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domingo, 10 de março de 2019

Da Bolívia como a jóia da comunidade imaginada por Bolívar, a Pátria Grade

1) A Bolívia tem o seu nome em homenagem a Simón Bolívar, maçom que seguiu o exemplarismo americano e que rompeu por força de espada a relação dos territórios da América Espanhola com a Espanha, a ponto de se verem como imagens distorcidas de um mesmo espelho. Esta é a jóia da comunidade imaginada por ele.

2) O pensamento de Bolívar inspirou a Pátria Grande, da qual a Unasul é tributário - se a América é para os americanos, então o exemplarismo americano colonizou o imaginário dessa gente a ponto de se servirem de longa manus dessa gente cuja visão de mundo é dividir o mundo entre eleitos e condenados. O continente americano ficará nas mãos dos eleitos, a ponto de concentrarem o poderes de usar, gozar e dispor das coisas em poucas mãos.

3) Todos os países bolivarianos (os que faziam parte da Grande Colômbia e a Bolívia) são modelos de um império de domínio que destruirá o legado ouriqueano no Brasil se eles anexarem tudo o que decorreu de 1822 em seu cabedal - a Bolívia é o modelo mais bem acabado disso, pois recebeu seu nome em homenagem a um tirano. Esse império de domínio surgiu das entranhas de um país que foi aos mares em busca de si mesma (a Espanha) e que se apoderou da coroa portuguesa, após o desaparecimento de D. Sebastião - e o exemplarismo americano abriu uma verdadeira caixa de Pandora.

4.1) É por essa razão que estamos numa verdadeira guerra espiritual entre tudo o que decorre de D. Afonso Henriques e tudo o que decorre de Henrique VIII - e a descolonização e balcanização da América Espanhola decorre do exemplarismo americano. A destruição da língua portuguesa e da fé católica feita pelos apátridas é feita com este intuito: balcanizar a América Portuguesa.

4.2.1) Os erros desse rei herege são como os erros da Rússia - eles se espalharam por todo o continente e já estão afetando o Brasil, uma vez que a alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal tornou-se uma fé metastática.

4.2.2) Por isso, é urgente aprendermos a História de Portugal o quanto antes. É urgente termos paciência, pois o ritmo desta guerra espiritual é a eternidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

EUA, Brasil e França - três formas de se ver o fenômeno da apatria

1) No Direito Internacional Privado, apátrida é todo aquele filho de estrangeiro nascido num país onde a nacionalidade do filho é dada por conta de o pai ser portador daquela nacionalidade, como se isso fosse um direito em si mesmo. Como filho é acessório que segue a sorte do pai, então a nacionalidade decorre do direito de sangue.

2.1) O jus sanguinis decorre do princípio da lealdade.

2.2) Se o Estado é tomado como se fosse religião, então ele determina quem é seu nacional e quem não é, com base no critério de se distinguir amigo de inimigo.

2.3) Tudo isso decorre do liberalismo decorrente da Revolução Francesa. São critérios, portanto, materialistas, fundados na cosmovisão protestante de se dividir o mundo entre eleitos e condenados - e por conta disso, edificam liberdade com fins vazios, a ponto de gerar conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida. Por essa razão, o apátrida é, portanto, vítima de uma tirania.

3.1) No Brasil, o apátrida é todo aquele que nasceu no Brasil biologicamente falando, mas que está envolvido em atividade revolucionária, a ponto de estar à esquerda do Pai, ainda que se diga de direita nominalmente falando.

3.2) Os apátridas são os comunistas, os liberais, os islâmicos e todos os que são hereges e apóstatas, uma vez que estão fora daquilo que decorre de Ourique. O Brasil de 1822 foi feito para essa gente e o objetivo é destruir a cultura portuguesa e católica que fez o Brasil ser o que é.

3.3) Esse apátrida é um apátrida verdadeiro, pois ele faz parte de um projeto revolucionário - por isso, é um criminoso.

4.1) Nos EUA atual, o apátrida pode ter cidadania americana porque nasceu na América, mas é cidadão de segunda classe por não se adequar à cosmovisão protestante que divide o mundo entre eleitos e condenados.

4.2.1) Os EUA são uma nação recente, perto das nações européias - esse país não tem tradições.

4.2.2) O país está sendo feito do zero, inventando tradições desde que rompeu com a Inglaterra, a partir da Revolução Americana. Esta é a diferença este país e os países da Europa pós-1789.

4.2.3) A partir do momento em que essas tradições estiverem consolidadas, o jus solli dará lugar ao jus sanguinis - somente os descendentes dos peregrinos do Mayflower serão considerados cidadãos americanos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019 (data da postagem original).

Notas sobre a questão da cidadania americana no mundo atual

1) Mesmo que os filhos dos brasileiros que se encontram refugiados na América de modo a melhorarem de vida tenham nascido nessa terra e sejam considerados cidadãos americanos legalmente falando, por conta do jus solli, eles ainda assim são considerados apátridas, cidadãos de segunda classe, uma vez que a cosmovisão protestante que moldou aquele país divide o mundo entre eleitos e condenados.

2.1) Por força do mitologema da independência, os anglos-saxões são considerados os eleitos, por força do destino manifesto, e os refugiados, os imigrantes, são os condenados, uma vez que são incapazes de se autogovernarem. E esses condenados geralmente vêm da África ou do continente latino-americano.

2.2) Isso faz com que eles se expandam no mundo, ricos no amor de si até o desprezo de Deus, de modo a ensinarem aos povos atrasados a serem civilizados.

3.1) O exemplarismo americano é o contrário daquilo que decorre de Ourique.

3.2) Por conta desse exemplarismo, o cidadão americano, descendente daqueles que lutaram para se livrar da tirania inglesa, será determinado por jus sanguinis, dentro dessa visão de eleitos e condenados criada pelos protestantes, uma vez que os valores da América já não respondem às questões sociais de nosso tempo, uma vez que são valores revolucionários, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. O que foi criado pelos pais fundadores já não dá mais conta de resolver essa nova realidade - e muitos americanos atuais não querem ser mais leais a esse legado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

Coisas pensadas em termos de esquerda e direita na cultura de língua inglesa (relação L e R)

Left - Right

Loyal - Royal

Loyalty - Royalty

Liberty - Rule of Law

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

Certos estrangeirismos falados refletem o pecado do conservantismo de quem fala

1) Se um diretor de escola quiser que os alunos tenham aula show, mande-o às favas.

2) A palavra show tem duas conotações em português: espetáculo e mostra. Mostra implica uma exposição séria para quem realmente deseja aprender, enquanto espetáculo não passa de exibição, de entretenimento - e isso faz com que o encontro entre aluno e professor seja feito de forma vazia.

3) Magistério é sacerdócio e toda aula é uma catequese. Quem vem para a sala de aula está a fazer sacrifícios para estar ali.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

Notas sobre teoria dos juros

1) Na língua inglesa, a teoria dos juros é chamada de theory of interest (ou teoria do interesse, se traduzirmos literalmente para o português).

2.1) Num ambiental cultural onde a riqueza é tomada como sinal de salvação, o interesse se funda no homem tomado como a medida de todas as coisas, rico no amor de si até o desprezo de Deus. Nele, o serviço prestado se dá com base no amor próprio. O valor cobrado tende a ser elevado, uma vez que o amor de si até o desprezo de Deus cobra um preço alto e nem sempre o serviço prestado é de boa qualidade.

2.2.1) Isso faz com que o mercado seja um ambiente de sujeição e não um ambiente de encontro, de integração.

2.2.2) Nele, a liberdade será servida com fins vazios, uma vez que as pessoas que prestam serviço estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, dado que a sociedade foi artificialmente dividida por um demiurgo entre eleitos e condenados.

2.2.3) E neste ponto, conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida surgem, a ponto de e o Estado tomado como se fosse religião ter de regular a matéria seja para resolver terminativamente o conflito através do processo, seja para preveni-lo, através das regulamentações, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. Mais isso não trará paz social, uma vez que dizer o direito está desvinculado da idéia de justiça, a ponto de ser uma verdadeira ilusão.

3.1) Num ambiente cultural onde somos enviados por Cristo a servir a Ele em terras distantes, de modo que o Santo Nome de Cristo seja publicado entre as nações mais estranhas, tudo o que fizermos acabará contribuindo para a edificação de um bem comum de modo que isso leve o maior número possível de pessoas para a pátria definitiva, que se dá no Céu, uma vez que a economia se funda na santificação através do trabalho, o que é essencial para se tomar um país como um lar Cristo.

3.2.1) Quando sirvo ao meu semelhante, eu morro para mim mesmo de modo que ele veja a figura de Cristo em mim e eu veja a figura do Cristo necessitado n'Ele, a ponto de haver duas figuras: o Cristo-príncipe se encontrando com o Cristo-mendigo Se sirvo bem a quem necessita dos meus serviços, então eu recebo um ganho sobre a incerteza, uma vez que a natureza da demanda é a eventualidade, uma vez que a vida é incerteza.

3.2.2) Se presto meu serviço de maneira sistemática e profissional, ocorre uma capitalização fundada na lealdade sistemática. Como essa riqueza se funda na santificação através do trabalho, isso leva aos juros, pois o interesse se funda no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, gerando uma razão produtiva para se tomar o país como um lar em Cristo.

3.2.3) É do interesse das autoridades públicas dirimir os conflitos de tal maneira que as pessoas continuem bem se relacionando e amem uma às outras tal como Jesus nos amou. Neste ponto, o direito e a justiça tendem a atender tudo o que se demanda em termos de paz social - eis o Estado-mercado cristão, pois todas essas coisas levam ao bem comum.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.

É mais sensato a universidade pública cobrar ingresso dos alunos ouvintes de modo a remunerar o serviço prestado pelo professor da disciplina

1.1) Se tivesse um curso de Direito e desse aulas de Direito Constitucional, Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado, os interessados comprariam o ingresso para assistir a aula daquele dia.

1.2) A aula é uma mostra de conhecimento a quem deseja realmente aprender - ela não é um espetáculo. E uma mostra de estudo sério atrai alunos ouvintes sérios. Se tivesse uma máquina de ingressos, as aulas de Direito Constitucional seriam abertas aos portadores do ingresso verde, as de Direito Internacional Público aos portadores do ingresso azul e as de Direito Internacional Privado para quem fosse portador do ingresso amarelo

2.1) O encontro do aluno com o professor deve ser livre. Quando aluno e professor são conhecidos, aí eu penso que uma mensalidade deve ser cobrada, pois ensino privado deve ser reservado. E mensalidade implica compromisso, lealdade - coisa que se dá no âmbito privado.

2.2) Haveria turma para os que estão começando, turmas para quem estivesse no nível intermediário e turmas para quem estivesse no nível mais avançado. Caberia ao aluno, através de um profundo exame de consciência, saber se está à altura daquilo que está sendo ensinado.

3.1) De nada adianta o aluno vir para a sala de aula se ele não se sente pronto para receber aquilo que está sendo ministrado.

3.2) Afinal, como ele vai ser ouvinte, se ele não tem base? E a melhor forma de conseguir base é conversar com o professor da disciplina e ter aulas particulares com ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2019.