1) O
último episódio envolvendo o Banco Santander é uma ótima lembrança do
quão ignorantes são todos os que afetam risadinhas de desprezo sempre
que ouvem o termo "globalismo"; é também uma inconfundível demonstração
dos limites do libertarianismo e de qualquer outra forma de liberalismo
que leve os princípios econômicos às suas últimas conseqüências e que,
mediante a defesa descomedida e irrefletida de preceitos formais como
"liberdade" e "propriedade", avance — consciente ou inconscientemente;
passiva ou ativamente — vários dos itens do programa cultural da
esquerda.
2) Destituído de sua fundamentação moral cristã e
descolado do ethos e do senso comum próprios à nossa civilização, o
capitalismo se converte em seu oposto e se torna um potente instrumento
de engenharia social à disposição das forças empenhadas em balcanizar a
sociedade e atomizar os indivíduos, com a finalidade de consolidar a
máxima concentração de poder possível e com o objetivo de substituir a
sociedade real por algum delírio de sociedade perfeita, na qual o
próprio capitalismo não será senão uma memória distante e proibida.
Filipe G. Martins (https://www.facebook.com/filipe.garcia.5621/posts/1155366227941059)
Facebook, 11 de setembro de 2017.
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