Pesquisar este blog

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Do laranja como a cor dos que vivem em conformidade com a ética protestante e o espírito do capitalismo

1) Se o laranja é a combinação do vermelho com o amarelo, então certamente é a cor daqueles que fazem da riqueza sinal de salvação, uma vez que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados. Além disso, é a cor dos que não tomam a Virgem Maria por mãe. E por não a tomarem por mãe, então eles não terão a Deus por Pai.

2) O capitalismo pode ser representado pelo laranja, que é a cor do Novo. Por isso, acaba preparando o caminho para que revolucionários mais radicais tomem o poder e acabem destruindo tudo aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A primeira nação capitalista da História foi a Holanda, o berço do calvinismo. E a cor da realeza dos Países Baixos é o laranja.

3.2) Se o amarelo do laranja for arrancado, então fica só o vermelho, uma vez que o amor ao dinheiro sem medida prepara o caminho para que se ame o poder pelo poder sem medida, a ponto de produzir mais de 100 milhões de mortos pelo caminho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre o verde, enquanto cor do tempo comum, do tempo de santificação através do trabalho

1) Os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento provam o sabor das coisas de modo a melhor conservar o que é conveniente e sensato, a qual aponta para a para aquilo que decorre da dor de Cristo, cujo memorial se dá na eucaristia. Afinal, eles se são a luz do mundo e o sal da terra

2) Como a sabedoria vale mais que do ouro e prata, então essa riqueza decorre da nobreza de Cristo, uma vez que ela é o verdadeiro ouro, pois o que se funda na sabedoria se reproduz, uma vez que decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, enquanto o vil metal não. Se essa riqueza for usada na construção do bem comum, de modo que o maior número de pessoas possível acabe indo para o Céu por conta de tomar o país como um lar em Cristo, então ela acaba fazendo da santificação do trabalho a ordem do dia.

3) O verde, que decorre da combinação do amarelo com o azul, é a cor do tempo comum. E o tempo comum é o tempo da santificação através do trabalho, o tempo onde a alma se faz arado, a ponto de fazer da cidade dos homens uma imitação da terra daquilo que decorre da Jerusalém celeste.

4.1) Os que fazem da alma uma espada vêem nos que fazem da alma um arado uma imagem perfeita do que são, no espelho perfeito da santidade. Os que se dedicam ao arado, quando a guerra é total, podem fazer da alma uma arma, uma vez que são exército de reserva, a ponto de irem lutar por Cristo, quando a situação o exigir.

4.2) Como a palavra de Deus é distribuída a todos, então dessa trindade (clero, nobreza e povo) vem a unidade necessária para se tomar o país como um lar em Cristo.

4.3) Se há a missão de servir a Cristo em terras distantes, a qual se funda na eternidade, então esta ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus está sendo pensada de maneira sistemática em todas as suas 4 dimensões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre a porfirogênese cristã

1) Do sangue dos mártires, que amaram e rejeitaram sem medida as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que tiveram a Virgem Maria por mãe, nasce um novo tipo de nobreza, uma vez que o roxo é a combinação de vermelho e azul.

2) Os nascidos desse roxo aprendem a fazer da alma sua arma, uma verdadeira espada. Essa espada, quando está trabalhando, pode ser facilmente trocada pelo arado, em tempos de ausência de guerra.

3) A verdadeira porfirogênese estuda justamente a história de vida dos que foram batizados e que são livres em Cristo, a ponto de conservarem sem medida a dor do verbo que se fez carne e que passou a fazer santa habitação em nós por intermédio da santa eucaristia, já que Ele é a verdade em pessoa.

4) O estudo dessa porfirogênese nos faz perceber que a verdadeira nobreza está distribuída em todo o povo que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E a hierarquia nobiliárquica se funda no histórico das famílias que serviram sem medida a Cristo ao longo das gerações, a ponto de serem consideradas as melhores dentre toda a sociedade por conta de sua lealdade ao Rei dos Reis, que foi verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

5) Se o ouro é valioso porque é escasso, então o roxo também o é, uma vez que são poucos os que passam pela porta estreita da santidade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. A maioria, que é insensata e conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, prefere a porta larga do inferno a ponto de todos irem para a danação eterna.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

domingo, 14 de outubro de 2018

Por que minhas idéias não são deste mundo?


1) Certa ocasião, alguns insensatos, ao lerem o que escrevi, me perguntaram de que mundo vieram as minhas idéias.

2) A resposta é que elas não são deste mundo - e não é preciso que se abra a boca para os insensatos, pois o silêncio já é a melhor resposta. O que escrevo é dedicado aos que rejeitam o mundo, o diabo, a carne, bem como a riqueza enquanto sinal de salvação, própria da cosmovisão protestante que tomou conta deste país, o que acaba servindo liberdade com fins vazios.

3.1) O ambiente liberal que virá da vitória de Bolsonaro é o cenário onde nós devemos lutar.

3.2) É o menor dos males, é verdade, mas é preciso estar lutando contra essa ordem fundada no amor de si até o desprezo de Deus, que fez o país romper com aquilo que decorreu de Ourique e que acabou edificando esta república maçônica maldita. São essas idéias que preparam o caminho para o comunismo. E a guerra cultural precisa ser feita nesta circunstância - contra o comunismo, a luta precisaria ser feita por meio da espada, pois o arado de nada adianta, uma vez que não teria internet para poder pregar o que escrevo sobre o assunto.

3.3) Afinal, não quero que meu país seja o Império dos impérios do mundo, fazendo do Imperador do Brasil, enquanto defensor perpétuo daquilo que se fundou sob a falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, uma espécie de divo, onde tudo está nele e nada pode estar fora dele ou contra ele. Já temos um Rei, que é nosso senhor Jesus Cristo, e temos um vassalo, que é D. Afonso Henriques.

4.1) Quem não for como D. Afonso Henriques não é de Cristo - logo, não pode ser aclamado. Por isso, o Imperador do Brasil, o descendente de D. Pedro, é ilegítimo.

4.2) Como D. Afonso já foi coroado por Cristo, nenhum vassalo de Cristo usou coroa. A coroa foi dada à Nossa Senhora da Conceição, por conta da Restauração de 1640 - e que fique assim pra sempre.


José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2018.

Notas sobre como resolver a crise contratual de nosso tempo

1) Durante meus anos de preparação para concurso público (entre agosto de 2008 a outubro de 2012), eu estava assistindo a um programa da TV Justiça intitulado Saber Direito. Numa das aulas sobre Direito do Consumidor, aprendi que nós vivemos tempos de crise contratual.

2) Além da concentração do poder econômico, coisa que leva à corrupção e a uma guerra assimétrica no tocante a se dizer o direito, há ainda uma questão muito forte em nosso tempo e que certamente traz problemas tanto econômicos quanto jurídicos: a questão de que toda pessoa tem sua verdade, a ponto de ser relativa. E se a verdade é relativa, então não há verdade nenhuma, uma vez que não há verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que possa servir de medida de todas as coisas (o que edifica liberdade com fins vazios).

3.1) Esse combate à cultura de servir liberdade com fins vazios deve se dar em todos os cantos: na economia, no direito, na religião e em muitos outros aspectos que hora me esqueço de citar.

3.2.1) No caso da economia, se Cristo, o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, for retomado como a medida de todas as coisas, então todas as coisas feitas por aqueles que amaram e rejeitaram as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento terão seu valor maior do que ouro e prata, uma vez que a sabedoria vale mais do que ouro e prata. E a sabedoria implica provar o sabor das coisas de modo a se conservar o que é conveniente e sensato, pois isso aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2.2) Essa experiência de provar o valor das coisas até ficar com o que é conveniente e sensato afeta certamente o saber prático das coisas, a ponto de tudo o que é feito nesse fundamento ser feito para apontar para Deus, uma vez que o prestador de serviço está vendo nos seus consumidores a pessoa de Cristo. Se Cristo é ouvinte e leitor onisciente, pessoa essa a quem você não pode enganar, então Ele, enquanto consumidor, sempre tem razão - por isso Ele deve sem ser bem atendido.

3.3.1) Se Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então Ele faz do trabalho uma tarefa santa, pois é a partir do trabalho santo que se tem o devido sustento.

3.3.2) Quando o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem recebe dinheiro decorrente do suor de seu rosto, então Ele vai investir seu dinheiro de modo a patrocinar a iniciativa de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, já que Ele é a verdade em pessoa, uma vez que foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Afinal, Ele foi operário e colaborou com a atividade econômica de alguém que amou e rejeitou as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, imitando o exemplo de São José.

3.3.3.1) Se o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem foi empreendedor, então Ele tem autoridade emitir moeda cujo lastro está na qualidade de seu produto, coisa que aponta para Deus, já que Ele é a verdade em pessoa.

3.3.3.2) Essa moeda fiduciária - se dada como crédito para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, seja como garantia de uma dívida a ser paga no futuro ou mesmo como pagamento por um serviço fundamento - passa a ser mais valiosa como o ouro, uma vez que só o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem passa a emiti-la.

3.3.3.3) Como a carne e o sangue de Cristo precisam ser comidos de modo que Ele permaneça em mim e eu n'Ele, então a melhor forma de fazer com que a moeda fiduciária tenha valor é imitar a Cristo sem medida, a ponto de ser tomado como um santo e ser conhecido na sociedade por conta disso. É consagrando o meu trabalho a Cristo que meu trabalho passa a servir de moeda para se obter outros trabalhos.

3.3.3.4) É a partir do trabalho de pessoas que se santificaram através do trabalho que temos moedas fortes - do encontro desses santos no mercado que vemos esses produtos serem trocados pelos outros.

3.3.3,5) Desse encontro, nós podemos fazer uma media de preços onde os produtos que exigem um tempo muito curto para serem produzidos podem ser trocados por produtos que exigem um tempo razoável para serem produzidos, assim como podemos fazer uma média de preços onde os produtos que exigem um tempo razoável para serem produzidos podem ser trocados por produtos que exigem um tempo muito longo para serem produzidos, coisa que demanda uma ou duas gerações.

3.4.1) Se o problema do lastro está no fato de que qualquer coisa pode servir como lastro, então estou tomando o homem como a medida de todas as coisas.

3.4.2) Se o homem é pecador e conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, então o trabalho dele não terá valor algum, uma vez que ele se mede pelo vil metal, que não se reproduz; se o verdadeiro Deus e verdadeiro homem for a medida de todas as coisas, então o trabalho desses poucos que foram amigos de Deus sem medida é que será o verdadeiro valor de todas as coisas. Como a santidade pode ser passada pelo exemplo, então isso se reproduz.

3.4.3) Creio que este pode ser o verdadeiro fundamento para se fazer uma economia voltada para a vida eterna, coisa que foi excluída da economia, da organização das coisas de modo a se tomar o país como um lar em Cristo a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

4.1) Uma vez solucionado esse problema capital, então o problema da crise contratual pode ser solucionado.

4.2) Se estamos diante de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então o acordo firmado essas pessoas não só beneficia a eles próprios como também promove o bem comum, a ponto de ser uma verdadeira parceria, onde o consumidor patrocina o trabalho do empreendedor de modo a fazer um trabalho digno, pagando o trabalho dele com o fruto de seu trabalho, que pode ser usado como moeda.

4.3) Como o empreendedor é também consumidor, ele patrocina o trabalho de outro empreendedor com o que recebeu de seu consumidor, gerando uma integração entre as pessoas.

4.4.1) Se a moeda é fiduciária, então as relações econômicas tendem a ser personalista.

4.4.2) Como o verdadeiro Deus e verdadeiro homem não pode ser representado por outro que não seja amigo d'Ele sem medida, então isso gera uma responsabilidade muito grande, de modo a cumprir com máxima excelência todas as obrigações assumidas. E é por conta de as pessoas serem responsáveis que se gera uma cultura de confiança, onde a amizade com Deus sem medida se torna a base da sociedade política, norteando toda a economia e a justiça nesse aspecto.

5) Enfim, estes são alguns aspectos que podem sanar a crise contratual de nosso tempo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2018.

Nota sobre economia florestal e sua relação com a cobrança de juros altos

1) Quem lida com terra está sempre lidando com o manejo integrado de lavoura, pasto e floresta, a ponto de criar uma verdadeira trindade produtiva.

2) Se um produtor tivesse uma floresta, seria mais sensato que plantasse cedro-do-líbano e cedro-do-japão. Eu ouvi falar na wikipedia que o cedro-do-japão é imune ao caruncho. O cereal armazenado em celeiro com esse tipo de cedro não é atacado. Do mesmo modo, a despensa.

3.1) Vamos supor que alguém pedisse emprestado a esse produtor algumas árvores da floresta de modo a construir um celeiro à prova de caruncho.

3.2) Como essas árvores costumam levar muitos anos para crescer, naturalmente os juros exigidos, em razão do custo de oportunidade, serão muito altos. Mas eles são justos, uma vez que as árvores se reproduzem, apesar de ser lenta a reposição do estoque.

4.1) Uma vez construído o celeiro, o agricultor deve focar na colheita e vendê-la a um preço de modo a dar o dinheiro, em razão do serviço prestado. Ele precisará de várias boas colheitas para remunerar o esforço do criador da reserva florestal.

4.2) Se o empréstimo fosse pago em sementes, não valeria à pena, a não ser que o criador da reserva florestal tivesse gente na família dedicada a produzir gêneros agrícolas em grande quantidade, mas esta circunstância é muito rara, em razão da constante especialização econômica. Por isso mesmo, o dinheiro, enquanto tiver natureza fiduciária, será o meio mais prático para se pagar quitar a dívida, coisa que se fundou em razão do princípio da confiança, por conta da natureza produtiva do empréstimo.

4.3) Seria mais sensato que o agricultor pudesse lastrear como moeda as melhores sacas de sua colheita e assim pagar pelo empréstimo das árvores. Essa moeda seria trocada no mercado por reais ou dólares.

5.1) Se a reputação do criador da reserva florestal for boa, então o cedro-do-japão - que permite a construção de celeiros à prova de caruncho - passa a servir de lastro para uma moeda forte, pois garante a segurança do armazenamento da colheita, preservando a qualidade do produto a ponto de gerar bons preços no mercado agrícola.

5.2.1) Por força disso todas as eventuais moedas fiduciárias criadas pelos agricultores de modo a servir de garantia de eventual empréstimo contraído se tornam acessórios que seguem a sorte desse principal, que pode ser transformado em madeira num tempo razoável, por meio da indústria.

5.2.2) Como essas árvores crescem mais lentamente, então essas moedas tendem a valer mais que o dólar, que, por sua vez tende a ser um papel sem valor, se houver eventual governo tirânico, tal como há na Venezuela, se o Estado for tomado como se fosse religião, a ponto de tudo estar nele e nada estar fora dele.

5.3) No caso do cedro-do-líbano, que é muito bom para se fazer embarcações comerciais, ele acaba tendo mais valor ainda, uma vez que o transporte de mercadorias acaba sendo crucial na satisfação ou não satisfação de eventual demanda - e isso influi no preço dos produtos. Como o cedro-do-líbano se reproduz e o ouro não, então ele acaba servindo de lastro para outras commodities, possibilitando a cobrança de juros, em razão do longo prazo para ser produzido.

6) Eis algumas coisas que podem decorrer da economia florestal e a cobrança de juros de longo prazo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2018.

Comentários:

José Octavio Dettmann:

1) Certa ocasião, eu aprendi que a cobrança de juros na Babilônia era justa porque as plantas e os animais se reproduzem, ao passo que a cobrança de usura era vedada porque a cobrança recaía sobre metal, que não se reproduz, o que tende a uma quebra da confiança.

2) Como os bens tendem a se reproduzir, a tendência é que a moeda fiduciária acabe servindo de garantia de empréstimo, a ponto de ser uma moeda forte, dependendo da credibilidade do produtor da commodity, bem como por conta do tempo para se ter aquele bem.

3.1) Moeda lastreada em madeira-de-lei - como cedro-do-líbano, por exemplo - tende a ser uma moeda forte.

3.2) O cedro se reproduz, embora de modo lentamente, e é crucial para a produção de construções e embarcações, o que incentiva à industrialização.

3.3) A cobrança de juros altos, em razão da demora para se ter esse produto, seria justa, pois essa madeira leva muito tempo para ficar disponível no mercado. Não seria usura, porque o metal não se reproduz.

4.1) A moeda lastreada em cedro puxaria todas as outras moedas fiduciárias, que acabam virando acessórios que seguem a sorte desse principal.

4.2.1) Essas moedas podiam ser entre si conversíveis, em razão da troca temporal que se dá entre os produtos.

4.2.2) Uma moeda cujo lastro leva pouco tempo para se reproduzir tende a ser trocada por uma outra cujo lastro leve um tempo razoável para se reproduzir, a qual por sua vez, tende ser trocada por outra cujo tempo para se reproduzir leva ao menos uma ou duas gerações na Terra.

Arthur Rizzi:

1.1) Eu venho percebendo que uma moeda não precisa ser lastreada num único bem apenas, mas em um conjunto de bens reproduzíveis cuja média de preços pode servir de patamar de câmbio. Por exemplo: nióbio, soja e produtos manufaturados.

1.2) Se houvesse uma média de preços entre primários e industrializados que pudesse servir de câmbio entre os produtos, então poderíamos evitar maxidesvalorização e maxi-apreciação

2.1) Como bens primários têm crescimento menor de produtividade em escala (e aqui retomemos Smith) e tem menor potencial de divisão do trabalho, então é útil que se associe isso à produção industrial para que uma crise de primários não gere deflação.

2.2) Isso demandará alguma intervenção do governo na taxa de câmbio de longo prazo, pois, como o Delfim Netto chama atenção, a primarização de uma economia, a ponto de fazer do Brasil um exportador de commodities agrícolas, leva à desindustrialização. Com um processo deflacionário e uma desvalorização cambial, produtos manufaturados tornam-se exportáveis. Eles recuperam a economia levando à apreciação cambial, e isso dura até um novo boom de primários e, consequentemente, a uma nova crise da indústria, tornando a economia completamente dependente desse processo.

José Octavio Dettmann

1.1) Podemos falar da agricultura e pecuária associada ao artesanato. A agricultura e pecuária fornecem matéria-prima para os artesãos. E indústria nada mais é do que artesanato automatizado e sistematizado.

1,2) O tempo para se ter uma colheita de matérias-primas é razoável e o tempo para beneficiá-las em um produto acabado é relativamente curto, se a indústria for eficiente. E esse tempo para se produzir tal commodity pode ser trocado por algo que exija longo prazo a ser produzido, como a plantação de madeira-de-lei.

2) Se uma mesma família se dedicar à agricultura e à indústria de maneira associada, feita de modo a beneficiar os próprios produtos, então os juros devidos em razão do empréstimo de madeiras-de-lei - que foi feito para se fazer um armazém à prova de caruncho - tendem a ser mais facilmente compensados, pois algo que leve muito tempo para produzir tende a ser trocado por algo que leve um tempo razoável para se produzir. E se houver relação de confiança entre os dois produtores, a tendência é haver uma baixa na taxa de câmbio.

3) O lado bom dessa questão, coisa que os críticos da teoria da moeda fiduciária não percebem, é que isso promove a integração entre as pessoas.

Arthur Rizzi:  

1) O problema da moeda fiduciária hoje é que, por ser lastreada em tudo, dá a impressão de que não é lastreada em coisa alguma.

2) Quando tudo é lastro, na verdade nada é lastro - é como se a verdade fosse relativa, que ela não existisse. Isso torna a economia muito subjetiva, a ponto de o homem ser a medida de todas as coisas. E isso faz a confiança ser servida com fins vazios.

José Octavio Dettmann: 

1) Não é à toa que o lastro deve se pautar no produto de alguém que se santificou através do trabalho, pois a pessoa imitou a Cristo sem medida, por ser verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

2) Como essas pessoas são raras, então que este seja o parâmetro, pois isso faz o país ser tomado como um lar em Cristo. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

O dia das crianças deve ser das crianças espirituais, pois é delas o Reino de Deus

1) Se dia 12 de outubro é dia das crianças, então que seja o dia das crianças espirituais. Afinal, era o que Santa Teresinha do Menino Jesus queria, pois o Reino de Deus é delas.

2) E não é preciso estar na infância para se celebrar esse dia, se você é uma criança espiritual. Se você for isso, o Reino de Deus será seu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2018.