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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Como o multicuturalismo fortalece o culto à imanência do Estado, enquanto uma religião política e uma soteriologia? Mais comentários sobre a decisão do STF de liberar o ensino religioso nas escolas nas nossas atuais circunstâncias

1) Num mundo onde todos têm direito à verdade que desejarem, as religiões se reduzem a um produto de consumo neste supermercado cultural em que nos encontramos: o multiculturalismo. É como se não houvesse verdade; é como o sacrifício na cruz de Jesus tivesse sido em vão, criando um efeito de "pós-verdade", o que não passa de blasfêmia.

2) Com base naquilo que falei, se o princípio do "um príncipe, uma religião" for verdade, então todos são obrigados a trocar de religião uma vez a cada quatro anos, por força do princípio da alternância de poder, fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.1) Como no multiculturalismo a conexão de sentido com o sobrenatural, com o transcendental, acaba se perdendo, isso acaba necessariamente fortalecendo o culto à imanência, fazendo com que o Estado seja tomado como se fosse uma religião política e uma soteriologia em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. 

3.2) E o que começa facultativo certamente terminará obrigatório, pois o Estado verá esse multiculturalismo conveniente e bom para a manutenção de seu poder, o que favorece o fortalecimento da Nova Ordem Mundial.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2017.

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