1) Nenhuma geopolítica será válida se o componente do território, as pessoas que vão ocupá-lo, também não for pensado de modo que tudo fique em conformidade com o Todo que vem de Deus.
2) A geopolítica, para ser ciência, precisa ser conforme o Todo que vem de Deus, e fundada no sentido de se tomar o país como se fosse um lar, de modo que a missão que Cristo nos confiou, por força de Ourique, seja facilitada. Sem o componente espiritual, da forma como São João Paulo II nos mostrou, como Papa peregrino que foi, a geopolítica será mera sabedoria humana dissociada da sabedoria divina, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele.
3.1) A geopolítica começa a ser pensada a partir do momento em que pessoas de um país mudam-se de um lugar para um outro, de modo a tomar a nova terra onde vão se instalar como se fosse um lar tanto quanto o seu país de origem com o intuito de criar uma relação complmentar, não de oposição.
3.2.1) A imigração e a emigração de pessoas de um lugar para o outro é um termômetro crucial, pois nisso se mede se o governo é ou não conforme o Todo que vem de Deus. E um governo dessa natureza tem o direito natural de servir a todos aqueles que ocupam um outro território, principalmente quando o povo deste outro território se sente prisioneiro e pede sua ajuda, pois quem manda nele é um tirano maldito, que precisa ser deposto. E você, na qualidade de governante, tem a missão de socorrer estas pessoas nos méritos de Cristo.
3.2.2) Por isso, a questão da intervenção se torna uma questão de servir a verdade, tendo por Cristo fundamento, pois esse negócio de não-intervenção é uma grande balela, pois é ilusório pensar que todos são soberanos, a ponto de todos terem sua própria verdade, sem Cristo. Eis aí o porquê de pacifismo ser, na verdade, guerra total, no âmbito cultural e espiritual.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2015 (data da postagem original).