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terça-feira, 7 de abril de 2015

Lições do caso Campagnolo


1) Se as pessoas realmente buscassem o conhecimento, parassem de ficar tomando o Olavo como se fosse religião e olhassem mais para que os outros, como eu, estão a dizer, elas perceberiam facilmente uma linha bem clara, que não pode ser cruzada: conservar o conveniente e dissociado da verdade é engrossar os quadros da esquerda que deve ser combatida. Por isso que já estou mandando pro lixo de antemão quem age assim, pois é desonestidade qualificada - eu leio tudo e ninguém vai conseguir me enganar.

2.1) É por isso que já estou cuidando de estudar claramente quem entra e quem sai no meu perfil. 

2.2) O dia que o espaço aqui no meu mural começar a ficar escasso, e começar a ser disputado a tapa, como é o do Olavo, as samambaias darão lugar aos que acrescentam.

Método para se conhecer pessoas, na era da rede social


1) Quando eu quero conhecer alguém, a primeira coisa que procuro saber é o seu nome e sobrenome - e aí procuro o perfil da pessoa no facebook.

2) O segundo passo é ver o que a pessoa pensa. Eu já tenho um filtro, por conta da minha experiência: esquerdistas, conservantistas, rad trads, libertários de todas as espécies estão fora. Se a pessoa não tem nada de relevante na timeline, a não ser coisas bobas, vazias, eu nem adiciono, pois não há nada a se dialogar com aquela pessoa.

3.1) Antes de adicioná-la, procuro ter boas conversas com a pessoa, de modo a ganhar a amizade da mesma. Após muitas conversas online, só aí é que parto para o encontro pessoal. 

3.2) Esta fase 3, em particular, só posso executar em apenas duas cidades, por enquanto: Rio de Janeiro e Niterói, dado que não tenho condições de viajar pelo país afora.

4) Enfim, desde que me surgiu a rede social, nenhuma máscara, nenhum conservantismo resistiu ao teste do tempo. Eu leio tudo o que a pessoa posta e pergunto tudo o que julgar necessário, se tiver dúvidas.

5) Enfim, não adiciono ninguém sem critério. 

6.1) Se eu tenho todo esse trabalho de estudar a pessoa, antes de adicioná-la, é porque prezo muito a prudência e porque considero as pessoas dignas. E só quem é digno é capaz de acrescentar coisas edificantes e em conformidade com Todo que vem de Deus. 

6.2) Se a pessoa me adiciona sem estudar o que penso, ela certamente vai querer armar confusão. Eu estou atento ao conservantismo alheio - e quem inventar de fazer patrulhamento ideológico em meu mural, eu não hesito em pôr para fora. 

6.3) Se a pessoa me adicionou por adicionar e não acrescenta nada, eu a afasto, de modo a dar lugar a alguém que edifique. A sorte é que ainda há espaço para muita gente - o dia em que houver 5000 pessoas acrescentando coisas úteis aí eu criarei um segundo perfil e nele estarão outras pessoas que não aquelas que estão no perfil original - e é nesta hora que precisarei de um segundo computador

6.4) A sorte é que estou sempre online, vigiando o que acontece, pois o Facebook pede a eterna vigilância - e esse é o preço da liberdade. Mesmo quando estou na missa, estou sempre a par do que acontece aqui - e quando assumo o computador, eu respondo o que tiver de ser respondido.

Estudo de caso - sobre o conservantismo




1.1) Não é porque o conservantista está em heresia flagrante que você deve se rebaixar a ponto de chamar alguém, no caso uma mulher, de "puta" ou "vadia". 

1.2) A defesa da fé deve ser proporcional à ofensa, pois o excesso não é conforme o todo. Tarcisio Moura​, por exemplo, fez uma brilhante defesa à altura, sem ofender. Já outros revelaram o seu mal-caratismo chamando-a de "puta" ou "vaca". 

1.3) Ataque ad hominem não é argumento e nem instrumento de defesa da fé, mas de perda da razão. 

1.4) O único ad hominem lícito, conforme o todo, é o do exemplo em contrário. Basta eu mostrar uma foto provando os conservantismos de Ana Caroline Campagnolo que está automaticamente provado que ela não é conservadora, com base no que venho sustentando faz tempo.

2.1) Quando alguém está em conservantismo flagrante, simplesmente bloqueie, pois o diálogo responsável será impossível. Se a pessoa não ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento ou é incapaz de fazer isso, simplesmente dê as costas. Assim como o Olavo recomenda que se recuse a amizade com esquerdistas, devemos recusar também amizade com os conservantistas, pois eles estão à esquerda do pai, no seu grau mais básico.

2.2) Com a Cris Corrêa, que apoiou o conservantismo de Ana Caroline Campagnolo, eu simplesmente disse que voltaria uma outra hora. E a bloqueei por conta de seu conservantismo.

3) Enfim, o crime contra Deus que Campagnolo cometeu só vai rebaixar a credibilidade dela, pois a verdade se imporá por si mesma. Ninguém dará mais ouvidos a ela, pois se mostrou uma desagregadora, já que os protestantes não crêem na fraternidade universal.

4) Os católicos que deram like à declaração criminosa dela, como o Sr. Rafael Vitola Brodbeck, deixaram de estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Isso é o tipo de atitude que nos afasta da amizade com Deus. E esse conservantismo haverá de endurecer-lhes o coração, a ponto de se afastarem da comunhão com Deus, com aquilo que é conforme o Todo.

5) Enfim, aquilo que venho sustentando, de que é preciso separar o verdadeiro do falso, o joio do trigo, mostra-se necessário, bom e correto. Jamais devemos chamar de conservadores quem é conservantista. A má consciência deles leva à apatria sistemática. 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O principado se divide em Império e Dominato


1) O principado é a república romana sujeita à autoridade legítima de um cônsul, que usará de seu poder moderador de modo a que não haja o domínio de um homem sobre outro. E esse cônsul ficará no poder de maneira vitalícia.

2) No começo, esse principado não tinha caráter de monarquia hereditária - a república romana estava unida em torno de um homem sob um regime de união pessoal.

3) Incorporada à noção de monarquia hereditária e os valores cristãos, a noção de Império é virtuosa, pois a monarquia é virtuosa.

4) A forma pervertida de Império é o dominato, em que o Imperador é tomado como se fosse um Deus e ele governa de maneira cruel e despótica todas as partes do Império. 

5) Na tirania, tal como foi apontada por Aristóteles, o rei é cruel com uma cidade; no Império, é preciso ter-se a noção de sistema, pois são cidades e regiões unidas sob um sistema político em que o Imperador é coordenador, pois o Poder Moderador é a mola-mestra da unidade. Então, a perversão do Império, o dominato, é a tirania sistemática.

Brasil e EUA como terras prometidas - uma análise comparada


1) Em Ourique, Cristo disse a el-rei D. Afonso Henriques que Portugal serviria a Ele em terras distantes. As terras onde Portugal faria o serviço podem ser tomadas como terras prometidas, que podem ser unidas sob a forma de um Império. Em Cristo, o conceito de terra prometida é aperfeiçoado e universalizado, levando a todos os povos a terem por senhor Cristo, que é senhor de toda a Eternidade, juiz dos vivos e dos mortos - e todos os povos que tomam os seus lugares como um lar em Cristo estão necessariamente sujeitos a sua jurisdição universal, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida.

2) Seria interessante conseguir arrebanhar cristãos não-católicos ao menos para essa noção de missão que vemos no caso de el-rei D Afonso Henriques, pois não há senso de se tomar o país como um lar sem a noção de terra prometida. O problema aqui é o quinhentismo - e ele precisa ser quebrado, pois ele mata a noção de Brasil como terra prometida, coisa que se deu em Ourique, em 1139.

3) Ao se tomar o quinhentismo, a chegada dos portugueses como se coisa, Oliveira Viana, em suas Instituições Políticas Brasileiras, conta que o Brasil está no século VI desde a chegada de Cabral. Adota um marco temporal dissociado da fé fundadora, a fé cristã.

4) A verdade é que  Santa Missa é o desdobramento daquela missão que se deu em Ourique. Aqui, Portugal serviria a Cristo nestas terras. Por isso que devemos ver o Brasil como um capítulo, um desdobramento dessa missão, que é global, causa do Império Português, onde o sentido dessa pátria tomada como um lar é servir a Cristo em terras distantes. Eis aí a origem do Reino Unido, tal como D. João VI criou - e eu como futuro cidadão do Reino Unido, preciso olhar as coisas sob esse ângulo, dado que terei dupla nacionalidade (de português e brasileiro)

5) Essa noção de terra prometida entra em choque com a visão dos peregrinos do Mayflower, que tomaram a terra para a qual imigraram, a Nova Inglaterra, como sendo terra prometida, Quando cruzaram o Atlântico, eles cruzaram o Mar Vermelho - isso foi tomado em sentido alegórico. E isso é um dos efeitos da Sola Scriptura.

6) Há um paralelo da História da Bíblia com a própria história dos EUA. Quem tem uma tese sobre isso é a professora Cecília Azevedo, que é professora de História da UFF.

Meditando sobre uma sugestão que me foi dada

1) Existem menos nomes do que tipos de estrutura de poder. 

2) Colocar os termos em explicação opositiva, tal como império x reino pode ser didaticamente agradável, mas não seria real. 

3) A noção de Império dos Romanos, quando cruzou a noção de Reino dos Hebreus, enquanto evolução do patriarcado, permitiu que novos povos passassem a conhecer a verdade fundada na salvação, pois todos seriam iguais perante a lei eterna - povos inteiros teriam um mesmo senhor, por toda a eternidade. E foi nesta circunstância que Jesus foi mandado para cá. Não dá para se viver em conformidade com o Todo que vem de Deus sem o conhecimento desta circunstância específica, que serve à eternidade.

4) Talvez uma abordagem interessante fosse comparar o significado das palavras dadas aos sistemas de poder em cada língua (principalmente hebraico e latim). Além de comparar, seria interessante tentar identificar os elementos que essas línguas não explicitam, ou seja, o que é dado como "óbvio".

Exemplo: 

5) Quando a Palestina lidou com Roma, lidou com uma organização social e política sem igual, sem precedentes. Nem os egípcios e nem os babilônios a tinham.

6) Uma coisa é certa: Império não é dominato. O dominato é a evolução da ditadura romana. O Império é a evolução da república romana.

7) O dominato leva ao absolutismo, fundada no fato de que o Imperador é Deus, como se deu no Império Romano pagão. No Império do Brasil, o poder moderador, exercido pelo Imperador, impedia que nenhum homem reduzisse o seu semelhante a um escravo - é por conta do poder moderador que o Império é a evolução da república romana.

8) Enfim, vou meditar sobre isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de abril de 2015 (data da postagem original).

Diferença entre Reino e Império


1) Reino é quando você rege um mesmo povo que possui uma grande unidade cultural e lingüística, feita de tal modo a marcar uma identidade, um jeito de ser - além disso, este povo habita terras com limites bem definidos, fundados ou em limites naturais ou na ocupação de uma terra tomada como se fosse um lar desde há muito tempo, feita de tal modo a ser tomada como se fosse uma terra prometida por Deus para ser o lar desse povo por gerações sem fim, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem D'Ele e somente D'Ele, o que é a fonte da mais reta tradição. Em geral, as pessoas do povo tem um parente em comum: o rei, que é o patriarca, o pai dos pais. Tal como havia 12 tribos em Israel, o Rei é alguém que é escolhido por Deus, de modo a reger seu povo numa grande família.

2) Império é quando você tem povos de origem diferente, com culturas diferentes e diferentes modos de se tomar o lugar como um lar - e o objetivo da monarquia é evitar que esses lugares sejam tomados como se religião, levando isso ao separatismo. Para que esses diferentes povos coordenem entre si, é preciso haver uma língua comum, uma moeda comum, pesos e medidas comuns e alguém que coordene as coisas, de modo a que os diferentes povos de diferentes lugares, até mesmo os mais distantes, tomem essa unidade como se fosse um lar. O imperador, além de ser o pai dessa unidade, dessa federação, a longo prazo será Rei, se esses povos forem constituindo descendência de tal modo a formar um povo brasileiro, onde os indivíduos possuirão descendência que abrange todos os Estados da federação, de todas as províncias do Império. 

3) O povo brasileiro, fundado na nacionidade, só pode existir no Império. E quando houver isso, tornar-se-á reino.