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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Notas sobre nacionidade e networking

1) Se um sistema necessita de peças para funcionar, então essas peças são os indivíduos.

2) Um sistema personalista é um sistema orgânico, vivo. O indivíduo, para ser virtuoso, necessita viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo que sua vida neste mundo tenha um sentido, um propósito. Se a vida não tivesse sentido, o homem buscaria sempre se matar - e isso seria a desgraça.

3) O homem virtuoso sempre busca servir a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Ele estabelece relações de longo prazo com um indivíduo B, ao longo da vida, assim como o indivíduo B faz relações de longo prazo com um indivíduo C e assim sucessivamente. A partir do processo de compartilhamento de solidões, temos a continentalização das almas - essencial para se tomar o país como se fosse um lar. Eis a networking, sociologicamente aplicada e conforme o Todo que vem de Deus.

4) Ao contrário dos sistemas artificiais, mecanicistas, que não crêem em fraternidade universal e que tendem a adotar um sistema em que os indivíduos são peças intercambiáveis, os sistemas orgânicos, naturais, levam em conta tudo o que seres humanos fazem de bom para os seus semelhantes - e quando eles vão para a pátria celestial, o legado produzido por esse indivíduo virtuosos é preservado e acaba servindo de corpo intermediário entre ele e as gerações futuras. Exemplo disso, nós vemos nos livros que esse indivíduo virtuoso escreve. Eis aí a fonte da tradição.

5) O mundo virtual continentaliza almas mais facilmente porque ele acaba destruindo a concepção de determinismo geográfico, criada por Carl Ritter. É esse determinismo geográfico que fomenta o processo de se tomar o país como se fosse religião e a cultura de negação da fraternidade universal, própria do protestantismo. Enfim, quanto mais o indivíduo virtuoso empreende no mundo virtual, mais ele serve à causa fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Isso não substitui, contudo, certos elementos decorrentes da presença real dos indivíduos - esses elementos devem e precisam ser buscados, se houver circunstâncias favoráveis para a viagem.

6) Para o libertarismo morrer, é preciso que se extermine o determinismo geográfico e o relativismo moral. E o relativismo moral só é vencido quando o indivíduo aprende a usar a internet com um bom propósito. Para que isso aconteça, a formação deve começar off-line, da mesma forma como os pilotos aprendem a voar: aprendendo o básico desde o solo.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Notas sobre o nacionismo enquanto vocação

1) Ortega y Gasset falava que gênio é aquele que inventa a própria profissão.

2) Quando se vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, a profissão não é inventada - na verdade, ela é descoberta na medida em que você vai empreendendo e servindo aos seus pares, dentro de suas circunstâncias.

3) Aquele que toma o país como se fosse um lar pratica uma fé verdadeira - e faz o seu ofício como um testemunho vivo de sua vocação. O nacionista tem um quê de monge, um quê de escritor, um quê de filósofo, um quê de viajante, um quê de estrategista, um quê de historiador, um quê de cientista político e um quê de jurista. E olha que o caminho que conheço é só um exemplo.

4) Todas as facetas definem o espaço da minha atividade. Trata-se de uma vocação tridimensional: surge por conta dos fatos que estão a ocorrer neste país (circunstância), tem valores verdadeiros e a norma que rege todo esse apostolado é conformidade com o Todo que vem de Deus, fundado na Lei Eterna.

5.1) O nacionismo é essencialmente geométrico e é duplamente tetraédrico. 

5.2 Orlando Fedeli afirmou que o homem virtuoso é tetraédrico - e o tetraedro é figura mais estável geometricamente. Como são oito as facetas do meu trabalho, então elas são divididas em dois tetraedros - por isso que é duplamente estável.

O lago é para os colonos, assim como o oceano é para os soldados

1) Quando se serve a Cristo em terras distantes, de modo a que o país seja N'Ele tomado como se fosse um lar e não como se fosse religião de Estado da República, é preciso ver o mural alheio como um grande lago, cheio de peixes.

2) Se o nacionista é um grande pescador, então ele deve deixar a isca - a verdade contida nos escritos, fundada na sinceridade, na conformidade com o Todo que vem de Deus - fazer seu trabalho e trazer todos os que têm curiosidade de aprender alguma coisa que nunca viram antes, por não terem visto algo semelhante.

3) Foi por conta disso que comecei a ensinar tudo o que sei. Em tempos de catacumba, a pesca em lagoas revela-se um porto seguro para os colonos, enquanto o oceano ainda não é conquistado pelos argonautas, os cruzados da Era Virtual que se encontram neste novo mar que ainda não foi navegado desta forma.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Notas sobre a politica da vida humana

1) Se a vida é feita da melhor maneira possível, então isso leva em conta o meu ser e as circunstâncias em que se dá a minha vida.

2) Se política é o estudo da ciência do possível, então a vida é regida por escolhas que podem fazer com que a vida seja a melhor possível, desde que eu seja sensato, disposto a conservar aquilo que é conveniente e que se funda no Senhor. Nisso, eu encontro a estrada que me leva à conformidade com o Todo que vem de Deus, coisa que me leva a conservar a dor de Cristo, causa da minha liberdade, já que sou criatura amada por Deus.

3) Uma das regras mais básicas do Direito é que ninguém é obrigado ao impossível. Quem quer nos obrigar ao impossível sempre prometerá o impossível e isso é sempre coisa de quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade - esse tipo de gente, na hora da eleição, sempre faz o diabo para se eleger . Esse tipo de conduta é típico de quem não crê em fraternidade universal, coisa que vem de Deus.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O segredo da excelência está em esvaziar-se de si mesmo

Há quem diga:

_ Eu tenho 35 anos e acho que tenho muita experiência no que tange à área espiritual.

1) Isso é o cúmulo da soberba. Mesmo que eu tenha 70 anos, eu sinto que ainda tenho muito o que aprender. Minha vida inteira não é capaz de abranger todo o conhecimento que decorre da Sã Doutrina Católica. E este tesouro espiritual está sempre sendo aperfeiçoado e expandido, sem se relativizar que é mais caro: a verdade - e o olha que são mais de 2000 anos de tradição quanto a isso, o que atesta um verdadeiro compromisso com a excelência.

2) Eu tenho mais de 2 mil artigos escritos - tenho material suficiente para escrever 2 ou 3 livros, mas ainda sinto que tenho muito o que aprender. 

3) O grande segredo para eu escrever bem é esvaziar-me de mim mesmo e pôr-me como um escravo do Cristo Crucificado de Ourique, através do Santo Espírito de Deus. É nessa santa escravidão que consigo apreciar retamente todas as coisas, sob a supervisão desse Santo Espírito - mesmo que o mundo rejeite o que esteja a dizer, eu sei que terei a consolação de Cristo, Nosso Senhor.

4) A quantidade monstruosa de artigos que escrevi só me é possível porque consagrei minha atividade a Deus. Além de serem tantos na quantidade, muitos são considerados bons para quem os lê de boa vontade - e muitos acabam aprendendo a tomar o país como se fosse um lar com base no Cristo Crucificado de Ourique, coisa que nos remete à pátria que há lá no Céu.

5) É esse tipo de coisa que faz de mim um conservador e não conservantista. Se as pessoas fizessem exame de consciência, não falariam asneiras, tal como vejo por aí todos os dias.

domingo, 15 de maio de 2016

Notas sobre a espiral salvacionista que existe desde 1964 e como ela deve ser enfrentada

1) Em um artigo, eu havia mencionado que estávamos num ciclo de estupidez política que já durava 50 anos. Ele começou em 1964 - e até onde pude analisá-lo, ele terminou em 2014, quando novos tempos começaram a surgir no Brasil, por conta do desenvolvimento da rede social - nela, os melhores, ainda que dispersos pelo país afora, começaram a se associar e a juntar forças contra o mal. E é dentro desta circunstância que foi lançada a semente da restauração da monarquia e da missão que herdamos de Ourique.

2) Esta renovação do espírito nacional está enfrentando uma circunstância difícil, tão difícil quanto aquelas que os portugueses enfrentaram no tempo das Grandes Navegações: cruzar o Cabo das Tormentas. E esse Cabo das Tormentas se chama Espiral do Salvacionismo.

3.1) O começo dessa espiral começou em 1964 e durou até 1988. 

3.2) Em 1988, começou o salvacionismo do salvacionismo: o chamado Estado Democrático de Direito da Nova República, cujo estado de compromisso foi criado a partir da Lei da Anistia de 1980, que perdoou os crimes dos militares e os crimes dos comunistas, criando uma nefasta ordem conservantista. Em 2002, a fase azul foi concluída, após prepararem o caminho para a fase vermelha, totalitária. Essa fase durou até 2016, com o afastamento de Dilma.

4) Com a ascensão de Temer, um novo governo de salvação nacional foi edificado. Até quando romperemos essa espiral? Quando dobraremos o Cabo das Tormentas? 

5) Se esse Cabo for contornado, ele certamente será rebatizado em Cabo da Boa Esperança. E essa boa esperança dar-se-á a partir do Terceiro Reinado, quando passaremos a tomar o país como se fosse um lar, com base naquilo que se edificou em Ourique, ordem essa fundada na Aliança do Altar com o trono, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Não haverá quinhentismo, que edifica liberdade para o nada, e nem salvacionismo, fundado no conservantismo - o que haverá é ordem justa, paz constante e prosperidade completa, fundado em sabedoria divina e não em sabedoria humana dissociada disso.

Das origens salvacionistas da Carta de 1988

1) A fórmula do presidencialismo de coalizão surgiu dentro de uma mentalidade salvacionista, claramente esquerdista.

2) Segundo a mentalidade dos arquitetos da Nova República, a democracia tem um fim em si mesmo - e por isso deve ser tomada como se fosse uma segunda religião. Eis o Estado Democrático de Direito - ele usa a democracia só de fachada, com o intuito de mascarar um Estado socialista, totalitário.

3) Essa Nova República se contrapõe ao governo de exceção que governou o Brasil por 21 anos - o regime militar. Só que esse governo de exceção existiu por força de expressa permissão da Carta de 1946. Como eles, os militares são positivistas, autoritários, eles aproveitaram e rasgaram a constituição de modo a fazer uma nova: a carta de 1967, que se tornou a carta de 1969. Com isso, abusaram do poder.

4) Não é à toa que existem duas esquerdas no poder: os positivistas, que edificaram esta república, e os comunistas, que vão progredir ainda mais no estado revolucionário em que nos encontramos de modo a que viremos uma Cuba ou uma Venezuela.