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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Se a moeda é matéria de soberania, então o soberano deve imitar o verbo que se fez carne, a ponto de ser a verdade em pessoa

1) Se o príncipe é o primeiro cidadão de uma república - o primeiro dentre seus pares, os melhores dentre um povo de uma cidade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento -, então ele é a pessoa escolhida por Deus para ser vassalo de Cristo de tal modo que proteja seu povo das invasões estrangeiras, bem como outras cidades a ponto de elas todas estarem sujeitas a sua proteção e autoridade, a ponto de se tornarem um reino.

2.1) Como vassalo de Cristo, o príncipe, e consequentemente rei, diz o direito, cabendo aos nobres aplicar o direito e administrar o reino em todas as suas instâncias: a questão civil, a questão militar - e a questão eclesiástica, se esse príncipe tiver sido coroado pelo próprio Cristo, tal como se deu em Ourique, a ponto de ter a prerrogativa que é típica do padroado.

2.2) Afinal, o vigário de Cristo, o Papa, pode delegar a seus vassalos, os reis, a gestão da administração apostólica das terras de além-mar se as relações desse príncipe com a cristandade forem muito boas - afinal, se a Europa é uma república cristã, então os reinos são províncias eclesiásticas, a ponto de terem ainda mais liberdade se servirem a este bem comum fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus - e neste ponto, a evangelização do povo nativo descoberto se torna uma política de Estado, uma vez que devemos servir a Cristo em terras distantes. Se o príncipe é a personificação da justiça e da santidade, então isso é possível - afinal, ele é senhor dos senhores sendo servo dos servos em Cristo.

3.1) Além do patrocínio da instrução religiosa e da segurança, o príncipe diz o direito na questão da emissão da moeda, que é símbolo de justiça e de serviço.

3.2.1) Todos os que estão sujeitos à proteção e autoridade do soberano, se contribuírem com a missão de servir a Cristo em terras distantes, têm direito a uma parte das riquezas de todo o principado (ou reino, se houver pelo menos duas ou mais cidades sob a proteção de um mesmo príncipe, a ponto de ser chamado de Rei).

3.2.2) A riqueza que faz o principado ou o reino ser conhecido em toda a Cristandade se torna o lastro. Esse lastro deve vir de algo que possa ser reproduzível, uma vez que riqueza é serviço e serve para ajudar na construção do bem comum - como essa riqueza decorre da santificação através do trabalho, então tal modelo deve ser imitado a partir da santidade do príncipe. E geralmente, as maiores riquezas do Reino devem ser produzidas sob o patrocínio do príncipe, já que isso se funda no projeto de servir a Cristo em terras distantes.

3.3.1) Tomemos o caso das indústrias. Elas transformam a matéria-prima derivada das plantas em bens de consumo duráveis e não-duráveis, dentro de um prazo razoável, uma vez que as plantas se reproduzem.

3.3.2) Se houver o patrocínio do príncipe, isso estimula a todos os outros a investirem nessa indústria também, criando uma maior integração entre o príncipe e os que organizam atividades economicamente organizadas de modo a melhor servirem a todos do reino bem como a todos na Cristandade, pois a iniciativa pública da autoridade revestida de Cristo ajuda aperfeiçoar a liberdade, a ponto de estimular os outros a se organizarem melhor a ponto de servir aos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que em terras distantes.

3.3.3) Se a mão que produz é a mesma mão que preserva, então bens que necessitam de duas ou três gerações passadas até ficarem prontos para serem transformados serão mais racionalmente aproveitados, a ponto de gerar um maior valor agregado, como é o caso do pau-brasil. Graças a isso, a produção de bens de curto e médio prazo pode estimular a uma produção bens de longo prazo, criando uma espécie de troca intertemporal entre os diferentes produtos, gerando uma moeda ainda mais forte, já que o lastro se dará sobre uma variedade de produtos que viabilizem a troca daquilo que exige curto e médio prazo para ser produzido pela produção de bens valor agregado que exigem um longo prazo para ser produzindo - e se houver um preço médio por força desse câmbio, então isso acaba fortalecendo a moeda nacional.

4) Este poderia ser um verdadeiro projeto civilizatório, se a cultura da riqueza como sinal de salvação e o maquiavelismo não tivessem corrompido as consciências de todos os príncipes, a ponto de pavimentar o caminho para os tempos em que estamos. Eis uma grande chance perdida!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2018.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Bem-vindos ao purgatório: meu perfil, meu blog e minha página de escritor de facebook

1) Não adiciono mais fakes (sobretudo esses aparecem com nomes do tipo Santo Tomás de Aquino etc).

2) A lei brasileira veda o anonimato. Se deseja me adicionar, então me apareça com o seu verdadeiro nome e me diga as razões pelas quais está me adicionando.

3) Se você não me diz as suas razões, então vou tomar que você está conservando algo conveniente e dissociado da verdade - e por conta disso, eu vou despejar reflexões minhas fundadas na verdade, naquilo que se fundamenta na dor de Cristo.

4.1) Se você me bloquear, então vou entender que não ama e não rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que você se mascare sob o nome do mais santo dos sábios e o mais sábio dos santos.

4.2) Se amasse a verdade, encararia essa "tortura" com muito prazer. E é com muito amor que "torturo" você com uma enxurrada de postagens da melhor qualidade. Quem reclamaria de ser "maltratado" dessa forma? Na verdade, todos adorariam ser "maltratados" dessa maneira.

5) O Purgatório, como dizem, é composto de chamas de amor. E o que escrevo é com base em muito amor. Se você não agüenta tal "sofrimento", com base nesse amor, que tipo de cristão é você?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2018.

Silêncio, contemplação, estudo e eucaristia - os 4 pilares da verdadeira felicidade em Cristo

1) A verdadeira fórmula da felicidade é estar num lugar onde você se sinta sozinho. E estando sozinho, você medita sobre coisas importantes.

2) O melhor lugar para se meditar é na Igreja da paróquia. Quando você contempla a Cruz de Cristo, você medita sobre muita coisa - no meu caso, isso me serve para escrever muitos artigos.

3.1) Os folhetos de missa fornecem muitos dados para serem meditados, ano após ano.

3.2) Quando isso não é suficiente, é só digitalizar os livros você mesmo de modo a ler no tablet, tal qual venho fazendo para mim mesmo. Isso é uma forma de santificação através do trabalho e tudo isso ajuda e muito na formação do estado de graça. 
4) Enfim, esses são os verdadeiros pilares da felicidade em Cristo: silêncio, contemplação, estudo e eucaristia - não existe nada melhor do que isso, do que a combinação destes quatro fatores.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2018.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A verdade sobre os Direitos Humanos

1) Os Direitos Humanos surgem num contexto onde o homem, e não Deus, é a medida de todas as coisas.

2.1) Se uma decisão judicial prejudica os interesses de um homem rico no amor de si até o desprezo de Deus, então o direito de recorrer se torna um direito natural por conta da natureza desse princípio, que é fundado no homem - e isso é um falso princípio.

2.2) Isso cria uma cultura de ativismo judicial - haverá uma montanha de processos a ser julgada. Se todos têm direito à verdade que quiserem, então isso cria uma cultura onde o homem é lobo do próprio homem, onde o conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida será decidido pelo judiciário, a ponto de ser tomado como se fosse uma religião ou um fetiche por parte de alguns operadores do Direito, que ganham seu sustento levando causas para o judiciário decidir, pouco importando se estão em conformidade com o direito ou com o Todo que vem de Deus. E isso gera má consciência.

3.1) O direito de recorrer dos homens ricos do amor de si até o desprezo de Deus decorre da boa-fé objetiva, que por sua vez é pautado noutro princípio: o da dignidade da pessoa humana.

3.2) Se Jesus Cristo, o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, é negado, então tudo isso será servido com fins vazios, uma vez que tudo será usado para sujeitar o direito dos dignos - dos que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus - aos indignos, ricos no amor de até o desprezo de Deus, a ponto de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade. E quanto mais sujeitam o interesse dos dignos ao dos indignos, mais se concentra o poder de usar, gozar e dispor dos bens da vida nas mãos de poucos, que são indignas de o possuírem, uma vez que não agiram de justiça a ponto de conseguir o que desejam.

4) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, então o Poder Judiciário se torna o braço armado pelo qual os que têm os meios de ação necessários vão conquistando seu poder às custas da verdade. Afinal, o Estado tem o monopólio da violência legítima - se o Estado é tomado como religião e o homem é a medida de todas coisas, então o ativismo judicial não passa de uma sofisticada forma de exercício arbitrário das próprias razões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2018.

Notas sobre jurisdição num mundo pautado pelo relativismo moral

1.1) Por conta do princípio da litigância de boa-fé, você precisa mostrar que as razões para apelar das decisões de um juiz são justas. Você precisaria mostrar que o juiz foi injusto, que o juiz é corrupto, suspeito ou que tomou uma decisão violando a lei ou os princípios da Lei Natural, fundados na conformidade com o Todo que vem de Deus.

1.2) Havia até uma audiência preliminar nos tribunais superiores para se ouvir o caso. Se as razões fossem justas, a apelação era recebida, marcava-se o dia do julgamento e você falava das suas razões para apelar e do pedido para se reformar a sentença. Não era preciso apresentar contra-razões, pois quem estava sendo julgado era o juiz do primeiro grau e a autoridade de sua decisão.

2.1) Nos tempos atuais, em que o Estado está divorciado da Lei Natural, da conformidade com o Todo que vem de Deus, você não precisa mais ter uma boa razão para apelar. Você apela porque todos têm direito ao duplo grau de jurisdição.

2.2.1) Ainda que o juiz tenha acertado ao tomar a decisão de condenar o réu, muitos recorrem por conta do direito de recorrer, criando uma demanda judicial inútil, justamente porque todos têm o direito de recorrer. Esse direito de recorrer, que deveria ser exceção, leva ao abuso do direito de recorrer, a ponto de haver ativismo judicial, onde todo o poder fica na mão dos advogados e dos magistrados.

2.2.2) Isso reduz a jurisdição à mera função de dizer o direito, mas sem se fazer justiça - o que faz do tribunal uma espécie de teatro. Isso faz com que a justiça se reduza a uma máquina burocrática e que o segundo grau não passa de uma formalidade para atender aos caprichos da lei, um mero adjetivo, um mero acessório que segue a sorte do principal, uma lei divorciada da Lei Natural, da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Se o direito a recorrer é servido com fins vazios, então isso cria as condições necessárias para o ativismo judicial. Basta que se suprima a verdade que a liberdade se torna um jogo onde você subordina o interesse de quem discorda de você ao seu direito - eis a gênese do "mercado de sujeição".

3.2) Esse sistema de justiça eleva o amor de si até o desprezo de Deus - o que chamamos de Direitos Humanos - como a espinha dorsal do sistema.

3.3.1) Não é à toa que o liberalismo prepara o caminho para o totalitarismo.

3.3.2) Se tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então caberá ao Judiciário averiguar toda lesão ou suposta ameaça de lesão ao direito. Basta que o interessado ingresse na Justiça de má-fé que você enfrenta esse martírio objetivamente falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2018 .

sábado, 20 de outubro de 2018

Do desarmamento espiritual promovido pelo protestantismo

1) Nossa Senhora, em Fátima, nos ensinou a fazer do rosário uma arma contra o mal, especialmente contra o comunismo.

2) Quem tem a Deus por Pai e a virgem Maria por mãe aprende a fazer da alma uma arma, além de arado, o que favorece a integração entre as pessoas.

3) Os que não tem a virgem Maria por mãe promovem o verdadeiro desarmamento espiritual da nação a ponto de criar um ambiente onde todos se dizem salvos de antemão, o que gera uma verdadeira nação de desalmados.

4) Onde há má consciência o país não será tomado como um lar em Cristo, mas como religião onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, fazendo o povo de uma nação inteira desligar-se do Céu. Se a terra está desligada do Céu, então temos uma nação de apátridas.

5) Mais do que o desarmamento físico, devemos lutar contra o desarmamento espiritual, coisa que se dá no protestantismo. O protestantismo leva ao ateísmo, cria um vácuo espiritual e promove a expansão do islamismo no mundo. Veja a História e você verá que o que estou a dizer tem fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2018.

Da riqueza como arma de promoção do bem comum (ou como arma de edificação em massa)

1) Se a riqueza é um instrumento, então ela deve ser usada para a promoção do bem comum - em tempos de paz, ela promove a integração entre as pessoas.

2) Em tempos de guerra, a riqueza deve ser usada como arma de modo a patrocinar grupos que promovam intransigentemente a defesa da vida e os direitos do nascituro. Como o rosário, a riqueza deve ser usada como arma na luta contra o mal. Por isso que a busca pela riqueza não deve ter um fim vazio - a busca deve ser para se promover a santidade das pessoas, de modo que sejam livres em Cristo, por Cristo e para Cristo.

3) A promoção do bem comum tende a ser ainda mais relevante em tempos de crise, onde a guerra tende a ser a continuação da política por meios violentos, a ponto de se tornar uma verdadeira cruzada de modo a se conquistar o senso de se tomar o país como um lar em Cristo, onde as pessoas possam amar umas às outras amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. A verdadeira fé promove o bem comum e ela cresce ainda mais quando é perseguida em tempos de crise.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2018.