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domingo, 11 de agosto de 2024

O que tecnocracia e geopolítica têm em comum?

Convergências e Temas Entrelaçados:

  1. O Papel das Elites: Ambos os textos destacam o papel crucial das elites na condução dos rumos da sociedade. No texto sobre tecnocracia, a ênfase recai sobre "tecnocratas", uma elite que, amparada em seu suposto conhecimento científico superior, busca controlar a sociedade através da engenharia social e da vigilância em massa. Já no texto sobre Homer Lea, as elites são representadas por nações e impérios, que, através de sua força militar e estratégica, moldam o cenário geopolítico global.

  2. A Busca pelo Controle: A tecnocracia e as estratégias geopolíticas descritas por Homer Lea compartilham um objetivo comum: o controle. A tecnocracia busca controlar a sociedade através da gestão "científica" dos recursos e do comportamento humano, enquanto as nações e impérios buscam controlar territórios e recursos estratégicos para garantir sua supremacia e segurança.

  3. O Papel da Tecnologia: A tecnologia desempenha um papel fundamental em ambos os contextos. Na tecnocracia, tecnologias como a IoT (Internet das Coisas), IA (Inteligência Artificial) e sensores permitem a coleta e análise massiva de dados, possibilitando um controle social sem precedentes. No cenário geopolítico de Homer Lea, a tecnologia militar, como navios de guerra e armamentos avançados, é crucial para a projeção de poder e a conquista de territórios.

  4. A Importância da Geografia: A geografia é um fator determinante tanto na ascensão e queda de nações quanto na implementação da tecnocracia. Homer Lea destaca como características geográficas, como montanhas, desertos e mares, influenciaram a história da China, proporcionando proteção e isolamento. No contexto da tecnocracia, a transformação de cidades em "cidades inteligentes" e a relocação de populações rurais para áreas urbanas evidenciam a importância da geografia no controle social e na gestão de recursos.

  5. A Previsão do Futuro: Ambos os textos se debruçam sobre a previsão do futuro, embora com abordagens distintas. Homer Lea, através de suas análises geopolíticas, previu com notável precisão eventos como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a ascensão da China e o declínio do Império Britânico. O texto sobre a tecnocracia, por sua vez, traça um futuro distópico em que a sociedade é controlada por uma elite tecnocrática que utiliza a tecnologia para moldar o comportamento humano e suprimir a liberdade individual.

Conclusão:

A análise cruzada dos textos revela paralelos interessantes e temas interconectados. Ambos abordam a dinâmica do poder, o papel das elites, a busca pelo controle, a influência da tecnologia e a importância da geografia na construção do futuro. Enquanto Homer Lea se concentra na geopolítica e nas relações entre nações, o texto sobre a tecnocracia explora as implicações sociais e políticas de um sistema baseado no controle científico e tecnológico. Juntos, os textos proporcionam uma visão abrangente das complexas forças que moldam nosso mundo, desde as relações internacionais até a estrutura da sociedade e o papel da tecnologia em nossas vidas.

Sobre a relação entre tecnocracia e geopolítica

Tecnocracia: Uma Ameaça à Liberdade?

O texto sobre a tecnocracia levanta questões cruciais sobre o futuro da sociedade. A busca pelo controle total por parte de uma elite tecnocrática, amparada em tecnologias avançadas de vigilância e manipulação, configura um cenário distópico que evoca obras como "1984" de George Orwell. A "engenharia social" e o conceito de "Ninguém Deixado para Trás", embora possam parecer benevolentes à primeira vista, escondem uma agenda de controle e homogeneização que ameaça a diversidade e a autonomia individual. A transformação de cidades em "cidades inteligentes" e a relocação forçada de populações rurais para áreas urbanas levantam questões sobre a liberdade de escolha e o direito à autodeterminação. A China, retratada como um exemplo de "pesadelo de ditadura científica", serve como um alerta sobre os perigos da vigilância em massa e do controle social absoluto.

As Previsões Proféticas de Homer Lea

O texto sobre Homer Lea demonstra como suas análises geopolíticas, feitas há mais de um século, continuam relevantes para entendermos o mundo atual. Suas previsões sobre a ascensão da China, o declínio do Império Britânico e os conflitos geopolíticos que moldaram o século XX evidenciam sua profunda compreensão das dinâmicas de poder e das forças que impulsionam as relações internacionais. A ênfase na importância da força militar, da geografia e da estratégia na busca pelo controle e na expansão territorial ecoa os temas presentes no texto sobre a tecnocracia, mostrando como a busca pelo poder e o controle são constantes ao longo da história.

O Futuro da Humanidade: Entre a Tecnocracia e a Geopolítica

A análise conjunta dos textos nos convida a refletir sobre o futuro da humanidade. A tecnocracia, com sua busca pelo controle total através da ciência e da tecnologia, e a geopolítica, com suas disputas por poder e recursos, representam desafios complexos e interconectados. A crescente influência da tecnologia em nossas vidas, a centralização do poder nas mãos de elites e a erosão da liberdade individual são tendências preocupantes que exigem atenção e ação.

Conclusão:

Os textos, em conjunto, nos instigam a questionar o futuro que estamos construindo. A tecnocracia e a geopolítica, embora representem abordagens distintas, convergem para um ponto comum: a busca pelo controle e a centralização do poder. Diante desse cenário, é crucial que estejamos atentos aos perigos da vigilância em massa, da manipulação tecnológica e da supressão da liberdade individual. A construção de um futuro mais justo e equitativo exige que defendamos a democracia, a diversidade e a autonomia individual, resistindo às forças que buscam nos controlar e nos homogeneizar. A história nos ensina que a busca pelo poder e o controle são constantes, mas também nos mostra que a resistência e a luta pela liberdade são igualmente persistentes. Cabe a nós escolher qual caminho seguiremos.

Análise Cruzada dos Vídeos "Homer Lea - O homem que previu a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, e a Guerra Fria" e "Como a Primeira Guerra explica a Terceira Guerra Mundial"

Os dois vídeos, "Homer Lea - O homem que previu a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, e a Guerra Fria" e "Como a Primeira Guerra explica a Terceira Guerra Mundial", exploram o tema da geopolítica e das relações internacionais, com foco em conflitos e suas origens. O primeiro vídeo destaca as previsões de Homer Lea sobre as grandes guerras e a ascensão de potências como China e Japão. O segundo vídeo, por sua vez, traça paralelos entre a Primeira Guerra Mundial e as tensões atuais entre China e Estados Unidos, alertando para o risco de um novo conflito global.

Pontos em Comum:

  • Ascensão e Queda de Nações: Ambos os vídeos abordam a dinâmica de ascensão e queda de nações ao longo da história, enfatizando que o poder militar e a expansão territorial são fatores cruciais nesse processo. O primeiro vídeo menciona a visão cíclica de Homer Lea sobre o surgimento, declínio e queda de nações, enquanto o segundo vídeo destaca como o rápido crescimento econômico da Alemanha alterou o equilíbrio de poder e levou à Primeira Guerra Mundial.
  • Importância da Geopolítica: Os dois vídeos ressaltam a importância da geopolítica na compreensão das relações internacionais e dos conflitos. O primeiro vídeo explora as análises geopolíticas de Homer Lea sobre a ascensão da China e do Japão e suas implicações para o equilíbrio de poder global. O segundo vídeo utiliza a geopolítica para traçar paralelos entre a Primeira Guerra Mundial e as tensões atuais entre China e Estados Unidos.
  • Previsões e Paralelos Históricos: Ambos os vídeos utilizam previsões e paralelos históricos para analisar o contexto geopolítico atual. O primeiro vídeo destaca as previsões de Homer Lea sobre as grandes guerras e a ascensão de potências como China e Japão, mostrando como suas análises se mostraram proféticas ao longo do tempo. O segundo vídeo traça paralelos entre a Primeira Guerra Mundial e as tensões atuais entre China e Estados Unidos, alertando para o risco de um novo conflito global caso as lições do passado não sejam aprendidas.
  • Impacto das Decisões Individuais: Os dois vídeos reconhecem o papel das decisões individuais de líderes políticos e militares na eclosão de conflitos. O primeiro vídeo menciona como a aliança entre o Império Britânico e o Japão teve consequências desfavoráveis para os britânicos, enquanto o segundo vídeo destaca como decisões equivocadas e a miopia dos líderes alemães e britânicos contribuíram para a Primeira Guerra Mundial.
  • Perigo da Miopia e da Busca pela Hegemonia: Ambos os vídeos alertam para o perigo da miopia e da busca pela hegemonia nas relações internacionais. O primeiro vídeo critica a incapacidade das nações de compreenderem sua própria extinção, mesmo quando ela parece inevitável. O segundo vídeo adverte que a busca pela hegemonia e a falta de comunicação estratégica podem levar a conflitos desastrosos.

Pontos de Contraste:

  • Foco Histórico: O primeiro vídeo concentra-se nas previsões e análises geopolíticas de Homer Lea, um estrategista militar do início do século XX, enquanto o segundo vídeo utiliza a Primeira Guerra Mundial como principal referência histórica para analisar as tensões atuais entre China e Estados Unidos.
  • Protagonistas: O primeiro vídeo tem como protagonista Homer Lea e suas previsões sobre as grandes guerras e a ascensão de potências como China e Japão. O segundo vídeo foca na dinâmica entre China e Estados Unidos, traçando paralelos com a relação entre Alemanha e Grã-Bretanha antes da Primeira Guerra Mundial.
  • Fatores Estruturais: O primeiro vídeo enfatiza a importância de fatores como o poder militar, a expansão territorial e o isolamento geográfico na ascensão e queda de nações. O segundo vídeo destaca a influência de fatores estruturais como competição econômica, insegurança geopolítica e desconfiança mútua no antagonismo entre China e Estados Unidos.
  • Cenário Atual: O primeiro vídeo aborda o cenário geopolítico do início do século XX, com foco nas previsões de Homer Lea sobre as grandes guerras e a ascensão de potências como China e Japão. O segundo vídeo analisa o contexto geopolítico atual, com foco nas tensões entre China e Estados Unidos e o risco de um novo conflito global.

Conclusão:

Ambos os vídeos oferecem perspectivas valiosas sobre a geopolítica e as relações internacionais, destacando a importância de aprender com o passado para evitar conflitos futuros. O primeiro vídeo nos lembra da importância de considerar as previsões e análises de estrategistas como Homer Lea, enquanto o segundo vídeo nos alerta para os perigos da miopia e da busca pela hegemonia nas relações internacionais. Em conjunto, os vídeos nos convidam a refletir sobre os desafios geopolíticos do presente e a buscar soluções pacíficas para as tensões entre as grandes potências.

Como a Primeira Guerra explica a Terceira Guerra Mundial

(0:00) Olá pessoal, eu sempre faço aqui muitos vídeos trazendo analogias históricas para vocês de (0:07) conflitos passados como a Segunda Guerra, a Guerra Fria e como essas situações do passado estão se (0:14) repetindo hoje. Mas no vídeo de hoje eu quero voltar um pouco mais no tempo e eu trazer a (0:21) Primeira Guerra Mundial como referência e mostrar para vocês como muitas das coisas que aconteceram (0:27) ali que levaram a Primeira Guerra Mundial podem estar se repetindo e talvez nos levando à Terceira (0:35) Guerra Mundial. Pessoal, vamos fazer uma pausa no nosso vídeo para eu falar da Insider, nosso (0:48) parceiro e patrocinador aqui do canal e tem uma novidade interessante.

As camisetas da Insider (0:55) elas foram submetidas a um teste pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e ele lavou, colocou as (1:03) camisetas da Insider para lavar 50 vezes e outras camisetas convencionais de algodão. Qual foi o (1:09) resultado? As camisetas da Insider não perderam a cor, já as camisetas normais de algodão sim. Mas (1:18) além desse fator, dessa tecnologia, o tecido tecnológico também é leve, ele desamassa no (1:25) corpo, é antiodor, é confortável, versátil porque dá para usar em qualquer situação, em qualquer momento (1:33) eu mesmo uso.

Estou aqui com a minha branca, tem várias cores e as cores não vão desbotar, pode (1:40) ter certeza disso. Não se esquece, quando você for no site comprar a sua Insider, que não vai desbotar, (1:48) você usa o cupom meu cupom ROC e com esse cupom você tem direito a descontos. Se você já comprou, (1:57) você vai ter um desconto sempre.

Se é a sua primeira vez comprando, aproveita que o desconto é ainda (2:02) maior. Então HOC, site da Insider, vocês vão gostar. O historiador britânico Paul Kennedy, ele explicou (2:10) no seu livro The Rise of the Anglo-German Antagonism, 1860-1914, como duas nações tradicionalmente (2:20) amigas acabaram em uma espiral de hostilidade mútua que levou à Primeira Guerra Mundial.

Grandes forças (2:27) estruturais conduziram a competição entre a Alemanha e o Reino Unido, como por exemplo, imperativos (2:34) econômicos, geografia e ideologia. O crescimento econômico rápido da Alemanha alterou o equilíbrio (2:40) de poder e permitiu que Berlim pudesse expandir seus objetivos estratégicos. Parte dessa expansão, (2:46) especialmente no campo marítimo, aconteceu em áreas que os britânicos tinham interesses estratégicos (2:53) profundos e muito consolidados.

As duas potências, a Alemanha e o Reino Unido, passaram a ver um ao (3:00) outro como opostos ideologicamente, muitas vezes exagerando nas diferenças. Os alemães pintaram (3:07) uma caricatura dos britânicos de como se eles fossem exploradores do mundo gananciosos e os (3:14) britânicos enxergavam os alemães como malfeitores autoritários buscando expansão e repressão. Os (3:21) dois países aparentavam estar em rota de colisão destinados a entrar em guerra, mas não foram as (3:26) pressões estruturais, certamente importantes, que provocaram a Primeira Guerra Mundial.

A guerra (3:32) aconteceu graças a decisões individuais equivocadas e uma profunda miopia dos dois lados. Pra gente ser (3:39) mais claro, a guerra sempre foi provável, mas ela estava longe de ser inevitável. Por exemplo, (3:45) talvez a guerra não teria acontecido se os líderes alemães, depois do chanceler Otto von Bismarck, (3:50) não tivessem sido tão ousados em alterar o equilíbrio de poder naval.
A Alemanha celebrou (3:57) seu domínio na Europa e insistiu nas suas conquistas e ambições de grande potência, (4:03) desconsiderando as regras e normas internacionais. Essa postura deixou não somente a Inglaterra, (4:09) mas os outros países também assustados. Isso era justificável, já que a Alemanha fazia pouco (4:14) esforço para tentar pintar tudo isso como apenas a criação de uma nova e mais justa ordem mundial.

(4:20) Uma visão míope similar prevalecia do outro lado. O Churchill, chefe da Marinha britânica na época, (4:27) concluiu em 1913 que a posição global proeminente do seu país, abre aspas, (4:34) normalmente parece menos razoável aos outros países do que a nós, fecha aspas. Ou seja, (4:42) os britânicos tinham muita dificuldade em entender como os outros os enxergavam.

(4:47) Oficiais e a mídia britânica espalhavam críticas cruéis contra a Alemanha, (4:52) particularmente contra as práticas comerciais dos alemães. Londres olhava para Berlim cautelosamente, (4:58) interpretando todas as suas ações como evidências de intenções agressivas e falhando em entender (5:04) os medos da Alemanha sobre sua própria segurança em um continente que os germânicos estavam cercados (5:11) de potenciais inimigos. A hostilidade britânica só aprofundou as inseguranças alemãs e potencializou (5:19) suas ambições.

Algo muito parecido está acontecendo hoje no mundo. (5:24) Como a Alemanha é a Inglaterra antes da Primeira Guerra, a China e os Estados Unidos (5:28) parecem presos em uma espiral descendente que pode acabar em um desastre para os dois países (5:33) e para o mundo todo. Exatamente como no começo do século passado, fatores estruturais profundos (5:40) alimentam o antagonismo dos dois.

Competição econômica, insegurança geopolítica e uma (5:45) profunda desconfiança ajudam a aumentar as chances de um conflito hoje. Mas fatores estruturais não (5:52) são destino. As decisões que os líderes tomarem podem evitar uma guerra ou gerenciar melhor as (5:58) tensões que invariavelmente surgem de uma competição entre grandes potências.

(6:02) Bom, deixa eu aprofundar o paralelo histórico para vocês entenderem as semelhanças entre esses (6:08) dois momentos. Assim como a hostilidade entre a Alemanha e a Grã-Bretanha há mais de um século, (6:14) o antagonismo entre a China e os Estados Unidos tem raízes estruturais profundas que nasceram no (6:20) final da Guerra Fria. Nas etapas finais desse conflito, Pequim e Washington eram, de certa (6:25) forma, aliados, já que ambos temiam o poder da União Soviética mais do que temiam um ou outro.

(6:31) Mas o colapso do Estado Soviético, seu inimigo comum, ou inimigo comum dos dois, quase que (6:37) imediatamente fez com que os líderes se fixassem mais no que separava Pequim e Washington do que (6:43) os unia. Os Estados Unidos denunciavam cada vez mais o governo repressivo da China. Já a China (6:50) ressentia-se da hegemonia global e do intervencionismo americano.

No entanto, (6:54) esse acirramento de opiniões não levou a um declínio imediato nas relações entre Estados (7:00) Unidos e China. Na década e meia que se seguiu ao fim da Guerra Fria, sucessivas administrações (7:06) americanas acreditavam que tinham muito a ganhar ao facilitar a modernização e o crescimento (7:12) econômico da China. Assim como os britânicos, que inicialmente abraçaram a unificação da (7:17) Alemanha em 1870 e a expansão econômica alemã depois disso, os americanos foram motivados pelo (7:24) interesse próprio em apoiar a ascensão de Pequim.

A China era um mercado enorme para produtos e (7:30) capitais dos Estados Unidos e, além disso, naquela época o país parecia disposto a fazer negócios no (7:36) modelo americano, importar o estilo de vida americano e seus hábitos de consumo e até (7:42) mesmo abraçar a ideologia americana de como a economia e os mercados deveriam funcionar. (7:46) Já no nível geopolítico, no entanto, a China estava consideravelmente mais cautelosa em relação (7:53) aos Estados Unidos. O colapso da União Soviética chocou os líderes chineses e o sucesso militar (7:58) dos Estados Unidos na Guerra do Golfo de 1991 mostrou-lhes que a China agora existia em um (8:04) mundo unipolar no qual os Estados Unidos podiam exercer o seu poder quase que à vontade.

Em (8:11) Washington, muitos ficaram revoltados com o uso da força pela China contra sua própria população, (8:16) no incidente da Praça da Paz Celestial em 1989 e em outros lugares. Assim como a Alemanha e a (8:24) Grã-Bretanha nas décadas de 1880 e 1890, a China e os Estados Unidos começaram a ver um ao outro (8:32) com mais hostilidade, mesmo com o comércio entre ambos crescendo. O que realmente mudou a dinâmica (8:38) entre os dois países foi o sucesso econômico inigualável da China.

Até 1995, o PIB da China (8:44) era de cerca de 10% do PIB dos Estados Unidos. Em 2021, havia crescido para cerca de 75% do PIB (8:53) dos Estados Unidos. Em 1995, os Estados Unidos produziam cerca de 25% da produção de bens do (8:59) mundo e a China produzia menos de 5%.
Mas agora a China ultrapassou os Estados Unidos. No ano (9:06) passado, a China produziu perto de 30% da produção de bens do mundo e os Estados Unidos (9:12) produziram apenas 17%. Estes não são os únicos números que refletem a importância econômica de (9:19) um país, mas eles dão uma ideia do peso de um país no mundo e eles indicam onde reside a capacidade (9:26) de fabricar coisas, por exemplo, incluindo equipamentos militares.

As coisas começaram (9:33) a piorar e azedar um pouco mais em 2003, com a invasão americana do Iraque. A China se opôs ao (9:39) ataque liderado pelos Estados Unidos, mesmo que Pequim pouco se importasse com o regime do (9:44) presidente iraquiano Saddam Hussein. Mais do que as capacidades militares devastadoras dos Estados (9:49) Unidos, o que realmente chocou os líderes em Pequim foi a facilidade com que Washington podia (9:53) desconsiderar questões de soberania e não intervenção, conceitos que eram pilares da (9:58) própria ordem internacional que os americanos tinham persuadido a China a aderir.

Os chineses (10:05) se preocupavam que os americanos não seguiam as regras internacionais, mas ao mesmo tempo obrigavam (10:10) os outros países a segui-las. Ou seja, o Iraque de hoje poderia ser a China de amanhã. Paralelamente, (10:17) o orçamento militar da China dobrou de 2000 a 2005 e depois dobrou novamente até 2009.

Pequim (10:24) lançou programas para treinar melhor seu exército, melhorar sua eficiência e investiu em novas (10:30) tecnologias, revolucionou suas forças navais e de mísseis. Em algum momento entre 2015 e 2020, (10:37) o número de navios da marinha chinesa superou o da marinha dos Estados Unidos. Alguns argumentam (10:42) que a China teria expandido dramaticamente suas capacidades militares, independentemente do que (10:47) os Estados Unidos fizeram duas décadas antes.

Afinal, é isso que grandes potências ascendentes (10:53) fazem à medida que seu poder econômico aumenta. Isso pode ser verdade, mas o momento específico (10:58) da expansão de Pequim estava claramente ligado ao seu medo de que a única superpotência do mundo, (11:04) os Estados Unidos, tivessem tanto a vontade quanto a capacidade de conter a ascensão chinesa, (11:10) se assim escolhessem. Assim como a Alemanha começou a temer que seria contida tanto (11:16) economicamente quanto estrategicamente nas décadas de 1890 e no início de 1900, exatamente quando a (11:23) própria economia da Alemanha estava crescendo mais rapidamente, a China começou a temer que seria (11:28) contida pelos Estados Unidos justamente quando sua própria economia estava em ascensão.

Um dos (11:33) maiores exemplos de como a presunção e o medo podem coexistir estava na Alemanha sob o comando do Kaiser (11:40) Guilherme II. Os alemães acreditavam tanto que estavam inevitavelmente em ascensão, quanto que (11:46) a Grã-Bretanha representava uma ameaça existencial à sua ascensão. Os jornais alemães estavam cheios (11:52) de notícias sobre os avanços econômicos, tecnológicos e militares do país, profetizando (11:57) um futuro em que a Alemanha superaria todos os outros.

Segundo muitos alemães, o seu modelo (12:03) de governo, na definição deles um híbrido de democracia e autoritarismo, era inveja do mundo. (12:10) Eles alegavam que a Grã-Bretanha não era realmente uma potência europeia, insistindo que a Alemanha (12:15) agora era a potência mais forte do continente e que deveria ser deixada livre para reorganizar (12:21) racionalmente a região de acordo com a realidade da sua força. As paixões nacionalistas aumentaram (12:28) em ambos os países a partir da década de 1890, ao mesmo tempo a imagem que tinha um do outro ia (12:35) piorando.

O medo cresceu em Berlim de que seus vizinhos e a Grã-Bretanha estivessem determinados (12:41) a acabar com o desenvolvimento natural da Alemanha em seu próprio continente e impedir sua futura (12:47) predominância. Não notando o impacto de sua retórica agressiva nos outros, os líderes (12:53) alemães começaram a ver a interferência britânica como uma causa raiz dos problemas do seu país, (13:00) tanto em casa quanto no exterior. Eles viam o rearmamento britânico e as políticas comerciais (13:05) mais restritivas como sinais de intenções agressivas.

Por outro lado, os líderes britânicos (13:11) imaginavam que a Alemanha era largamente responsável pelo declínio relativo do Império Britânico, (13:17) embora muitas outras potências estivessem crescendo às custas da Grã-Bretanha. A China (13:22) de hoje mostra muito dos mesmos sinais de presunção e medo que a Alemanha exibiu após (13:29) a década de 1890. Os líderes do Partido Comunista Chinês, o PCC, tiveram imenso orgulho de como (13:36) seu país enfrentou a crise financeira global de 2008 e as suas consequências de maneira mais (13:41) eficiente do que seus colegas ocidentais.

Muitos chineses viam a recessão global daquela época não (13:48) apenas como uma calamidade fabricada nos EUA, mas também como um símbolo da transição da (13:53) liderança da economia mundial dos EUA para a China. Os líderes chineses, incluindo aqueles (13:59) do setor empresarial, passaram muito tempo explicando a outros que a ascensão inexorável (14:05) da China havia se tornado a tendência definidora nos assuntos internacionais. Em suas políticas (14:11) regionais, a China começou a se comportar de maneira mais assertiva em relação a seus vizinhos, (14:16) como por exemplo reprimindo movimentos de autodeterminação no Tibete e Xinjiang, (14:21) destruindo a autonomia de Hong Kong e, nos últimos anos, insistindo mais frequentemente em seu direito (14:28) de tomar Taiwan pela força, se necessário.

Juntos, a crescente presunção chinesa e o nacionalismo (14:34) crescente nos EUA ajudaram a levar Donald Trump à presidência em 2016, depois que ele (14:40) pintou a China como uma força maligna no cenário internacional. No cargo, Trump iniciou a sua (14:45) ampliação militar dirigida contra a China e lançou uma guerra comercial para reforçar a supremacia (14:51) comercial dos EUA, marcando uma clara ruptura com as políticas menos hostis perseguidas por (14:57) seu antecessor, Barack Obama. Quando Joe Biden substituiu Trump em 2021, ele manteve muitas das (15:04) políticas de Trump que visavam a China, sustentado por um consenso bipartidário que vê a China como (15:10) uma grande ameaça aos interesses dos EUA e, desde então, ele impôs mais restrições comerciais (15:16) destinadas a dificultar a aquisição de tecnologia sofisticada pelas empresas chinesas.

Pequim (15:22) respondeu essa mudança de postura dura em Washington, mostrando tanta ambição quanto (15:27) insegurança em seus relacionamentos com os outros países. Algumas de suas reclamações sobre o (15:31) comportamento americano são surpreendentemente semelhantes às que a Alemanha fez contra a (15:37) Grã-Bretanha no início do século XX. Pequim acusou Washington de tentar manter uma ordem (15:42) mundial inerentemente injusta, a mesma acusação que Berlim fez contra Londres.

Enquanto isso, (15:48) os EUA têm tentado desenvolver uma política em relação à China que combine dissuasão com (15:53) cooperação limitada, semelhante ao que a Grã-Bretanha fez ao desenvolver a política em (15:58) relação à Alemanha no início do século XX. No relacionamento anglo-germânico, (16:02) três condições principais transformaram esse antagonismo crescente em uma guerra. A primeira (16:07) foi que os alemães se convenceram cada vez mais de que a Grã-Bretanha não permitiria que a Alemanha (16:13) ascendesse sobre quaisquer circunstâncias.

Ao mesmo tempo, os líderes alemães pareciam incapazes de (16:19) definir para os britânicos ou para qualquer outra pessoa como, em termos concretos, a ascensão do (16:26) seu país mudaria ou não o mundo. A segunda condição foi que ambos os lados temiam o (16:32) enfraquecimento de suas posições futuras. Essa visão encorajou alguns líderes a acreditar (16:37) que eles deveriam lutar uma guerra mais cedo do que mais tarde.

A terceira condição foi uma quase (16:43) total falta de comunicação estratégica. Em 1905, Alfred von Schilfen, o chefe do estado maior (16:50) alemão, propôs um plano de batalha que garantiria uma vitória rápida no continente, onde a Alemanha (16:55) tinha que lidar com a França e a Rússia. Esse plano vazou e foi o bastante para os britânicos (17:01) concederem a sua opinião e seu medo dos alemães.
Todas essas condições agora parecem estar presentes (17:07) no relacionamento dos Estados Unidos com a China. O presidente chinês, Xi Jinping, e a liderança do (17:11) Partido Comunista estão convencidos de que o principal objetivo dos Estados Unidos é impedir (17:17) a ascensão da China. As próprias declarações da China sobre suas ambições internacionais são (17:22) tão vagas a ponto de serem praticamente sem sentido.

Internamente, os líderes chineses estão (17:27) seriamente preocupados com a desaceleração da economia do país e com a lealdade do seu (17:32) próprio povo. Enquanto isso, os Estados Unidos estão tão politicamente divididos que a governança (17:38) eficaz a longo prazo está se tornando quase impossível. O potencial de má comunicação (17:42) estratégica entre a China e os Estados Unidos é enorme devido à interação limitada entre os (17:48) dois lados.

Todas as evidências atuais apontam para a China fazendo planos militares para um dia (17:53) invadir Taiwan, produzindo uma guerra entre Estados Unidos e China, assim como o plano militar (17:58) alemão ajudou a produzir uma guerra entre a Alemanha e a Grã-Bretanha na Primeira Guerra (18:03) Mundial. Durante a intensa competição entre grandes potências, até mesmo pequenos conflitos (18:08) poderiam facilmente ter consequências desastrosas, como a preparação para a Primeira Guerra Mundial (18:14) mostrou. Tomemos, por exemplo, um conflito não tão pequeno assim, mas a atual guerra de agressão (18:21) da Rússia contra a Ucrânia.

Muitos no campo ocidental esperam que a China possa desempenhar (18:26) um papel construtivo em negociações de paz do conflito, uma vez que Pequim enfatizou respeitar (18:32) a soberania e integridade territorial de todos os países. A China deve lembrar que um dos maiores (18:38) erros da Alemanha antes da Primeira Guerra Mundial foi apoiar a Áustria-Hungria enquanto o país (18:44) ameaçava seus vizinhos nos Balcãs. Tudo isso ao mesmo tempo que os líderes alemães apelavam para (18:50) os altos princípios de justiça internacional.

Essa hipocrisia ajudou a produzir a guerra em 1914. (18:57) Nesse momento, a China está repetindo esse erro com seu apoio incondicional à Rússia. Embora a (19:04) Ucrânia esteja causando a maior tensão atualmente, é Taiwan que poderia ser os Balcãs da década de (19:11) 2020, ou seja, o estopim talvez da nossa Terceira Guerra Mundial.

Tanto a China quanto os Estados (19:18) Unidos seguem dormindo em relação às chances cada vez maiores de um conflito acontecer em Taiwan em (19:26) algum momento dentro da próxima década. E, nunca é demais lembrar, um conflito entre ambos daria (19:33) início a uma Terceira Guerra Mundial.

Professor HOC

Postagem Relacionada:

https://www.youtube.com/watch?v=6w1w6MR7Zyg

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2024/08/home-lea-o-homem-que-previu-primeira-e.html

Homer Lea - O homem que previu a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, e a Guerra Fria

(0:00) Um nobre desconhecido, mas que se revelou profético ao prever a Segunda Guerra Mundial (0:05) 30 anos antes, a ascensão da China 100 anos antes e que ajudou a China a se tornar uma (0:11) república, acabando com milhares de anos de dinastias. (0:15) O jovem aventureiro Homer Lea foi um estrategista militar, escritor e ativista político nascido (0:21) em 1876 e que morreu em 1912, conhecido por suas visões proféticas e estratégias inovadoras, (0:28) particularmente relacionadas à geopolítica e às relações internacionais. (0:32) Lea ganhou reconhecimento com a publicação do seu livro mais influente intitulado The (0:38) Valor of Ignorance, ou, em português, O Valor da Ignorância, lançado em 1909.

(0:44) No vídeo de hoje vamos ver a teoria de Homer Lea, um geopolítico desconhecido da maioria (0:49) dos amantes da geopolítica, mas que teve uma profunda e enorme influência no mundo como (0:55) conhecemos hoje. (0:57) Mas antes disso, não se esqueça de se inscrever no canal, compartilhando o vídeo com todo (1:01) mundo que você conhece, para que eu possa continuar trazendo conteúdo de geopolítica (1:05) de verdade para vocês. (1:06) O seu apoio é absolutamente fundamental para a continuidade do canal Geopolítica Mundial.

(1:12) O meu nome é Adrian Peta e esse é o Geopolítica Mundial. (1:23) Para entender a percepção de Homer Lee, precisamos sintetizar as análises estratégicas, (1:27) militares e geopolíticas em dois livros que ele escreveu, o Dia do Saxão, em 1912, (1:33) e o mais famoso, O Valor da Ignorância, de 1909. (1:37) Homer Lea diz que a força física e militar são elementos fundamentais para a existência (1:41) e prosperidade de uma nação, tal como o vigor físico do homem é assim equiparado (1:47) à força militar das nações, reforçando que a capacidade de defesa e conquista é (1:53) essencial para o crescimento e sucesso de um país.

(1:56) Ele então destaca que ideais, leis e constituições são apenas manifestações temporárias e (2:02) existem apenas enquanto essa força vital permanecer. (2:06) E da mesma forma que a força física atinge seu auge na maturidade do homem, as conquistas (2:12) militares de uma nação marcam o auge de sua grandeza física. (2:17) Para ele, o declínio da força física em um indivíduo indica doença ou velhice, assim (2:22) como a diminuição da força militar de uma nação marca o seu declínio.

(2:27) Logo, se não houver uma renascença nacional, o declínio vai se instalar e o resultado (2:31) será inevitavelmente sombrio, como aconteceu com inúmeras nações que por serem vaidosas (2:37) não conseguiram prever a sua própria queda e de suas estruturas de governo frágeis. (2:42) Ele então faz uma análise da história da humanidade revelando que, ao longo de um ciclo (2:47) de aproximadamente 3.400 anos, houve menos de 234 anos de paz, com nações sucedendo (2:54) umas às outras com uma sequência de seu surgimento, declínio e queda, sendo que todas (3:00) elas foram construídas por arquitetos que eram generais, pedreiros que eram soldados, (3:06) colheres de pedreiros que eram espadas e com pedras que eram as ruínas de estados decadentes. (3:12) Seus períodos de grandeza coincidiram sempre com seu poderio militar e a expansão que (3:17) vinha dele, sendo que o auge da grandeza dessas nações foi alcançado quando a expansão (3:22) iria cessar, pois ele acredita que não há estagnação na vida de um indivíduo nem (3:27) na vida de uma nação.

(3:29) Assim, a existência nacional é governada por uma lei invariável, as fronteiras das (3:35) unidades políticas nunca permanecem estacionárias, elas devem expandir ou encolher. (3:41) Ele explica que a história do desenvolvimento político da China se assemelha à história (3:46) das demais nações, tanto no ocidente quanto no oriente. (3:49) A China construiu seu próprio avanço e civilização, sem depender de outras civilizações do mundo, (3:55) mas a China também passou por períodos de vigor físico e deterioração militar, semelhantes (4:01) ao de outras nações.

(4:03) Então a China seria composta por unidades políticas que se alternam entre decadência (4:08) e renascimento ao longo de sua existência. (4:10) Mas há uma diferença da China para outros, segundo ele, que é o fato de que ela teve (4:15) a sorte de ter um ambiente natural que a protegeu e favoreceu sua continuidade ao longo (4:21) dos séculos. (4:22) As montanhas inacessíveis do Himalaia, os desertos inabitáveis de Gobi e Xamon, florestas (4:27) impenetráveis na Sibéria e no sul do país, esteps hostis à presença humana e mares (4:33) relativamente vazios contribuíram para o seu isolamento, na sua defesa e na preservação (4:39) da raça chinesa em sua continuidade histórica.

(4:42) Até o século XIX, a China seria praticamente inatingível para as nações europeias, sendo (4:47) considerada um reino mítico chamado Catai, localizado em algum lugar das joias do mar (4:53) do leste. (4:54) Assim, a partir daquele século, o século XIX, a situação mudaria drasticamente, com (4:59) a China enfrentando desafios cada vez mais complexos. (5:02) Afinal, agora as ameaças não vieram apenas do norte, mas também do leste, sul e oeste.

(5:07) Potências europeias e o Japão emergiram como forças influentes que ameaçam a existência (5:13) e a grandeza da China. (5:14) Essas potências estabeleceram suas próprias colônias na China e procuraram dividir e (5:20) conquistar o país. (5:21) Homer argumenta que assim como os indivíduos não conseguem conceber sua própria morte, (5:25) as nações também não conseguem compreender sua própria extinção, mesmo quando ela (5:30) aparenta inevitável.

(5:32) Destacando que a história da República Americana até o presente tem seguido os mesmos (5:37) padrões das forças elementares que deram origem às outras nações e governaram seu (5:41) crescimento. (5:43) Afinal, o país foi construído através do combate e da conquista de tribos indefesas, (5:48) assim como outras nações fizeram antes dela. (5:51) Mas as conquistas da América foram feitas sobre nações e aborígenes que eram desproporcionalmente (5:58) mais fracas, o que tornou suas guerras destrutivas em vez de promoverem conceitos militares de (6:04) qualidade.

(6:05) Ou seja, o conceito de guerra nas forças armadas americanas se deu não enfrentando (6:10) ameaças sérias, mas ameaças muito inferiores. (6:13) Então teríamos a diferença entre industrialismo e comercialismo e como esses dois elementos (6:19) podem afetar o destino de uma nação. (6:22) Ele descreve o industrialismo como o desenvolvimento das indústrias e da riqueza potencial de (6:26) uma nação.

(6:27) Ele é considerado incidental ao progresso nacional e não o objetivo da grandeza nacional. (6:33) Mas também temos o comercialismo, que é a utilização do industrialismo para a gratificação (6:39) da vareja individual. (6:40) Enquanto o industrialismo é o trabalho de um povo para suprir as necessidades da humanidade, (6:46) o comercialismo é a exploração desse industrialismo para benefício pessoal.
(6:51) Ele faz essa discussão para chegar na questão da importância do desenvolvimento militar. (6:55) Pois, enquanto o industrialismo é relacionado com a nutrição nacional, o desenvolvimento (7:01) militar é considerado um elemento primordial no processo da formação e na existência (7:07) de uma nação. (7:08) Então, enquanto o industrialismo é responsável pela alimentação nacional, o desenvolvimento (7:13) militar é responsável pela evolução das nações e pela paz da humanidade.

(7:18) E isso, segundo ele, é importante destacar, porque naquele momento estavam nascendo ameaças (7:23) à civilização anglo-saxã. (7:26) Mas quais seriam esses perigos que iriam ameaçar os Estados Unidos e o Império Britânico (7:30) na visão de Homer? (7:32) E para isso, ele descreve o cenário geopolítico da época, onde a do Saxão de 1912 ele separa (7:38) os interesses dos saxões, mais especificamente os ingleses, em áreas-chave, a América, (7:44) a Índia, o Pacífico, a Ásia Oriental, a Rússia e a Europa. (7:49) Sobre a América, ele diz que o futuro do relacionamento político entre o Império Britânico e a (7:53) América será determinada pela convergência de interesses canadenses, interesses americanos (7:59) e interesses europeus, o que viria de fato acontecer na Segunda Guerra Mundial, quando (8:03) esses três países se alinharam por causa de uma ameaça nascendo na Europa.

(8:08) Com relação à Índia, ele é profético. (8:11) Se não fosse pela Índia, a nação britânica estaria confinada ao Reino Unido e à América, (8:16) sendo que enquanto a Inglaterra dominar a Índia, sua posição de império vai se manter (8:21) incontestável. (8:22) Por isso, ele se demonstra preocupado com o impossível nacionalismo indiano, onde ele (8:28) diz que a perda da Índia seria um golpe vital para o Império Britânico, falando da importância (8:34) estratégica e política da Índia.

(8:37) Ele afirma que a retenção da Índia depende da supremacia militar do Império, tanto na (8:42) Índia quanto em suas fronteiras, argumentando que a perda da Índia poderia ser mais prejudicial (8:47) para o Império Britânico, mais até mesmo do que um ataque direto às ilhas britânicas. (8:54) Ele destaca a importância da Índia como uma posição estratégica central na Ásia (8:58) e África, estabelecendo 11 triângulos estratégicos que definem isso. (9:03) As primeiras resultam da atuação dentro do que ele chama de leis de estratégia política (9:07) e militar, que dão capacidade ofensiva e defensiva, além de total segurança às regiões.

(9:13) Sendo a oeste, ele incluindo a Arábia e a costa leste da África, de Adem, a cidade (9:19) do Cabo, ao sul, incluindo todo o Oceano Índico, sudeste, Austrália e Nova Zelândia, e a (9:26) leste, a Península Malaia e os assentamentos do Estreito de Málaga. (9:30) Esses 11 triângulos estratégicos têm fora da Índia três centros subsidiários. (9:36) O primeiro, a Ásia Menor, sendo o centro da esfera ocidental.
(9:40) O triângulo Seychelles, Maurício Diego Garcia, sendo o centro da esfera sul. (9:46) E Singapura, o centro do leste. (9:48) E por isso, ele tem demonstrado no livro uma preocupação com relação a um renascimento (9:54) do nacionalismo indiano sob domínio britânico e como o crescimento do nacionalismo eventualmente (9:59) levaria ao renascimento da militância.

(10:03) Um fato pouco conhecido é que Homer Lea foi amplamente lido no Japão, sobretudo (10:07) no Alto Comando Militar Imperial, sendo que as estratégias do Império Japonês foram (10:12) baseadas nas teorias de Mahan, que já fiz um vídeo aqui no canal, e do próprio (10:17) Homer Lea. (10:18) E não à toa, porque os japoneses, através dos seus altamente eficientes serviços de (10:23) espionagem, iriam tentar incentivar o nacionalismo indiano, como forma de enfraquecer a posição (10:29) britânica na Ásia, porque sabiam que se a Índia fosse perdida pelos britânicos, (10:33) os dias de Londres como superpotência global estariam contados. (10:38) Fato que se mostrou profético, porque ainda que os japoneses não tenham conseguido isso, (10:43) eles pelo menos conseguiram estimular isso de forma que, ao início da Guerra Fria, a (10:49) perda da Índia levaria a Inglaterra a perder seu status de império.

(10:53) No Pacífico, ele menciona a importância da manutenção do equilíbrio político e (10:58) militar. (10:58) Ele diz que a defesa da Australásia, ou seja, Austrália e Nova Zelândia, depende inteiramente (11:05) da integridade e continuidade do Império Britânico. (11:08) Enquanto o Império se mantiver, a segurança da Australásia estaria garantida, mas caso (11:14) o Império fosse perdido, a dominação saxônica no sul do Pacífico também chegaria ao fim.

(11:20) Ele mostra preocupação com a expansão populacional da Ásia em direção à Australásia (11:25) e a necessidade de defesa militar para impedir a imigração asiática, especificamente chinesa (11:31) e japonesa, argumentando que a capacidade defensiva da Australásia sozinha não seria (11:37) suficiente para impedir a apreensão de seus territórios por qualquer poder que controlasse (11:42) os mares da região. (11:44) No Leste da Ásia, ele critica a aliança entre o Império Britânico e o Japão, argumentando (11:50) que essa aliança resultou em consequências desfavoráveis para o Império Britânico, (11:55) tornando o Japão mais poderoso no Pacífico e colocando em risco os próprios interesses (12:00) britânicos. (12:01) Ele compara a ascensão do Japão à ascensão da Inglaterra, ressaltando que o controle (12:06) marítimo é fundamental para a defesa e expansão de um poder insular, ou seja, de uma ilha.

(12:12) Ele prevê que o Japão teria um papel significativo na Ásia e no Pacífico e que seu controle (12:18) sobre o Pacífico seria cada vez mais absoluto, enquanto o controle britânico sobre o Atlântico (12:24) seria cada vez mais incerto. (12:27) Basicamente, ele descreveu o mundo de 1940, 31 anos antes, porque ele acreditava que o (12:35) Império Japonês iria querer estender suas fronteiras marítimas a leste das Ilhas Havaianas (12:40) e ao sul das Filipinas, e que as posições do Império Britânico de Hong Kong, Singapura (12:45) e da Australásia já estavam nas mãos dos japoneses em caso de guerra, o que se mostrou (12:51) verdade também porque na Segunda Guerra Mundial, quando o Império Britânico foi (12:55) derrotado, ele perdeu rapidamente a Malásia, Singapura e Hong Kong. (13:01) Além do que, ele previu que o Japão iria priorizar a posse das Filipinas, pois com a (13:06) conquista dessa região, o Japão completaria sua cadeia de fortalezas insulares, desde (13:11) a Península de Kanchatka até o Oceano Índico, com a qual ela se ligaria à Ásia a partir (13:17) do Ocidente, que foi exatamente a estratégia que o Japão tentou na Segunda Guerra Mundial.

(13:23) Mas além do Japão, ele demonstra preocupação também com a Rússia, que para ele é um império (13:28) em constante expansão e crescimento ao longo dos séculos, sendo que sua expansão não (13:33) é dependente da sorte, mas sim o resultado de um plano pré-determinado. (13:38) Ele menciona como durante o século XVIII, a Rússia consolidou suas fronteiras e prosseguiu (13:43) com seu plano de expansão que havia sido decidido durante o século XVII. (13:48) Com uma série de guerras e conquistas, a Rússia alcançou seus objetivos de expansão (13:52) em direções estratégicas.

(13:54) Ela buscou se expandir em direção ao Noroeste para conquistar os territórios suecos na (13:59) região do Báltico e em direção ao Oeste para obter partes da Polônia em direção (14:04) ao Sul para ganhar acesso ao Mar Negro e criar instabilidade na Turquia, e em direção (14:09) ao Sudeste para conquistar o Mar Cáspio e o Cáucaso. (14:13) Por fim, a Rússia se expandiu na direção do Pacífico, anexando os territórios como (14:18) Amur, Ussuri, Kanchatka e a Península Kwantung, o que fez com que a Rússia se tornasse uma (14:25) potência tanto na Europa quanto na Ásia. (14:28) Ele menciona como a Rússia também foi eficiente não só em expandir seu território, mas também (14:33) em consolidar as suas conquistas, unificando todas essas vastas regiões em um único império.

(14:40) E dada a derrota para o Japão em 1905, o seu estabelecimento na Ásia e a Alemanha (14:46) se estabelecendo no Bósforo e Leste Europeu, a Rússia acabaria marchando em direção (14:51) ao Sul, através da Pérsia, aonde chegaria a Índia, o ponto fraco do Império Britânico. (14:57) E como eu disse, ele menciona a Alemanha como um grande preocupação, vendo que no (15:02) futuro dele, ou seja, em 1912, seria inevitável uma guerra do Império Britânico com o Império (15:07) Alemão, que viria a se concretizar apenas dois anos depois, na Primeira Guerra Mundial, (15:13) no futuro conflito que ele descreve como sendo o da civilização anglo-saxã contra a civilização (15:19) teutônica. (15:21) Ele diz que a Alemanha, assim como outras nações, está sujeita ao que ele chama de (15:26) forças e influências que moldam sua existência e desenvolvimento.

(15:30) Sendo uma dessas influências o ambiente político no qual a nação está inserida, pois a expansão (15:36) de uma nação ocorre em direção a áreas onde o poder de resistência é menor e a (15:42) motivação para expansão é maior. (15:45) Por isso Dinamarca, sendo uma das esferas estratégicas da Europa, seria essencial (15:50) para o poder germânico, seguida da Holanda, que com seus portos iriam dar para a Alemanha (15:56) a oportunidade de ataque às ilhas britânicas, de onde os alemães iriam também adquirir (16:01) as possessões coloniais dos Países Baixos, estabelecendo o poder alemão no Oriente, (16:06) na costa norte da América do Sul e nas ilhas holandesas da parte sul do Mar do Caribe, (16:12) isolando então o poderio inglês. (16:14) E por último, a Áustria, que daria a projeção teutônica sobre o Mediterrâneo e a Ásia (16:20) Menor, que é a atual Turquia.

(16:22) Aliás, ele cita como a soberania austríaca parecia estar perto de um grande fim e que (16:28) provavelmente seria anexada em breve. (16:30) Então temos, profeticamente, a ascensão dos três poderes que marcariam o fim do Império (16:36) Britânico. (16:37) A ascensão alemã no oeste da Eurásia, a ascensão japonesa no leste da Ásia e a Rússia (16:43) central pressionando em direção à Índia, o calcanhar de aqueles dos saxões.

(16:48) O que basicamente é a previsão da Primeira Guerra Mundial com a Alemanha, que por si (16:54) só já foi o suficiente para corroer o Império Britânico, a previsão da Segunda Guerra (16:59) Mundial com a Alemanha e Japão que iria desarticular o Império Britânico e, finalmente, a Guerra (17:06) Fria contra a Rússia ou União Soviética que iria enterrar de vez o Império Britânico. (17:13) Mas se a Inglaterra parecia, em sua visão, que iria atravessar essas lutas no futuro, (17:20) ele também prevê como o cenário geopolítico no Pacífico empurrava para uma futura guerra (17:25) do Japão com os Estados Unidos. (17:28) Ele menciona como, há poucas décadas antes, o Japão era praticamente um mito e o Império (17:33) Alemão apenas uma possibilidade geográfica, mas que então eles já eram considerados (17:39) iguais e, em muitos aspectos, superiores em força e grandeza a outras potências do (17:45) mundo.

(17:45) E isso acontece apenas porque eles não se tornaram excessivamente dependentes do industrialismo, (17:52) mas desde a época de Bismarck (17:54) até aquele momento reconheceram a imutabilidade dessas leis e têm mantido e estão continuamente (18:01) se preparando para manter no futuro o equilíbrio entre sua expansão industrial e desenvolvimento (18:07) político. (18:08) Assim, ele diz que, se a Alemanha, de um lado, e o Japão, do outro, continuarem a resistir (18:13) ao que ele chama de influências deteriorantes, como o feminismo e o charlatanismo político (18:19) que ele não deixa muito claro o que seria, eles, em pouco tempo, acabariam formando uma (18:24) aliança para dividir o mundo entre eles, lembrando que ele fala isso 31 anos antes (18:30) do pacto tripartite de Japão, Alemanha e Itália. (18:33) Então, essa inevitável guerra entre Japão e Estados Unidos é, por ele, visto como uma (18:39) consequência de um cálculo geopolítico.

(18:42) A saída da China como força regional por causa da Primeira Guerra Sino-Japonesa em (18:46) 1894, onde o Japão venceu, a saída da Rússia como possível atorno pacífico por causa (18:52) da Guerra Russo-Japonesa em 1905, onde o Japão também venceu e essa eliminação gradual (18:59) da Inglaterra e o equilíbrio europeu em 1905. (19:02) Ou seja, apenas dois atores haviam sobrado para dominar a área asiática do Pacífico (19:07) e, para ele, a interdependência comercial dos dois países, Estados Unidos e Japão, (19:13) não seria o suficiente para prevenir uma guerra. (19:17) Assim, notamos que, em sua tese, ele sintetiza que as nações projetam sua força externa (19:23) para onde há menos resistência e, maior importância, que elas passam por ciclos de (19:28) renascimento, fortalecimento e, eventualmente, decadência caso não haja um renascimento (19:34) e que há uma espécie de seleção natural geopolítica, pois a eliminação de forças (19:39) regionais menores leva a dois atores maiores restantes que, eventualmente, irão colidir (19:45) diretamente em uma grande guerra.

(19:47) E ele, em seu mapa tático, basicamente demonstra a importância da Rimland que seria descrita (19:52) depois por Spykman, como a área mais importante, com a Alemanha e Japão pressionando as laterais (19:58) para dentro, enquanto a Rússia de dentro para a parte sul, e a perda da Índia como (20:04) um fator que iria levar ao colapso do Império Britânico. (20:08) Obrigado a todos, espero que vocês tenham gostado e não se esqueçam de compartilhar (20:12) o vídeo com todo mundo que vocês conhecem, dar o seu like e se inscrever, se você não (20:17) tiver inscrito, ativando o sininho de notificações. (20:20) E se você quiser ficar realmente por dentro das novidades do canal, entre no nosso grupo (20:25) do Telegram, onde eu sempre estou colocando notícias importantes ou avisos relacionados ao canal.
(20:32) Abraços e até o próximo vídeo.

Adrian Peta

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sábado, 10 de agosto de 2024

Debate imaginário entre Ernest Hambloch e o Deputado Gustavo Gayer sobre Presidencialismo no Brasil

Ernest Hambloch: "Veja, Gustavo Gayer, a história do Brasil sempre foi marcada por um complexo jogo de poder, onde a figura presidencial se assemelha mais a de um monarca do que a de um simples chefe de Estado. O que você pensa sobre isso, especialmente em relação às recentes críticas ao governo atual?"

Gustavo Gayer: "Interessante que você diga isso, Hambloch. A manipulação de dados e a gestão ideológica que vemos no governo atual são sinais claros desse controle centralizado. Vemos isso no IBGE sob a liderança de Márcio Pochmann, que parece mais interessada em distorcer a realidade do que em refletir os verdadeiros problemas que o povo enfrenta, como o desemprego."

Ernest Hambloch: "Parece que as manobras políticas não mudaram muito ao longo das décadas. Os presidentes, tanto no passado quanto no presente, parecem ter essa necessidade de controlar a narrativa. No entanto, o que você sugere como uma solução para essa situação, especialmente em um país tão complexo como o Brasil?"

Gustavo Gayer: "A solução passa por mais transparência e menos interferência ideológica. O povo precisa ter acesso a dados reais, e não a uma versão polida da realidade. Sem isso, ficamos presos a uma narrativa oficial que não reflete o verdadeiro estado da nação. A pressão pública e uma mídia independente são essenciais para que isso aconteça."

Ernest Hambloch: "Concordo. A mídia tem um papel crucial em quebrar esse ciclo. A liberdade de expressão e a independência jornalística são as únicas garantias que temos contra um estado que tenta se comportar como uma monarquia moderna. Precisamos vigiar continuamente."

Gustavo Gayer: "Exato. Não podemos nos dar ao luxo de sermos complacentes. A história nos ensina que regimes centralizadores prosperam em ambientes onde a crítica é sufocada. É nosso dever como cidadãos mantermos essa vigilância ativa."

Este diálogo imagina como os dois autores, apesar de suas abordagens diferentes, podem encontrar pontos em comum em suas críticas ao governo e à centralização de poder no Brasil.

Análise Detalhada do livro "Sua Majestade, O Presidente do Brasil" com um vídeo recente do deputado Gustavo Gayer em que expõe a manipulação de dados do IBGE, feita pelo PT

Os dois textos abordam, sob diferentes perspectivas históricas e ideológicas, a relação entre política e economia, com foco no papel do Estado e seus impactos na sociedade.

"Sua Majestade, o Presidente do Brasil"

  • Contexto Histórico: O livro de Ernest Hambloch oferece uma análise crítica do período inicial da República brasileira, de 1889 a 1934. O autor, um cônsul britânico, examina a ascensão do presidencialismo e o uso frequente do estado de sítio pelos presidentes, argumentando que esse modelo resultou em um governo autocrático e economicamente instável. Hambloch destaca a influência dos militares na política e a fragilidade das instituições democráticas, que permitiram a perpetuação de um sistema que ele compara à monarquia, daí o título irônico da obra.

  • Tese Central: A tese central do livro é que o presidencialismo brasileiro, no período estudado, funcionou como uma forma disfarçada de monarquia, concentrando poder nas mãos do presidente e limitando a participação popular. Essa estrutura política, aliada à instabilidade econômica e à frequente intervenção do Estado na economia, gerou resultados caóticos, como inflação, endividamento externo e desigualdade social.

"Como o IBGE de Lula está falsificando dados sobre o desemprego no Brasil - a Argentina nos ensina"

  • Contexto Atual: O vídeo do deputado Gustavo Gayer aborda a nomeação de Marcio Pochmann para a presidência do IBGE e levanta suspeitas sobre a manipulação de dados, especialmente sobre o desemprego. Gayer traça um paralelo com a Argentina, onde o ex-presidente do órgão equivalente foi preso por falsificar dados de inflação e crescimento do PIB. O deputado argumenta que a mudança nos critérios de concessão do Bolsa Família, que agora exclui beneficiários que conseguem emprego, e a criação de vagas no setor público estão distorcendo as estatísticas de desemprego.

  • Tese Central: A tese central do vídeo é que o governo Lula está manipulando os dados do IBGE para apresentar uma imagem artificialmente positiva da economia, especialmente em relação ao desemprego. Gayer acusa o governo de usar a máquina pública para criar empregos e de excluir do cálculo do desemprego aqueles que desistiram de procurar trabalho por medo de perder o benefício social.

Comparação e Conclusões

  • Convergência: Ambos os textos, apesar de contextos históricos distintos, apontam para o problema da concentração de poder e da manipulação estatal em benefício de interesses políticos. Hambloch critica o presidencialismo forte do passado, enquanto Gayer questiona a suposta manipulação de dados estatísticos no presente.

  • Divergência: A principal diferença reside na abordagem ideológica. Hambloch, como observador estrangeiro, adota uma postura mais analítica e histórica, enquanto Gayer, como deputado de oposição, faz uma crítica contundente e direta ao governo atual, acusando-o de práticas antidemocráticas.

  • Conclusão: A leitura conjunta dos textos evidencia a importância da transparência e da independência dos órgãos estatísticos, bem como a necessidade de um sistema político que equilibre o poder do Executivo com mecanismos de controle e participação popular. Ambos os textos, à sua maneira, alertam para os perigos do autoritarismo e da manipulação estatal, que podem comprometer a democracia e o desenvolvimento econômico e social do país.