2.3) Já Fábio Porta, um esquerdista confesso e opositor de Silvio Berlusconi desde sempre, cumpria seu segundo mandato como deputado. Era o único ítalo-brasileiro no parlamento italiano (eleito em 2008) na época da concessão de asilo político do corrupto Lula ao terrorista Battisti. Porém, em 2009, Fabio visitou Brasília na companhia do vice-presidente da Câmara dos Deputados italiana, Maurizio Lupi, com a proposta de explicar a posição do parlamento italiano — que decidiu, de forma unânime, batalhar pela extradição do terrorista — a Michel Temer, então presidente da Câmara brasileira, em relação ao caso. Na oportunidade, apresentou documentos que demonstravam a condenação merecida do terrorista perante a justiça italiana e reforçou o pedido de extradição.

3.1) Na minha pesquisa, não consegui encontrar ações ou declarações de parlamentares ítalo-brasileiros que corroborassem com a versão de que Battisti foi ajudado, mesmo tais sendo em maioria de esquerda. Pode ser que um ou outro da comunidade italiana tenha feito, sim, mas não há provas e muito menos nomes dos atores. Acredito mais que Lula se sentiu no dever de dar asilo político a um revolucionário do estilo Dilma, José Dirceu, Aloysio Nunes - esse pessoal da ala terrorista do período militar brasileiro.

3.2) Concordo com o fato de que a possibilidade de um ítalo-brasileiro, membro de um Foro de São Paulo da vida, estar construindo laços na União Européia é grande e perigosa, e que devemos estar de olho nesse pessoal, sim.

4) É isso. Desculpe escrever tanto. Espero ter ajudado.

José Octavio Dettmann Obrigado pelas informações. Vou publicar isso na forma de comentários à postagem. Isso faz toda a diferença.

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