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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Quando o hábito de ler e escrever é difundido a toda a sociedade, as vocações intelectuais florescem - e com ela a educação superior, a alta cultura.

1.1) Quando se ensina a sociedade inteira a manejar o lápis e o papel, naturalmente surge a vocação intelectual.

1.2) Cristo como sacerdote está recrutado dentre os que sabem ler e escrever os que escutam o seu chamado através das letras. A essas pessoas com vocação para as letras não posso recusar educação mais elevada, pois ela aponta para Deus.

2.1) A Igreja Católica sempre compreendeu essa importância porque nem todo mundo que sabe ler e escrever tem vocação para a vida intelectual, a capacidade de contar histórias que apontem para Deus ou que descrevam a sociedade de modo a fazer ciência de tal forma que isso aponte para Deus.

2.2.1) Formar a elite, formar os melhores, significa prepará-los para servir a Cristo nesta terra e em terras distantes através do ofício de escritor, que é sagrado, quase um sacerdócio.

2.2.2) Por isso mesmo, isso gera um império de cultura, a ponto de fazer desse escritores profetas, a pedra angular através da qual a fé em Cristo se expande de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado entre os povos mais estranhos. É através desses profetas, portanto, que o Império fundado em Ourique é movido - e nele vemos a ação do Divino Espírito Santo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Dos fundamentos cristológicos de se ensinar uma sociedade inteira a ler e escrever

1) Em toda sociedade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é conveniente que se ensine a todos da comunidade a ler e a escrever, incluindo os mendigos.

2) Os mendigos mais inteligentes sempre manterão um diário de modo a manter o registro do quanto arrecadaram com esmolas e o nome de quem doou, assim como um lugar de referência onde esse doador on esse Cristo-príncipe, pode ser mais facilmente encontrado. Se ele prestar mais favores a esses bons príncipes, mais esmolas poderá obter (quem sabe, um emprego).

3.1) Se eu, na qualidade de mendigo, recebo esmola de um Cristo-príncipe, então eu devo favores a esse mesmo príncipe, de modo a conseguir mais esmolas ou quem sabe sair da condição de mendicância e ser elevado a príncipe, se for da boa vontade de Deus.

3.2) Quando registro a esmola no meu caderninho e o nome de quem me doou, além do lugar habitual onde este Cristo-príncipe pode ser mais facilmente encontrado, isto cria um compromisso, uma ponte onde eu como devedor me integro ao meu credor - e isso leva à pedagogia da responsabilidade pessoal. Se eu servir a ele com excelência, eu sou alçado à condição de bogaty, por conta do constante trabalho acumulado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Pelo Estatuto da Destamborização da Sociedade

1) Meus pais botaram num vídeo do youtube onde tinha gente tocando gaita de fole (o vídeo foi feito na Escócia). De repente, o mesmo grupo começou a tocar tambor num ritmo que mais me lembra os bárbaros pagãos dos tempos antigos. 

2) Assim não dá! Vamos fazer o estatuto da destamborização, pois tambor é arma que gera má consciência coletiva (e pelo que ouvi falar, um certo sociólogo marxista falou para um amigo meu que o tambor nos faz lembrar do africano que há em nós e eu quero me livrar desse africano, desse pobre diabo que há em mim)! Vai tocar tambor assim lá no inferno!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Pequeno manual que toda candidata à namorada deveria ler antes de me pedir em namoro

1) Não vote em comunista (ou mesmo em liberal que apóia a relativização do Cristianismo na sociedade)

2) Não dê ouvidos a quem for anticatólico.

3) Estude História do Brasil a sério, sobretudo a partir do milagre do Ourique, que deu origem ao Reino de Portugal.

4) Reze muito por mim, para que eu possa escrever bastante visando o bem do país.

5) Fuja do carnaval junto comigo - isso não é bom.

6.1) Se você decidir colaborar com o meu trabalho fazendo doação em dinheiro ou livros, não me prometa nada, pois estou farto de promessas. Faça um gesto concreto nessa direção.

6.2) Se quiser fazer surpresa, entregue tudo a mim no dia do meu aniversário (23 de janeiro). Compre o essencial - eu tenho uma lista de mais de 2000 livros - posso te passar a lista, se me pedir.

6.3.1) Se você é boa leitora dos meus artigos, você saberá de quais livros estou realmente precisando.

6.3.2) Pela minha experiência, eu conheci algumas mulheres que tinham essa intuição e me davam o presente certo, aquilo de que estava precisando. Só não tive um relacionamento mais sério com minhas namoradas anteriores porque descobri mais tarde que não eram católicas - e aí amigavelmente eu terminei com todas elas.

7.1) Com mulher não católica eu não quero nada, nem mesmo amizade.

7.2) O presente, vindo de um não-católico, é uma forma de corrupção - e eu geralmente termino devolvendo o presente ou o dinheiro que foi gasto em sua aquisição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020 (data da postagem original).

O espírito conservantista e zombeteiro dos apátridas nascidos nesta terra não merece perdão

1) Sidney Silveira falou que todo aquele se leva a sério demais não perdoa nada, nem ninguém.

2) No Brasil de 1822, há que se levar em conta esta realidade: num país onde nada que é mais sagrado é levado a sério, eu prefiro levar meu projeto de imitação de Cristo a sério, pois amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento exige compromisso com a excelência. E quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade não merece ser perdoado até que se tome conhecimento de que ele realmente se emendou.

3) Onde Cristo não é levado a sério, as pedras falam. E meu coração será de pedra de tal modo a falar a verdade para esses que zombam das coisas de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

Carnaval 2020 - como estou sobrevivendo a ele

1) A respeito do carnaval, estou vivendo os dias como se isso nem existisse.

2) Não adianta fazer muita coisa fora de casa, exceto resolver apenas o que é necessário. Se ficar doente, vou ao médico; se for domingo e fizer um bom tempo, eu vou à missa.

3) Há quem diga que isso não é vida, mas é o que pode ser feito nestes tempos difíceis. E em tempos difíceis, a liberdade interior é o único bem que sobra - por isso que escrevo e dedico minhas energias à atividade intelectual, pois não há outra coisa a fazer.

4) Se o brasileiro desse valor à liberdade interior, ao único bem que sobra quando tudo sucumbe, certamente não estaríamos nessa desgraça em que estamos. O desprezo ao conhecimento é um verdadeiro câncer e ele deveria ser extirpado destas terras o quanto antes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

Do passado como prólogo para alguma coisa - comentários sobre isto

1.1) Sei que não se deve julgar um livro pela capa, mas os títulos, por si só geram, são capazes de gerar muitas reflexões. Um exemplo disso é o livro O passado como prólogo.

1.2) Existem vários fatos históricos paralelos - uns constituem ruptura com alguma coisa, ao passo que outros constituem continuidade à alguma coisa. Em algum ponto, a tradição de continuidade e a tradição de ruptura vão se chocar como se fossem placas tectônicas, causando um conflito inconciliável de interesses qualificado pela pretensão de resistir a tudo o que decorre do verbo que se fez carne - eis o fato gerador de uma guerra civil, marcada pela mentalidade revolucionária.

2.1) Tanto o que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus - o fato gerador da continuidade, da estabilidade, pautada na verdade, no verbo que se fez carne - quanto a tradição de ruptura com essa mesma verdade têm uma origem, um prólogo, pautada num fato que se deu no passado.

2.2) A maior prova disso é que, antes da Nova Aliança estabelecida por Deus através de Jesus Cristo, tivemos toda a tradição do Antigo Testamento, que já era milenar até o nascimento de Jesus - e o que Ele fez foi dar pleno cumprimento à antiga lei. Da mesma mesma forma, o marxismo enquanto movimento revolucionário tem sua origem nos movimentos gnósticos e materialistas, os quais constituem a pré-história da mentalidade revolucionária, cujo marco zero se dá na Revolução Francesa, em 1789, marcando o início da Idade Contemporânea.

3) Quando se tem duas tradições conflitantes, uma delas vai entrar em epílogo - e o Armageddon é onde ocorrerá a batalha final entre os exércitos leais a Cristo e os exércitos revolucionários. Como a verdade é fundamento da liberdade, então Cristo sempre vencerá até o fim dos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020.

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