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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Eu sou o que investigo

1) Se você quiser tomar o país como um lar em Cristo, então você precisa responder a estas perguntas: quem sou eu e por que razão estou aqui, por força do nascimento?

2) É justamente porque as coisas no Brasil de hoje não fazem sentido que voltei meus olhos para os estudos. Para entender meu país e servir a Cristo nestas terras distantes, eu precisei entender quem eu era. Foi nesse dia que percebi que minha vida era viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, essencial para se servir a Cristo nesta circunstância. E foi nesse dia que me converti ao catolicismo, por força da pesquisa.

3) E quando vi o Crucificado de Ourique e a razão pela qual este país foi fundado, foi aí que descobri meu país: o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é meu lar em Cristo. E desde que aprendi que a ruptura feita por D. Pedro I foi um ato de apatria, então restaurá-lo é conservar a dor que Cristo sentiu quando este infame príncipe-regente violou o princípio da não-traição e começou a criar toda uma falsa cultura que levou ao país a ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, o que leva a uma apatria sistemática, a qual, a longo prazo, resultará numa invasão islâmica, que já se encontra em curso.

4.1) O que é o patriotismo de copa senão tomar o país como se fosse religião com base no mais puro materialismo e hedonismo?

4.2) Veja que, nos protestos de 2014, todos estavam com camisa da Seleção Brasileira de Soccer. Em 1964, todos foram à rua com suas melhores roupas, munidos de terços nas mãos e imagens de Nossa Senhora. Em 50 anos, o país ficou esvaziado espiritualmente.

4.3) Hoje só restou à pretensa direita (que é uma esquerda que se diz de direita, nominalmente falando) tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E tudo deságua nos militares - os mesmos que afundaram o país na experiência revolucionária, com o seu famigerado positivismo.

4.4.1) Com esses bens imaginários, com esses ídolos, o país não sai de seu atraso, pois é no atraso que temos povos pobres de bens concretos e ricos em bens imaginários.

4.4.2) Se a caridade é o fundamento da verdadeira riqueza, que decorre da liberdade em Cristo, então precisamos recuperar a verdadeira riqueza que não se esgota: tomar o país como um lar em Cristo, com base naquilo que foi fundado em Ourique.

4.4.3) É assim que trocamos esses bezerros de Ouro (como o culto à falsa idéia de que o Brasil é um país independente, assim como ao nacionalismo e ao saudosismo ao governo militar que disso emana, o qual não moveu uma palha de modo a combater os comunistas que atuavam na vertente cultural) por algo mais digno e conforme o Todo que vem de Deus. Quanto mais aprendo a verdadeira História do Brasil, sem essas mentiras, mais sou capaz de servir a Cristo nestas terras distantes, de além-mar.

4.4.4) É por caridade que conseguirei tirar os que estão ao meu redor da apatria, pois é em Cristo que vejo que minha vida tem sentido. E é por ter sentido que posso planejar minha vida na forma como o Olavo apontou, por meio do necrológio. Até porque o sentido de pátria preexiste ao necrológio - se a história do meu país é falsa, falso será o meu viver, a tal ponto que serei um morto em vida. 

5) Já vi muitos neste estado. E pior: fechados à verdade. Por isso que nada pude fazer de bom por essas pessoas, justamente por estarem fechadas à verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2017.

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