1) Quando falo do verdadeiro Estado de Israel, o Reino Latino de Jerusalém, eu falo de uma comunidade revelada por conta da espinhosa tarefa de libertar a Terra Santa dos Muçulmanos.
2) Essa comunidade se revelou a partir da Primeira Cruzada - a chamada cruzada dos pobres, quando as pessoas mais humildes da Cristandade tomaram a iniciativa de libertar a Terra Santa dos muçulmanos e terminaram sendo massacradas por força disso. Embora tenha durado pouco, isso agradou a Nosso Senhor Jesus Cristo, a ponto de transmutar esse Reino Latino no nascente Reino de Portugal, a ponto de revelar uma comunidade ainda muito maior, em escala global. Por isso, Portugal é este verdadeiro Estado de Israel em forma transmutada.
3.1) Portugal foi tão fiel na tarefa de servir a Cristo em terras distantes que se cogitou, certa ocasião, a transferência da Santa Sé para Lisboa, a partir do momento em que D. João V recebeu o título de Sua Majestade Sereníssima de Sua Santidade, o Papa. Lisboa, tal como Roma, foi fundada sob sete colinas - o relevo geográfico lembra muito o da cidade eterna. Acredita-se que o Palácio de Mafra deva ter sido construído de modo a abrigar os bispos do mundo inteiro - ou seja, ele foi feito para ser um Palácio Apostólico.
3.2) Por conta da missão recebida em Ourique, o tema da translatio inperii foi permanentemente discutido na História, já que isso norteia a razão de ser deste país de modo a ele ser tomado como um lar em Cristo. Portugal poderia, em algum ponto, se tornar uma espécie de Terceira Roma - embora nos seja negado conhecer o fim dos tempos, já havia profecias relativas ao destino nada animador da Cidade Eterna, como por exemplo, a profecia de La Salette (corrijam-me, se eu estiver errado).
3.3) O surgimento de uma Terceira Roma deslocaria todo o eixo do saber para aquilo que decorre de Ourique, a ponto de novas verdades conhecidas decorrentes da missão de servir a Cristo se tornarem verdades obedecidas. Muitos países ousaram por forças humanas serem Terceira Roma, mas é mais provável que Portugal o seja, caso algo aconteça a Roma.
4.1) Não faz sentido o Brasil defender o Estado de Israel atual, essa comunidade imaginada e artificialmente criada pela maçonaria e por Stalin - isso só faria sentido numa cultura onde todo um povo negue sua herança cristã em Ourique, sob a alegação de foi colônia de Portugal, a ponto de gerar alienação. E esse país mergulhou tanto na alienação que fundou uma capital no meio do nada com pretensão de ser uma Terceira Roma. Trata-se de Brasília, durante o governo do maçônico Juscelino Kubitschek.
4.2) Eis a História do Brasil enquanto programação mental de um povo de modo a cooperar com os planos nefastos dessa corja, visto que o Brasil de 1822 é mais do que uma comunidade imaginada - ele foi projetado para ser o império dos impérios do mundo, a serviço do homem como animal que mente e que tem a ambição estúpida de ser Deus, a ponto de imitar o exemplo do Faraó do Antigo Egito.
4.3) Trata-se de um laboratório de experiências usado na criação da Nova Ordem Mundial - trata-se, portanto, de uma espécie de anticivilização. É meu dever denunciar isto, uma vez que uma parte do império que Cristo quis fundar para si foi seqüestrado de modo a ser usado contra Ele mesmo, de modo a se tornar império do Anticristo. E para isso toda uma sorte de liberdades servidas com fins vazios, fundada na ética protestante e no espírito do capitalismo, foram introduzidas de modo a confundir as pessoas na busca pela verdade.
4.4.1) Quando o Brasil rompe com Portugal, ele passa ficar em conformidade com esse falso todo que vem da maçonaria. E passa a apoiar todo tipo de comunidade imaginada, a ponto de instalar embaixada nelas. O moderno Estado de Israel é uma comunidade imaginada pelos maçons sionistas e por Stalin, imposto no Oriente Médio com o apoio da ONU e com assistência de outro tirano, Getúlio Vargas.
4.4.2) Israel, Itália e Grécia modernos não têm nada a ver com Roma, Atenas e Jerusalém. Acredito que foram criados para derrubar o legado civilizacional do qual são herdeiros diretos. Esses países foram criados para derrubar essas colunas por onde toda civilização cristã está sustentada, como bem apontou Gramsci. São, portanto, comunidades imaginadas para cumprir tal propósito - é o neopaganismo com fins operativos, a serviço dos interesses da maçonaria, que deseja uma religião global.
4.4.3) Essas comunidades são a negação da política enquanto continuação da trindade, pois os três países nasceram com o dedo da maçonaria. Elas formam um triângulo escaleno. Até agora, não vi ninguém estudando a história desses três países em comparação com o legado clássico.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 9 de maio de 2020 (data da postagem original).