E me vieram com esta pergunta:
João Damasceno: Dettmann, qual sua opinião sobre essa decisão do STF de possibilitar o ensino confessional nas escolas públicas, considerando o nosso contexto em que as crenças pagãs estão em alta no pais (afro-amerindias, islamismo, espiritismo, protestantismo)? Será que isso é bom?
José Octavio Dettmann: Em contexto de Igreja separada do Estado, o confessionalismo, da forma como o STF decidiu, será liberal. Basta o diretor ser macumbeiro que todo mundo será macumbeiro. É um microcosmos do "um príncipe (o diretor), uma religião".
João Damasceno: Dettmann, qual sua opinião sobre essa decisão do STF de possibilitar o ensino confessional nas escolas públicas, considerando o nosso contexto em que as crenças pagãs estão em alta no pais (afro-amerindias, islamismo, espiritismo, protestantismo)? Será que isso é bom?
José Octavio Dettmann: Em contexto de Igreja separada do Estado, o confessionalismo, da forma como o STF decidiu, será liberal. Basta o diretor ser macumbeiro que todo mundo será macumbeiro. É um microcosmos do "um príncipe (o diretor), uma religião".
João Damasceno: Isso será uma tragédia para a fé cristã deste país. O princípio do sucesso da ação política confessional para a formação das Virtudes, Conceitos e Modelos Católicos na sociedade, haveria de estar dentro do contexto do próprio Estado Confessional.
José Octavio Dettmann: Considerando que os diretores são eleitos de quatro em quatro anos, a religião mudará de quatro em quatro anos. Em um mandato A, o colégio será católico, se o diretor for católico; num mandato B, o ensino confessional será protestante, se o diretor for protestante. E num mandato C, o ensino confessional será muçulmano, se o diretor for muçulmano. Enfim, é um prato cheio para o multiculturalismo.
João Damasceno: Enfim, a confissão tendo por variante a crença do agente político ou público incumbido da organização da política educacional poderá criar uma deformação nos valores e princípios católicos, desorganizando toda a construção catequética que o aluno já tiver, dado que há uma lacuna na decisão: o ateismo e a cientologia são CONFISSÕES DE FÉ; são confissões NEGATIVAS, mas confissões. O Acordão não deixou expresso, mas, com base no princípio constitucional da liberdade de consciência e credo, uma escola poderá também ministrar aula de religião fazendo apologia a fé negativa, a não crença em Deus. A mesma coisa em relação ao satanismo expresso.
José Octavio Dettmann: Não é à toa que isso é parte do processo de se tomar o país como se fosse religião política em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E isso se caracteriza por fazer com que o confessionalismo seja voltado para o nada, uma vez que libertarismo (liberalismo, tal como o mundo entende) é buscar liberdade fora da liberdade em Cristo. Como isso é ilusão, o ensino será confundido com doutrinação. E a ação do Escola sem Partido será anulada neste aspecto. Saem os comunistas, mas entra o multiculturalismo dos libertários-conservantistas, os quais pavimentam o caminho para o totalitarismo, a longo prazo.
William Botazzini Rezende: Querer resgatar a moral e os valores em um Estado laico é como tentar fazer boneco de neve no Saara. A próxima luta deve ser por uma Constituição que explicite a defesa dos valores cristãos da nação, doa a quem doer. Estado laico é ao mesmo tempo cemitério da civilização e parque de diversão dos aloprados. (https://web.facebook.com/william.bottazzini/posts/901484483340939)
Francisco Campos: Estado laico é mais uma invenção da maçonaria, entidade deísta explicitamente contrária à fé cristã, especialista em vender progresso e avanço civilizacional por meio de medidas que só trouxeram à humanidade degradação moral, brutalidade e genocídio. Resumindo, trata-se do retorno à barbárie pré-cristã.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2017.
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Assim que tive a notícia da permissão de aulas religiosas nas escolas uma pulga atrás da orelha alertou-me para a questão. Ora, os da Igreja, disse-me a pulga, hoje em dia, no Brasil, têm formação em Teologia da Libertação, e não nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, então, suspeitei, que há um grande perigo na decisão do STF. Este artigo me ajuda a pensar o assunto, e me mostra que a pulga, que me alertou, estava com a razão.
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