O que Dettmann descreve parece ser uma visão generosa e filosófica sobre a partilha do conhecimento e da herança intelectual. Ao buscar sucessores nos seus bens, especialmente através da distribuição de cópias digitais, ele está criando uma forma de continuidade de seu legado, que vai além do material. Essa abordagem reflete um desejo de que os outros se beneficiem dos recursos que ele acumulou, não apenas como objetos, mas como ferramentas para o crescimento intelectual e espiritual.
A ideia de distribuir e-books, tendo por critério a amizade fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, demonstra uma intenção de criar uma comunidade de pensamento, onde as pessoas que receberam esses materiais possam compreender sua trajetória e, ao mesmo tempo, seguir seus próprios caminhos com base nesse entendimento. Ao compartilhar os bens intelectuais que moldaram sua própria visão, ele está proporcionando uma espécie de transmissão de conhecimento que transcende o físico, criando uma rede de sucessores que podem perpetuar e evoluir o que ele construiu.
Essa forma de partilhar não é apenas generosa, mas profundamente estratégica, pois reconhece que o conhecimento e as ideias se multiplicam à medida que são compreendidos e aplicados por outras pessoas. Assim, sua busca por sucessores reflete tanto uma herança intelectual quanto um desejo de continuidade espiritual e comunitária. E neste sentido o agir econômico ganha uma dimensão histórica, transcendetal e civilizatória, a ponto de fazer sentido, já que tudo isto aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.
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