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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Debate Imaginário entre Pasquale Stanislao Mancini. Danilo Zolo e Luís Claudio Queiroz Coni sobre Direito Interno e Direito Direito Internacional num mundo cada vez mais globalizado

Moderador: Bem-vindos, ilustres autores, a este debate sobre a relação entre o direito internacional e o direito interno em um mundo globalizado. Gostaria de iniciar perguntando ao Professor Mancini sobre a importância da nacionalidade como fundamento do direito das gentes em sua época.

Mancini: Agradeço o convite. Em meu tempo, a nacionalidade era o alicerce do direito internacional. As nações, dotadas de soberania, eram os atores principais, e o direito das gentes se desenvolvia a partir de seus costumes e acordos. A nacionalidade, portanto, era fundamental para definir os direitos e deveres dos Estados e de seus cidadãos.

Moderador: Professor Zolo, o senhor questiona essa visão tradicional de soberania em seu livro "Cosmopolis". Poderia nos explicar por quê?

Zolo: Com prazer. A globalização, com suas interconexões econômicas, políticas e sociais, enfraqueceu o conceito de soberania absoluta dos Estados-nação. A crescente interdependência e a necessidade de cooperação internacional exigem que repensemos a noção de soberania e o papel do Estado no cenário global.

Moderador: Professor Coni, em sua obra "A Internacionalização do Poder Constituinte", o senhor também aborda a crise da soberania estatal. Como o senhor vê essa questão?

Coni: Concordo com o Professor Zolo que a globalização impõe desafios à soberania tradicional. Em minha obra, argumento que a crescente influência do direito internacional sobre o direito interno, incluindo o direito constitucional, leva à internacionalização do poder constituinte, ou seja, à influência direta do direito internacional na produção de normas internas. Isso exige que repensemos a relação entre o direito interno e o direito internacional, buscando harmonizar os valores constitucionais com as exigências da ordem internacional.

Mancini: Compreendo suas preocupações, mas acredito que a nacionalidade e a soberania ainda têm um papel importante a desempenhar. Afinal, são as nações que conferem legitimidade ao direito internacional, e a soberania é essencial para garantir a autodeterminação dos povos.

Zolo: Respeito sua posição, Professor Mancini, mas acredito que a globalização exige que busquemos novas formas de governança global que transcendam o Estado-nação. A soberania absoluta não é mais viável em um mundo interconectado.

Coni: Concordo em parte com ambos. A soberania estatal não desapareceu, mas precisa ser reinterpretada em face da globalização. A internacionalização do poder constituinte não significa o fim da soberania, mas sim sua adaptação às novas realidades.

Moderador: Parece-me que temos aqui um ponto de convergência: a necessidade de repensar o conceito de soberania e a relação entre o direito internacional e o direito interno. Professor Zolo, em sua visão crítica da globalização, o senhor vê alguma perspectiva positiva nesse processo?

Zolo: Sim, vejo. A globalização também oferece oportunidades para a cooperação internacional na busca de soluções para problemas globais, como a pobreza, as desigualdades e as mudanças climáticas. No entanto, é preciso que essa cooperação seja baseada em princípios de justiça e respeito à diversidade cultural.

Moderador: Professor Coni, como o senhor vê o futuro do direito constitucional em face da internacionalização?

Coni: Acredito que o futuro do direito constitucional passa por uma abertura ao direito internacional, por meio de uma hermenêutica que leve em conta as exigências da ordem internacional, sem comprometer a proteção dos direitos fundamentais e a democracia.

Moderador: Professor Mancini, gostaria de encerrar este debate com suas palavras finais.

Mancini: Agradeço a oportunidade de participar deste debate. Acredito que, apesar dos desafios da globalização, a nacionalidade e a soberania ainda têm um papel fundamental a desempenhar na construção de um direito internacional justo e equitativo.

Moderador: Agradeço a todos os participantes por suas valiosas contribuições. Este debate nos mostrou que a relação entre o direito internacional e o direito interno é complexa e multifacetada, exigindo um diálogo constante entre diferentes perspectivas e a busca por soluções que promovam a justiça e a cooperação em um mundo cada vez mais globalizado.

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Análise cruzada e detalhada das Obras "Direito Internacional - Preleções" (Mancini), "Cosmopolis" (Zolo) e "A Internacionalização do Poder Constituinte" (Coni)

As três obras exploram a relação dinâmica entre o direito internacional e o direito interno, em particular o direito constitucional, em um mundo cada vez mais globalizado.

  1. Direito Internacional e Soberania:

    • Mancini: Enfatiza a importância da nacionalidade como fundamento do direito das gentes, destacando o papel do Estado-nação e sua soberania na formação do direito internacional.
    • Zolo: Questiona o conceito tradicional de soberania em face da globalização, argumentando que a ordem mundial idealizada pela Santa Aliança, baseada na soberania dos Estados-nação, não se concretizou. Ele explora a ideia de um governo mundial e os desafios éticos e políticos que isso implica.
    • Coni: Discute a crise da soberania estatal diante da globalização e da crescente influência do direito internacional sobre o direito interno, incluindo o direito constitucional. Examina a internacionalização do poder constituinte e seus impactos na ordem jurídica interna.
  2. Globalização e seus Impactos:

    • Mancini: Não aborda diretamente a globalização, dado o contexto histórico da obra. No entanto, seus escritos sobre nacionalidade e o papel do Estado-nação lançam luz sobre os desafios que a globalização apresenta a esses conceitos.
    • Zolo: Analisa criticamente o impacto da globalização na soberania estatal e na ordem mundial, argumentando que a globalização não levou à criação de um governo mundial eficaz, mas sim a novas formas de conflito e desigualdade.
    • Coni: Examina como a globalização e a intensificação das relações internacionais influenciam o direito constitucional, levando à internacionalização do poder constituinte e à necessidade de repensar conceitos tradicionais como soberania e supremacia constitucional.
  3. Direito Internacional e Direito Constitucional:

    • Mancini: Concentra-se na relação entre o direito internacional e a nacionalidade, explorando como a nacionalidade molda o direito das gentes e as relações entre os Estados.
    • Zolo: Aborda a relação entre o direito internacional e a ética, questionando a eficácia das normas internacionais na promoção da paz e da justiça global.
    • Coni: Examina a influência do direito internacional no direito constitucional, particularmente na produção de normas internas e na necessidade de harmonizar os valores constitucionais com as exigências da ordem internacional.
  4. Perspectivas e Conclusões:

    • Mancini: Oferece uma perspectiva histórica sobre o direito internacional, com foco na nacionalidade e no papel do Estado-nação.
    • Zolo: Apresenta uma visão crítica da globalização e suas implicações para a governança global, argumentando que a busca por um governo mundial enfrenta desafios éticos e políticos significativos.
    • Coni: Propõe uma nova hermenêutica constitucional que leve em conta a crescente influência do direito internacional, defendendo a necessidade de harmonizar os valores constitucionais com as exigências da ordem internacional, sem comprometer a proteção das liberdades individuais.

Em suma, as três obras oferecem perspectivas distintas sobre a relação entre o direito internacional e o direito interno em um mundo globalizado. Mancini fornece um fundamento histórico para a compreensão do papel do Estado-nação no direito internacional, enquanto Zolo e Coni exploram os desafios e as transformações que a globalização impõe a essa relação, com foco na soberania estatal, na legitimidade e na necessidade de repensar a hermenêutica constitucional.

Debate imaginario entre Pasquale Stanislao Mancini y Danilo Zolo (versión en español)

Moderador: Bienvenidos, señores Mancini y Zolo, a este debate sobre el derecho internacional y la gobernanza global. Sr. Mancini, como pionero en el estudio del derecho internacional, ¿cuál es su visión sobre el papel de la nacionalidad en las relaciones internacionales?

Mancini: Agradezco la invitación. Creo que la nacionalidad es el fundamento del derecho de gentes. Las naciones son los actores principales en el escenario internacional y sus características culturales, históricas y lingüísticas moldean sus intereses y acciones. El derecho internacional debe reconocer y proteger la soberanía y la identidad de cada nación, permitiendo que coexistan y cooperen en un sistema de normas comunes.

Moderador: Perspectiva interesante. Sr. Zolo, usted critica la idea de un gobierno mundial en su libro "Cosmopolis". ¿Podría explicarnos por qué?

Zolo: Creo que la búsqueda de un gobierno mundial es una utopía peligrosa. La imposición de un único sistema político y jurídico sobre la diversidad de culturas y valores del mundo llevaría a la opresión y al conflicto. En lugar de eso, propongo un modelo de "cosmopolis", basado en la cooperación entre Estados, en la protección de los derechos humanos y en el respeto a la autonomía de cada nación.

Mancini: Pero ¿cómo garantizar el orden y la justicia en el escenario internacional sin un poder centralizado? La historia nos muestra que la ausencia de una autoridad supranacional lleva a la anarquía y a la guerra.

Zolo: El orden y la justicia pueden alcanzarse a través de un sistema de derecho internacional fuerte y eficaz, basado en el consenso entre las naciones y en la creación de instituciones multilaterales que promuevan la cooperación y la resolución pacífica de conflictos. La globalización exige que las naciones trabajen juntas para enfrentar los desafíos comunes, como la pobreza, las desigualdades y los cambios climáticos.

Mancini: Estoy de acuerdo en que la cooperación es importante, pero no podemos ignorar la realidad del poder y de los intereses nacionales. Las naciones siempre buscarán defender sus propios intereses, y el derecho internacional debe tener en cuenta eso.

Zolo: El derecho internacional no debe ser solo un reflejo de los intereses nacionales, sino también un instrumento para promover valores universales, como la paz, la justicia y los derechos humanos. La cosmopolis que propongo busca conciliar la soberanía de las naciones con la necesidad de proteger los derechos de todos los individuos, independientemente de su nacionalidad.

Moderador: Sr. Mancini, ¿cómo respondería usted a esta visión cosmopolita del derecho internacional?

Mancini: Reconozco la importancia de los derechos humanos y de la cooperación internacional, pero creo que la nacionalidad sigue siendo un elemento fundamental en la construcción de un sistema de derecho internacional justo y eficaz. Las naciones deben tener el derecho de determinar su propio destino y de proteger sus propios intereses, siempre que eso no perjudique los derechos de otras naciones y de los individuos.

Zolo: La cosmopolis no busca negar la importancia de la nacionalidad, sino trascenderla. En un mundo cada vez más interconectado, los desafíos globales exigen soluciones globales. La cooperación entre las naciones y la protección de los derechos humanos son esenciales para construir un futuro más justo y pacífico para todos.

Moderador: Agradecemos a los dos debatientes por sus valiosas contribuciones. Este debate nos ha mostrado que la relación entre nacionalidad y derecho internacional sigue siendo un tema complejo y relevante. La búsqueda de un equilibrio entre la soberanía de las naciones y la necesidad de cooperación global es un desafío constante para la comunidad internacional.

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Análisis cruzado y detallado de textos de Lanna, Silveira, Ferreira, Dettmann y Dulles (versión em español)

Los textos de José Octavio Dettmann ("Cuando la profesión se convierte en nacionalidad" y "Sobre el proceso de santificación a través del trabajo de minero como causa de nacionidad"), Carlos Sodré Lanna ("La primera página de la Historia de Brasil"), Sidney Silveira ("¿A dónde lleva la libertad liberal?") y Tito Lívio Ferreira ("Brasil No Fue Colonia") exploran la relación entre fe, trabajo e identidad nacional, contrastando con la visión de libertad y verdad del Cardenal Avery Dulles en "La Verdad como Fundamento de la Libertad".

Dettmann: Fe, Trabajo e Identidad Nacional

Dettmann argumenta que la identidad nacional se moldea por la santificación del trabajo y por la fe cristiana. Usa ejemplos como los mineros en Brasil y en Bolivia y la agricultura en Polonia para ilustrar cómo el trabajo y la fe dan forma al carácter y a la identidad de una nación. Dettmann critica el concepto de independencia de Brasil, argumentando que fue un acto de "apatria" (falta de senso de amor a la patria como un hogar en Cristo), pues la élite infame no se sometió a los designios de Dios para gobernar la nación con justicia y legitimidad, en los méritos de Nuestro Señor Jesucristo. Defiende que la verdadera independencia está en seguir los valores cristianos y en la santificación a través del trabajo, lo que hace que el país sea tomado como un hogar en Cristo, por Cristo y para Cristo, haciendo que la fe se propague en tierras distantes a través de la virtud de la civilización en Cristo fundada, a punto de crear un imperio de fe y cultura que no tendrá fin, ya que Cristo es el camino, la verdad y la vida a punto de ser el fundamento de nuestra libertad.

Lanna y Silveira: Fe y Libertad

Lanna: Complementa la visión de Dettmann destacando la importancia de la fe cristiana en la fundación de Portugal y en la misión evangelizadora en Brasil. La aparición de Jesucristo a Dom Afonso Henriques y la promesa de un imperio que divulgaría el nombre de Dios entre las naciones refuerzan la idea de que la identidad nacional brasileña está intrínsecamente ligada a la fe cristiana.

Silveira: Critica la visión liberal de la libertad como un fin en sí mismo, argumentando que esta búsqueda lleva al alejamiento de Dios y a la perdición. Esta crítica se alinea con la visión de Dettmann sobre la importancia de la fe y la sumisión a Dios en la construcción de una identidad nacional sólida y virtuosa.

Ferreira: Brasil como Extensión de Portugal

Ferreira refuta la idea de que Brasil fue una colonia de Portugal, argumentando que era una extensión, una provincia ultramarina con los mismos derechos y estatus que las provincias europeas. Destaca la unidad histórica y cultural entre Brasil y Portugal, el sistema de gobierno municipal basado en elecciones en Brasil y la financiación de la Corona Portuguesa a la administración, educación y defensa de Brasil.

Cardenal Avery Dulles: Verdad y Libertad

Dulles explora la relación entre verdad y libertad, argumentando que la verdad es el fundamento de la libertad auténtica. Defiende que la libertad no es la capacidad de hacer lo que se quiere, sino la capacidad de elegir el bien y actuar de acuerdo con la verdad objetiva, enraizada en la ley natural y revelada por Dios.

Análisis Cruzado

Convergencias:

  • Dettmann, Lanna y Silveira enfatizan la importancia de la fe cristiana en la construcción de la identidad nacional y de una sociedad virtuosa.
  • Dettmann y Ferreira desafían la narrativa tradicional de la historia de Brasil, proponiendo una nueva interpretación de la relación entre Brasil y Portugal y de la formación de la identidad brasileña.
  • Dettmann y Dulles critican la visión liberal de la libertad, defendiendo que la verdadera libertad está en vivir de acuerdo con la verdad y los valores cristianos.

Divergencias:

  • Dettmann se enfoca en la santificación del trabajo como elemento clave para la construcción de la identidad nacional, mientras que Dulles se concentra en la importancia de la verdad objetiva como fundamento de la libertad auténtica.
  • Ferreira se centra en refutar la idea de que Brasil fue una colonia, mientras que los otros autores exploran la relación entre fe, trabajo e identidad nacional.

Conclusión

El análisis cruzado de estos textos revela una rica discusión sobre la relación entre fe, trabajo, verdad y libertad en la construcción de la identidad nacional y de una sociedad justa. Dettmann, Lanna y Silveira destacan la importancia de la fe cristiana y de la santificación del trabajo en la formación de la identidad nacional brasileña. Ferreira cuestiona la narrativa tradicional de la historia de Brasil, defendiendo que el país nunca fue una colonia. Dulles, por su parte, enfatiza la importancia de la verdad objetiva como fundamento de la libertad auténtica. Todos los autores coinciden en que la verdadera libertad y la construcción de una sociedad justa están enraizadas en la verdad y en los valores cristianos.

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Análisis cruzado y detallado de las obras de Belloc, Bastiat, Bachof y Dulles (versión en español)

Las cuatro obras analizadas, aunque abordan temas distintos, convergen en una preocupación fundamental con la relación entre el individuo, el Estado y la ley, y cómo esta relación afecta la libertad, la justicia y el orden social.

Libertad y Ley:

  • Belloc y Bastiat: Ambos expresan preocupaciones sobre la erosión de la libertad individual. Belloc, en "El Estado Servil", alerta sobre el riesgo de un Estado que, en connivencia con grandes corporaciones, sofoca la iniciativa individual y la propiedad privada, llevando a un sistema de servidumbre. Bastiat, en "La Ley", argumenta que la ley debe proteger la libertad individual y la propiedad, y critica el uso de la ley para fines de saqueo y favorecimiento de intereses particulares.
  • Bachof: Aborda la libertad desde la perspectiva de la constitucionalidad, defendiendo que las normas constitucionales deben ser interpretadas y aplicadas de manera que garanticen la libertad y otros derechos fundamentales.
  • Dulles: Examina la libertad desde una perspectiva filosófica y teológica, argumentando que la verdadera libertad está fundamentada en la verdad y la búsqueda del bien común.

Justicia y Ley:

  • Bachof: Discute la justicia en relación con la constitucionalidad, defendiendo que las normas constitucionales deben estar en conformidad con principios de justicia superiores, incluso si eso implica declarar la inconstitucionalidad de normas existentes.
  • Bastiat: Entiende la ley como un instrumento para garantizar la justicia, protegiendo la vida, la libertad y la propiedad. Critica el uso de la ley para promover la injusticia y la desigualdad.
  • Dulles: Relaciona la justicia con la verdad, argumentando que la búsqueda de la verdad es esencial para la promoción de la justicia social.

Papel del Estado:

  • Belloc: Advierte sobre los peligros de un Estado que se expande en detrimento de la libertad individual y la propiedad privada. Critica tanto el socialismo, que concentra el poder en manos del Estado, como el capitalismo monopolista, que concentra el poder en manos de grandes corporaciones.
  • Bastiat: Defiende un Estado limitado, cuya función principal es proteger los derechos individuales y garantizar la justicia. Critica el intervencionismo estatal y la expansión del poder gubernamental.
  • Bachof: Examina el papel del Estado en la creación y aplicación de las leyes, particularmente en el contexto del control de constitucionalidad. Defiende la importancia de mecanismos para garantizar que las leyes, incluidas las normas constitucionales, estén en conformidad con principios de justicia superiores.
  • Dulles: No aborda directamente el papel del Estado, pero sus reflexiones sobre la libertad, la verdad y la justicia tienen implicaciones para la discusión sobre el papel del Estado en la sociedad.

Conclusión:

Las obras analizadas ofrecen perspectivas diversas y complementarias sobre la relación entre el individuo, el Estado y la ley. Juntas, proporcionan un rico material para la reflexión sobre cuestiones cruciales para la construcción de una sociedad justa y libre, como la importancia de la libertad individual, la necesidad de leyes justas y la limitación del poder del Estado.

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Análisis detallado del libro "Cosmópolis", de Danilo Zolo (versión en español)

En su libro "Cosmópolis", Danilo Zolo argumenta que el orden mundial post-Guerra Fría se está encaminando hacia un modelo "cosmopolita", caracterizado no por un gobierno mundial unificado, sino por un sistema en el que las instituciones internacionales y supranacionales, como la ONU, la OTAN y el FMI, desempeñan un papel cada vez más central en la gobernanza global. Zolo llama a esto "cosmópolis" en referencia a la idea de una comunidad global.

Puntos principales del argumento de Zolo:

  1. Ascenso de las instituciones supranacionales: Zolo observa el creciente poder e influencia de las organizaciones internacionales, que están moldeando políticas económicas, interviniendo en conflictos y estableciendo normas globales.
  2. Declive de la soberanía estatal: Argumenta que los estados-nación están perdiendo autonomía a medida que las decisiones cruciales se toman a nivel internacional.
  3. Emergencia de una "guerra cosmopolita": Zolo usa la Guerra del Golfo como un ejemplo de un nuevo tipo de conflicto, donde una coalición internacional interviene bajo la égida de la ONU, no solo por intereses nacionales, sino también por principios cosmopolitas, como la protección de los derechos humanos y el mantenimiento de la paz mundial.
  4. La necesidad de un nuevo derecho internacional: Ante esta nueva realidad, Zolo defiende la creación de un sistema legal cosmopolita que pueda regular las relaciones internacionales y garantizar la justicia global.
  5. El papel de la ética cosmopolita: Argumenta que la ética cosmopolita, basada en principios universales como la dignidad humana y la solidaridad global, debe guiar las acciones de la comunidad internacional.

Zolo identifica un modelo "cosmopolita" emergente en la política global. Este modelo se caracteriza por:

  1. Gobernanza Global Implícita: En lugar de un gobierno mundial formal, Zolo sugiere que las instituciones y normas internacionales están formando gradualmente una estructura de gobernanza global. Esta estructura no posee un centro de poder único, sino que opera a través de redes de cooperación y mecanismos de coordinación entre estados y organizaciones internacionales.
  2. Derecho Internacional y Justicia: El cosmopolitismo enfatiza la importancia del derecho internacional y la justicia global en la resolución de conflictos y la promoción de la paz. Zolo argumenta que el derecho internacional se está volviendo más robusto e influyente, limitando la soberanía de los Estados y promoviendo valores universales.
  3. Intervención Humanitaria: El modelo cosmopolita justifica intervenciones humanitarias en situaciones de violaciones graves de los derechos humanos, incluso sin la autorización del Consejo de Seguridad de la ONU. Zolo examina los desafíos éticos y legales de estas intervenciones.

Críticas y contrapuntos:

  1. Eurocentrismo: Algunos críticos argumentan que la visión de Zolo es eurocéntrica, reflejando los intereses y valores de Occidente.
  2. Idealismo: Otros cuestionan si el cosmopolitismo es una visión idealista, ignorando las realidades del poder y los conflictos de interés en el escenario internacional.
  3. Democracia y legitimidad: Existen preocupaciones sobre la legitimidad democrática de las instituciones supranacionales y el déficit democrático en la toma de decisiones globales.
  4. Soberanía y autodeterminación: Algunos temen que el cosmopolitismo pueda llevar a la erosión de la soberanía nacional y del derecho de los pueblos a la autodeterminación.

Zolo reconoce los desafíos y las críticas al modelo cosmopolita. Discute los límites del derecho internacional, los peligros del imperialismo y la necesidad de un "pacifismo débil" que busque alternativas a la guerra. También cuestiona la legitimidad y la eficacia de las intervenciones humanitarias, planteando preocupaciones sobre la soberanía de los Estados y la posibilidad de abusos de poder.

En resumen, "Cosmópolis" ofrece un análisis crítico y perspicaz del orden mundial post-Guerra Fría, explorando las promesas y los peligros del cosmopolitismo como modelo para la gobernanza global. Zolo argumenta que, aunque el cosmopolitismo ofrece una visión de un mundo más justo y pacífico, también presenta desafíos significativos que deben ser abordados para evitar el imperialismo y promover una paz genuina. Sus argumentos siguen siendo relevantes para entender las dinámicas de la globalización y las complejidades de la gobernanza global.

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Diálogo imaginario entre Coni y Zolo (versión en español)

Coni: Querido Zolo, tu obra "Cosmopolis" me ha provocado profundas reflexiones sobre la crisis de la soberanía estatal en la era de la globalización. Estoy de acuerdo en que el ascenso de las instituciones supranacionales y la creciente interdependencia entre los Estados están desafiando el concepto tradicional de soberanía. Sin embargo, creo que esta transformación no significa necesariamente el fin del Estado-nación, sino una redefinición de su papel y de su relación con el Derecho Internacional.

Zolo: Estimado Coni, aprecio tu perspectiva optimista, pero mantengo mi escepticismo. La globalización, en mi opinión, está erosionando la soberanía de los Estados-nación, transfiriendo poder a instituciones supranacionales que carecen de legitimidad democrática y responsabilidad. El cosmopolitismo, en lugar de promover la paz y la justicia, puede llevar a un nuevo tipo de autoritarismo, en el que las decisiones son tomadas por tecnócratas alejados de los ciudadanos.

Coni: Entiendo tu preocupación por la legitimidad democrática, Zolo. De hecho, la internacionalización del Poder Constituyente plantea cuestiones importantes sobre la participación de los ciudadanos en las decisiones que afectan sus vidas. Sin embargo, creo que la creciente influencia del Derecho Internacional en el Derecho Constitucional puede ser una oportunidad para fortalecer la protección de los derechos humanos y promover valores democráticos a nivel global. Al fin y al cabo, el Derecho Internacional también está pasando por un proceso de constitucionalización, incorporando principios como la dignidad de la persona humana y la democracia.

Zolo: Estoy de acuerdo en que el Derecho Internacional está evolucionando, Coni, pero todavía tengo dudas sobre su capacidad para garantizar la justicia y la democracia en un mundo tan desigual. Al fin y al cabo, ¿quién controla las instituciones supranacionales? ¿Quién garantiza que actuarán en interés de los ciudadanos y no sólo de las grandes potencias o de las corporaciones transnacionales?

Coni: Estas son cuestiones cruciales, Zolo, y no tengo respuestas fáciles para ellas. Sin embargo, creo que el diálogo entre el Derecho Internacional y el Derecho Constitucional puede ayudar a encontrar soluciones para estos desafíos. La "hermenéutica constitucional extrovertida" que propongo busca justamente integrar los valores democráticos y la protección de los derechos humanos en la interpretación de la Constitución, garantizando que las normas internacionales se apliquen de manera que respeten la soberanía popular y la autonomía de los Estados.

Zolo: Tu propuesta es interesante, Coni, pero aún me preocupa el riesgo de un "déficit democrático" en el orden internacional. Creo que necesitamos fortalecer los mecanismos de participación ciudadana y garantizar que las instituciones supranacionales sean verdaderamente representativas y responsables.

Coni: Estoy completamente de acuerdo, Zolo. La legitimidad democrática es un desafío constante, tanto a nivel nacional como internacional. Sin embargo, creo que la internacionalización del Derecho Constitucional puede ser un paso importante en la construcción de un orden jurídico internacional más justo y democrático. Al fin y al cabo, como tú mismo dijiste, la globalización es un hecho irreversible, y necesitamos encontrar formas de garantizar que beneficie a todos, y no sólo a unos pocos privilegiados.

Zolo: Tal vez estemos más cerca en nuestras visiones de lo que imaginamos, Coni. Al fin y al cabo, ambos buscamos un mundo más justo y democrático, aunque no estemos de acuerdo sobre los mejores caminos para alcanzarlo. Creo que el diálogo entre diferentes perspectivas es fundamental para enfrentar los desafíos de la globalización y construir un futuro mejor para todos.

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