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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Tomar o país como um lar exige compromisso com a excelência


1) No Primeiro Domingo do Advento do Ano 2012 de Nosso Senhor, um padre afirmou uma coisa da qual nunca mais me esqueci: a fé católica é compromisso com a excelência.

2) Se Cristo é a verdade, servir a Ele, de modo a fazer com que o país seja tomado como um lar, é compromisso com a exclência, causa que nos leva à conformidade com o Todo.

3) Se já não bastassem os anos ouvindo o Padre Paulo Ricardo, o exemplo de santidade de São João Paulo II, o quanto meu amigo Heitor Serdieu Buchaul me falou da missa tridentina, esta fala desse padre, o qual nunca mais o vi, foi o que me levou à conversão.

4) Minha vida toda foi fundada nesse compromisso com a excelência. Como no Brasil as coisas sempre foram levadas na sacanagem, por muito tempo quis ser americano, pois lá o compromisso com a excelência era sempre buscado.

5) Nos anos 2000, percebi que nós tínhamos um sentido de excelência e que muito se perdeu: o sentido imperial, sobretudo nos tempos de D. Pedro II. Foi aí que me tornei brasileiro de verdade - e esse sentido de excelência, de servir a Cristo em terras distantes, nasceu sob inspiração católica e lusitana.

6) A chave para se entender a teoria da nacionidade está justamente aí: na busca de um sentido de modo a se tomar o país como um lar e não como se fosse religião, tal como se dá historicamente nesta República. Eu sempre fui sensato e seria estúpido se tomasse esta "realidade", decorrente de uma lógica revolucionária, como se fosse coisa, como se fosse a verdade, tal como a maioria o faz. A verdade é que esta ordem republicana está fora da verdade de Cristo e ela precisa ser abolida. 

7) Estou com 33 anos de idade e levei mais de 20 anos para entender as coisas. Não foi uma caminhada fácil. Quem ousar pregar o caminho fácil, o da porta larga, este com certeza levará muitos à apatria e a esse inferno chamado socialismo bolivariano. Enfim, não dá para ser nacionista estando fora da conformidade com o Todo que se dá em Deus - essa busca espiritual, que é a causa para o compromisso com a excelência, deve ser o norte de toda uma vida, tanto na vida espiritual quanto na vida política, temporal. Nada mais conforme o Todo do que isso.

Idade das Trevas ocorre nos nossos tempos


1) Nada mais relaxante do que ouvir música medieval. Pelo menos, enquanto jogo Ultima Online, ouço o dia inteiro música medieval. Até o pessoal daqui de casa está gostando. 

2) Se por alguma razão tiver de dirigir um carro, eu vou colocar um pen drive cheio de músicas medievais. Quando me xingarem de medieval aqui no face, tudo o que devo dizer é "obrigado pelo elogio"!

3) A Idade das Trevas se dá nos nossos tempos. Se ouço música de um tempo em que os valores da Civilização Ocidental eram os verdadeiros valores da Igreja, então estou conforme o Todo.

4) Esqueçam os revivals dos anos 80 - precisamos é de um revival da música clássica, do canto gregoriano e da música medieval. Qualquer artista de talento é capaz de fazer isso - e os crowdfunds da vida estão aí pra isso. Se houver quem faça um bom mecenato, o povo inteiro será educado e refinado naquilo que é bom e conforme o todo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Os poloneses e o legado de Ourique


1) Quando falo de portugueses e brasileiros servindo a Cristo em terras distantes, não bastam só os que nasceram aqui. 

2) Os de outras terras precisam aprender a tomar estes países como um lar, ou reforçar essa idéia, que é a nossa vocação, de modo a que outras terras sejam tomadas como um lar, por força de nacionidade.

3) Os melhores estrangeiros que atuam muito bem nesse serviço atualmente são os poloneses. Digo isso porque João Paulo II foi o mais brasileiro dos papas que tivemos, pois ele serviu a Cristo em terras distantes. Foi o que melhor abraçou o sentido de Ourique.

4) Meu padrinho, que foi ordenado por ele, quando era Bispo em Cracóvia, faz um excelente trabalho no sentido de fazer com o Brasil seja tomado como um lar em Cristo. Faz um trabalho tão bom que eu, como brasileiro, estou aprendendo a tomar a Polônia como um lar, por força de São João Paulo II.

5) Por isso não tenham medo de abraçar outras pátrias como um lar além da sua: todas elas te ensinam a te preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 2014.

Igrejas neopentecostais como agentes do conservantismo


1) O grande mal do Brasil na atualidade são as "igrejas" made in USA que estão se multiplicando mais que coelhos - e estas "igrejas" são conservantistas.

2) Sob a fachada de um discurso pretensamente conservador e moralista, elas implantam um tipo de "religiosidade" absolutamente alienígena em território nacional.

(Análise de Eduardo Bisotto)

3) Quando se dá imunidade tributária a templos de "qualquer natureza", o Estado será tomado como se fosse religião, de tal modo a fugir daquelas fundações que se edificaram desde Ourique. O Estado, pois, será a salvaguarda, o panteão de todas as heresias que decorrerão dessa "Reforma Protestante".

4) Se não se tomar o devido cuidado, trocaremos uma base segura, fundada a partir de uma Santa Missa, por uma base podre e frágil, fundada a partir de perseguidos que migraram para a América por causa da heresia do Rei Henrique VIII. E isso implica colonização do nosso imaginário, reescrevendo, assim, nossa vocação histórica para o falso.

5) Para que essa ordem dos infernos seja combatida, não só devemos relembrar de Ourique aqui, como também dar aos EUA aquilo que tivemos por força de Ourique: uma santa missa fundacional, de tal modo a que os EUA percam todos os males decorrentes de uma cultura protestante. Os EUA precisam ser consagrados no Coração de Jesus e no de Maria, de modo a que sejam tomados como um lar - e ele precisa da presença de portugueses e brasileiros neste ponto: servindo a Cristo naquelas terras distantes.

(Análise de José Octavio Dettmann)

Sobre a dialética espiritual


1) Certa ocasião, eu disse que o método geométrico se funda numa única causa que explica tudo.

2) Se Deus é a única causa que explica tudo, então o conservadorismo se explica a partir do momento em que você conserva aquilo que decorre da dor de Cristo e que nos leva à conformidade com o Todo, coisa que decorre da verdade em Cristo. O conservantismo, por sua vez, se explica a partir do momento em que você conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade.

3) O conservadorismo funda teses, a partir da verdade; o conservantismo, antíteses, a partir da relativização da verdade. Quando tese e antítese se confrontam, Deus é a síntese, pois a verdade triunfará sobre o mal.

4) Por isso que falo que conservadorismo é perfeito. E esse é o método geométrico perfeito, de modo a se entender as coisas, a partir do que são e não daquilo que convém, ainda que dissociado da verdade.

O conservantismo é multifacetado

1) É possível haver diferentes circunstâncias que levem a diferentes resultados, mas se a causa for sempre conservar o que convém, ainda que dissociado da verdade de Cristo, então é sempre conservantismo. 

2) Cada conservantismo, levando-se em conta as circunstâncias e o efeito produzido ou o que se pretende produzir, sempre produz tipo novo de faceta, que dá causa à nulidade. Os tipos são muitos e são infinitos, mas o motivo é sempre o mesmo. Tudo isso se funda em sabedoria humana dissociada da divina.

3) O conservantismo tem várias facetas, mas a verdade que se dá em Cristo tem uma e somente uma, pois decorre da dor de Cristo - Ele morreu por nós, de modo a que tenhamos o perdão por nossos pecados. 

4) Por isso, o conservador sempre focará apenas em um único motivo: a verdade. E para isso, ele conservará aquilo que decorre ou decorreu da dor que Cristo teve ao morrer pela Cruz, por conta de nossos pecados, já que Ele não tinha pecado algum.

O conservantismo convalida os vícios


1) Há dois princípios relacionados à nulidade:

1.A) Não há nulidade sem vício

1.B) Ninguém pode se valer da própria torpeza.

2) Quem conserva o que convém, ainda que dissociado da verdade, se vale da própria torpeza. Logo, seu conservantismo convalida o vício e a nulidade não será declarada, mas confirmada como se fosse verdadeira, o que causa uma afronta que clama aos seus céus, pois viola a verdade que se dá em Cristo. 

3) Como o conservantismo se vale da própria torpeza, ele deve ser condenado e combatido, pois ele convalida todas as nulidades. E o que é a república senão isso, a convalidação das nulidades, quando se reescreve de tempos em tempos a Constituição, de modo a criar uma nova ordem a partir de algo que é novo, fora da verdade de Cristo, e que já foi desgastado rapidamente pelos seus vícios?