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domingo, 2 de fevereiro de 2014

O que se pode fazer pelo Brasil? Relatos de minha experiência


1) Meditando sobre esse assunto, o melhor que posso fazer para a causa conservadora é escrever minhas reflexões e passar adiante o que sei a quem bate a minha porta, aqui no facebook. Seria ótimo pra mim ocupar com justiça espaços nobres e de honra - mas, do jeito como eles estão contaminados de esquerdistas, confesso que não teria saúde emocional para agüentar tanta merda e tanta ofensa gratuita por todos aqueles que se recusam a enxergar a verdade e que ficam a agir igual feras irracionais, que merecem ser abatidas. Por isso, vou continuar me esforçando para progredir na fé e nos estudos - até que eu seja chamado para um projeto realmente sério. No caminho, quem bater a minha porta, eu acolherei, com base do que venho refletindo e passando adiante. Este é o caminho que encontrei para poder pescar homens de modo a que conservem a dor de Cristo, que fundou a civilização ocidental.

2) O dia que houver uma universidade à prova de esquerdistas, estarei à disposição para dar aula - não cobrarei salário, mas os que se sentirem gratos pelo serviço poderão dar honorários de 10 a 20% do valor da mensalidade que vai manter a Instituição funcionando. Podem chamar isso de "couvert intelectual" - mas nesse caso, quando sirvo a vocês o que sei, ajo tal qual um artista: exponho um retrato de algo que é belo e bom por si mesmo e que poderá fazê-los refletir sobre as coisas que acontecem, pois o belo é algo que valoriza a alma e a inteligência - e tudo isso está temperada na verdade, que vem de Deus. A universidade deve ter os aspectos de um restaurante: cheia de leituras deliciosas para alimentar a alma e com boas conversas que restauram a alma para o senso da eternidade, como um descanso após a labuta diária, do dia-a-dia. É uma extensão da missa de domingo, mas voltada para o conhecimento e para a observação da realidade.

3) É por essa razão que eu não creio em universidade pública e gratuita tal qual os restaurantes populares, da época do Governador Anthony Garotinho, discípulo do Brizola: além do alimento estragado (marxismo cultural), você está sujeito a toda a sorte de malefícios que afetam a saúde física e a alma: como fumar maconha, putaria dentro do estabelecimento e outras coisas mais. A universidade pública e gratuita é a mistura indigesta de um pé sujo com um prostíbulo. Nada de bom poderia sair dali.

José Octavio Dettmann

O problema da elite: o problema capital de nosso tempo


"O problema capital do nosso tempo, o problema da elite, é, no fim das contas, um problema de pedagogia humanística. Existe mesmo, hoje, política que consiste na exterminação das elites pelas armas dos especialistas. E foi bem preparada: da diminuição das lições latinas existe apenas um passo para a destruição dos livros e dos museus.

O resultado mais freqüente da moderna educação universitária é um decidido adeus aos livros. Mais tarde, combaterão as 'línguas mortas' na escola. Enfim, declararão inútil todo o ensino secundário, com as suas idéias vagas e inúteis duma 'cultura geral'; talvez toquem, com isso, no ponto nevrálgico da discussão. Todo o problema espiritual dos nossos dias é, pois, um problema de falta de educação humanística, um problema pedagógico; e todo problema pedagógico dos nossos dias é um problema da escola específica das classes médias, da escola secundária." 

— Otto Maria Carpeaux (em "A idéia da universidade e as idéias das classes médias")

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Sobre a importância dos bancos caseiros

01) Do jeito como a poupança no banco tá cada dia mais inviável, onde mil reais só geram 5 reais de rendimento ao mês, acho que seria bem mais sensato recorrer ao banco caseiro para poder financiar os próprios projetos ou os projetos que são sérios para a pátria com o apoio da família e de todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento.

02) Se a pessoas sentirem que você é de confiança e responsável com o trato com o dinheiro, todo dia elas vão te deixar trocados que, acumulados, geram um bom dinheiro no longo prazo, pois a taxa de rendimento é maior do que a taxa do banco - o único problema é que o dinheiro não está protegido da inflação, já que o governo manipula a moeda.

03) Sempre que alguém sério e honesto precisar de dinheiro, empreste-o. Depois de um tempo, ele te devolve o dinheiro, acrescido de uma pequena remuneração, uma vez que o dinheiro teve caráter produtivo para aquela pessoa, pois você a ajudou - e é sempre bom haver a possibilidade de ela te pagar de modo diverso pelo serviço que você prestou a ela, seja com trabalho ou com alguma coisa que seja útil pra alguém que você conheça, já que você aproximou os credores aos bons pagadores. Emprestar dinheiro é um modo de dar liberdade e se funda na confiança - por isso, mantenha um cadastro de bons pagadores. E saiba ouvir as pessoas e seja prestativo, pois o prestativo conhece a demanda de seus irmãos.

04) A idéia do banco caseiro consiste em fomentar uma integração entre as pessoas, de modo a que se crie um senso de comunidade, em torno da sua liderança. A liberdade bancária deve ser no sentido de fomentar a generosidade e a caridade. É com iniciativas como essa que se fomenta a distribuição de bens entre os membros da sociedade, evitando a concentração de bens, de modo a haver uma aliança mortal e macabra entre o governo e os grandes empresários. É fomentando bancos caseiros e comunitários que se quebra a concentração bancária, base para o totalitarismo.

05) Havendo disciplina financeira, e tendo uma vida tranqüila, sem luxos ou prazeres despudorados, é possível viver a vida de maneira confortável.

06) Certa vez me perguntaram se eu vou aos teatros e cinemas. Do jeito como as coisas são caras, e como o conteúdo dos eventos é cheio do veneno tóxico da ideologia, isso acaba se tornando prejudicial, tanto ao espírito quanto às finanças. Muitas dessas saidinhas decorrem de um namoro ou de amizades com pessoas baratas, que se destinam à busca do prazer para todo e qualquer fim, coisa que sai cara no longo prazo.

07) Volta e meia sou criticado por ter a vida que eu levo, de modo reto e sem excessos. Mas as pessoas que o fazem não param pra pensar que isso é bom e seguro - elas exercem a liberdade de expressão sem a reponsabilidade primeira de antes observar e assimilar, para só depois refletir e falar algo que seja sensato ou relevante. Chesterton concordaria em gênero, número e grau comigo.

08) A questão do banco caseiro se funda na poupança, na noção de que é preciso guardar as coisas para o futuro, quando vierem as adversidades, os tempos de crise. As coisas boas que recebemos derivam de Deus, da eventualidade. Se você é um bom servo de Deus, é preciso saber ser guardião desses tesouros. Veja mais aqui: https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com.br/2014/02/as-coisas-se-medem-pelo-tempo-de-deus.html

09) Mais detalhes sobre isso que falo, ver o que falo da minha experiência pessoal, nesta postagem: https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com.br/2014/02/uma-historia-pessoal-decorrente-da.html

Olavo de Carvalho sobre o nacionalismo brasileiro


"O nacionalismo brasileiro não consiste no amor a valores culturais e históricos positivos, mas em exaltação do território, senso exacerbado e ciumento da propriedade material, inveja mórbida dos gringos e glamourização masoquista de uma fauna que, excetuados os pássaros e talvez alguma onça, está em algum ponto intermediário entre o feio e o monstruoso. É uma ideologia doente, que ora colabora servilmente com os esquerdistas, ora os combate com armas de uma impotência patética". 

(Olavo de Carvalho)

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Considerações sobre o namoro moderno


01) O namoro moderno implica compra do coração com dinheiro, uma forma de prostituição a longo prazo; afinal, o dia sempre acaba na cama, na pornéia e Deus não gosta disso. 

02) O bom mesmo é o namoro santo, fundado na caridade cristã, de modo a que juntos cresçamos, tendo a Deus por fundamento das coisas e isso ninguém faz. 

03) Em vez de procurar sarna pra se coçar, siga o exemplo de São Paulo, apóstolo: veja a vida solteira como uma oportunidade para melhor servir a Cristo e a todos que tomem Deus como a base de suas vidas. Se surgir a oportunidade de conhecer alguém que ame e odeie as mesmas coisas que você, que cuide bem de você de modo a que você possa servir melhor aos seus irmãos, coisa que uma boa esposa tão bem sabe fazer, casar não é só uma boa pedida, mas é uma medida oportuna e conveniente. 

04) Casar por casar para satisfazer a um capricho familiar ou para esconder uma viciosa lascívia vai sempre terminar em divórcio. Casamento é uma vocação: e a vocação pede pessoas virtuosas para a boa praxe desse tipo de vida. Casar está difícil devido à falta de pessoas virtuosas que levem esse tipo de vida, ao mesmo tempo em que a vocação ao sacerdócio é negada por muitas famílias. 

05) O mundo precisa rezar mais pelas vocações e não casar seus filhos de todo e qualquer jeito. Isso sem contar que precisa trazer mais almas para o mundo e prepara-las para melhor servir a Cristo. 

06) Os pais de família estão agindo com Deus da mesma forma como sonegam imposto ao Estado. Só que Deus, ao contrário do Estado, nunca foi problema - sempre foi solução. É o que dá confundir o chá com a xícara.

Ver a análise sobre os nefastos contratos de de namoro: http://adf.ly/73kPH

A importância dos Tribunais Eclesiásticos


1) Tribunais onde se discute a relação do Povo de Deus com o Criador, como são os tribunais eclesiásticos e os confessionários, são extremamente necessários. Isso evita que pululem por aí toda uma série de crendices, que vão certamente perverter o devido exercício de se dizer o direito corretamente. 

2) Esta Espada é tão importante quanto a temporal. Antes de sermos brasileiros, somos cidadãos do Céu. 

3) Veja que usei o termo clássico da justiça portuguesa: tribunal de relação - isso tem muito a ver com o que é de fato. Pois funda-se no serviço, base para se praticar o evangelho do amor de Cristo. 

4) Pois a monarquia nos leva a sermos uma grande família: ela te faz tomar o compatriota como irmão e a fazer valer ao estrangeiro que quer vir aqui trabalhar e viver honestamente o brocardo "minha casa é também sua casa". Isso é causa de nacionidade. 

 5) Afinal, é o reino dos Céus uma monarquia, e não uma república. Onde há mudança de termos, de Tribunal de Relação para Tribunal de Justiça, é porque não há relação nenhuma entre as elites, que governam o país conforme a sua verdade, pondo-o na miséria e no Deus-dará, e o povo que vive nesta Terra. Há um claro divórcio disso.

Uma espada e muitos martelos

1) Considerando a realidade, da Espada do Poder Temporal também surgem vários martelos: um que julga as causas da Administração Pública (Jurisdição Administrativa); um, relativo à disciplina nos quartéis; um, relativo às causas trabalhistas; um, relativo às causas cujo exame se dá pela Carta Constitucional de 1824; um, relativo às causas cíveis e às causas criminais, ou seja, as causas de Direito Comum. Isso sem contar o martelo que julga a relação entre os três poderes, que é o Poder Moderador - o martelo de ouro, o mais importante de todos. 

 2) A Espada do Poder Temporal gera martelos que julgarão a relação da corte com o seu povo, nessas matérias. 

3) A Igreja, com os tribunais eclesiásticos e com o confessionário, julga a relação do povo de Deus com Cristo. É uma Espada à parte, pois antes de sermos brasileiros, somos cidadãos do Céu. 

4) É pra que não se misture política com religião que a divisão deve ser dar dessa forma. A jurisdição não deve ser una - e ela deve se fundar sempre em Duas Espadas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2014 (data da postagem original).