1) Se a riqueza é um sinal de salvação, então o lucro é uma certeza, já que o eleito foi predestinado com a riqueza., ao passo que o prejuízo é o que resta ao condenado. Eis o sentido da sociabilização dos prejuízos - e ele decorre dessa cosmovisão protestante em dividir o mundo entre eleitos e condenados.
2) Se o lucro é uma predestinação, então o capitalista usará todos os meios possíveis de modo a conseguir um retorno rápido para seus investimentos. E não é à toa que busca da eficiência, padronização dos produtos e concentração de bens em poucas mãos, sobretudo na forma de registro de obras e patentes, são os mecanismos que eles adotam para conseguirem ampliar o poder que possuem.
3) Tudo isso é conseguido por meio de lobby no governo, corrompendo os agentes públicos ou financiando grupos revolucionários no poder. Quem faz da riqueza sua ideologia faz com que tudo esteja no Estado e nada esteja fora dele ou contra ele.
4.1) Isso é estritamente antieconômico, uma vez que o lar deve ser organizado de modo que todos se preparem para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
4.2) Se Roberto Campos fala que seguir os conselhos de um economista é o caminho mais certo para a falência, então jamais devemos levar em consideração um economista que não considere o que falei em 4.1 como a meta de vida definitiva de todo homem que deseje viver a vida em santidade, em conformidade com o Todo que vem de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 9 de julho de 2018.