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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Se liberdade é prerrogativa, então não ser informado é um exercício da mesma


1) Como escolhi estar em conformidade com o todo que vem de Deus, eu tenho o dever de exercer esta prerrogativa de ser livre em Cristo de tal forma a não trair a Deus. 

2) Uma das maneiras pelas quais devo exercer bem esta prerrogativa de está no fato de escolher se quero ou não quero ser informado acerca de determinada situação.

3) Como estou farto de mentiras e do conservantismo daqueles que buscam a liberdade fora da liberdade de Cristo, eu nem ouço os apelos histéricos e voltados para o nada do "Je Suis Charlie" - a revista ofendeu a fé católica, a nossa fundação, a torto e a direito e nada lhe aconteceu. Agora, ofendeu os muçulmanos e pagou o preço, pois o buraco é mais embaixo. 

4) É por essa razão que não coaduno com o relativismo moral - e já estou vendo que vou ter de deletar muita gente que ficou a abraçar o "Je suis Charlie". Ainda bem que a verdade vem à tona - esperei até o último momento um pronunciamento  sensato, de modo a que me servisse de base para o meu próprio pronunciamento. Agradeço aos amigos Paulo Henrique Cremoneze, Sara Rozante e Arthur Benderoth von Karvalhostein e outros tantos por isso.

5) Certamente o círculo vai encolher-se daqui pra frente - como falei, brasileiros somos poucos, já que os apátridas são muitos.

O conservador é prudente e humilde


1) Quando se busca conservar a memória da dor de Cristo, que edificou uma civilização entre nós, a prudência, o discernimento e a moderação são os instrumentos pelos quais conseguimos enxergar se uma determinada coisa dita por alguém é ou não é conforme o Todo que vem de Deus.

2) Não podemos deixar que a nossa sabedoria humana, dissociada da divina, nos guie neste caminho - é preciso que se invoque o Espírito Santo, de modo a nos guiar neste processo.

3) Quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, se baseia tão somente na sabedoria humana dissociada da divina e no fato de reduzir a Bíblia a uma mera crença de livro, de modo a dizer toda uma sorte de coisas de tal maneira a nos afastar da amizade com Deus e a nos afastar daquilo que é conforme o Todo que d'Ele decorre. Esse conservantismo não é humilde e acaba esvaziando entre nós a cultura de país tomado como se fosse um lar em Cristo, levando-nos necessariamente a uma cultura de país tomado como se fosse religião, onde a crença em Deus se reduz a uma mera questão privada, esvaziando e inviabilizando toda uma ordem fundada na verdade que decorre do Crucificado. Essa cultura, que decorre de uma atitude espiritual errada, leva ao conflito.

4) Para se combater o relativismo moral, essa atitude espiritual precisa ser combatida, pois só os que amam e rejeitam mesmas as coisas tendo por Cristo fundamento estarão em conformidade com o Todo daquilo que foi edificado, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e ninguém vem ao Pai senão pelo Filho. E quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, quer ter a relação direta com o Pai sem passar pelo Filho - e não se pode chegar ao Filho sem o intermédio da Mãe de Deus que O gerou, cujo sim heróico deu causa a tudo isso.

5) Eis a diferença gigantesca entre ser conservador e ser conservantista. Não existe conservadorismo se não houver sim sincero àquilo que é conforme o Todo que vem Deus.

O nacionismo é ciência, sim


1) Há quem me fale o seguinte: "Não vejo o que deve ser feito para o caso da França".

2) A França desde 1789 é tomada como se fosse religião. E para que ela seja tomada como um lar, o primeiro passo é abolir essa cultura e restaurar os valores Cristãos. Obviamente, esta reconquista do lar vai custar sangue e vidas humanas, isso não tem dúvida, mas é o caminho mais seguro e trabalhoso a se fazer.

3) Um modo por onde podem começar esta busca é olhando para as análises e esforços que produzi de tal modo a que a cultura de Brasil tomado como se fosse religião da República se acabe, de modo a que o País seja tomado como um lar, em Cristo, através da restauração do Antigo Regime, onde a aliança entre o Altar e o Trono é a sua característica mais marcante.

4.1) Quando se compara o que faço aqui com o que deve ser feito lá, você pode chegar a uma teoria geral da nacionidade.

4.2) Essa teoria se funda em casos mais recorrentes e gerais, coisa que acontece a qualquer país cristão, não importa o tempo, o lugar e a circunstância, dando um caráter universal e conforme o Todo que vem de Deus.

4.3) Esta teoria também abraça casos mais particulares, fundados na experiência de um grupo de países cuja cultura é mais ou menos assemelhada.

4.4) E esta teoria também abraços casos sui generis, fundados numa experiência una, singular, cuja comparação não dá para se fazer com um outro caso semelhante, nem no tempo, nem na circunstância, nem no lugar. Neste caso, a comparação deve ser buscada no campo da eternidade, com a cidade de Deus, que é o modelo que devemos reproduzir, pois é para lá que iremos - e para isso a pátria provisória precisa ser modelo de virtude, de modo a chegar até a pátria definitiva.

5) Enfim, tomar o país como um lar é uma verdadeira ciência.

Das vantagens de se renovar o velho estilo de escrever na forma de tópicos


1) Quando você escreve na forma de tópicos, você pode enumerá-los em tópicos principais ou secundários, que são os sub-tópicos.

2) De um ponto 1, você pode introduzir três argumentos: ponto 1.1, ponto 1.2 e ponto 1.3. 

3) Se você for analisar mais a fundo o 1.1, você pode introduzir um ponto 1.1.1, um ponto 1.1.2 e assim sucessivamente - o que enriquece o texto, sem a necessidade de introduzir um subtítulo ou correr o risco de se ter uma quebra na coerência, de tal forma a que você perca a qualidade do texto trabalhado. Contudo, é muito importante que o texto tenha brevidade e que se vá direto ao ponto, pois a vocação natural da prolixidade acadêmica é a de se ir para o lixo.

4) Vejo muita gente ainda com o a cacoete de escrever em parágrafos e usando expressões verbais tão complexas quanto incoerentes. É necessário que se escreva do modo mais simples possível e de maneira funcional, para só depois escrever de uma maneira mais culta, uma vez estando a alta cultura disseminada entre nós. Não posso partir do ponto de que meu leitor é tão culto como eu - muitos não sabem nada do que falo - e aí eu tenho de dar uma de professor, introduzindo o tema para eles.

5) Enfim, quanto menos academicismo na nossa cultura, melhor.

Sergio Menezes, sobre a liberdade de expressão

1) Esse negócio de que “a liberdade de expressão é um direito inalienável do homem” é uma macumba moderna que não existe, nem pode existir, de fato. É só mais uma fórmula mágica no devaneio gnóstico de alteração da realidade.

2) É impossível reunir homens em sociedade e lhes permitir que divulguem como queiram toda bobagem que lhes vier na cabeça, pois algumas bobagens são bem perigosas. E todo mundo concorda com isso (muito embora alguns, para repetir o mantra politicamente correto, sustentem que não). 

3) Ninguém com o juízo no lugar vai dizer que deve haver liberdade irrestrita para, por exemplo, difamar injustamente alguém, ou divulgar uma mentira como se verdade fosse. Como dizia um velho professor, todo mundo concorda que não há liberdade para divulgar que dipirona cura câncer. 

4) ALGUM LIMITE para a liberdade de expressão tem que haver, E SERIA IMPOSSÍVEL VIVER EM SOCIEDADE SE NÃO HOUVESSE. É incrível como se repete chavões vazios sem se pensar em seu conteúdo e em suas consequências. E é mais incrível ainda que a sociedade ocidental contemporânea paute seus debates por esses clichês completamente desprovidos de significado real.

Facebooks, 8 de janeiro de 2015 (data da postagem original).

Das conseqüências da liberdade de expressão irrestrita


1) O jornalismo ocidental sempre foi uma arma de ataque à religião - e ele tem se reduzido a tão-somente isso.

2.1) Desde que se começou a buscar a liberdade para o nada, de modo a ofender à fé e a ofender sistematicamente as pessoas por conta da fé naquilo que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus, a missão institucional da imprensa, tal como a conhecemos, tem sido a de nos impor goela abaixo a "cultura" de que "sociedade boa é sociedade sem Deus".

2.2) E uma sociedade sem Deus se funda no fato de que o país deve ser tomado como se fosse religião - e sobre essa questão, não há uma terceira via. Nele, a religião se reduz a uma crença privada - a uma crença de quatro paredes garantida precariamente pelo direito de propriedade e pela inviolabilidade do domicílio, definido tão somente por uma lei fundada naquilo que é conveniente e dissociado da verdade.

2.2.1) Esse conservantismo precário impede que a palavra do Senhor seja semeada sistematicamente, evitando assim a cultura de que o Cristo em nós também se dá entre nós, inviabilizando assim a integração social.

2.2.2) Isso dá causa a uma cultura de impessoais - a uma sociedade insolidarista cujo laço entre um e outro indivíduo só se dá pelo fato de terem nascido no mesmo lugar, na mesma época - e o fato de estarem no mesmo prédio ou mesma escola é meramente circunstancial, sem nada objetivo que os una, de modo perpétuo.

2.2.3) Se todos têm direito a ter a sua própria verdade, então não há verdade nenhuma - e o Estado será obrigado a tutelar e a dizer o direito em todos os seus elementos, pois deu causa a uma cultura sistemática de conflitos de interesse qualificados por pretensões resistidas, sejam elas justas ou injustas, destituídas de fundamento, à luz da Lei Natural.

2.3) Seja satanizando a religião, seja ridicularizando-a, a imprensa consegue esvaziar a ordem pública de todo o seu sentido fundacional, retirando todos os verdadeiros freios e contrapesos pelos quais o governo não trairá seu povo, já que Cristo é a causa de toda a Ordem, pois Ele é a verdade - e não existe liberdade sem a verdade. Retirados esses freios e contrapesos, outros, fundados em sabedoria humana dissociada da divina, são edificados - e essas garantias se mostram precárias, posto que se revelam incapazes de reprimir os abusos do Estado, fundados num ateísmo jurídico.

3) Diante de um vácuo dessa natureza, que mais causa insegurança do que segurança, o Islã se aproveita e nesse país tomado como se fosse religião se instala, fundado no fato de que todos têm a sua verdade - e o conflito é inevitável.

4) Quando se tenta se reproduzir contra os islâmicos aquilo que se reiteradamente se pratica contra os católicos, a guerra torna-se aberta, quente. E a ordem livre buscada fora da liberdade de Cristo revela-se impotente e indefesa diante da ousadia do inimigo. Enfim, ela nos levou à prisão, pois se mostrou mentirosa, enganosa.

5) Eis os frutos da árvore envenenada, cuja muda foi plantada na França pré-revolucionária. Ou a França expulsa os muçulmanos e restaura as suas verdadeiras fundações cristãs, ou a França acaba. Como os demais países estão contaminados pela má influência da revolução Francesa - que deu causa à falsa cultura de se tomar o país como se fosse religião -, não vai demorar muito para se instalar o califado global, devorando tudo o que há pela frente.

Sobre a importância dos limites, na busca pelo conhecimento


1) O dia em que eu perceber alguma área de conexão entre um assunto que eu domino e outro a dominar, então poderei me expandir naturalmente, sem extrapolar a minha competência. 

2) Quando falo aquilo que é da minha competência, eu mantenho uma conveniente ignorância sobre outros assuntos. Essa ignorância é desejada, pois dá causa a que eu cultive a humildade, algo desejado por Deus e que me dá causa a que eu leve em conta tudo aquilo que é conforme o Todo e que decorre d'Ele, de modo a que eu sirva a Ele, pois todas as coisas se voltam para Ele, em sua verdadeira essência.

3) Se eu estudar um assunto sem essa conexão, então eu estou querendo ser um Deus. Enfim, estarei buscando sabedoria humana, dissociada da divina - quanto mais eu souber sobre tudo, mais a minha ignorância eu revelo e menos humilde eu me torno. Ser soberbo é uma forma de ser ignorante e isso é pecado que chama outros pecados.

4) Amo o saber, sim. Amo o saber que dá causa à minha missão de servir a Cristo nestas terras distantes - é por conta disso que me especializei em nacionismo. E é por conta desse serviço que estudo os modos pelos quais este país deve ser tomado como um lar e não como se fosse religião totalitária de Estado. Não sou um gafanhoto que devora tudo sem critério - tem coisas interessantes para saber, mas, no momento, não é necessário que eu saiba, pois não vejo no momento conexão entre uma coisa e outra, tal como estão a expor por aí, fundadas no fato de que todos têm a sua verdade, de modo a dizer o que bem entender. E penso que o verdadeiro amor à sabedoria se funda justamente em conhecer os pontos de conexão entre aquilo que se sabe e aquilo que se deve saber. Se eu me guiar tão-somente pelo que desejo saber, então minha sabedoria humana ficará dissociada da divina, pois não haverá limite - e aí passo a conservar o conveniente, ainda que dissociado da verdade.

5) Penso que a busca pelo saber deve ser temperada pela moderação e pela prudência. Para se viver em conformidade com o todo, é preciso que se busque não se informar mais do que se informar. E quando você for informado, que seja por pessoas ou meios que amem e rejeitem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. É por conta disso que nasce a verdadeira influência e credibilidade, a base de toda a autoridade - ela decorre da verdade, que se dá em Cristo.