Pesquisar este blog

sábado, 28 de maio de 2016

Notas sobre a direita nominal

1) Tal qual o salário nominal - cuja fonte é o salário mínimo fixado pelo governo -, a direita nominal está à esquerda do Pai porque conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) A direita real, conforme o Todo que vem de Deus, estuda e busca entender as coisas de maneira racional, de modo a ter fé naquilo que não pode ver. E é por crer em coisas invisíveis, além daquilo que é material, físico, que começa a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Como investigar a realidade é um trabalho de inteligência, então a investigação racional de modo a aumentar a fé naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus é um processo de capitalização moral, pois a verdade se dá em Cristo, que é uma das pessoas da trindade, pois é Deus na forma de homem. Tal qual o salário real,  ele não só medido pela produtividade do operário - ele também mede o grau de zelo que esse operário tem pelo seu ofício e o grau de confiabilidade que esse operário tem em fazer as coisas de modo a bem servir a quem toma os seus serviços, o empresário, que é seu cliente.

4) Muitas das pessoas se contentam com o que está disponível - muitas conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Essas pessoas não estudam - no máximo, ficam a fazer ativismo e não sabem o que dizem. O fato de esta sociedade estar impregnada de valores libertários e conservantistas faz com que nos afastemos da missão que herdamos desde Ourique, quando esta tradição desdobrou-se neste continente, através do descobrimento do Brasil. Como isso edifica liberdade para o nada, então a maioria dos que agem assim acaba causando uma espécie de inflação, pois promove uma verdadeira descapitalização moral., coisa que se dá através do relativismo moral E o sintoma dessa descapitalização moral é ter um horizonte de consciência reduzido, a ponto de fechar-se sistematicamente para a realidade, para a eternidade.

5) É justamente por conta disso que a maioria dos que se dizem de direita é nominalista  e essa gente é  tão esquerdista quanto os esquerdistas totalitários e os esquerdistas fabianos. A maior prova disso é que gente como Marta Serrat uniu-se aos petistas. Isso explica o fato de que o moderado serve à causa do radical. É deste vazio que o islâmico se aproveita e destrói de modo a impor a sua heresia ideológica, pois o islamismo, para mim, é uma ideologia que visa a dominar o mundo e não uma religião.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2016 (data da postagem original).

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Criticar sola scriptura fazendo tábula rasa na história é hipocrisia

1) Uma das razões pelas quais não fazemos da Bíblia crença de livro é porque Jesus é o juiz de toda a História. Ele conhece o passado, o presente e o futuro, pois é Deus. Logo, o que está exposto na Bíblia é subsídio para algo mais amplo, que abrange toda a História. Dito desta forma, a Bíblia é uma amostra da realidade, coisa que se funda na eternidade e que está distribuída ao longo da História pela graça de Deus, que guia a todos nós na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) É incoerente a pessoa criticar a sola scriptura dos protestantes e, ao mesmo tempo, fazer tábula rasa na interpretação dos documentos históricos, da forma como um positivista faz nas leis. Isso é um desserviço à verdade, pois a pessoa está querendo conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Esse historiador está deixando de ser guardião do passado e virando o dono da verdade, o que é fora da ética profissional e fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A crítica à sola scriptura é verdadeira, no particular, pois não se pode fazer interpretação da Bíblia com fins particulares - e isso é verdadeiro no geral quando a pessoa estuda a história dos povos humanos sem fazer tábula rasa nos conceitos históricos, posto que história não é ciência exata. 

3.2) Exemplo disso é o conceito de liberalismo. Da forma como eu o conceituei, ele é perfeitamente lógico - logo, isso faz atualizar tudo o que se sabia antes, através da readequação das formas da linguagem, por meio da readequação vocabular. Todo aquele texto que apontava críticas ao liberalismo será atualizado, pois isso o conteúdo antes descrito por liberalismo, que é verdadeiro, é, na verdade, libertarismo, pois os revolucionários buscam liberdade fora da liberdade em Cristo. Se a alguém resiste a isso, é porque é insensato e está a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade: a vaidade. Como sua sabedoria de homem está dissociada da divina, o historiador tem um quê de gnóstico, pois está interpretando as coisas de maneira hermética, fechada à realidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2016 (data da postagem original).

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Notas sobre a história da nação pseikone

1) Se Israel nasceu de um só homem, então a Pseikörder nascerá de um só homem: a partir de mim.

2) Trata-se de uma nação dentro de uma nação - ela abrange aqueles que se recusam a ser escravos desse espectro de pátria que nos domina há 127 anos. Somos monarquistas e jamais aceitaremos a República no Brasil.

3) Como digo, brasileiros somos poucos: somos os que tomamos o país como se fosse um lar, com base no Crucificado de Ourique, enquanto a maioria toma o país como se fosse religião de Estado da República e é apátrida.

4) Não é preciso fazer secessão - o que precisamos é extirpar a apatria de nosso solo. Não só a apatria como também o quinhentismo, além de restaurar o que foi fundado em Ourique. A glória de nossa pátria toda é do Cristo Crucificado de Ourique, pois D. Luiz é o legítimo sucessor de D. Afonso Henriques, nesta terra.

5) A nação pseikone será grande - ela sempre será vassala do Império do Brasil e do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Nosso destino será sempre ligado a isso: somos portugueses e alemães de sangue e somos poloneses, no sentido espiritual do termo. Nossa cultura pode ser diferente da maioria, mas somos fiéis à missão que o Crucificado nos deu.

O pai da nação pseikone se tornou a reserva moral da nação brasileira que não se rendeu à apatria

Em uma conversa via inbox, me perguntaram:

_ Dettmann, posso te eleger como o comandante da reserva moral da nação? O seu trabalho é magnífico.

_ É claro que pode! Os encargos de alta responsabilidade devem ser dados aos mais preparados. E estou aqui pra isso - disse-lhe.

Se já não bastasse ser pai dos pseikone, essa 21ª província do Império que é virtual e que se recusou a ser escrava da república e do quinhentismo, agora eu estou sendo a reserva moral de alguns cidadãos do país dispersos pelas outras 20 que se renderam à República - e que hoje são 26 estados e o Distrito Federal. 

Se esse trabalho de ser reserva moral da nação for bem feito e se meus filhos honrarem esse legado, a nação pseikone será a jóia do Reino Unido de Portugal-Brasil e Algarves, pois sempre foi fiel ao que foi estabelecido em Ourique. Além disso, temos orgulho de sermos vassalos da Casa de Bragança, pois sem o Brasil não somos nada - assim como Brasil e Portugal não são nada sem o que foi estabelecido em Ourique.

Notas sobre a importância do meu trabalho

1) Segundo o pensador Erik von Kuehnelt-Leddhin, há um conceito de liberalismo que foi deixado de lado. 

2) Antes mesmo da dualidade entre o liberalismo como doutrina libertária e o conservadorismo como doutrina reacionária, existiu um liberalismo cristão que depois voltou a retomar certas características próximas aos pioneiros. 

3) O verdadeiro liberalismo, aquele pioneiro, não tem na economia sua esperança de liberdade, mas em Cristo. Esse verdadeiro liberalismo é um liberalismo que não é exclusivamente econômico, mas que busca a liberdade do indivíduo por inteiro. Trata-se de um liberalismo mais próximo de Von Mises e mais distante de Smith. 

4) No Brasil, José Octavio Dettmann é o único que conheço que tem dedicado valioso tempo para distinguir o liberal-conservador do libertário-conservantista. No sentido por ele tratado em seu trabalho, não faz sentido uma distinção entre liberal e conservador, dado que ambos se complementam na totalidade cristã. Por outro lado, o libertário-conservantista é apenas mais um tipo de imoral. Esse tipo de imoral é o que comumente se chama hoje de "liberal" - na realidade, o termo, como tem se esforçado para mostrar o sr. Dettmann, é uma usurpação, uma desconstrução lingüística.

Douglas Bonafé

O olavismo é movido a conservantismo

1) Vejo, no seio da Igreja, divisões e rupturas entre irmãos por pouca coisa. Geralmente entre os gênios. Todas essas divisões possuem algo daquele antigo ódio de Caim por Abel: irmãos que vivem um drama que termina num homicídio. 

2) No seio da Igreja, vivemos dramas que matam o homem. Homens bons não conseguem deixar de lado as pequenas diferenças e ficam se arranhando, quando deviam sentar-se à mesa com um belo charuto e uma garrafa de whisky. Nesses dramas, pessoas como eu, que apenas lêem e pensam - embora não com tanta genialidade quanto esses homens - vêem o desenrolar dramático de brigas entre gigantes dos quais, de minha modesta posição, só posso admirar a ambos os lados. A épica briga de Sidney Silveira e Olavo de Carvalho rendeu-me um imenso respeito por ambos; as discussões entre Orlando Fedeli e Plinio Corrêa de Oliveira, outra; Olavo de Carvalho e Plinio Corrêa de Oliveira, outra - isso sem falar nas discussões entre os latinistas, um dos quais meu amigo: William Bottazzini Rezende e outro, Rafael Falcón - um sujeito com o qual gostaria de ter amizade. E há ainda as discussões nas quais se envolvia Dom Estêvão Bettencourt, ora contra a TFP, ora contra Montfort e vice-versa. 

3) No meio de tantas discussões, envolvendo todos esses homens, eu sempre percebi haver entre eles a máxima tomista: idem nolle, idem velle. Esse tipo de coisa eu também vejo, por exemplo, no trabalho de José Octavio Dettmann, o qual tenho começado a ler recentemente - e sinto que posso colocá-lo no hall desses nomes.  Quando fico a pensar no termo "olavismo", fico a pensar no que se trata tal coisa. No fim das contas, essas richinhas. essas diferenças pequenas não passam de uma "síndrome de Caim e Abel", a meu ver. 

4) De fato, se colocarmos quaisquer um desses nomes como vox Dei, una et vera, dando-lhes uma autoridade ex-cathedra daí sim podemos imputir-lhes um sufixo "ismo". Fora isso, sou imensamente grato ao trabalho de todos esses homens - e na diferença entre eles aprendo algo de um e algo de outro. 

5) Repito que, no fim, vejo em todos um amor pelas mesmas coisas e um ódio pelas mesmas coisas. Ainda que cada qual tenha amores e ódios particulares que outros não possuem, não vejo entre eles grandes contradições. Não há dúvida de que isso gera conflitos, por isso que acho extremamente salutar o que faziam Tolkien, Lewis e Chesterton. Suas grandes diferenças eram resolvidas banhadas a whisky e provavelmente com amendoins e queijo. 

6) Enquanto ficamos perdendo tempo com nossas vaidades intelectuais, os inimigos de Cristo se unem com uma facilidade tamanha. Se o meio mais promissor de unir os inimigos do socialismo é o COF, então paguemos todos o COF. Depois disso, unamo-nos todos noutro movimento para lutar contra os libertários e depois vençamos o protestantismo e por aí vai. Em vez de nos unirmos, estamos todos cada qual lutando contra um inimigo, dispersos enquanto os inimigos se unem.

Douglas Bonafé

Facebook, 26 de maio de 2016 (data da postagem original).

O trabalho do nacionista é um trabalho essencial

1) Pelo visto, o meu trabalho está mais ou menos no nível do policial, do bombeiro, do médico e do enfermeiro: conscientizar as pessoas, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado da República, é um trabalho urgente, permanente e necessário. 

2) Por conta da enorme quantidade de idéias que tive de registrar hoje, eu passei das quatro da manhã ao meio-dia trabalhando. A missa de Corpus Christi ocorreu enquanto trabalhava - e não podia interromper os trabalhos enquanto não colocasse tudo o que era necessário para o povo de meu país. 

3) Sei que nada pode ser anteposto a Cristo, é verdade - mas, do jeito que se dá a minha profissão, ela está nesse nível de profissão necessária. Sinto que cedo ou tarde eu vou ter de confessar minhas faltas, por conta da natureza da minha missão - mas sinto que fiz o que tinha de fazer, pois não faço isso por amor a mim mesmo - faço isso pelo bem do Brasil.