Pesquisar este blog

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A verdadeira democracia é aristocracia distribuída, por graça de Deus

1) A democracia, fundada no sufrágio universal, é a ordem justamente daquilo que Mises declara: indivíduos com o direito constitucional de serem tolos fazendo escolhas erradas e destruindo sistematicamente o senso de se tomar o país como um lar.

2) Quem toma o país como um lar primeiro serve aos que são mais próximos e esses que são mais próximos, por caridade à verdade, servem aos que são mais próximos e assim sucessivamente. É da elite para o povo que se distribui a noção de país tomado como um lar. 

3) Sem uma aristocracia não há povo santo. A verdadeira democracia é na verdade aristocracia distribuída sistematicamente, pois a santidade de um se multiplicou por todo o povo, por graças ao bom Deus.

A soberania não se funda no direito de ser tolo


1) Mises fala que o indivíduo é soberano porque lhe assiste o direito de ser tolo.

2) Quem toma o país como um lar não tem o direito de ser estúpido, a ponto de tomar o país como se fosse religião.

3) Quem toma o país como um lar deve servir aos seus irmãos, aqueles que amam e rejeitam as mesmas, tendo por Cristo fundamento, de modo a que possa construir um legado, de modo a que o país seja tomado como um lar com base na pátria do céu - e esse exemplo de santidade e de serviço desse bom cidadão deve ser distribuído e lembrado, pois é ato de heroísmo, dado que serviu à pátria do céu ao tomar seu país como um lar, em Cristo.

4) Ele serve isso ensinando a quem mora na mesma circunstância geográfica que a dele, estando ele dentro ou fora do país, e também para os filhos, de modo a que esse legado seja expandido e distribuído ao longo das gerações a quem interessar possa. Pois quem serve a Cristo não se prende a determinismos geográficos, mas à vontade de Deus, tal como ocorre com Portugal, por exemplo, que serve a Cristo em terras distantes, por força de Ourique.

5) Quem age a serviço de Cristo não pode confiar na sua própria sabedoria, de tal modo a que ela fique dissociada da divina, causa de toda a tolice. Ele deve se servir de instrumento de tal modo a que Deus edifique uma nação na idéia de tomá-la como um lar, com base na pátria do céu.

Dos limites da soberania


1) Não se deve confundir soberania com o direito de dizer o direito com base no fato de que cada povo tem a sua verdade. Pois a verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa.

2) O direito de dizer o direito em um determinado território se funda em Cristo - é Ele quem coroa os soberanos e é Ele quem determina e autoriza a fundação de determinados reinos, de tal modo a que estes sirvam a Ele, dentro dos limites da missão que Ele próprio determinou.

3) Enquanto um povo for capaz de estar na conformidade com o todo de Deus, ele será livre e soberano, de tal modo que pode tomar seu país como um lar, com base na pátria do Céu.

4) A partir do momento em que o pecado se torna o projeto de vida de uma nação, a soberania será pervertida de tal modo a que o país seja tomado como se fosse religião, o que dá causa ao inchamento do Estado, que passa a regular cada aspecto da vida privada dos cidadãos. 

5) Quando o pecado se torna o norte da vida de um povo, isso é um indício de que o país morreu. E só os poucos que são fiéis a Cristo é que podem restabelecer a missão que se perdeu.

6) No mundo em que nos encontramos, os poucos brasileiros que são fiéis à missão de servir a Cristo em terras distantes são tão estrangeiros quanto os que não nasceram aqui, justamente por serem mais brasileiros que os idiotas que nasceram aqui.

Todos os Impérios foram fundados por Cristo ou a mando d'Ele

Há quem diga:

"O Império Austro-Húngaro tem uma similitude espantosa com Portugal. Foi fundado pelo rei apostólico e santo Estêvão I".

Eu respondo:

1) Se Portugal foi fundado de modo a servir a Cristo em terras distantes, então o Império Austro-Húngaro foi fundado para servir a Cristo dentro do continente europeu, servindo como um contrapeso prático contra toda e qualquer tentativa de se conter a ideologia revolucionária dentro do continente.

2) Se formos ver atentamente, todos os reinos foram fundados por Cristo ou a mando de Cristo, de tal modo a que servissem a Cristo em algum trabalho específico. E enquanto bem servissem a Ele, seriam livres e regeriam seus povos com base em leis fundadas na conformidade com o Todo de Deus. E isso é o verdadeiro fundamento da soberania das nações - ele se funda na cláusula de bem servir, razão essa pela qual os países devem ser tomados como um lar, com base na pátria do céu.

A Europa não foi grande o bastante para vários países tomados como se fossem religião

1) O que é a Primeira Guerra Mundial senão uma guerra civil entre vários países que são tomados como se fossem religião? E o que é a Segunda Guerra Mundial senão uma prorrogação da primeira, por conta da paz humilhante que os franceses impuseram aos alemães, em Versalhes?

2) A Europa, contaminada pela ideologia liberal, se tornou pequena demais para vários países que queriam ser tomados como se fossem religião. 

3) E houve uma competição entre esses países por supremacia: seja buscando desenvolver um formidável exército para conquistar todos os outros países ou para "salvar" outras nações da ignorância e do atraso, levando a uma corrida neocolonialista, no século XIX.

4) Se a Europa se tornou pequena demais para esses grupos totalitários, então o sistema de equilíbrio forjado na Paz de Westfália não é capaz de frear a ambição estúpida. Muito menos um governo mundial.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O nacionalista leva à perda de informação, à ignorância

1) O nacionalista rejeita os dados externos que moldam o senso pelo qual o país é tomado como um lar. 

2) Ele toma as coisas prontas, edificadas a partir do senso de se tomar como um lar, e faz disso tábula rasa, a ponto de o país ser tomado como se fosse religião, tal qual o protestante que faz da Bíblia tábula rasa, uma crença de livro a ser interpretada fora da tradição que levou a compilar a Bíblia, de modo a que a tradição cristã seja melhor compreendida.

3) O nacionalismo causa um tipo de entropia, a perda de informações importantes pelas quais você só consegue se universalizando e comparando as diferentes experiências de modo a se tomar um país como um lar, de tal modo que você tome o Brasil como um lar da melhor maneira possível.

4) É da ignorância sistemática do nacionalismo que surge formas mais graves de ignorância, que resultarão em totalitarismo, seja em escala local ou global.

Para se tomar o país como um lar, você precisa aprender a experiência de outros povos antes

1) Para se tomar um país como um lar, você precisa aprender de outros povos as melhores experiências de como se tomar um país como um lar.

2) Não haveria Brasil se não tivéssemos o conhecimento da experiência de Israel, dos Gregos e dos Romanos reunida em torno da Igreja.

3) Não haveria Brasil se não houvesse o Reino de Portugal fundado de modo a servir a Cristo, em terras distantes.

4) Não haveria o desenvolvimento de uma civilização ocidental se não houvesse a Igreja Católica convertido povos inteiros e dado a esses povos uma razão pela qual eles devem tomar seus países como um lar.

5) Do compartilhamento das diferentes experiências de nacionismo surge uma ciência internacionista, que é nacionismo comparado e sistematizado.

6) Quando se busca tomar o país como um lar, a experiência leva a uma teoria constitucional natural, que se radica no próprio país tomado como se fosse um lar.

7) Para se tomar o país como um lar, é preciso se universalizar primeiro. É preciso estar conforme o Todo de Deus primeiro, de modo a que possa se responder a Ele, dentro das circunstâncias pelas quais seu país deve ser tomado como um lar.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2014