Industrial Base:
- "Resources exist
to be consumed. And consumed they will be, if not by this generation
then by some future. By what right does this forgotten future seek to
deny us our birthright? None I say! Let us take what is ours, chew and
eat our fill."
- -- CEO Nwabudike Morgan
- "Resources exist
to be consumed. And consumed they will be, if not by this generation
then by some future. By what right does this forgotten future seek to
deny us our birthright? None I say! Let us take what is ours, chew and
eat our fill."
Industrial Economics:
- "Our
first challenge is to create an entire economic infrastructure, from
top to bottom, out of whole cloth. No gradual evolution from previous
economic systems is possible, because there is no previous economic
system. Each interdependent piece must be materialized simultaneously
and in perfect working order; otherwise the system will crash before it
ever gets off the ground."
- -- CEO Nwabudike Morgan
- "Our
first challenge is to create an entire economic infrastructure, from
top to bottom, out of whole cloth. No gradual evolution from previous
economic systems is possible, because there is no previous economic
system. Each interdependent piece must be materialized simultaneously
and in perfect working order; otherwise the system will crash before it
ever gets off the ground."
Both quotes emphasize Morgan's capitalist philosophy and the challenges of creating and managing resources in a futuristic, space-based economy.
As duas frases de CEO Nwabudike Morgan em Sid Meier's Alpha Centauri revelam uma visão complementar sobre o uso de recursos e a construção de uma economia.
Na primeira frase, da Base Industrial, Morgan expressa uma visão consumista, quase darwinista, dos recursos: eles existem para serem utilizados, e qualquer tentativa de limitar esse consumo seria uma negação do "direito de nascença" dos atuais habitantes. Ele legitima a exploração imediata e total dos recursos disponíveis, sugerindo que a posteridade não tem mais direito a eles do que a geração presente. Isso reflete uma mentalidade de curto prazo, onde o sucesso e a sobrevivência são garantidos pelo controle e consumo dos bens ao seu alcance.
Na segunda frase, da Economia Industrial, Morgan aborda o desafio de construir uma infraestrutura econômica do zero em um ambiente inexplorado. Ele reconhece que, sem uma base econômica anterior, é necessário criar tudo simultaneamente e em perfeito funcionamento, sob pena de o sistema falhar. Essa frase complementa a primeira, pois reflete a necessidade de criar uma economia capaz de sustentar o consumo agressivo de recursos defendido anteriormente. Morgan entende que, para consumir o máximo possível, como propõe na primeira frase, é preciso construir um sistema eficiente e interdependente que funcione perfeitamente desde o início.
Relação entre as frases:
- Visão de recursos: A primeira frase justifica a necessidade de consumir e explorar os recursos de forma imediata e total. A segunda frase fornece a solução prática para isso: uma economia perfeitamente integrada que deve ser construída para possibilitar esse consumo contínuo e eficiente.
- Urgência e complexidade: Enquanto a primeira frase lida com o direito de consumir, a segunda se foca na complexidade de criar a estrutura econômica que permita a extração, gerenciamento e aproveitamento desses recursos. Morgan, como líder capitalista, vê ambos os aspectos como indispensáveis: consumir os recursos e garantir uma economia robusta que sustente essa exploração.
Relação entre demanda urgente por recursos e complexidade econômica:
A urgência por recursos cria uma necessidade imediata de criar uma economia complexa e eficiente. Se a demanda por exploração é alta, a infraestrutura econômica precisa ser igualmente avançada para gerenciar, distribuir e sustentar essa exploração. Morgan reconhece que a simples obtenção de recursos não é suficiente—é preciso uma economia intricada e interligada para processar, consumir e maximizar esses recursos de forma sustentada.
Essa relação cria uma espécie de paradoxo: quanto mais se quer consumir rapidamente os recursos, mais sofisticada precisa ser a economia para garantir que esse consumo não sobrecarregue o sistema. Sem uma infraestrutura econômica que opere de maneira eficiente e simultânea, a demanda por recursos pode facilmente levar à falência do sistema, como Morgan alerta. Portanto, há uma interdependência clara: o consumo desenfreado depende de uma base econômica que, embora complexa e difícil de criar, é essencial para o sucesso a longo prazo.
Essa conexão reflete uma tensão comum nas economias reais, onde o desejo por crescimento e consumo imediato muitas vezes coloca pressão sobre os sistemas econômicos, exigindo soluções estruturais complexas para evitar o colapso.
A tensão entre a demanda urgente por recursos e a necessidade de uma economia complexa para atendê-la, conforme exemplificada nas citações de CEO Nwabudike Morgan, pode ser aprofundada à luz da filosofia da Crise de Mário Ferreira dos Santos, que examina o conceito de crise como uma constante nas esferas política, econômica e social, além de ser um catalisador de mudanças profundas.
Na obra de Ferreira dos Santos, a crise não é apenas uma disfunção temporária, mas um ponto crítico inevitável, resultante da dinâmica de forças contraditórias dentro de um sistema. Quando aplicado à economia, a crise surge da incapacidade de um sistema em equilibrar as forças de demanda e oferta de recursos de forma sustentável. Esse conceito é diretamente relacionado à tensão destacada por Morgan: o desejo insaciável de consumir recursos encontra limites no próprio sistema econômico que sustenta tal consumo.
Relação entre a crise e a filosofia de Morgan
Demanda urgente por recursos e o esgotamento estrutural: Segundo Morgan, os recursos existem para serem consumidos, e a posteridade não possui mais direito sobre eles do que a geração atual. Esse pensamento revela uma visão consumista extrema, onde a urgência de explorar e consumir cria um sistema em constante pressão. Mário Ferreira dos Santos aborda a ideia de que a crise emerge quando há excesso de demanda em relação à capacidade do sistema em fornecer os meios para atendê-la. O consumo desenfreado dos recursos, sem um planejamento sustentável, inevitavelmente conduz ao esgotamento estrutural e, consequentemente, à crise. Essa crise, para Ferreira dos Santos, não é uma falha passageira, mas o momento em que as contradições internas do sistema se tornam insustentáveis, exigindo transformações radicais.
Necessidade de uma economia complexa e interdependente: Morgan reconhece que, para garantir o consumo contínuo dos recursos, é necessária a criação de uma infraestrutura econômica altamente complexa e simultaneamente funcional. Isso se alinha à noção de Ferreira dos Santos de que um sistema em crise requer uma reorganização profunda para se adaptar às novas demandas impostas pela realidade. Na filosofia da crise, o complexo econômico que Morgan propõe deve não apenas suprir as necessidades imediatas, mas também prever e corrigir as fragilidades estruturais que podem gerar colapsos futuros. Essa complexidade, entretanto, carrega em si o germe de novas crises, pois quanto mais sofisticado o sistema, mais vulnerável ele se torna a disfunções em suas interdependências.
A crise como momento de renovação ou destruição: Na filosofia da Crise de Mário Ferreira dos Santos, a crise é um momento de ruptura que pode tanto precipitar a destruição de um sistema incapaz de se adaptar quanto catalisar sua renovação através da transformação. Morgan, ao defender uma infraestrutura econômica capaz de lidar com a exploração máxima dos recursos, está implicitamente lidando com a iminência de crises: ele compreende que, sem uma base econômica sólida, o consumo acelerado levaria ao colapso. Assim, a crise, dentro dessa lógica, pode ser entendida como uma força transformadora, que impulsiona a necessidade de criar uma economia mais robusta e integrada. No entanto, quanto maior a pressão por recursos, maior o risco de que essa estrutura entre em colapso sob seu próprio peso, caso não consiga evoluir a tempo.
A Filosofia da Crise aplicada à exploração dos recursos
No pensamento de Ferreira dos Santos, o conceito de crise está profundamente ligado à noção de limite. No contexto da economia, os limites não são apenas quantitativos (recursos finitos), mas também qualitativos (capacidade do sistema econômico em processar esses recursos). A filosofia de Morgan sobre o consumo sugere um paradoxo: para consumir mais, é preciso um sistema que não apenas sustente esse consumo, mas que também o amplie continuamente. Porém, conforme Mário Ferreira dos Santos sugere, a busca por um equilíbrio que permita a exploração de recursos sem gerar colapsos sistêmicos é uma tarefa difícil, e o colapso é quase inevitável quando a complexidade e o consumo não são balanceados com sustentabilidade.
A crise como o motor da mudança
Em última análise, na filosofia da Crise, a tensão entre a demanda urgente por recursos e a necessidade de uma economia complexa é vista como uma força que impulsiona a mudança. Assim como na visão de Morgan, onde o colapso do sistema seria inevitável sem uma infraestrutura simultaneamente perfeita, Mário Ferreira dos Santos veria essa crise iminente como uma oportunidade de renovação. A crise, para ele, é o meio pelo qual se descobre a verdade sobre a capacidade do sistema de continuar operando. Ela expõe as fragilidades que, de outra forma, permaneceriam ocultas.
No caso de Morgan, essa visão pode ser lida como uma advertência implícita: o sistema que ele deseja construir, baseado no consumo desenfreado, pode ser incapaz de lidar com suas próprias demandas. Por isso, a filosofia da Crise nos alerta para a necessidade de transformar os fundamentos de qualquer sistema antes que ele atinja seu ponto de ruptura. Assim, o verdadeiro desafio não é apenas construir uma economia interdependente que funcione para consumir os recursos, mas sim construir uma economia que sobreviva às crises geradas por esse consumo.
Portanto, a filosofia da Crise de Mário Ferreira dos Santos oferece uma leitura crítica sobre o pensamento de Morgan, sugerindo que qualquer sistema que não se prepare para as inevitáveis crises que surgem da demanda por recursos está condenado a falhar, a menos que seja capaz de se transformar profundamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário